quinta-feira, 29 de setembro de 2011

O livro Herdeiros da Atlântida

A minha secagem de figos pingo mel que os meus tios me trouxeram do seu quintal do Pereiro, sendo eu amiga destes rituais ancestrais, sequei-os como pude na varanda, claro que dantes os secava no tabuleiro de madeira com munha(caruma) dos pinheiros.
Deleite será saboreá-los a ler o livro...

Há tempos fiz um post sobre uma conversa com um vendedor "Sr. Pedrinhas"...
Falou-me das suas descobertas no mar e da publicação de um livro.
Pois é. Finalmente estarei no sábado dia 1 na FNAC do Cascais Shopping pelas 15 H para a sessão de autógrafos, o autor Luís Sobral assinar o meu!

Quem não leu deixo excerto desse post...

Fiquei de conversa afiada ao meio da feira com o vendedor dos fósseis, artefatos encontrados no mar, rios antas e sei lá mais aonde...
Geólogo -, desempregadom anda nestas andanças há coisa de 1 ano, julgo que o conheço há mais...
O ano passado ofereceu-me um "raspador" da pré história em silex, muito pequeno que encontrou na praia da Galé. 
Antes de sair de casa à pressa fui buscar uns fósseis de conchas e uns de rosquilha que encontrei no Cristo Rei há anos quando fizeram uns buracos para plantar cedros.
Meti tudo nos bolsos do casaco comprido, cheguei ao pé dele cumprimentei-o e disse-me logo -, "já tinha pensado em si, há que tempos que não a vejo" dei-lhe o que trazia,  admirado explicou que as de cor de argila eram mais antigas, coisa de 20 milhões de anos, enquanto que os de cor escura só tinha metade do tempo. Ainda me disse o nome, mas escapou-me...
  • Queria contar-me que com a ajuda de uma pessoa conseguiu fazer um livro sobre arqueologia.Até me disse as teias do negócio.Explicou as premissas do livro... sentia-se apavorado...
Palavra puxa palavra, disse-me que o livro ia revelar uma grande descoberta submersa no mar, coisa grande maior que Roma -, casas, ruas, palácios, colunas, estátuas de testa alta, olhos encovados e nariz muito grande, queixo saliente, e cabelos em jeito de trança virado para trás tipo cifres, em granito o que estranha.
  • Mostra fotografias que tirou até onde a sua objectiva alcança 60 metros.
Mera e grande curiosidade perguntei como tal descobriu, se foi ao acaso -,disse que não, foi atrás de lendas que sempre ouviu, juntou umas e outras, ainda me contou duas...

" alguém que precisava de cuidados veio à aldeia pedir ajuda, com ele foi uma mulher que chegada ao areal pergunta vamos para onde?" naquilo entram num túnel no meio das rochas...

"do pescador desaparecido que foi e voltou do mar"

ainda...

Anda nisto julgo desde 1995. 
  • Não revela no livro as coordenadas, o que compreendo.
No entanto quase me disse a extensão onde se situa a grande cidade que a meu ver será uma descoberta de grande riqueza e dimensão no mundo arqueológico.
  • Fiquei maravilhada ali ficava o dia todo a ouvi-lo...
Ainda tive tempo para o descansar, a meu ver tem o mérito da descoberta que pelo que diz é coisa grande, muito grande e que terá um impacto quer a nível nacional quer a nível internacional, por certo irão aparecer grandes empresas de pesquisa submarina para fazer a supervisão dos achados, cataloga-los dar a conhecer tal projecção do nosso Portugal à beira mar plantado, aos pés molhado  de ruínas de excelsa beleza, também, quem descobre no mar alguma coisa é da pessoa...
Vira-se para mim e respondeu num gesto de franzir a boca em jeito de não...será que as leis mudaram?

Fazia-se horas para me despedir, outros feirantes à laia de conversa riram-se para mim, "isso hoje é que foi conversa com o Pedrinhas..." 
  • Só inveja da atenção que lhe dei e ele a mim!
De facto este contacto anónimo é para mim incrível, autêntico, enche-me de alegrias. 
  • Esqueço tudo o que de mau me aconteceu na vida!
Mais tarde perguntei-lhe o título...andava indeciso...

Atrevo-me a dizer que se chamará qualquer coisa como...O LIVRO DA ATLÂNTIDA!
  • Afinal não andei longe-, HERDEIROS DA ATLÂNTIDA

domingo, 25 de setembro de 2011

Alcochete, Samouco e Rosário...

