segunda-feira, 30 de junho de 2014

Amei voltar à feira de S. Martinho do Porto

O ser humano é comparativamente com a rã, um ser de extrema pele sensível-, sendo animal de sangue frio, e o homem de sangue quente, a união dos elementos da terra e da água, traz a estes animais, as rãs, a alegria no prazer do coaxar e saltitar, o que em nós humanos pode ajudar a desenvolver a nossa sensibilidade em relação aos outros. Porque nada é aquilo que parece ser seja em que situação for, seja pelos equívocos, ilações e conclusões precipitadas, nos juízos de valor do conhecimento superficial por incrível que pareça ainda há gente que " empranha pelos ouvidos sem discernir o certo do errado" na deixa do desvario vai atrás da conversa de outros, sem antes se indagar, ponderar e questionar o visado no confronto da palavra direta. Estas situações originam que amizades de cariz precário que se cria e vive no contexto das feiras, se traduza em alguma credibilidade falsária -, seja pelo riso amarelo de caras fingidas, pois nas costas falam de nós a matar, no pior se excitam a incitar ao conflito conflituoso com outros, sendo que pela frente continuam a falar de boa cara, como se nada fosse-, só pode ser hipocrisia, gente sem escrúpulos, de má formação educacional -, o que deixa transparecer -, talvez o desalento as deixe assim pois gostariam de ser primazia de atenção deferida a demais no mesmo meio -, sendo que na prática seja o passar quase despercebidas, sem brilho -, estar, que não deixa de ser salutar, ainda assim, o que parece se revelam infelizes, por lhes faltar palco para atuar ouvir palmas e elogios, e na revolta , revoltadas, não ponderam dar facadas, e morder com outros na picardia, com unhas e dentes na intenção de ferrar ferrão por interposta pessoa de cariz frontal, para me afrontar -, nesta diuturnidade de longa idade no conhecimento humano pelo trabalho de relações públicas, a mediar créditos e conflitos, e neste agora já de muito ano, a saber e querer entender as feiras, me interrogo se o será também por inveja, da minha alegria contagiante, do meu estar, e dos meus bens materiais, sintam lhes possa roubar alguma coisa, ou o valor da reforma ? Apanágio de gente, sem falta de bom senso no saber destrinçar o trigo do joio, no calor da raiva enraivecida acalenta estigmas de maldição, no desplante os debate acaloradamente com outros à sua semelhança, que interpela e instiga, e nesse propósito nasce o boato de embuste ardiloso, no desprestigio do acuso direto apelidado injurioso, pelo líder revoltado, sendo jamais tal fim o da pretensão assim sonhada. Ora acontece por via do resulto de opinar sobre realidades constatadas que deveriam ser colmatadas por quem de direito -, acaso houve gente que as interiorizou como picanço, e com isso se ofendeu, sendo no caso sem ofensa alguma, porque o meu estar neste meu falar, nada os atingia diretamente, pois nem os conheço bem, os sinto de carater reservado, de boa índole e educação, o que pensava, e ainda penso com reservas, ora relevo por achar que assim aconteceu seja da leitura enviesada, ou ouvida deturpada da boca de outrem, que os induziram nesse mau estar de revolta, sendo que a intenção das minhas palavras proferidas não tiveram a satisfação de menosprezar ou ridicularizar, sem qualquer magoa direta os implicados a se sentiram atingidos, sintoma que lamento se assim o sentiram, por jamais assim por mim na vontade em ser retratados. Infelizmente nas feiras fatalmente o que tenho vindo a constatar seja pela recessão, falta de emprego ou complemento de rendimento, tem surgido aumento de novos feirantes não credenciados, outros que se credenciam para segurança. e ainda outros que à posterior a anulam...Aos certames sente-se a cada dia a afluência de legalizados à mistura de outros à revelia, que se infiltram pela falta de regulamentação, ou precária na falta de fiscalização, com mercadoria trazida de casa, outra de proveniência duvidosa(?) muitas vezes espólio de heranças herdadas de objetos que não apreciam, outras guardadas nos sótãos -, disso nada tenho com isso nem me choca-, pois há autoridades para se pronunciarem acaso sintam estranheza de algo que levante suspeitas. Assunto por mim abordado pelo menos há mais de cinco anos pelo negócio chorudo para colegas aproveitadores sem escrúpulos por os saberem novatos nestas andanças, deles se tem vindo a aproveitar da sua situação difícil, por os sentirem de bolsos vazios, tímidos e inexperientes, sem humanismo algum compram a mercadoria por tuta e meia...Numa feira em Pombal fiquei chocada, o mesmo na Sem Regras em Coimbra, e muita vez assim acontece em Setúbal. Também fui sorteada nesta apreciação na minha primeira feira em Figueiró dos Vinhos, assim "enganada" na lábia a vender material de qualidade, a baixo custo, a um colega de olhão gordo, pois o que eu deveria ter antes feito e não fiz, acautelar sondagem de preços.Fiquei contente no imediato, mas mais tarde entendi ser lucro falso, porque mal acabado o stock guardado em caixas durante anos, tive de ir ao mercado para o repor. A muito feirante iniciante acontece o mesmo, por o material lhes sair a custo zero (?)no pior entram em concorrência desleal com outro igual noutras bancas, neste estar vejo continuadamente seguidores. Há quem se amofine com esta realidade em a aceitar, por questão de ética-, invocam as mais variadas razões, e até válidas, por o colega do lado não vender o seu artigo igual, porque o adquiriu mais caro, a que acresce a margem do ganho, e ainda fica rotulado que é careiro, essa a verdade!
