sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Quase ao abandono e à secura do estio o viçoso das flores na Mouta Redonda...

Um belo prato em faiança de Coimbra dedicado ao Estio
As flores são mote encantador por darem vida às casas e às pessoas que delas gostam de olhar e cuidar com carinho. Apesar das minhas curtas estadias teimei por todo o lado em volta da casa rural fazer jardins, debalde, apenas as plantas mais resistentes se mostram sobreviventes à agrura da secura dos meses de estio, sem uma gota d'água, com lamento vejo outras morrerem de pé hirtas, como as árvores, a lembrar o poema 
Florbela Espanca , in "Charneca em Flor" 
Horas mortas... Curvada aos pés do Monte 
A planície é um brasido... e, torturadas, 
As árvores sangrentas, revoltadas, 
Gritam a Deus a bênção duma fonte! 

E quando, manhã alta, o sol posponte 
A oiro a giesta, a arder, pelas estradas, 
Esfíngicas, recortam desgrenhadas 
Os trágicos perfis no horizonte! 

Árvores! Corações, almas que choram, 
Almas iguais à minha, almas que imploram 
Em vão remédio para tanta mágoa! 

Árvores! Não choreis! Olhai e vede: 
- Também ando a gritar, morta de sede, 
Pedindo a Deus a minha gota de água!
O velho carro de mão agora guardador de vasos com sardinheiras
As sardinheiras brancas...o descaramento de a terem roubado  pelo pé...
Dragoeiro
Pedi à minha comadre Odete para fazer o favor de dar um pulinho para ver se tudo estava em ordem, telefona-me muito satisfeita, a dizer que adorou, tudo estava airoso neste final mês de março em dia radioso de sol, a ribanceira na frente da casa com muitos lírios roxos e brancos e os jardins cheios de  malmequeres amarelos, um branco repolhudo e outro  lilás, que tirou pernadas para levar. Admirada ainda disse, como é possível ali haver tanta variedade de flores e tão bonitas a fazer inveja a casas habitadas que ao pé desta se mostram quase nuas...
Não é por acaso que os nossos filhos adoram aquilo, é tão viçoso e airoso. Gostei muito. Virei ao largo da fonte que está em remodelação.
Sardinheiras, malmequeres e a trepadeira de vinha virgem
O meu marido a endireitar o salgueiro, ou chorão
Cosmos no verão
Jarros
Rosas amarela, pálida e matizada de vermelho
Cravetas e a pata de cavalo
Tamargueira de filamentos em rosa
Malmequeres
Rosas cor púrpura as pétalas parecem veludo
Flores da família dos catos de folhas finíssimas a que sempre chamei "arroz" de várias cores
Rosas cheirosas de Alexandria, as mais antigas do tempo da minha avó Maria da Luz
Malquereres redobrados em lilás
Malmequeres em branco e de olho amarelo
Lírios roxos
Rosinhas de  Santa TeresinhaPortugal
Aloe vera
Goivos
O feno do quintal com praganas, malmequeres e,...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seguidores

Arquivo do blog