Sábado, último de setembro, o primeiro do solstício, o dia acordou meio cinzento!
Primeira paragem nas Hortas em Alcochete.
Uma fragata do Tejo ou será um varino? a morrer aos bocadinhos atolado no sapal...em terreno de aluvião construíram um centro de animação ambiental, casas de madeira, nelas vi estrangeiros...um paraíso para eles...nas bordas de uma quinta de gaveto com o rio gentes improvisaram courelas, nelas também construíram casinhas caiadas,nos terreiros aqui e além amontoados casebres feitos de paus, madeiras e latas, na sua volta ovelhas em redil abrigadas do sol sem sombras de sobreiros e por todo o lado, hortas com o riacho de fronteira e nele pontes de madeira!
Salinas do Samouco.
Felizmente a autarquia decidiu manter um núcleo museológico sobre a faina do sal no estuário do Tejo outrora o maior produtor.Revitalizados alguns tanques das antigas salinas para os turistas poderem apreciar esta arte tão antiga em vias de extinção.Mantiveram o espaço mais perto do rio,aqui no alto o armazém onde guardam as alfaias e atrás dele os vestígios da cozinha a céu aberto que no tempo deveria ter alpendre com mesa corrida e bancos onde no lume faziam a comida, ao lado o sitio da descarga do sal.Alteraram os carreiros, agora mais largos para a passagem do dumper para a carga do sal, outrora transportado em canastras à cabeça, homens e mulheres corriam entre as salinas e o local da descarga, chegavam a transportar por dia 1000k, faziam riscos pretos nos braços e pernas por cada canastra despejada, que ao fim do dia eram contados e sobre eles recebiam o parco salário...
O sapal está repleto de tantas outras salinas abandonadas, atoladas de lamas e vegetação típica do sapal onde muitas aves nidificam e vivem protegidas. Na frente do rio vêem-se ainda armazéns da seca e armazenamento do bacalhau. Nesses tempos pela abundância do fiel amigo os homens do sal criaram uma receita:Bacalhau à Salineiro.
Ainda mantém o sistema da entrada da água em maré alta no moinho da beira da praia,aqui elevada encaminha-se pelo esteiro que chamam viveiros, perdendo salinidade a caminho dos tanques onde chega com 2% de salinidade, fechadas as comportas a água de cor rosada dada pelo fundo de barro fica a moirar ao sol...
Produto da faina, o sal espera compradores,aguarda entaipado neste grande monte em formato de telhado coberto com palha fina disposto em escamas rematado a lama.
Palheiro em forma de carro a secar para ser utilizada e as escadas de madeira usada pelos salineiros para nelas subirem ao monte de sal e a colocar como se fossem telhas ou escamas, uma arte digna de ser apreciada.De saída perdi o norte tal a falta de sinalética e o enredo de estradas e becos,valeu a pena, louca fiquei não fotografei um chalé com torre,faixas de azulejos com amores perfeitos, portadas de ripinhas em redondo nas janelas presas com cordéis, na frontaria estendal de roupa...aquilo mais me pareceu abrigo de gente que aqui encontrou abrigo sem ser dono do imóvel...pior foi fazerem prédios ao lado e o chalé perdeu a vista para o rio e tão lindo merecia outra sorte... alguém acuda ao Samouco, urge uma urgência numa nova estrada de circunvalação que a ligue ao Montijo, pensem!
Rosário na Moita.
