sexta-feira, 8 de maio de 2015

Oeiras no ensejo comemorar o meu aniversário de 58 primaveras

Afazeres em Algés e na Câmara de Oeiras-, o mote de juntar o útil ao agradável em jeito de continuada comemoração do meu aniversário, festejado em Lisboa, desta vez partimos com bilhete zapping, o mesmo bilhete de comboio deu para parar em Algés e retomar caminho, no espaço de uma hora.Porque é sempre agradável revisitar Oeiras. O jardim onde decorre a feira de velharias onde vou amiúde, e o passeio marítimo também.Ontem, em grande caminhada pela zona histórica, na procura de almoço, passamos por outros restaurantes onde no passado comemos bem, um bom cozido há mais de 20 anos, neste prédio a necessitar de requalificação urgente, de porta  larga entreaberta, julgo agora só taberna...

Nesta rua comemos um dia umas petingas albardadas, uma especialidade com açorda.
 
 
Porque a cegueira era comer sardinha e não as havia, o meu marido descobriu um pequeno restaurante inserido na lateral do mercado onde havia carapauzinhos fritos, os saboreamos com um belíssimo arroz de feijão, onde não faltava  bocadinhos de pimento vermelho. Maravilhoso almoço, com salada e muito em conta. À quinta feira servem cozido. Promessa a de voltar de comboio e aqui comer de novo!
Edifício do mercado
Senti o núcleo central de Oeiras muito deserto...  
Igreja fechada,ostenta no portal a data de 1777.
Nesta taberna tinham servido cozido.O 1º andar com varandins em ferro forjado século XVII/I
Algum casario forrado a azulejos  pombalinos

Persistente o antigo marco de pedra que iguais existiam na beira das estradas a dar indicação dos km em falta para a próxima localidade.
Descobri uma quinta camarária ocupada parcialmente com parque de estacionamento sita no tardoz do casario com frontaria para a rua principal.
Aliás é coisa que não falta em Oeiras, são parques de estacionamento estranhos (?) inseridos em locais que deveriam ter outra finalidade.
Resistem de pé a palmeira esguia das primeiras a vir para Portugal trazidas no tempo das Descobertas, o moinho de lata de tirar água ainda uma frondosa figueira e uma buganvília roxa.
Fora de muros, supostamente pertença de outra quinta uma ruína com remate  de ameias, em jeito acastelada, um miradouro sobre o Tejo!
No meio de ervas descobri um poço tapado...
Tanque ou poço, só vi de longe, não me atrevi a chegar perto pelo desnível e ervas altas
 E um tanque em pedra
 
Quem andou sempre na minha companhia foi um belo cão de coleira, parecia perdido...
 
Laranjal inserido no que foi um jardim, ainda resistente uma roseira "Rosinhas de Portugal"

Nespereiras de volta delas andavam dois homens de raça negra, supostamente sem abrigo, para suprir carências...

Parede com azulejos de uma antiga cozinha? Deixei o cão a comer erva, para se depurar.
O acesso para a rua principal faz-se por entre casas com saída ao portal aberto
Mais fachadas de azulejo
Os nossos retratados reflectidos na vidraça da montra...
Muito património  na zona histórica em degradação...
Descobrimos outro sítio  num rua lateral para se comer barato
Não distingui muitos fios suspensos , estes abaulados são exceção...na falta de estética, que aqui devia ser privilegiada.
Uma varanda florida
Biblioteca Operária Oeirense 
Com muitos cursos, o que francamente gostei de ver.
O descanso merecido do gato em terras do Marquês!
A construção do palácio do Marquês de Pombal situa-se na segunda metade do século XVIII, sendo um projecto de Carlos Mardel, arquiteto húngaro, que havia de ter um papel privilegiado na reconstrução pombalina de Lisboa.


A entrada principal do palácio é feita por um amplo terreiro onde se situa o edifício da Câmara Municipal, o Pelourinho e um grande chafariz.
Placa mandada fazer pelo Automóvel Club de Portugal
A Rua do aqueduto é a antiga Estrada Real. 
O aqueduto de Cacilhas, nos  seus terrenos adjacentes encontrei outro parque de estacionamento...
Outros dos locais a salientar na Quinta Grande ou Quinta de Cima, é a Casa da Manteiga, a antiga vacaria, onde se produzia o leite e a manteiga e onde atualmente se produz o famoso Vinho de Carcavelos.
O que restam das vinhas  de  antanho do afamado "vinho de Carcavelos" junto do aqueduto, um pé  de videira altaneiro e  verdejante
 
A Ribeira da Lage. 
Uma figueira brota da parede de sustentação da ponte...
Para no futuro prevenirem cheias e enxurradas como no passado já aconteceu, estragando imenso os jardins, bastava uma máquina dentro do leito e retirar os calhaus rolados, deixando o leito desimpedido de pedras e entulhos, e mais fundo.
Flor de aranto, as folhas para mim são mais espetaculares do que a flor...
Quinta Grande ou Quinta de Cima  o grande pombal octogonal. 
Quinta de Cima hoje sob a tutela da Estação Agrónoma Nacional do Ministério da Agricultura está está inserida  a Casa de Pesca, que era do Marquês de Pombal
Não deixem de ver http://ruinarte.blogspot.pt/2014/03/a-casa-da-pesca-do-marques-de-pombal.html
Também aqui existe a grandiosa cascata do Taveira, aqui eram os pomares e a produção de madeira e de bichos-da-seda no tempo de antanho.
 
