segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Museu Nacional dos Coches

Aconteceu ontem a visita ao novo Museu dos Coches. Conheci o espaço desativado e ao longo do tempo fui acompanhando a evolução da obra. Ao entrar senti-me desfraldada pela proporção em tamanho descomunal em comparação à rareza de espólio, esperava mais, bem sei que não está pronto, no final do mês vai fechar 15 dias para fazerem o que deveriam ter feito logo de início, suportes das peças e multimédia, julgo porque apesar de simpático o vigilante tinha dificuldades na fala ...
Li algures que  a este novo Museu dos Coches falta o calor da Monarquia, onde na verdade os coches são pertença.
Senti pobreza arquitetonica no enquadramento da bilheteira onde o afluxo por ser à borla era enorme no vaivém de pessoas, depois de adquirido o bilhete tem de se deslocar no sentido contrário gerando tremenda barafunda com os afilados em curva de meandro, quando poderia ter sido o projeto idealizado com a bilheteira e entrada no mesmo sitio e este abrigado, porque na verdade se mostra parovela desabrigada...

A exposição desenvolve-se no 1º andar com o piso em cimento bem podia ser em calçada como na entrada e nas casas de  banho onde registei a foto
 
A pedra teria sido a utilização mais vistosa e emblemática para se poisar a coleção de coches reais, do patriarcado, viaturas de aparato, berlindas, segues, liteiras, viaturas de caça, malaposta, a viatura para o transporte de correio e,...
O coche mais antigo foi trazido por Filipe II para Portugal em 1619, merecia a meu ver destaque e primazia, dele se fala correu Portugal (?) e apenas é o primeiro no desfile...

 
 Cama de viagem dentro de uma mala
 
 
O antigo Museu continua aberto com alguns coches ainda em exposição que se encontram fechados por cordões em cetim vermelho e no novo por fitas cinza de esticar...
As vistas para o exterior

Coches estilo barroco

Berlindas
Viaturas Eclesiásticas

 
Usada nos Círios do Cabo Espichel
Seges viaturas puxadas apenas por um cavalo.
Carrinho de Passeio utilizados pela Família Real para passear nos jardins
Liteiras e Cadeirinhas
 
Vitória - nome dado em Inglaterra em honra da rainha Vitória,  viatura usada para pequenas deslocações por jovens e senhoras.Pertenceu à rainha D.Amélia de Orleães e Bragança
 Carrinhos de crianças

Carros de caça 


 Carro do rei  com seis cavalos quando se deslocava a festas
 
 
 Mala Posta

 Vistas para poente
 Vistas para nascente
Ao meio da exposição existe um interlúdio educacional para crianças, os vi sentados com os pais que recortavam berlindas de cartões... no lado oposto evocação dos 300 anos da Embaixada de D.João V ao Papa Clemente XI.
Gravura da entrada em 28 de março de 1662 do Embaixador Lord Montague em representação do Rei de Inglaterra
Gravura do cortejo triunfal no Terreiro do Paço da despedida de Catarina de Bragança para Inglaterra em 20 de abril de 1622.
 Chegada a Lisboa de D.Francisco de Melo e Torres embaixador em Londres
Terreiro do Paço com o paço real e só um torreão




Pode-se subir ao 2º piso onde existem corredores que atravessam as duas salas longitudinais para se ver o panorama da exposição de cima, imaginem que ao poisar as mãos no varandim tremia...julgo seja pela estrutura anti sísmica...
 
No piso térreo consegui distinguir um coche, paramentos, cornetas e outros utensilios em reparação estendidos no chão.
 
Passeios de charette
Museu Nacional dos Coches no picadeiro
 Imagem grandiosa como era o primeiro Museu dos Coches
Quase vazio...
 
 
 
 
 
 
 Souvenirs...
O piso superior estava fechado, de nariz no ar olhei todos os quadros expostos e não distingui o quadro do cocheiro da Rainha Dona Amélia, esposa do Rei D. Carlos assassinado em 1908, homem natural da Constantina, do concelho de Ansião. Chamava-se José Rodrigues de Campos - para os ansianenses o José da Rita - e, pela sua importância no desempenho de tal ofício, foi retratado a óleo e incluído na galeria do Museu dos Coches, em Lisboa, onde a sua imponente figura sempre esteve exposta até que há anos uma remodelação, bem qualificada pelos seus efeitos, de tal modo lhe arrumou o quadro que dele se perdeu toda e qualquer pista... 
Seria interessante perguntar ao Museu dos Coches, até porque continua em mudanças e limpezas de materiais, o que fez ao quadro do José Rodrigues de Campos , pois se não o querem, que o entreguem à terra que o viu nascer, a Constantina!
Preocupante é pensar que espólios de Ansião, em Lisboa, desapareceram pelo menos três(?)
  • Interessante lançar o mote de petição para repor o quadro do cocheiro no Lugar certo-, Constantina!
  • Partilha da página do Facebook do Dr Manuel Dias,citando" Graças ao labor do historiador Mário Rui Simões Rodrigues descobriu-se um dos originais do Foral Manuelino de Ansião, em abril do ano passado. Contudo, um fólio tinha desaparecido (roubado, talvez, por algum colecionador sem escrúpulos), precisamente o que continha o rosto do foral."
  • Espólio encontrado em finais de 1800 nas imediações da Fonte Santa em Ansião- faca em silex e outros objetos, trazidos para Lisboa, debalde com a implantação da República perdeu-se-lhe o rasto...

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