Por exemplo um candeeiro a petróleo a 5€, sendo que a chaminé custa numa loja de 6 a 8€ ,a ligação de latão 5, e o pé 8 a 12, depende da antiguidade, no mínimo entre 20 a 30 € pelo estado e antiguidade, porque novos, réplicas dos antigos custam à volta de 20 € nas lojas, já nem falo nos chineses.E brincos embalados a 50 cêntimos, que deixam o cliente a pensar a proveniência e a questionar-se, com legitimidade o que faz motivar uma pessoa para se levantar cedo, fazer quilómetros, descarregar, montar a banca para vender a este preço, e no bolso levar 10€-, será que se satisfaz? é pouca ambição!
Gosto do buliço das feiras depois de cinco dias sem nada ou quase nada para fazer, preciso de desenferrujar a língua, ver coisas que me alegram, sobretudo estabelecer contatos com gente anónima, claro sendo observadora gosto muitas vezes de escrever sobre o que vejo, para mais tarde voltar a rir. Espero seja a última vez que me preocupo mais com o meu carácter, do que com a minha reputação, porque o meu caráter é o que eu sou realmente, enquanto a reputação é apenas o que os outros pensam que eu sou.Ora se estou segura dos meus atos e de quem sou, porque hei-de temer as "fofocas" alheias? Nada de me preocupar com os comentários menos positivos, pois são feitos por pessoas cuja Luz é diminuta no único objetivo suposto de roubar a minha. Jamais me deixo perturbar, por isso continuo sempre a sorrir, embora tenha dores como toda a gente!
Coisa inglória de pouco tempo...Imediatamente de pé, erguida, não fosse forte a missão de passar a mensagem e o gosto de partilhar-, esse bem maior, que seja de coração no gosto de continuar generosa, que sei sempre o fui, sendo despretensiosa, a pensar que a vida pode ser muito mais divertida do que se pode supor à primeira vista, há que procurar a beleza e a magia que existe por trás das aparências de outros, e na capacidade de deslizar da escuridão, no melhor destressar, renascendo para novos dias, porque segundo o ditado "parar é morrer". Sei que jamais me preocupei na perda de batalhas ou de não atingir os objetivos à primeira. Só errando me vou aperfeiçoando, sem nunca esquecer-, " A arte de vencer aprende-se nas derrotas do dia-a-dia". Porque já alguém escreveu " A vida não consiste em ter boas cartas na mão e sim, em jogar bem as que tem". Nesse pressuposto ser inteligente é tirar proveitos das circunstâncias porque, isso sim, é sinal de lucidez e maturidade. O regresso do sol no Grande pensar de Bob Marley. Absolutamente belo, brilhante verdade!
"Vocês riem-se de mim por eu ser diferente, e eu rio-me de vocês por serem todos iguais."
Na minha pretensão de ser imparcial o desabafo com que exerço o meu direito de cidadania!
Acordei cedo para me fazer á estrada. Na bomba  junto de casa abasteci para a viagem   na aurora do dia a nascer com a trouxa de feirante no carro feito de carrinha coberta de vermelho...
