segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Irmãos das Cinco Vilas na Ordem Terceira de S.Francisco, em Coimbra

Com listagem de entradas na centuria de 600 e 700
De Ansião, Alvaiázere, Pombal, Figueiró dos Vinhos , Pedrogão Grande, Penela, Pombal etc

S.Francisco de Assis 
Numa das raras cenas da sua vida em 1235 pintura de Bonaventura  Berlinghieri
Foto retirada de Wikipédia .
Disponível o Inventário do Arquivo da Venerável Ordem Terceira da Penitência de S. Francisco da cidade de Coimbra: 1659-2008
Tenha sido esta Ordem a  florescer no Pais com capelas ao seu culto.
Euzinha a segurar na mão do Santo António que em viu crescer
Citar http://ordemterceirasaofrancisco.pt/wp-content/uploads/2016/07/Indice-irmaos-VOTFCBR.pdf
"A Venerável Ordem Terceira da Penitência de São Francisco de Coimbra é uma Fraternidade da
Ordem Franciscana Secular, fundada em 1659 como pessoa moral eclesiástica canonicamente ereta, com sede em Coimbra, na rua da Sofia, 114, e tem por fim principal contribuir para que todos os irmãos e irmãs, impelidos pelo Espírito à perfeição da caridade a atingir no seu estado secular, vivam o Evangelho à semelhança de S. Francisco de Assis, mediante a profissão da Regra da Ordem Franciscana Secular , na qual a Fraternidade se integra.
Sendo essencial à sua Regra a vida de fraternidade, promove-se, em espírito de comunhão, todo o possível auxílio aos irmãos, incluindo o auxílio material.
Para além das atividades específicas da vida de fraternidade e de culto comunitário, com o fim de alargar o seu campo de apostolado, a Fraternidade inclui também nos seus objetivos a prestação de serviços de segurança social e atividades culturais preferencialmente e em igualdade de circunstâncias aos seus irmãos, estendendo-as a outras pessoas, indistintamente e na medida das suas possibilidades.
O âmbito de ação da Fraternidade é o concelho de Coimbra.
Foi S. Francisco de Assis quem deu forma às ordens terceiras seculares (existindo igualmente ordens terceiras regulares) designadas desta forma pois foram fundadas a seguir à dos frades menores e à das irmãs clarissas. Foi pela Regra do Papa Nicolau IV, seguindo a Bula de 18 de agosto 1289, e alterada com melhoramentos de vários papas."

Citar excerto https://www.academia.edu/20056077/Os_ministros_da_Ordem_Terceira_de_S._Francisco_de_Coimbra_no_s%C3%A9culo_XVIII_perfil_social_fam%C3%ADlias_redes_de_pode

"Uma das qualidades que se requeriam a quem desejava entrar na Ordem Terceira de S. Francisco, como irmão, era a da chamada “limpeza de sangue”. O candidato não podia pois descender de judeu, mouro ou negro ou, como se dizia, de qualquer infecta nação. Como se sabe, era esta uma imposição generalizada no acesso a diferentes instituições e cargos. Esta cláusula, no entanto, desapareceu dos estatutos ainda no século XVIII. Exigia-se também que fosse católico, de bons e louváveis costumes, sem mácula de crime ou infâmia, e que possuísse bens suficientes para a sua manutenção, ou que exercesse uma profissão digna que honrasse a Ordem. 
Foi recusada a entrada, por exemplo, a um pasteleiro e a uma vendeira da praça (Silva 2013: 39), pois tinham profissões consideradas vis e não honradas. 
