sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Estereótipos sobre racismo e xenofobia

Estereótipo é a imagem preconcebida de determinada pessoa, coisa ou situação.
Termos usados principalmente para definir e limitar pessoas ou grupo de pessoas na sociedade.
A sua aceitação é ampla e culturalmente difundida no ocidente, sendo um grande motivador de preconceito e discriminação.
O estereótipo também é muito usado em Humorismo como manifestação de racismo, homofobia, xenofobia, machismo e intolerância religiosa. É muito mais aceite quando manifestado desta forma, possuindo salvo-conduto e presunção de inocência para atingir o seu objectivo.

Decidi debruçar-me sobre um excerto de um programa televisivo, emitido na RTP 2 em 15.09.2008
Documentários para desconstruir estereótipos sobre racismo e xenofobia.
Uma série de dez documentários centrada nas histórias de vida de habitantes de bairros problemáticos de todo o país e que pretende desconstruir estereótipos. Escolha de pessoas que conseguiram suplantar uma série de adversidades e fazer um percurso, independentemente do sítio onde vivem.
Gente que não se deixa derrotar pela existência de estereótipos, explicou à agência Lusa a jornalista Fernanda Câncio, co-autora dos documentários.

Alguns comentários sobre o programa televisivo:

Afinal esta senhora sempre conseguiu o programa, na TV!
"Desconstruir estereótipos", com uma personagem por bairro?
Deixa-me rir... ANJINHO | 19.09.2008 |
Infelizmente moro num desses bairros e já fui assaltado 19 vezes por esses tais estereótipos. GALEGO | 15.09.2008
Mas qual limpar a imagem???
É nestes bairros que trabalham as pessoas que fazem o que os preguiçosos dos portugueses não querem fazer.
Na zona de Lisboa principalmente são os imigrantes que vivem nestes bairros que trabalham, e os portugueses racistas que os exploram ainda se armam em espertos. Estes bairros vão crescer tanto que vão encher Portugal de cor e cultura para todos. Portugal sem fronteiras, Portugal sem lei, Portugal para toda a gente. ZÉ DO BLOKO | 15.09.2008 |
Lá começa a tentativa de limpar a imagem destes bairros, e o Zé-povinho lá vai atrás. J.ALMALUSA | 15.09.2008
Mais um programa apoiado pela esquerda para o branqueamento da criminalidade que é feito pelas minorias. Eu também já fui pobre, já tive que dividir uma lata de sardinhas com os meus irmãos.
Nunca segui o crime... tentam fazer os portugueses mais parvos com esses programas...depois admiram-se que as pessoas se cansam se sentem enganadas.
Branco ou preto!
Cadeia ou deportação... já que não sabem viver em sociedade que nós construímos. Portugal não é uns pais de costumes brandos. Promovem esse pensamento para os políticos e seus companheiros fazerem o que bem entendem. Isto é uma REDE complexa! Fuh! MORTO! | 16.09.2008
Na altura da quinta da Fonte assaltos, raptos e o resto da baderna estão caladitos agora a industria do multiculturalismo começa a mostrar as unhas, deve ser para mostrar que trabalham, a RTP a defender as politicas erradas de imigração a somar ao programa dos imigrantes onde mostram casos de sucesso que cada vez mais difíceis são de encontrar entre os imigrantes, a somar ao programa etnias onde falam de um convivência e fraternidade que nas ruas não se traduz agora chega a cereja em cima do bolo "destruir estereótipos" como se não houvesse relatórios das prisões das forças de segurança que até tiveram suspensões por referir a verdade sobre quem é que pratica a maioria dos crimes em Portugal GAFANHOTO E SEU AMIGO GENGIS KAN |
Uma vez fui fazer umas filmagens para os Terraços da Ponte e tive problemas!
Esta gente vai com a PSP atrás, só pode. JOSÉ | 15.09.2008 |
O Governo continua a demonstrar ser incapaz de dar resposta ao problema da crimi-nalidade violenta – depois de semanas em que a comunicação social fez alarido de mortes e roubos.
Nos últimos dias apenas se sentiu diferença na diminuição do número de casos noticiados mas, na verdade, nada mudou e nada foi feito em concreto para resolver eficazmente esse problema que alastra em todo o país.
As únicas medidas tomadas pelo Governo, além das disparatadas entrevistas do sinistro Rui Pereira, foram a nomeação de um mega-comissário político de controlo da investi-gação criminal – adivinha-se que os políticos dos partidos do sistema continuem a ficar de fora dessas supostas investigações.