Ponte 25 de abril sem carros com aviões a sobrevoar de dois em dois minutos
Eólicas  a caminho do oeste a desafiar o nascer do sol em raios radiantes...  
Torres Vedras e os seus moinhos. Na vinda apreciei a ruína de alguns, nos contrastes de azul do céu a entrar pelas janelas abertas...O que me apeteceu descer do carro e subir arribas!
Porque a esperança é ter a vontade de ir à luta para enfrentar aquilo que se gosta, por isso voltei à feira de S. Martinho do Porto.

Sendo dia de pouca feira, por ser o 5º domingo, o recinto mostrava-se alongado a circundar a baía a perder de vista e pelas vistas tanto feirante.

Calmaria, a baía de mar que se perde no olhar...
As dunas encantadas o que dei comigo a sonhar, a deambular de pés descalços... A D. Helena, a senhora destacada na feira no cargo de a vistoriar ainda não eram 8 horas quando cheguei, logo a vi andar já no terreno com gente atrás dela a distribuir lugares, onde se deixa ficar toda a manhã. O que se apresenta incorreto. Analisando o que qualquer pessoa coerente vê nesta feira e não devia, é a necessidade urgente de se fazer alterações substanciais, porque as normas da folha ninguém lhes parece dar credebilidade. O meu olhar a discutir, a discernir e no querer mudar no meu estar que me carateriza de frontalidade!
Primeiro, o local onde a senhora D.Helena deve estar presente para não se gerarem conflitos será no limite da feira, não permitindo que se ultrapasse. Segundo, regrar a feira na lei, exigindo feirantes credenciados. Terceiro, todos os feirantes sem lugar atribuído devem ocorrer a ela para se inscrever por ordem de chegada. Quarto, não se deve permitir bancas com espólio que não seja permitido na feira conceituada de velharias. Quinto, uma pessoa mostra-se manifestamente insuficiente para dirigir a feira, pela dimensão. Sexto, o pagamento deveria ser ou no dia da feira ou pago antecipadamente via multibanco, e não semestral que não se revela boa prática(?). Sétimo, não deveria ser permitido telefonemas na semana anterior ao evento a diligenciar lugares que sabem de antemão são de colegas que não vão, ou então passa a prática , como acontece noutras feiras .Porque os feirantes de lugar atribuído chegam e abancam na normalidade .Depois da hora estabelecida para se abancar, serão os feirantes da lista em posse da senhora encaminhados para os lugares sobrantes que definirá pela listagem e assim os distribui. Supostamente há pessoas que deverá conhecer neste agora a passar dificuldades. Me interroguei a razão da D.Helena ter deixado nas três bancas antes de mim, uma com produtos comestíveis da região, morangos e,..Ainda outra a vender espólio de pais falecidos, senhora com quem falei que me confidenciou ser o produto da banca, mas dos filhos, por isso não podia fazer desconto por não ser dela-, o que me deixou a pensar porque razão veio a mãe para a feira, e eles o que ficaram a fazer? Nem credenciada está, no entanto abancada em lugar privilegiado? Outros estaminés de chão só com roupa em segunda mão abancados no recinto antes do limite da feira...
E credenciados fora do limite-, para questionar!
Ora o humanismo até parece ser apanágio da fiscal da feira, mas se é para uns facilitado o terá de ser forçosamente para os demais da mesma maneira para não correr o risco de insinuações, palavras duras sendo sempre corrida e penalizada a raios e coriscos.Lamenta-se das queixas da Junta de Freguesia, dos aborrecimentos e chatices que lhe advêm de acréscimo com as feiras-, espanto saber, pergunto? Ainda não aprendeu a gerir o certame com tantas evidências nefastas? 
Fácil, basta começar por regrar, não facilitar abébia , e na companhia da autoridade aplicar as regras.

A senhora fez-se chegar por volta das duas da tarde na minha banca, não estava presente porque me deleitava a passear. Segundo ouvi comentar se mostrou zangada, por constatar feirantes que teimam se alongar fora da freguesia, com isso abancam em terras de Salir do Porto, ainda na última feira havia bancas nos parelhos de ginástica...Isso não pode ser!
