sábado, 18 de abril de 2009

As minhas sardinheiras...

Adoro sardinheiras.Talvez por serem eternamente portuguesas!
Esta compre-a em Odemira quando aluguei a casa típica pintada de branco com barras a azul para a minha filha.

Comprei duas diferentes, quando me vim embora, trouxe uma pernada de cada uma, mas apenas esta sobreviveu , está farta de dar flores, aqui e na casa rural também.Gosto sobretudo da tonalidade e do frondoso cacho de flores em cerise a lembrar as cerejas...bonito vaso vidrado em amarelo torrado a ostentar vaidoso a minha sardinheira!

Uma rua replta de sardinheiras eem Santiago da Guarda ao Carvalhal
 

terça-feira, 14 de abril de 2009

Rosas de Alexandria na Mouta Redonda

Avista-se a serra do Anjo da Guarda onde o calcário é rei e na frente a Nexebra eucaliptizada de costados xistosa onde já proliferam antenas eólicas.Serra da Ovelha também conhecida por Serra do Anjo da Guarda de onde se desfruta além do miradouro, moinhos de vento  recuperados que se deslocam sobre rodas em  eiras de pedra,  mesas para piqueniques, a capela do Anjo da Guarda, casa dos caçadores, casa do Ciclo do Pão, vestígios do paleolítico e outras pedras esculpidas pela erosão salpicadas de orquídeas da serra e tomilhos, o mais predominante e conhecido na região chamado erva de Sta Maria, e alecrim, cucas, jacintos, lírios do campo, alfazema, carqueja e rosmaninho.
O almoço pascal  de 2009  aconteceu na casa rural...A minha mãe fez o almoço e trouxe-o onde foi degustado. Desde que herdámos a casa foi a primeira vez que comemos na sala, temos utilizado o terraço, a cozinha velha, também chamada churrasco, ou a cozinha da casa. A mesa estava bonita com uma toalha branca bordada do meu enxoval, enfeites e uma jarra com rosas do jardim, onde não faltava um prato cheio de amêndoas de chocolate branco e preto, lilás, de Paris, e... O arroz de pato assado com couve lombarda " Pato à Franklim" estava uma delícia. As sobremesas além do arroz doce símbolo da época festiva, o folar, o bolo com doce de chila para fechar com o cafézinho e um pichel de aguardente de cana trazida dos Açores,  pena estar prestes a acabar. Depois do almoço passeata até ao Vale para matar saudades, o sítio onde a minha mãe nasceu e eu em miúda passei dias de férias com a minha avó.

Vale 
Na quelha do Vale parei na porta da  casa  do tear da Ti Joaquina tecedeira, hoje a casa da Maria  e do Silvério que se abre para o largo da fonte e dos tanques.
A figueira da Índia ou do Inferno como lhe chamava em pequena, por causa dos picos, trazida de Coruche cresceu no talho na frente da eira da minha mãe.
Redobradas forças para caminhar pela Nexebra até ao Santaínho propriedade herdada que fica junto à estrada de terra batida agora mais larga, vendidos os eucaliptos apreciar os novos rebentos. Decidi conhecer o limite da propriedade que se estende por uma das faldas da encosta, ninguém me quis acompanhar, caminhei sozinha apenas por intuição e cheguei primeiro à Mina de S.João, do que eles, que optaram regressar pela estrada. Aventura vivida em êxtase porque o terreno se apresenta a pique com eucaliptos de todos os tamanhos de onde apenas deslindava resquícios de céu por entre as suas pontas tão altas, e pelo chão à toa infestantes troncos nus, sobrepostos com muita ramagem deixada pelos madeireiros no corte da madeira, loucura o emaranhado em que tive de saltar, abaixar-me, sempre com medo de escorregar pelo declive e obstáculos  sempre surreais do terreno. Finalmente encontrei uma mina  que contornei com cuidado por o terreno se mostrar traiçoeiro, optei por descer pelo seu leito, por entre silvas, e outros pequenos arbustos para finalmente chegar sã e salva.Adorei ter conseguido fazer a descida sozinha de imprevisto.Aventura fenomenal.
Depois ainda não satisfeita esgueirei-me pela ribanceira abrupta do Carvalhal da minha mãe, com o alargamento da estrada, o acesso ficou muito alto, com muita pedra de xisto solta e íngreme.
Mirei o grande tanque em pedra que outrora levava a água da mina da Cavada para a casa dos meus avós em queda livre.


Para junto da eira parar junto do silvedo das rosas vermelhas de Alexandria, as favoritas da minha mãe e já eram da minha avó.
 
No ribeiro que desce da Nexebra apanhei  um ramo de jarros para enfeitar a casa da minha irmã, afinal era dia de Páscoa e ainda fui ao cemitério enfeitar a campa do meu pai, e as rosas deixei na campa logo atrás da da minha Titi, irmã mais velha da minha mãe, marido e filha Isabelinha...

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