O que resta da depuração de ostras num tempo que o rio Tejo dava cartas neste marisco.
Em 2005 encontrei este espaço abandonado, ontem vi-o revitalizado, nele funciona uma industria de doces...gostei de o ver totalmente arranjado, pintado, brancos e amarelos, o moinho esguio lindo e a casa da entrada, devia ter sido do antigo chefe, telhado novo, quase pronta, o muro partido virou novo, jardins com flores, calçada restaurada, e até o azulejo( Cavaco?) mantido, uma graça. Parabéns por terem reposto a dignidade deste local outrora tão famoso na depuração de ostras do Tejo!
Sapal no Rosário junto ao parque de merendas com água, registo melhoras com obras que vi a serem feitas a seguir ao Gaio a caminho da Moita, serão também salinas? Gostava de ver restaurado o moinho de maré de pedra, num relance da estrada não o vi com a vegetação e fiquei em pânico, na volta consegui vê-lo, sim...em 2005 estava praticamente preso por umas pedras...acudam depressa, é tão linda a vista que senti pelas janelas abertas...escafuderam-se os caquinhos de porcelanas e faianças que aqui encontrei nessa altura e trouxe...
Sapal e o parque de merendas,logo a seguir a praia, o rio e a capital...vVale muito a pena visitar este local aprazivel.
No Montijo improvisei um piquenique a pedido da minha filha. O inusitado criou em todos nós uma expetativa que acabou por ser melhor que bom. Fantástica!
As compras:vinho, água, mortadela de peru com azeitonas para entrada e paté de atum, pão fatiado alentejano, frango assado, salada pré lavada, azeite e vinagre de sidra para tempero, queijo fatiado, uvas e merendeiras de frutas. A toalha um rolo de papel de cozinha, garfos, pratos, copos de plástico e a faca não foi precisa para nada.Muita gente, um grupo ordeiro de gente de Cabo Verde,panelões de cachupa e tachos grandes de...reluziam ao sol que por vezes aquecia, e...aparelhagem com música suave ligada ao gerador na ribanceira do parque com o sapal...outros assavam carapau, outros trouxeram farnel aviado de casa e outros banhavam-se...
Em frente da ermida do Rosário a contemplar o rio e Lisboa...local para sonhar e descobrir a história e estórias desta terra à beira rio plantada e tantos anos abandonada e com tanta beleza para arregalar touradas e pegas na praia, uma arte destas gentes nas festas.
A vila do Rosário é pequenina, airosa, típica com belo casario baixo pintado de cores fortes, quintas transformadas em vilas após a revolução?, uma ermida com portal gótico, um jardim com calçada antiga basáltica, um coreto, sapal e rio. Na praia um resto de um moinho de pedra entalado na falésia, lá dentro puseram uma mesa de piquenique, recanto mais acolhedor não há, pena a falta de manutenção e as silvas a invadir o espaço,no cimo uma rede improvisada sem dizer "perigo", na vez de completarem o muro para ninguém se aleijar...
Junto à praia existe um bom restaurante e marisqueira. Sou do tempo que foi durante anos um amontoado de lataria e plásticos...mas boa comida!
É sempre um grande prazer revisitar, mas quero mais,as autarquias tem tanto para ainda fazer, assim haja vontade, determinação e saber fazer e não estragar como se viu muito após o 25 de abril...isso não quero, cansei!