Neste tipo de desaguisado há palavras quentes que saem da boca para fora, que magoam, até ouvi dela falar que seria bipolar...Atitudes desadequadas, porque mesmo que o fosse ninguém tem o direito desse mau opinar. O que se passa é que estando o certame desorganizado há muito com abusos crassos, há quem agilize entre colegas os seus lugares, que ocupam na ausência destes por estar pago, coisa impensável, que não deveria ser permitida. Sendo a D. Helena senhora alta de perfil autoritário se revela de caráter nervoso e impulsivo, pois o cigarro parece ajuda permanente de calmaria -, estando no exercício do seu laboro não deveria ser permitido quando interpela as pessoas, mote que a descredibiliza perante os feirantes, sendo que se lhe apetece fumar pára e fuma, para depois retomar o trabalho, o certo. Ainda assim há gente abusadora e deselegante que a arrasa na resposta grossa e palavreado incorreto, porque se dá ao desfrute, não sabe manter a autoridade que lhe foi instituída pela Associação que recebe a coleta da feira, não denota perfil para aguentar pressões, mostra-se com dificuldade em lidar com a gestão de conflitos -, já assisti a situações que foram incorretos de parte a parte. Até percebo que seja uma estafa estafada, o comando a comandar a feira desorganizada, há que tempos, sem ninguém que nela olhe com olhos de gente, e queira mudar para melhor. Convenhamos que a D. Helena se fez chegar a tarde e más horas, acredito depois de tanto desaforro de feirantes, cansada extravasou de fúria ao deparar que os feirantes não acataram o cartão preso numa árvore limitando o fim da feira.Ainda assim os deixou ficar, e altera o novo limite à sua livre vontade, no caricato muito pra lá da freguesia de Salir, estando esta atitude arbitrária desadequada, ora se é para uns deveria ser igual para os demais. Claro seria os feirantes serem alertados com modos e educação, em hora aceitável, e jamais em hora tardia. Parece a cena foi mesmo feia, o feirante antes de mim o meu marido a ouviu no recado " já lhe disse na última feira que não quero que traga roupa" excecionalmente determinou nele como sendo o último feirante a quem cobrou terrado, sendo a minha banca no seguimento questiona o meu marido se ultimamente tinha vindo, ao que responde que não, assim sendo o nome não constava na listagem, nessa retórica não se fez pagar, manda levantar a banca, o mesmo repetiu a seguir na mesma determinação desse desandar, e se vai andando no desfilar da calçada no passo lento determinada na voz de comando a repetir a deixa em levantar ferros "que não se responsabiliza se a GNR aparecer ,e ainda o recado, quem teimar ficar é por sua conta e riscos" armada de cigarro nas mãos e de modos em riste -, os meus vizinhos apanhados de surpresa, na desfeita amofinados acrescida quiçá da fraca clientela e da viagem longa ,se ficam neste estar a falar os três por entre dentes, e logo o inusitado se instala a D. Helena de costas, mas de ouvido tísico se apercebe da conversa, volta atrás para os instigar, por os ter ouvido comentar que não eram modos corretos de se fazer chegar e ainda por cima a fumar -, houve troca de palavras, no desplante na vaidade afirma ser licenciada, que sempre fumou, menosprezando-o pela fraca idade, a que ele na resposta descanta dizendo também o ser, e ainda que educação não é sinónimo de licenciatura, coisa que ela não sabe pelos vistos do que se trata...Ainda lhe diz que passou a semana a telefonar para a Câmara e nada lhe disseram de concreto, pois o certame é da responsabilidade da Associação que a D. Helena dá a cara (?).Pergunta-lhe o nome que se recusa-, ora quem defende o que acredita não deve ter medo de dizer o seu nome!
O que sei -, o envolvimento com estas pessoas pode ser fatal para o declínio da feira nestes moldes, se assim for valeu a pena tanto alarido!
Quem de direito tem dois meses para reinventar os moldes da feira, pois julgo em julho não se realizará .