Resma de algodão libertado pelos choupos fêmea...
Uma fileira de boas oliveiras que deveriam ser podadas e apanharem a azeitona, já que são pertença da Estação Agrónoma Nacional...
O 1º brasão representa o escudo dos Carvalhos (tal como o do Marquês) encimado por uma mitra, o que indica a sua posse a um membro do alto clero e familiar da Casa Pontifícia, Pertenceu ao Arcipestre D. Paulo de Carvalho e Ataíde, tio do Marquês. 
O segundo brasão dos Marqueses de Pombal, sendo hoje seu legítimo titular D.Manuel Sebastião de Almeida de Carvalho Daun e Lorena, 9º Marquês de Pombal.
Ambos os brasões ostentam simbologia judaica em forma de estrela de várias pontas, muito usada por alguns da sua descendência, que o Marquês de Pombal pelos apelidos "Carvalho e Melo" não esconde.a que se junta arte e talento e mau caracter. 

Lamentavelmente a empregada da receção ao portão, encafuada num nicho fundo e escuro, se mostrou de falas  e gestos altiva, sem modos nem presunção para atendimento personalizado no que se espera ser a receção, no jardim do Palácio, no mesmo estilo, embora mudo e quedo, a colega da Loja, nem cumprimentos, nem tão pouco se dignou abrir a boca... 
Quem as escolheu supostamente se deixou ludibriar na falta de perfil ... 
Quem esteve bem -, a empregada da limpeza no edifício da Tesouraria, além de atenta, educada e cuidadosa, teimou limpar a casa de banho para eu entrar. Merecia aumento.De resto vi algumas janotas com fruta na mão, outras ao telemóvel na escadaria ou a desfilar pelos corredores, senti curiosidade  de as ver a trabalhar, se calhar fazem pouco... Já a senhora da Tesouraria, mostrou-se muito conservadora e eficiente, sem sorrisos, no desempenho cabal da sua função, com brio.
Nota-se um staf enorme que trabalha para a Câmara, um grande centro empregador do concelho , atendendo ao número de carros estacionados...Porém tamanha demasia seja antítese da suposta falta de profissionalismo numa maioria...
Uma boa aquisição  para o concelho, obra do Dr. Isaltino Morais
Belos painéis de azulejos pombalinos
Belos terraços


Vasos despidos de flores...
Lindos vasos a ornar a escadaria sem uma flor, ficavam bonitos com cactos tipo "arroz" que nesta altura do ano florescem numa panóplia de cores desde o branco ao amarelo, roxo, laranja e,...
Espécie perigosa, os ramos partem com facilidade
Triste constatar os canteiros a ornar a Ribeira da Lage sem qualquer flor ou planta...
Os jardins, planeados originalmente por Carlos Mardel no século XVII, são de influência francesa e inspirados nos do Palácio de Versailles.
Cascata dos Poetas 
Adornada por quatro bustos em mármore dos poetas admirados pelo Marquês de Pombal: Camões, Virgílio, Tasso e Homero.
Escultura de Neptuno ladeada por dois golfinhos
Entrada da antiga horta é limitada por pilares encimados com bustos de imperadores romanos. 
Também ao fundo ao longo da estrada vi um parque de estacionamento...
Fonte das quatro estações
Adega/Celeiro
Parque das Merendas
Obras de requalificação nas fachadas e sustentação de azulejos no rodapé, sendo que uma maioria já se perdeu para sempre 
Azulejos em esponjado a manganês e nas paredes a norte e a sul em verde, muito deteriorados
Lagar de azeite
Estranho o prédio moderno que deve ter vista panorâmica sobre o Tejo, junto a um moinho? Como foi possível a  sua construção???
Se já existia o painel de azulejo com o nome da Rua do Aqueduto, não era necessário colocar outra placa (?), o que me parece mal foi a colocação do poste da iluminação que deveria ter sido afastado um metro.Mas o que me parece mais correto seria dar o nome antigo, Estrada Real.
O Moinho de vento em lata 
Painel  de azulejos azul e branco com a ponte do comboio
Bons passeios com bilhete zapping, por 1,80 € é só vontade e partir à redescoberta!
Na Transtejo dei conta de três senhoras com mais de 80 anos, de cabelos alvos, muito velhotas a saborear bolos, estando de pé no quiosque...
Foram horas de bom lazer. Adorámos!
Fontes
Wikipédia
http://www.cm-oeiras.pt/voeiras/Turismo/MonLugHist/Paginas/PalacioseQuintas.aspx
http://tocahistoriar.blogspot.pt/2009/12/brasoes-da-quinta-dos-marqueses-de_11.html
http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=22656

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