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Um dia no Concurso o Preço Certo

Princesas rebeldes, traquinas sentadas no chão pois claro!
Recebi por telefone convite para assistir, não tive como dizer não.
Vesti-me fresca para não encalorar...de casa a caminho de transportes públicos, sai no metro em Chelas. Deram-me mal as cordenadas num percurso a pé, em dia de brasa, sem gente nos passeios, quando finalmente avisto uma mão cheia de gente, sem peneiras nem vaidades,  tragavam uma bucha em plena capital em campo aberto. Mesa posta no muro do passeio; não faltava a toalha, o vinho verde tinto, feijoada, bolinhos de bacalhau, melão, pão de ló, pão de rosquilha e...tal e qual a lembrar eu pelo Gerês e Felgueiras, de fogareiro a fazer o almoço em rota de passeio  há mais de 30 anos...
Na receção apercebi-me que estava na entrada errada, louca fiquei ao saber que tinha de voltar a fazer o inverso do percurso, e ainda voltar a subir...Sem meias medidas ao voltar a passar pelo arraial minhoto, atrevida, perguntei a um deles que conversava com outro se estavam para o concurso. Resposta pronta e escorreita dada pelo encadeado da cor cerise do meu vestido a contraste dos longos cabelos negros, sem meias medidas nem rogado, atirou-se de cabeça e investe a machão latino "é casada?"...De facto há anos que deixei de usar a aliança...o anelão com pedrinhas destacava-se na exuberância da pele com resquícios de verão, naquilo diz outro, aquele andou a estudar para padre, homem de rodas curtas e t shirt rosa com carinha de "cu de bebé"... este só se ria, salvou-me a mulher do atrevido, tirou-me do enredo ao dizer que havia lugar na carrinha para ir com eles até ao Minho, rápida respondi que sim, mas ficava em Santo Tirso...outros se chegavam queriam falar, num segundo já pertencia ao rancho, deram-me de comer, de beber e boleia, valente e hospitaleira a gente de Braga, a líder, administrativa de uma empresa de materiais de cutelaria e outros artigos para o lar, Laura, bonitona , belos cabelos negros escorregadios, e o marido de mosca no queixo e jeito do cabelo crespo a reivindicar fidalgo, parecenças com o D. Nuno Álvares Pereira!
Muita gente, grupos dispersos ao sol esperavam nas grades do portão, ao lado entram as "bombas" semelhantes às dos jogadores de futebol, neles as estrelas do momento, o João Baião no seu BMW 635 descapotável e...Esperei, como todos num espaço restrito de poucas condições para gente de idade.
Impressionante a máquina de gente que o concurso gera à sua volta...de gritos!
Louca me senti só de pensar que se trata de uma empresa estatal suportada pelo dinheiro dos contribuintes honestos que deixam de usufruir outros bens para pagar atempadamente os seus impostos, como eu.
A RTP, a titulo de exemplo,é maior gastador de dinheiro público no orçamento do Estado, milhares de euros a mais, do que a Presidência da Assembleia, pelouros da Juventude, Desporto e outros organismos juntos...E esta hein?
Ninguém pára com esta loucura contínua de endividamento, na falência total do País?
Empresa mal gerida, sim senhor!
Absurdo, o rol de gente a fazer que trabalha e ao fim do mês auferem bons ordenados em contraste de outros que se esfalfam a trabalhar para receber um miserável ordenado mínimo.Coisa para deixar gente de "miolos" a pensar!
Obrigação temos de parar com esta máquina de esbanjar roudos de dinheiro.
Julgo que após a revolução de abril, nenhum governo soube escolher corretamente o leque de pessoas para a sua administração,privilegiando sempre o compadrio em detrimento do perfil visionário para a dimensão da empresa. Sim, porque isto de se ser gestor de sucesso exige muito trabalho, dedicação, amor ao trabalho,supervisionar o controlo da empresa,segurar as rédeas de todos os departamentos, escolhendo lideres de comando que supervisionem comerciais e recursos humanos que no dia a dia executem cabalmente tarefas adstritas a pessoal,gerir recursos financeiros públicos em paralelo com o contributo de uma boa televisão para todos,fomentando programas de interesse na panóplia:ensino à distância,cultural, desportiva,mundo,atualidade ...
Sempre na mira de cada um, fazer, e querer mais, e melhor!
Este prazer em concretizar objetivos, dar lucro ao patrão, ao Estado,deveria ser estimulado aos funcionários, deveria incitar neles orgulho em dar o seu contributo para o engrandecimento da empresa,em prol da manutenção dos seus postos de trabalho com a atribuição de prémios pelos resultados de sucesso alcançados.
Certo e sabido o resultado apurado no final do ano só poderia ser positivo e até de lucros extraordinários se todos remassem focados nas diretrizes traçadas: eficácia,controle,redução de despesas, concretização de objetivos, mérito pessoal e carisma de sucesso, de gostar dele.