Em abono da verdade os meus vizinhos são sem descrédito dos demais, pessoas educadas, que conheço há mais de 10 anos, sendo de caráter reservado, não criam problemas com ninguém, nem por eles se dá conta, de nível cultural acima da média seja pelo estar e falar, com clientela gama alta pelas peças da banca rica em antiguidades , de estética ganhadora de montras, que os olhos dela se regalam . Porque há formas de abordar, de dizer e até de solver problemas de última hora -, se a D. Helena fosse compreensiva, tolerante e mais humana -, e não de favorecer amigos, conhecidos e de quem mostra ter medo, bem o demonstra ser quando lhe convêm, o certo seria ter tomado essa atitude dizendo "de fato tem razão, eu devia ter estado aqui antes de vocês abancarem, por hoje ficam excecionalmente, mas de futuro tem de ter consciência do limite da feira e dos riscos que daí possam advir" ...Em resulto final é desagradável ouvir à boca cheia que tem vezes de chamar a GNR, outras o filho-, será ele homem Mazagão de pau em punho? Ora a GNR logo de manhã se apresentou no espaço, passou na minha banca e nada nos disseram!
As feiras servem para realizar dinheiro, para feirantes coletados que pagam impostos. O certo!
Se a recessão atira para a vida de feirante pessoas não coletadas, então que se crie um espaço limitado e regrado na feira apenas para venda dos artigos a colegas, para revenda.
Sendo que os feirantes na maioria se levantam cedo com imensos quilómetros, despesas e ainda a surpresa do azar da fraca clientela, no pior ainda ouvir e sentir desaforos, é demais!
Não há quem aguente, sendo de salientar que da minha banca para a frente a ordem foi de todos levantar ferro, os meus vizinhos sendo educados e bem mandados foram os únicos a fazê-lo, o que só revela educação, aceitando a ordem sem contudo aceitar os modos. Gente de fibra, de linhagem, que vai escasseando!
Fiquei porque o outro vizinho me aconselhou a deixar estar " que não vinha ninguém atazanar..."
E de fato não veio!
A serenidade da praia com as barracas em risco riscado azul no branco. Sabor poético, lindo para se amar e ser amado, fatalmente o que senti neste espaço idílico abrasador de singeleza e beleza a despertar ardente paixão!
Tábua anã de passar a roupa para a minha Dina
Ora o que está então mal? De fato vi um cartão a limitar a feira pendurado numa árvore do passeio ao endireito do Parque de Campismo. Mas quando cheguei já haviam montadas bancas depois do aviso, e ainda assisti a um feirante a obrigar outro que tinha as mesas já montadas, dizendo ali tinha ficado da última vez...Ora pergunta-se como, se já é lugar fora de portas? O colega acedeu educadamente, abanquei a seguir a ele. O que faz falta? Sinal sinalético a marcar o fim da freguesia para com autoridade se possa na lei fazer cumprir. Regrar a feira só com feirantes autorizados, segundo ouvi num polícia em Algés que mandou levantar um e lhe falou como deve ser " o senhor está a ser desleal com os feirantes coletados que pagam impostos e segurança social". A venda de roupa usada e afins não é permitida, mas continua por vendedores não credenciados que sendo da zona abancam nos lugares bem situados, uma senhora me confidenciou trazer o espólio da família que diz ser dos avós dos seus filhos que não o querem para nada -, pilha de pratos a estrear da OAL, lençóis com rendas, toalhas, pratas, serviços e,..Quem de direito deveria dar uma atenção especial ao artesanato, bijutaria e velharias, não permitir uma feira da ladra sem ordenação.Os lugares embora marcados, são grandes, o deveriam ser limitados, como uma feira deve ser organizada, tornando-a mais acolhedora . Por exemplo, em frente dos bancos compridos do passeio, na outra berma da duna podiam haver bancas. Em remate a pensar -, as feiras em locais turísticos tem de ter uma redefinição mais ordeira e de beleza, pois o cliente mais atento já comenta destrinças óbvias -, ontem ouvi falar bem de Belém de Aveiro... A minha visão despretenciosa, analitica sentida nesta realidade de feirante na vontade de ver alterados preceitos sem desaguisados e atropelos! Se alguém se sentiu ofendido aceite por antecipação desculpas!
Mas na verdade muita crónica de cariz semelhante já deu frutos na alteração de procedimentos nalgumas feiras, no melhor tem trazido gente nova que compra, outros entre colegas e compradores aprendem comigo no Lérias, a saber sobre peças, depois o fatal conhecimento na amizade que é um bem que muita gente nem sabe o que é!
Sou por isso insinuadora de inveja...Mas isso fui sempre, pela minha contagiante alegria e afetividade!