Assistimos a meras operações 'stop', mas fortemente mediatizadas, para fiscalização de taxa de alcoolemia em que se aprovei-ta para revistar os condutores à procura de objectos proibidos. Caso sejam encontra-dos, estes servem unicamente para engrossar a estatística do – aparente mas falso – controle da proliferação de armas ilegais.
A propósito de Rui Pereira, quem tem explorado a sua deficiente prestação é Paulo Portas, usando e abusando de falsas e demagógicas alusões à imigração e segurança. Sabe-se que essas sugestões, e não promessas em concreto, são atiradas para o ar apenas porque o CDS é oposição, e sabe-se também que, mesmo que fossem propostas, estas nunca seriam cumpridas por um Governo CDS. Isso ficou demonstrado quando Paulo Portas fez – efectivamente – parte do Governo PSD/CDS, altura em que supostamente começou o aumento exponencial da criminalidade violenta, e quando o liberal-capitalista Portas exigiu uma quota maior de entrada de imigrantes no nosso país, maior ainda que a proposta do próprio PSD.
A propósito de imigração, ainda esta semana foi noticiado o caso de um imigrante que, tendo cadastro por homicídio no Brasil, circulava livremente pelas nossas ruas, cometendo roubos e homicídios, mesmo depois de já ter sido condenado anteriormente também em Portugal.
Como sempre, o Estado limitou-se a emitir um cordial pedido, por carta, onde se solicitava ao meliante que se ausentasse voluntariamente do nosso país. Acabou por ser detido por se descobrir que fora o autor de mais um homicídio de um comerciante português em Setúbal.
Com este tipo de política criminal, bem como com a actual Lei da Nacionalidade que promove a vinda de imigrantes para Portugal, não haverá esperança na resolução dos problemas mais graves do nosso país. Portugal precisa de políticas que defendam viver em segurança, que coloquem os interesses dos portugueses acima de interesses partidários ou pessoais, com coragem de tomar as medidas urgentes e necessárias para um harmonioso desenvolvimento do nosso país." J.ALMALUSA | 15.09.2008 |
A minha análise crítica sobre o tema focado, é de algum espanto em relação aos comen-tários, de escárnio e maldizer.
Por acaso vi alguns programas, os documentários tentaram mostrar a integração de pessoas de raças diferentes em Bairros Sociais, um pouco por todo o País.
A vivência em comunidade e fora dela e ainda as diversas actividades profissionais. Um dos aspectos referidos incidia sobre o casamento entre um homem de etnia cigana com uma mulher branca, da forma como a comunidade os acolheu e respeita, dos filhos e da educação que lhes pretendem dar, indo de encontro às expectativas de futuro que passam por uma boa qualidade de vida.
Evidenciou nesta etnia, uma abertura de mudança atendendo a que esta é uma comunidade muito fechada com tradições muito enraizadas, falando abertamente da forma como sobrevivem da venda ambulante e do desejo que os seus filhos estudem e tenham outras oportunidades de emprego.
As pessoas abriram as suas casas, foi possível observar que estavam arrumadas, mostraram ainda convívios de famílias em almoços nos jardins.
Falaram com muitos jovens das suas aspirações, na escola entrevistaram a primeira miúda de etnia cigana no 12º ano, um feito quase inédito.
Daqui se pode compreender que de forma inconsciente, os comentários ao programa, são de indivíduos que fomentam o fenómeno do estereótipo, em relação aos outros.
O que leva a concluir que os estereótipos fazem parte da condição humana e estão agrega-dos a qualquer sociedade, independentemente dos seus efeitos nefastos, como a indiferença, o preconceito, o racismo, e a homossexualidade para as minorias ou os excluídos, sendo comuns em qualquer uma delas.
Em jeito de conclusão, o conteúdo expresso no programa, evidencia as tradições da comunidade cigana e como esta, se vai integrando na sociedade, depois de décadas de se fechar nas suas tradições.
O documentário fez uma amostragem abrangente, com várias famílias. Gostei particularmente da atitude demonstrada perante as câmaras, da dicção, frases estruturadas diluídas num diálogo sereno e directo, que nada correspondem a suposições de quaisquer estereótipos na minha opinião.
Ao vivermos em sociedade, quer se queira, quer não, os estereótipos estão, e estarão sempre presentes, nas atitudes, nas diferenças.
Vale a pena lutar contra os estereótipos!

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