Seria mais uma das empresas de sucesso no ranking das melhores que geram lucros para o patrão e acionistas .Isto sim é ser bom gestor! Não o inverso, má televisão e prejuízos uns atrás de outros há anos, décadas, continua...
Houve um administrador, Almerindo Marques quando teve razões para despedir o jornalista escritor, que não picava o ponto,ou mandava outro faze-lo por si... que se disse aproveitava o tempo de trabalho para escrever livros e investigar...provas evidentes se ouviram nos média contra ele,também do sistema de anos de maus vícios e abusos de outros colegas,seria um castigo exemplar, um começo de alterações de regras básicas...o imprevisto acontece com o caso debatido em entrevistas,noticia de jornais,aproveitando precisamente a máquina televisiva, a que só poucos tem direito, e num ápice a opinião publica ditou o mote de desculpar o jornalista escritor e com a ajuda fulcral de alguém no poleiro o processo acabou arquivado e o bom administrador mudado para a Junta de Estradas...começou logo por cortar na frota automóvel...e fez muito bem!
Recordações tenho na década de 80, já serem avultadas as dividas da RTP, num tempo sem computadores eram as contas feitas em rudimentares máquinas de manivela com verbetes em operações compensadas num banco onde me passaram pelas mãos e muitas vezes com o diretor financeiro falei a pedir resolução,sem solução à vista,pelos vistos continuou e continua ainda hoje!
No mundo dos negócios uma empresa para gerar lucro tem de ter uma boa organização, polivalência e objectivos de lucro e não o inverso,o prejuízo!
Vi um magote de empregados que não faço ideia quantas horas laborais fazem, a julgar por um amigo que é assistente num canal da concorrência só fazem este compato de 3 programas, se nos mandam estar ao meio dia e meio parto do pressuposto que será a hora da entrada deles e possivelmente sairão 8,30, o que perfaz as 8 horas....aqui há pessoas que apenas seguram cabos dos operadores de camaras men...incrível!
Um dos bobos do programa, o Betão, brasuca, até tivemos de bater palmas porque foi pai recentemente, ensina o pessoal a "mentir" para dar espectáculo, artimanha para o telespetador não mudar de canal,se o programa fosse efetivamente de qualidade não seria necessário tanta palhaçada,tantas palmas, tanto alarido...durante o programa anda a sarilhar com a listagem na mão a regular o público no espetaculo, então não podia ser polivalente e segurar os cabos de um camara men, já que o realizador também faz e bem melhor esse serviço?
Seguidamente aparece uma gorducha, rabo de cabalo fino a rondar o traseiro,pêlo na benta,se na plateia se sente desrespeitada, faz o mesmo papel do Betão, pergunto o porquê, qual será o nome da sua função na cadeia de profissões?...tempo de entrada triunfante das operadoras do serviço de limpezas, esfregona na mão limpam o palco e de rajada são beijadas pelo Betão, ao fundo junto do ecran operadores eletricistas revém cabos, entra o Miguel com a lista dos prémios a anunciar, tímido, cara de bobó pela crista emproada do cabelo, seguem-se as bonecas, magricelas, uma delas de lábios encarnados, cabelos escorridos,a outra bonitona,estrangeira, Lenca, com evidências de celulite a dar cartas joelho acima...o partnier molatinho bem giro.Num flash a entrada triunfante do apresentador Fernando Mendes, imagem gasta, o boneco a mim cansa, apesar de boa pessoa, em televisão só tem longevidade o que é realmente bom,nasci no ano da sua inauguração, antes assisti empiricamente aos ensaios das emissões regulares na feira popular na barriga da minha mãe, desde sempre me recordo de ter televisão em casa, num tempo que havia apenas 3 na vila onde morei,sei destrinçar o trigo do joio em matéria de apresentação.Pena tenho de sentir que existe uma maioria de gente neste nosso Portugal, o Zé povinho, analfabeto? iletrado? não...é sabido que conhecem a sabedoria popular, os costumes, a malícia, gente boa e bom coração, quanto a mim muitos persistam em não pensar alto, em ser diferentes e dizer "basta" e por lhes faltar essa condição, por serem acomodados, digo que são rascas, reles de vistas curtas,apesar de amarem a festa, o antes, o durante e o depois, de aparecer na TV,...fatalmente para muitos, o seu orgasmo inteletual!
E queiramos ou não faz a diferença, neste País onde o 25 de abril de 74 fez pouco apesar da educação passar a ser de borla,nem as novas oportunidades são mais valia para gente mais velha, uma maioria não as sabe aproveitar e com elas se valorizar...nem que seja parar para começar a pensar, pensar, refletir, comparar, a ser afoita...mexer na internet e olhar o mundo e as coisas que os rodeiam!
Bem, continuando o rol de lamentos o Fernando Mendes pede um aplauso para o pintor do novo cenário estreado...e num repente grande a azafama por detrás das montras, homens e mais homens trazem mesinhas com os objetos para os concorrentes tentarem a sua sorte no preço certo,um entra e sai, de volta ao armazém nas costas do palco a rápida desmontagem do roupeiro que o concorrente ganhou e vai levar,abrem-se ao lado outras montras,aparece a roda, o alpinista, o cubo,a cara do gordo com o balão no nariz e...