Reencontrei colegas que muito me alegraram. A Paula Isabel da Vila da Feira reconheceu peças na banca que tinha visto na loja on line, surpresa por me pedir abraços, pela leitura e os ensinamentos aprendidos, pois na mesma transparência disseram que são novatos, com dois meses de feirantes... Vem gente do Porto passear a S. Martinho do Porto. Um senhor olhou para a mala de cabedal que foi do Espírito Santo, jogador guineense, que foi do Benfica e morou em Almada, deveria ter sido arrombada...Amante de carros antigos que me mostrou no telemóvel o 1200 Volkswagen preto e branco com mala de cabedal... Que numa casa da especialidade no Porto a recuperou na pega por 50€ . Também um casal com casa em Salir que moram em Setúbal, muito simpáticos foram clientes. Igualmente outro casal, decorei o nome Ângelo, confidenciou ter privado da vida do GilMan da Fábrica Sacavém, conhecendo toda a família-, um gentilman tal como a esposa pelo estar e simpatia radiante, também compradores. Passou o Sr. Silvério Mendes com um saco cheio, desta vez acompanhado pela esposa a quem dirigi cumprimentos pela alegria de apreciar que a trouxe a passear. O Dom Quixote e a Dulcyneia com o André apareceram para levar a encomenda, ainda me presentearam com outra compra. Adoro este casal sem desprimor dos demais, pela conversa simples e franca maravilhada pelo sorrir, apaixonados por faiança.Uns queridos, gratuitamente dada receita do creme para afastar as rugas, que não decorei-, e como se já tinha a cabeça àquela hora cheia de apontamentos para a crónica? Nisto passam por mim dois velhotes no desfile da feira, sendo que um deles bate com o olhar num prato cantão da minha banca e diz para o outro " tenho um prato destes , mas o meu é brasileiro que me deu a Ti Maria do alto do panasco vivia naquela casita pequena onde se sentava no banquito, ora sabes quem era ali de Mil Homens, gostava muito de mim e eu dela -, disse-me para eu comer a sopinha e não me esquecer dela, que nunca comi pois o pendurei na parede, trazido do Brasil ". Com estas palavras se foi, agradecendo, nem expliquei que o prato não é brasileiro, por certo cantão que foi de Portugal numa mala para o Brasil, voltou na viagem de regresso!
A bacia de lata 
Na banca do Carlos Alberto que conheci em Leiria, reencontrei em Óbidos e pela terceira vez aqui. Homem interessante, de boas falas e amigo de conversa. A foto foi propositada na lembrança do meu tempo de criança -, numa noite escura em tempos de antanho com a minha irmã e pai fomos a casa de uns vizinhos cumprimentar o Carlitos Parolo regressado do Ultramar, sem luz elétrica por caminhos esburacados ao subir os três degraus de acesso à casa no gesto de puxar pela mão da minha irmã, eis que cai de frente e parte os dentes na pedra...Logo a visita virou enfermaria na sala da entrada a Ti Florinda e a filha Tina que puseram uma bacia igual a esta com água quente que vinha da cozinha da panela de ferro para lhe estancar o sangue até que alguém falou que seria melhor água fria, enquanto isso os homens que eram alguns, sem pena da coitada da cachopa, diziam acharem trabalho de mulheres, desciam pelo alçapão para se chegarem à adega para brindar com vinho a chegada do Carlitos -, coitadita de mim sentada num banquito de três pernas ao lume, calada que acordei do susto com um pixel de abafado que o Ti Parolo me trouxe para aquecer segundo ele o coração, um bom homem!
No dia seguinte o meu pai foi com a minha irmã ao Dr Travassos, médico de Arganil muito acarinhado em Ansião a quem dedicou a vida, lhe pôs a mão no ombro e diz "Valente não há nada a fazer, espera pelos definitivos..." 
Ao almoço mote de conversa a contar à minha mãe, coisa que ficou a mitigar na minha cabecinha, no que quis dizer, tempo que nada se podia perguntar-, para mim Definitivos eram os cigarros que o Ti Manel fumava ao domingo debaixo da laranjeira a ler o Amigo do Povo...
O Luís Litó ficou espantado de boca aberta quando se apercebeu que eu sou a administradora do Blog Lérias... 
Na Isabel Rute amiga de longa data com a sua querida filha Rita a quem comprei um cálice, pois os vidros também é paixão.
Comprei um prato de faiança no Hermínio, regateado ao limite, só conseguido pela amizade.
Num colega novo que vi pela primeira vez  o Tony, comprei um prato cantão estranho, para a coleção...
