domingo, 24 de janeiro de 2016

Fotos a preto e branco na idade da inocência, gente de Ansião

O meu primo Afonso Lucas, partilhou algumas fotos de crianças de Ansião, recolhidas nos escombros da casa de fotografia Jaime Paz , de paredes meias com a sua loja também de fotografia.
Relíquia histórica, a meu ver deveriam merecer destaque como outras em mãos de particulares pelo valor credetício vir a ser património fotográfico em  ala especifica no futuro Museu que ainda não existe em Ansião, e até parece inacreditável!

Valente, foi o meu bom amigo, o Prof  Arnaldo Silva de Torre de Moncorvo, comprou a casa do primeiro fotografo da terra na zona histórica. Endividou -se para a recuperar e nela instalar o Espaço Museológico do Douro Superior. Admirável tanto espolio com fotos de casamentos, do quotidiano, tradições e de muita gente.  

As fotos das crianças valem pelo testemunho da época, com crianças que se apresentam genuínas, ingénuas, mas também pela simplicidade do cenário, onde não se distingue qualquer preocupação do fotografo em fazer arte criativa (?), nem sequer usa a técnica do lençol a tapar a parede para dar realce à foto.
Há crianças que se mostram para a câmara com ar assustado, arregalado, amedrontado, espantado, intrigante mas também risonho. Devem ter sido tiradas na década de 50. 
Julgo que alguns olhares consigo identifica-los sem contudo saber os nomes...
Esta menina é muito bonita será a Elvira André, fico na duvida pela semelhança com a Helena Coelho que viveu no Cimo da Rua.
 
Bela expressão!
Esta foto tem uma expressão extraordinária já ao tempo aventava o futuro, pela pose de modelo - a Alzira, filha do Zé Saguim, vive no Mogadouro, explora uma loja de roupa de mulher, no prédio do Sr Bernardino na vila.
Olhar sério...
Quem serão as gémeas?
O sorriso do bebé na esquerda lembra os Serras do Escampado(?)
O meu neto Vicente tem este olhar maroto...
Olhar atento na câmara e o outro espantado
Esta expressão também me é familiar, agora saber quem é...
Graciosas, uma vestida de branco e a outra atrevida de mini saia e chapelinho na cabeça
Também cheguei a vestir-me de anjinho nas procissões, aqui vestido de S. João, mas não sei quem é...
O miúdo assustado parece que engoliu um palito...
A graça dos vestidos , o primeiro com combinação e rendas onde não faltam os casaquinhos de malha
Quantas crianças se sentaram nesta cadeira?
Supostamente foi a modista D. Lucinda do Fundo da Rua que me fez a fatiota, e o seu filho Virgilio Valente , mais velho do que eu 4 meses, experimentava até ao dia que se cansou e bateu o pé "não sou menina para provar vestidos) enfeitado com a gola em plástico por cima da gola da blusa, uma novidade que a minha mãe comprava em Coimbra na cave de gaveto da Praça Velha na única loja de chinos que na década de 60 existia na cidade.
Euzinha em pé, ainda tenho a mania de ficar com uma perna na linha da frente...
Aqui com a minha irmã
Interessante o rodapé das fotos com manchas pretas do cenário...o alpendre telhado aberto a norte ...

FONTES

Cortesia da partilha do meu primo Afonso Lucas

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