No final do segundo programa gravado dão a cada pessoa um frugal lanche, um saco transparente atado com um nó, dentro dele uma sanduíche de pão de forma com margarina e um rodela de chourição e outra de mortadela?, um queque do mais barato nos Chineses,um pacotinho de sumo do continente e uma maçã riscadinha não calibrada...tudo muito pobrezinho a mim fez-me lembrar o lanche que a minha filha recebia no Natal no circo dado pelo grupo desportivo e cultural dos bancários...fui verter águas e vinha no salão a caminho do estúdio, abeira-se em passo apressado um homem que me pergunta "posso dar-lhe um elogio?", respondi que sim..."a senhora é a mulher mais bonita que aqui está..."Agradeci, claro...bondade, e digo para os meus botões mais outro encadeado com o brilho cerise do vestido...será que houve mais??
Vaidosa entrei no estúdio disposta a registar na objetiva o que o o galanteador do átrio acabara de me endereçar...não sei se o consegui,julgo que não... puxei pela Elisabete sentadas no chão do platoo as fotos não foram mais arrojadas por inexperiência do fotografo que apesar de boa camara,não soube por certo em cima do slongan "Preço Certo" captar com arte o melhor ângulo das beldades...
Cansei-me, afinal são feitos de correnteza três programas, sendo o ultimo em direto com direito a raspadinha. Estratégias, mudamos de lugar em todos os programas enquanto o apresentador e as meninas mudam de fato. Descadeirada fiquei das 4 ás 8,cadeiras num estúdio recente, material de baixa qualidade para pessoas maioritariamente de faixa etária alta, coisa para pensar!
Curioso, este povo empobrecido gostar de obsequiador,persistir em dar gorjeta, esquecem que é um concurso que vão na mira da sorte, ganhar. De braçado levam presentes, flores tanta flor, vindas de tão longe, Vizela,Vieira de Leiria,Mira, Montijo e...para quê?
Interrogo-me, nesta vontade, neste gosto de levar, aos anos de vigência do programa já deviam ter parado!...( o melhor digo eu, gostam de ser vistos pelos conterrâneos na santa terrina e da publicidade à gastronomia,à florista,à... mote de conversa para uma semana, onde não se sabe discutir outros assuntos bem mais importantes...) após terem recebido os presentes os entalam em cadeiras desmontadas numa esguelha dum corredor,no chão 3 cadeiras para os partners aguardarem o lugar na cena seguinte no platoo, por cima das suas cabeças os entalados quase a cair... tanga verde, crachás, prato com emblema do Braga, gravatas, meias para o Miguel Pierre Cardin, taças de cristal,queijos do Rabaçal, bolos e...
O realizador, homem de meia estaleca tipo saco de batatas, cara alegre, esperto, apressado, comediante, gostei dele, o único com feeling e objetivos no trabalho..."olha o telejornal" dizia ele para o Fernando Mendes quando este se perdia no agradecimento ao homem que mudou os pneus ao carro do filho em Fernão Ferro ...digo eu, não se fez de rogado a pedir desconto dando-se a conhecer...
É este País que temos que não gosto, a humildade é mais aliciante do que viver à conta de "estrelas" sem estrelato!
Grande a máquina de gente que gira o programa: administrativa,listagens e mais listagens dos grupos com o nome das pessoas, dois supervisionam a entrada, um segurança e outra sentada numa secretária improvisada, uma terceira conduz as pessoas ao salão da receção, onde todos, uma multidão faz a entrega dos elementos identificativos a outros e recebem em troca um contrato que ninguém lê e acaba de preencher com os dados pessoais e assina.Um canhoto escreve os nomes dos concorrentes numa etiqueta autocolante, outro tira o papel e o espeta no peito a cada um de nós...ouve-se uma voz "tem de entrar pela ordem que chamei" e naquilo seguimos em frente e por detrás das bancadas rolantes que mais parecem ser de uma arena desmontável as mesmas meninas da receção dão as boas vindas, perguntam se já aqui estivemos e ainda se trouxemos presentes...entrámos no átrio do palco, as bancadas cheias, tivemos de nos acolher num cantito como pudemos, nas cadeiras uma garrafa de quarto de litro de água de Penacova, boa!
Salvou-se o programa com olhares que lancei ao camara men que girava com o guindaste, acho que gostei do sinal preto acima no buço a imitar o da Catarina Furtado, sexy, e outro do armazém, pelos cabelos grisalhos e corpo esbelto que me fez lembrar alguém muito querido,o Fernando Mendes quanto a mim o boneco já cansa há muito!