Na escolha dos governantes, o crivo seria ainda mais apertado. E, na verdade, os ministros da Ordem Terceira estudados eram de cepa cristã-velha ou, então, já libertos do ferrete de um nascimento adverso. Por outro lado, metade dos ministros leigos eram cavaleiros professos da Ordem de Cristo, quase um terço alcançou a familiatura do Santo Ofício e um quarto dos ministros clérigos eram deputados deste Tribunal. Vemos assim que o recrutamento dos homens que governaram a Ordem Terceira em Coimbra se procurou fazer entre gente que correspondia, do ponto de vista da condição e da qualidade, a critérios bem exigentes. Aos ministros pertencia todo o governo temporal que geriam em conjunto com o definitório, os restantes membros da direção. A orientação espiritual competia a um comissário, religioso indicado pelo Convento de S. Francisco da Ponte, convento a que a Ordem estava vinculada. Aos ministros competia também examinar se os mesários e mais oficiais cumpriam com as suas respetivas obrigações. Pelos Estatutos confirmados em 1660, cuja redação parece reproduzir a dos Estatutos Gerais da Ordem Terceira em Portugal, a mesa definitorial, corpo que representava a cabeça de toda a Ordem e na qual repousava todo o poder e autoridade, constava de um ministro, um secretário, seis ou oito definidores, um síndico, um vigário do culto divino, zeladores, sacristães e um vice-visitador; entre as irmãs, uma ministra e zeladoras ...)
(...) A nobreza coimbrã teve no século XVIII uma forte representação na direção da Ordem, desempenhando o cargo de ministro em 39 anos. Por ele passaram as famílias mais prestigiadas, de orgulhosa linhagem antiga, da mais conservadora fidalguia, gente da governança da terra, com presença nas vereações camarárias e que tinha assento nas diversas sedes de poder da cidade. No topo da fidalguia antiga estava a família Sá Pereira, detentora de extensos bens fundiários e de uma grande fortuna. O fidalgo cavaleiro João de Sá Pereira [1661-1750], filho de Manuel de Sá Pereira e de D. Luísa de Melo (dos fidalgos da Várzea), era senhor dos morgados do Sobreiro e de Condeixa cavaleiro da Ordem de Cristo com comenda e tença.  
Exerceu na cidade todos os cargos: os de espada, pois foi capitão-mor de Coimbra e mestre de campo dos auxiliares, no município, onde foi vereador, seguindo tradição familiar, na justiça, como ouvidor da comarca, na administração, sendo provedor-mor da saúde; foi ainda comendador da redízima do sal da alfândega de Setúbal, provedor da Misericórdia de Coimbra em diversos anos e provedor do Hospital de S. Lázaro, ofício de que a família tinha a propriedade. Foi ministro da Ordem por cinco vezes (em 1702, 1711, 1717, 1724 e 1725). Era pessoa com tanto poder e influência que até conseguiu autorização régia para fechar um caminho público, que ia de Condeixa-a-Nova para Eira Pedrinha, e atravessava uma sua propriedade, desviando-o para outro trajeto (Soares 2001: 279).O filho deste, e de sua prima D. Joana de Sá Pereira, Manuel de Sá Pereira [1690 -1764], com mandato terceiro em 1723, herdou a casa e condição de seu pai, com os mesmos títulos, preenchendo os mesmos lugares, e acrescentando ainda o de familiar do Santo Ofício. Foi também escrivão e provedor da Misericórdia em vários anos e, em 1759, mordomo da Universidade em Treixede. Foi acionista, em 1764, da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, com direito a voto (Macedo 1951: 272). Era o homem mais rico da cidade com renda anual calculada em 1727 em 15 mil cruzados (Soares 2002: 83). Quer o pai, quer o filho, assistiam a maior parte do ano em Condeixa-a- -Nova, no seu solar, que foi destruído aquando das Invasões Francesas (Soares 2001: 35), mas mantinham casa na cidade, situada na rua da Ilha, casa com seu quintal murado, pátio na entrada, cisterna no meio, varanda ao redor do pátio e janelas para “todos os ventos”, exceto para leste.Também fidalgos de antiga linhagem eram os Melos, ao tempo da Restauração parentes muito próximos dos senhores da Casa de Povolide. Desta família foram ministros Duarte de Melo e Sousa, em 1709, e seu irmão António Luís de Melo e Sousa, em 1713. Este era senhor da quinta da Várzea, onde tinha capela particular junto às casas da quinta, e senhor de vários morgados