quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Agroal com piquenique em Rio de Couros

Ao longo da vida ir pelo menos uma vez a banhos ao Agroal é da praxe!
Ainda mais que se encontra praticamente reformulado o espaço, mais atraente e acolhedor.
Lamentavelmente na margem direita pertença de Tomar Nada ainda feito, e faz falta!
Da 1ª vez encontrámos duas filhas do Sr Anastácio lá dos lados das Cavadas, cujo pai, um cavalheiro muito simpático tinha uma ourivesaria e era relojoeiro no meu tempo de miúda.
Como era no antigamente, pobrezinho- o povo chamava-lhe "o barroco" traziam o sabão para se lavar junto da nora, que nesta intervenção não a fizeram e deviam, pois faz parte da tradição do Nabão.
Uma foto com a minha querida irmã em 75, a nossa mãe deixou-nos para o gozo de uma semana num quarto alugado, cozinhávamos no alpendre, vínhamos buscar água à nascente. O Joaquim , colega da minha irmã , surpreendeu-nos na cortesia da visita tirando-nos algumas fotos, aventureiro, ali se deslocou de bicicleta levando na mochila a máquina fotográfica.
O nosso quarto era nesta margem da direita, o passar da ponte era uma constante, sendo estreita de madeira , baloiçava, apesar das estacas de madeira...
Conseguem visualizar a coluna de encosto na parede no lado inferior esquerdo?
Era em mármore, sempre me fascinou aqui esteve décadas, cheguei a sonhar que seria romana (?) ao tempo o Nabão aqui seria navegável, existe ainda na toponímia nomes como  Porto velho e...
Na revitalização do espaço deram-lhe sumiço...teria ficado bem enquanto escultura!
Extenso tabuado que serve como se fosse areal. As mesas para piqueniques são escassas.A vista da encosta de vegetação crespa revela-se imponente na vontade de a conquistar. Uma das vezes ouvi vozes na entrada da gruta, aos anos que lá não voltei...
Adoro percorrer os trilhos serra acima e desfrutar dos aromas, da paisagem, de estar perto do céu e do verde, sempre a sonhar! Ainda o ano passado com a minha irmã subimos até ao cimo e vimos uma horta lá bem no alto.

Lindo passarinho cujo habitat é por estas serranias calcárias
Teimámos em voltar a banhos
A minha doce mãe no Nabão, a ideia era atravessar para a outra margem, debalde os calhaus a rolarem debaixo dos pés faziam cócegas...
O meu marido foi agradecer à senhora que vende os licores de chicharo de Alvaiázere, o fato do meu chaveiro ter aparecido. Foi nas Festas de Ansião, ela fez a fineza de rezar o Responso a Santo António, sem delongas disse como era e que estavam em casa, efetivamente assim aconteceu!
Agroal é sinónimo de piquenique. Desta feita num pequeno parque com privacidade
Rio de Couros, estava fresco...
O parque é ladeado por dois caneiros de água com corrente, que se juntam depois do churrasco. 
Há mesas, sombra e caixote do lixo.
O que faz falta? Uma fonte, embora a água seja corrente, até passei a loiça nela...
Falta um parque de estacionamento.
De resto é local aprazível com a estrada a caminho de Fátima sempre com movimento, sentimos abrigo na reserva da privacidade pelas árvores que também precisam de poda.
Ao lado salgueiros com relvado, mas encharcado, deve ser pela abundância de águas...
A selfie depois de comidinhos e regalados...
A selfie, desta vez a minha irmã fez-nos a cortesia da visita.Levávamos o farnel, mas ela quis presentear-nos com abundância, na churrasqueira encomendou uma dose de entrecosto grelhado que vinha acompanhado de migas de couve galega, batata frita e arroz, ainda trouxe mais vinho...foi de comer e chorar por mais...Muito bom!
Bem da 1ª vez a caminho de casa quis ir conhecer a Lagoa do Grou que fica no entroncamento do Fárrio para a Freixianda. Sabendo que a região é rica em geoformas cársicas, as lagoas ainda muito presentes, sendo que muitas as tem assoreado por vários motivos, sobretudo quando estão no enfiamento das estradas. O meu marido fez-me a vontade-, acontece que dela não vimos nem rasto!
  • De volta ao Fárrio, constatai mais uma vez que  nesta região circunscrita persiste ainda o uso de espigueiros de madeira como são típicos no Minho, antigamente nos quintais no final do verão viam-se os montes de feno à volta de um pau enfiado na terra como também é uso no norte.
 Estas carateristicas deveriam ser motivo de estudo, por as achar muito interessantes e tão intrínsecas por aqui. Como há quintas, uma forte probabilidade é alguém do norte se ter casado com alguém daqui e ter trazido essa tradição!
  • Bem estamos em pleno terreno da via romana, estrada medieval e real a caminho de Ourém e Lisboa.

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