Falo agora do melhor, do que valeu a pena. O meu grupo. A Ti Margarida carinhosamente a trato assim pela bonita idade de 94 anos, do Cimo da Rua, lhe disse se a visse em algum lado dizia no imediato que seria de Ansião, aquele olhar não engana e também me contou lembranças do passado da mina da Garriasa e da limpeza do castelinho pelo meu bisavô Francisco do Bairro,madrinha da líder do grupo da Isaura Reala, Miguel ou Gomes, tantos nomes para uma miúda gira de belos olhos verdes que ontem quis o diabo atacar de conjuntivite e o marido Moreira, homem de boa feição minhoto de Fafe um brincalhão,trouxeram a Maria da Várzea de Santiago, com dons para coisas de antanho, fala com orgulho das gentes que ocuparam aquelas serras e outeiros em tempos idos e do património perdido e do que resta,ainda da imagem de Santo António que nunca viu outra igual, nem nas igrejas de Itália, uma mulher de saber, levou um vinho palheto que me fez lembrar o da Mó que o meu sogro também fazia.
Então não valeu nada?
Valeu, pela camaradagem da gente de Braga que me acolheram e deram de comer e boleia, e do meu grupo de Ansião, revi pessoas que não via há anos, da minha geração. Contei estórias, contaram-me outras, ficava a ouvi-los dias e noites, gente alegre, bem disposta.
A Elisabete do Lousal e o marido Eng Manuel do Beco,afáveis,cumplicidades nas velharias, na história das nossas terras, falamos dos romanos, da sua passagem pelas serras de Ansião e de Dornes , de gente de linhagem que acabou falida, de filhos incógnitos,do celeiro romano, lendas, grutas, testemunhos que vou sem duvida incluir no meu livro de Memórias, ofereceram-me comida, deram-me muita conversa fiada.
O Fernando Moreira o meu compadre, homem de menos falas,reservado, amigo, dono de espírito inquieto,antenas no ar preocupado no controlo do grupo,sinais de cansaço ainda assim me dispensou tempo e saberes, a esposa Odete de manhã cedo apanhou nabiças, couves e alho francês que me mandou e eu daqui agradeço tanta generosidade em dar, gente muito boa, ficou a trabalhar na cantina da Escola. Vinha no grupo também uma senhora de sotaque brasuca, simpatiquissima julgo se chamar Helena e viver no Avelar,e um rapaz maduro,espírito jovem, um bon vivan, quase divorciado do Lousal, agora lembrar-me da sua graça...fico sem graça, sei começa por um "I" e é pequeno coisa de 5 letras...durante a noite numa maldita insónia bem me quis lembrar do nome e não consegui..Isaías, Isaac, Isidro...lamento...não me vem à cabeça o seu nome! acabei de descobrir pela foto Elísio e dizia eu com certezas que começava com um "I"...que afinal é "E"...
Isto de afirmar certezas tem que se lhe diga...vai lá vai, não te trates!
A maioria do grupo frequenta a Universidade Sénior,logo um deles, precisamente o "I" alvitrou para o Eng Manuel que eu bem podia ser professora deles de história...muito obrigado pelo elogio, sei que sou uma contadora de estórias,umas melhor do que outras, porque isto é como tudo,contar e recontar tem que se lhe diga, sempre se acrescenta um ponto, o nosso cunho pessoal...num repente, irrequieto, de bicho carpinteiro o "I" não parava quieto, deslumbrado, feliz, estonteante, louco andava para trás e para a frente, fugia do grupo, parecia um menino acabado de descobrir a liberdade..."ave sem poleiro", desnorteado, perdido me pareceu o "I"... num relance reconhece os caiscóis de outro grupo,colegas de Vouzela que em tempos tiveram um encontro.Todos vimos o jeito que o "I" se perdia no olhar de "menino homem, esgazeado" como se aprás dizer na nossa terra,qual serpente a vaguear na multidão,sacola no ombro, ar de "gingão",bom homem, inteligente, signo Virgem a dias de festejar as 61 primaveras, espírito jovem, com a aventura dentro de si, a loucura da internet entranhada nos genes com o grupo fechado de amigos nos jogos on line e ...a incessante e errante procura da sua alma gémea, que para mim estará escondida numa gruta lá para os lados dos Poios...
Comemos uma bucha, havia bolinhas de bacalhau, as pataniscas, queijo do Rabaçal, pão, e um grande Pão de Ló,receita de 18 ovos da mão da Isaura e fruta do seu lavrado, vinho da Maria, uma pomada,aroma a carmesim e cor translúcida, o meu preferido.
Hora de despedida, deixamos votos de reencontro para patuscada feita pelo "I" que atrevido e irónico em poucas palavras disse,"vem sozinha ou trás o marido, se não vieres é melhor, e eu faço à mesma..."
Amei o encontro, a grande parte meus conhecidos, três apresentados, personalidades distintas, integras, fortes, pessoas de saber, fiquei com mais vontade de voltar a viver na terra das minhas raízes, Ansião.
Desculpem o meu grito de revolta. Precisava desabafar.No meu jeito de mandar, criativo e poder organizativo,atributos constantes do meu perfil, olho de lince, observador,atento, perspicaz, humor peculiar ganho nesta vida de trabalho de azares, e glórias, gerente de sucesso num conceito de powermaint no maior banco? na altura ...
Sem delongas, digo aqui,conseguia reduzir pela metade os funcionários do programa...
Disso não tenho a mínima dúvida!