Na banca da D. Helena duas canecas de faiança.
Ri-me em riso salutar com a Bela Pimpão e o marido, a mulher mais gira de corpo a rivalizar com a  modelo Irina,  apesar dos seus cinquenta anos, a avisei para ter cuidado com o sol na pele do rosto que dela tem descuidado e não devia, sendo tão bela de olhar quente, sedutora, arrepia!

Aqui com o marido Pimpão e em baixo com o Josué
Outra bela feirante a Isilda, sendo forte se veste airosa em ocres e flores cerise um deslumbre de mulher.
Conservadoras a Lurdes e a Ana e,..Mas mui simpáticas.
Cumprimentei a D. Isabel e o Sr. Antero, o Sr. Manuel e a D. Helena, o António"Bacalhau", as Paulas, o Fernando o Luís e,...
  • A Madalena reconheceu-me da feira na Expooeste-, dela não e lembrava, apesar do belo par de olhos azuis trazia ferros forjados, camas, lavatórios ,bidés e  mesas...
Ferros outra das minhas paixões
Comprei um mil folhas a pensar nas palavras do velhote, mil homens -, com que me deliciei por ser grande, fresco, creme e massa como deve ser fofa, só por um euro. Alguns vareantes na praia, outros a passear, e amantes -, gente de meia idade sem clichés, se apresentaram abraçados, sorridentes, pareciam felizes assim o meu olhar, sentada na cadeira na sombra da enfezada árvore bateu num desses casais em fim de feira-, homem de cabelos alvos, de aspeto atlético, bem vestido, me pareceu altamente fogoso e atrevido no abraço apertado não a larga, ainda aperta no sussurro ao ouvido da bonitona e gira morenaça de raiz africana...Só me lembrou o meu bom amigo JM que na cabeça ainda lhe perdura uma amante assim a primeira, por Angola...Agora dou-lhe razão!
Trocamos palavras afetuosas, foram muito queridos, e eu com eles, ainda me deferiram na compra de uns tamancos minúsculos de madeira, e couro em miniatura por ser colecionadora de sapatinhos...Que ele sendo cavalheiro lhe ofereceu. Nisto passa um senhor de idade com um apequena forquilha e claro meti-me com ele por lhe achar no tamanho graça e perguntei-lhe se sabia para que servia-, desata a falar que lhe assaltaram a casa e levaram tudo até o papel higiénico...Emigrado na Canadá. A forquilha de cabo e armadura pequena servia para tirar o engaço do tanque para se espremer a água pé...
Bati afável conversa no final de feira com um casal de homos, simpáticos de dentes brancos que inveja me deixaram e de belos corpos magros. Encontrei a Nazaré que me elogia no penteado e ainda que o primo João, o Dr advogado, se farta de rir com os meus blogs...Falei bastante com o Raul de Abrantes que me confidenciou estórias...Há tempo foi convidado a ir ver uma "biblioteca" a casa de um antiquário nosso conhecido, que o foi de bom nome no passado, mal chegou ficou impressionado com o cheiro a mijo, mas mijo de primeira qualidade...Já da biblioteca finada de livros sem valia... Parece que os estou a ver no chão a 2€ cada...Desde que mudou de mulher os gastos suplantam-se em escala!Então não percebi no dia que os conheci. Enderecei saúde e cumprimentos à esposa Sinira.
Senti saudade dos meus companheiros nesta feira o Manel Peneda e da esposa Celeste do Porto a nossa cidade amada ...Como estarão os meus amigos?Espero apaziguado em paz comigo no amofinado sem sentido no face, a fazer jus ao Porto sentido!
Ao longe reconheci a silhueta da Dra advogada da Nazaré, torta de esqueleto mas bela de glamour vestida em voaile verde, na graça  esvoaçava na brisa o seu andar como uma borboleta.
Deixei a feira feliz, porque me encantei  com elogios e boas palavras, sei fiz encantar também...
Ainda por cima de bolso cheio...atendendo às outras vezes que mal dá para a despesa, sendo que sempre me contento com pouco e não devia  -, contudo a história da minha melhor realização como feirante o que reza.
Selfies...Difícil é resistir!
O sol, o mar, o cheiro das plantas da duna deixaram-me muito cansada...
O meu marido nesta hora tardia da tarde, ainda não se mexe, sente que levou porrada...

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