sexta-feira, 7 de maio de 2010

Vaguear por Lisboa no meu aniversário de 2010

Lisboa. No postal de parabéns, a minha filha pedia para eu mudar hábitos, pensar mais em mim, emagrecer!
Como está lindo o Cais do Sodré com tantos novos bancos redondos de cores fortes e floreiras com oliveiras. Muita gente a mirar o rio...
Ao Terreiro do Paço gostei de ver a Pala para receber o Papa .Estrategicamente plantada no Cais das Colunas onde outrora desembarcaram réis e rainhas...Idílico cais, simples mas com muita energia, as colunas a beijarem as águas de mansinho, inspiram a sonho!
E a Praça do Comércio já a conheci com chão de tantas maneiras em calçada portuguesa, seguiram-se vários tapetes de maquedame...Gosto da forma como termina com degraus em mármore.Ao jardim do Tabaco, apesar das palmeiras lindas, continua num abandono, de cheios nauseabunda com gente esquisita. Ao início cortaram a primeira palmeira deixando o canteiro inestético ao desleixo em espera urgente de substituta. A Casa dos Bicos com uma das janelas abertas onde estava um homem com uma espátula a limpar os frisos de metal daquelas ombreiras que deveriam ter sido em pedra mas o arquitecto teimou em jeito arrojado manter a traça do antigo com incursões no moderno metal, em abono da verdade não gosto, mesmo nada...Adoro pedras e toda a força que elas exercem em mim, ainda há canteiros pelo que se devia ter apostado em requalificar à época, porque a pedra é eternas, enquanto o metal, vai apodrecendo...
Porque o contraste choca-me!
Agora a Casa dos Bicos passou a albergar o Museu do José Saramago.Apesar de prémio Nobel, o espaço é muito emblemático, em demasia para o albergar...Aquela casa, inspira a Descobertas e Descobrimentos como o Jerónimos, a Torre de Belém...mas aqui se mostra diferente pela magia de tantos bicos...Ainda me lembro do primeiro restauro em que a visitei pela primeira vez, pena pouco me lembro...Conheci o abandono a que foi vetada a caminho de Alfama pelo tardoz pela viela .
Oliveira da Azinhaga da terra onde nasceu Saramago 
As suas cinzas repousavam no sopé da oliveira .
A caminho de Alfama reparei nas favas já despontadas do canteiro da árvore em frente ao restaurante juntinho à estrada. Há dias nasciam e cresceram num ápice, floriram e agora para ficarem gradas, foram como manda a tradição rural despontadas!
Indecisa a pensar qual o arco com escadinhas da antiga muralha da cidade para rumar até à mansarda da minha filha.Cheguei a casa ofegante, sempre a subir é obra!
Adoro Alfama sobretudo pela vista sobranceira ao rio que se mostra um postal ilustrado que me deleita, derrete a retina, engasga de paixão.Adoro este Tejo!
No regresso novamente a pé, desta vez fui por dentro e por a igreja de Nossa Senhora da Conceição Velha estar aberta no convite a entrar e rezar ainda comprei duas velas que acendi; a Santo Expedito e a Sta Filomena. Saí mais confortada, o pior eram os pés, tinha escolhido uns sapatos baixos mas um nadita apertaditos...com o calor incomodavam-me!
Ao Corpo Santo, três miúdas à minha frente em alegre conversa sobre rapazes, reparei que uma entra na telenovela dos Vampiros, não é que acompanhe, quero é ver o programa a seguir e tenho de aguentar. Cheguei ao último minuto para a partida do barco. Sentei-me no primeiro andar onde gosto de olhar o buliço do rio, ao longe vinha uma caravela com quatro mastros, parecia o Criola, mas quando virou não vi a nossa bandeira...Linda, branca, elegante, soberba!
Um homem sentiu-se indisposto no barco, chamavam por ajuda, afinal é hábito dizia ele já recomposto, ao sair uma senhora pedia-lhe para se sentar no banco na praceta até se sentir com mais forças que ele aceitou o conselho e eu continuei a pé, agora sempre a subir a caminho de casa. Passei na florista, não resisti, comprei uma buganbília cerise,carmesim,cereja a minha cor predilecta.Os sapatos chateavam-me e não fui de modas, fiz deles tipo sandálias, acalcanhei-os com desprezo...e venci!
Caminhei bem melhor...alívio, onde me interroguei porquê sofrer, que se lixe a etiqueta...O parecer mal...que se lixe a opinião dos outros!
Quando cheguei a casa, cansada, tomei um bom banho, massajei os pés e deitei-me no sofá a descansar. Jantar a dois com champanhe francês...
Grande dia!

2 comentários:

  1. Sei que já vou tarde, mas eu sou pouco frequentador dos espaços virtuais quando se aproxima o final de semana ... tenho sempre tanta coisa que fazer, e afinal gosto de me ir prender para o campo mal chega a 6ª feira!
    Mas, ainda que atrasados, daqui lhe envio os parabéns e que os aniversários futuros sejam passados de forma o melhor possível
    Manel

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  2. Manel
    Bem haja pelas suas eloquentes palavras
    Como sempre tão carinhoso
    Apesar de ainda virtual
    Considero-o, um amigo de verdade!
    Beijos
    Isabel

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