domingo, 31 de maio de 2015

O Largo, a Rua e as Escadinhas das Olarias em Lisboa

"O nome de Olarias vem de um aglomerado de fabricantes de louça de barro vermelho, dos quais esta encosta era fértil. Também foi zona de olivais e de lagares de azeite."
Em caminhada com o meu neto no marsúpio regalámos o olhar com a azulejaria, o património e o fascínio das chaminés que ficaram escondidas nos quintais dos prédios.

"No Largo das Olarias fica a Ermida do Senhor Jesus da Boa Sorte ,começada a construir em 1759 e terminada em 1764.Possui um altar (lateral ) único no corpo da igreja ,na qual está um grande e famoso Cristo Crucificado ,obra de Machado de Castro.No altar mor há um Senhor Morto ,trabalho do pintor Apolinário Pereira e do Escultor Raimundo Costa. Nos nichos laterais tem imagens de São Sebastião e de Santo António."
"A urbanização do sitio das Olarias começou em 1498 ,depois de Dom Manuel I tomar conta do "Almocavar" ou cemitério dos mouros(na encosta do Monte do lado da Bombarda), cujos túmulos foram impiedosamente profanados.
Combinava a zona rústica de olivais e lagares para a produção e venda de azeite ,com a zona mais industrial das olarias de barro. Os lagares foram desaparecendo,lei inevitável da urbanização,mas as olarias prosperaram, e na terceira década de seiscentos havia por lá cerca de oitenta artífices oleiros.
Só no século XVIII,com a criação de fabricas de maior escala ,modernas e com outros horizontes industriais ,as olarias entraram em declínio o que levou a sua extinção."
Avistámos a Nossa Senhora do Monte
Uma chaminé, conseguem identificar no tardoz do prédio com o alpendre?
Grandes obras , com demolições num alto quintal

Azulejos em esponjado azul
Na falta de originais remendaram com outros também antigos. Interessante nos esponjados a disparidade da tonalidade, nuns mais forte, a cobalto e outros mais claros, várias fornadas?
Num beco ao fundo distingui uma Cruz esculpida ao meio da ombreira da porta
Do lado esquerdo prédio em abandono
Vínhamos no seguimento da chaminé que encontramos no tardoz do edifício da esquerda, supostamente a fachada da antiga olaria.
...9 molas a segurar no estendal umas cuecas pretas sob a visão do piriquito e do manjerico, as cortinas coloridas, só pode aqui viver gente alegre e bem disposta!

Travessa da Nazaré o Palácio dos Távoras onde funciona a Escola do Fado na Mouraria
Descobrimos outra chaminé
Ao fundo da escadaria o Palácio do Intendente que dá para o Largo com o mesmo nome

A descansar no banco do projeto idealizado por Joana de Vasconcelos ao Intendente, quem diria, hoje renovadíssimo, onde é aprazível estar, Foi uma manhã de muita cultura que o anjinho adormeceu!

Fontes
http://lisboahojeeontem.blogspot.pt/

3 comentários:

  1. Foi aqui que nasci e vivi até aos 16 anos. É um lugar encantado que nunca vou esquecer.

    ResponderExcluir
  2. É o meu refúgio. A minha zona de conforto

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Cara Ana Paula muito obrigada pela cortesia da visita.Já voltei a passar e constatei, mas não fotografei um prédio de gaveto em abandono, já restaurado. Lisboa e esta zona estão a ficar de cara lavada. Refúgios encantados onde eu também gostava de morar.

      Excluir

Seguidores

Arquivo do blog