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Compras on line sites de promoções

Rapidamente apareceram no mercado sites de promoções on line:LetsBonús, Forretas,Groupom e...que ao aderirmos nos entopem o emal...depois das férias demorei tempos a cancelar sites...
De facto são apelativas, grande a quantidade de parceiros, slogans aliciantes, um chamariz para compra imediata "compre por X, era Y, poupa Z.
Difícil resistir!

Na LetsBonus, num ginário BodyConcept aderi a uma excelente promoção, ao chegar para a avaliação, que é uma treta, o negócio é fechado com o pacote de tratamentos,a empregada polivalente, massagista, esteticista, rececionista, comercial, "pau para toda a colher" fez-me uma lavagem ao cérebro para aquisição de cremes, que aderi, ela nem sabia o preço, no total duas embalagens foram mais caras que o tratamento ...quando refleti passei-me por ser tão estúpida!
Com esta empresa tive uma anulação por parte do operador que procedeu ao cancelamento do pacote promocional, neste caso o cliente deveria receber indemnização. Recebi o estorno do dinheiro entretanto debitado na conta do cartão de crédito.

Negócio de filão outras empresas sediadas em Espanha para fuga de impostos operam no mercado...

A Groupom na 1º promoção que aderi e sobre a qual reclamo e bem.
No dia marcado estive na Av de Roma do Dr Foot Body Clinic. Esperei mais de duas horas pelo médico que não apareceu nem se fez anunciar da causa da ausência.O diretor da clínica, simpático, não denota no entanto perfil para atender a resolver situações contrárias ao negócio.Depois da minha insistência via telefone com uma assistente para falar com ele, que nunca esteve, ou em reunião, ou tinha ido almoçar ou...fácil foi perceber que estava metida numa embrulhada.
Mais tarde e após explosão com a mesma assistente brasileira exigi o reenvio do email que o diretor disse ter endereçado à empresa Groupom pois só desta forma eu poderia ter a certeza que o mesmo lhe fora enviado.
Mal o que recebi, reenviei ao destinatário, e para grande espanto meu o mesmo veio devolvido por a caixa de correio estar cheia...e várias vezes o mesmo aconteceu.
O que evidencia que o dele nunca chegou ao destino!
E com isto a Groupom possivelmente nem sabe do pedido de estorno. Mas deveria porque em tempo útil enviei dois email para o que aparece nos cupons.Se não tiverem conhecimento duma forma teriam de outra.Nunca recebi confirmação de nada, nem do estorno na minha conta cartão.

Fiz uma pesquisa na Net pelo nº de pessoa coletiva da empresa e descobriu um nº atribuído a fax que não tenho e decido enviar novo email à clínica para fazerem o favor de o enviarem. Recebo como resposta que também não tem fax e que nada mais podiam fazer por mim e que também não lhe atendiam os telefones e que operavam em Espanha...
O problema?
Estou "pendurada" com 112€, que em caso de fim do prazo( 6 meses) fico sem direito ao valor. Não tenho culpa do médico não se apresentar.Tenho direito a desistir depois de tudo o que aconteceu.
No meio disto ainda estou penalizada com o dinheiro dos transportes no caso 6€, uma manhã perdida e ainda crises de nervos sem ver o fundo da estória com tantas estórias.

A quem nos podemos queixar?

O pior é que quem ganha são as empresas fiticias a operar fora de Portugal onde os impostos são manis baratos, ganham rios de dinheiro, por cada transação de compra arrecadam 50% do valor da mesma acrescida do IVA, o parceiro fica com o capital remanescente. Coisa para pensar!

Se é grande promoção, isto e aquilo que apregoam, como será uma consulta particular nesta clínica que eu paguei 112€ e a mesma já tinha posto no vaucher a menção de que a Groupom iria receber 63.104€ e o remanescente ficaria para a Clínica.
Curiosamente foi o diretor que me disse...

Coisa para se pensar e deixar de fazer compras sem fazer contas!

Argumentos para consultas em clínicas, uma Mesoplastia só se deve pagar no máximo dos máximos 50 € e não 400 e tal como anunciam e reduzem para 112 e depois já expliquei que quem ganha quem inventou o Negócio!

O pior mesmo é que a clínica na qualidade do seu diretor, apresenta quanto a mim falhas na resolução dos problemas, de não saber acatar as reclamações dos clientes e de se dar por vencido logo depois de enviado apenas um emal que nunca chegou ao destino e de tal nem se deu conta e fazendo fé que fez telefonemas que não foram atendidos.

O caricato?
Se eu tivesse feito a consulta e deixado o vaucher, fariam a tramitação do mesmo para a clínica ser ressarcida do valor.Então porque não aproveitam o mesmo modo para solicitar o estorno do vaucher?

A resposta da clinica na pessoa do seu diretor "nós daqui mais nada podemos fazer", não é justificada.Tem de fazer!
Para tal é preciso engenho e arte na resolução de problemas.

Ao aderir foi-me automaticamente feito o débito na minha conta cartão e o mesmo só será estornado com um crédito se o parceiro na compra o reivindicar a meu favor.
E andamos todos nós neste Portugal à beira mar plantado a aturar gente que nada sabe do essencial.
Exige-se ser eficiente, a novela continua...

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