e prazos,  como o de Assafarge. Elemento da mais conservadora e poderosa fidalguia, foi capitão-mor da cidade e termo, com um domínio muito amplo, num momento de elitização do mando municipal por parte de uma oligarquia fidalga. Família poderosa, que vinha dos inícios dos tempos modernos e cuja casa tivera “raro brilho em Seiscentos” (Soares 2002: 94), ainda aparentada aos Melos da quinta da Várzea, era a dos Leitões de Sousa. Desta estirpe, foi ministro em 1729 João Francisco Leitão de Sousa, filho de António Leitão de Sousa e de D. Lourença Josefa Pereira Botelho. Fidalgo de primeira linha da governança camarária, bem próximo da tradicional nobreza de espada, um dos homens mais ricos da cidade, possuindo por essa altura quatro a cinco mil cruzados de rendimento por ano. Morava à porta da Traição, mas tinha quintas em Banhos Secos e em Ribeira de Coselhas. Aceita ser ministro na Ordem num momento em que se recusa a integrar as vereações camarárias (quando a primeira fidalguia da cidade saiu em bloco do poder concelhio), invocando a circunstância de viver a maior parte do ano com um tio fora da cidade (Soares 2002: 81-82). Oriundos de fora de Coimbra, pois têm origem na vila de Montemor-o- -Velho, mas há muito insertos nos círculos de poder da urbe coimbrã, eram os Sás Pessoas, com casa na rua das Fangas e quinta em Santa Clara, a das Canas, família que se posicionava entre as mais abastadas. Entre 1753 e 1755, foi ministro o cónego António Pessoa de Sá Figueiredo e Cunha, elemento desta família, filho de Bernardo de Sá Pessoa. Este último era fidalgo da Casa Real, e foi capitão-mor da vila de Pombeiro, vereador da Câmara conimbricense, deputado dos Marachões do Mondego, provedor e escrivão da Misericórdia. Logo a seguir, em 1756, está no governo da Ordem António Xavier Zuzarte Maldonado Cardoso [1707-1777], filho de Francisco Zuzarte Maldonado e de D. Mariana Machado . Era assistente do correio-mor em Coimbra, ofício que herdara, e morava na mesma rua das Fangas, na sua casa, que tinha brasão. Foi vereador (a família tinha assento nas vereações desde o século anterior), superintendente das coudelarias da comarca, capitão-mor de Eiras, tendo ocupado a provedoria e a escrivania da Santa Casa em vários anos. Em 1735, o rei concedeu-lhe a propriedade do ofício de escrivão do Hospital Real de Coimbra, que fora já do pai, e em 1765 a Universidade nomeou-o mordomo no Taveiro. Fidalgo de fresca data (o pai obtivera o alvará de fidalgo cavaleiro em 1717), era cavaleiro professo da Ordem de Cristo, senhor de um notável conjunto de bens de morgadio e de bens livres, localizados sobretudo na zona de Eiras. Em 1764, entrou para o projeto estatal da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, com direito a voto (Macedo 1951: 268), tendo-lhe a Misericórdia concedido um empréstimo de três mil cruzados para a compra das ações (Elias 2010: 265-266). Em 1777, quando se candidatou ao cargo de superintendente das coudelarias da comarca, que vagara por morte do pai, foi calculada em dez mil cruzados a renda do seu filho Francisco Zuzarte de Quadros e Meneses.Veja-se, por exemplo, que Luís Pedro Homem de Figueiredo Deus Dará, fidalgo da Casa Real, na época senhor da quinta das Lágrimas, que concorreu ao mesmo cargo, teria apenas metade disso .Casa também destacada e com poder na cidade, e ligada por parentesco com a anterior, era a da família Brito e Castro. Originária da região de Oliveira do Hospital, detinha um importante património, com diversas casas, vínculos e propriedades, quer na cidade e seus aros, quer nas terras de origem e outros lugares da Beira. Em Coimbra, na quinta da Portela, estava o seu solar, rodeado por olivais. A esta família pertencia o fidalgo da Casa Real António Xavier de Brito Barreto e Castro (filho de Manuel de Brito Barreto e Castro), ministro nos finais do século (1797-1799), deão da Sé de Coimbra, que encarnava a aposta que a família fizera no mundo do cabido catedralício, de pingues proventos .  Fora antes escrivão e, durante treze anos seguidos, provedor da Santa Casa.Família vinda de Montemor-o-Velho é a de Filipe João Saraiva de Sampaio e Melo [1695-1782] que vai ser em Coimbra um homem poderoso. Filho de António Saraiva de Sampaio e Melo e de D. Filipa Luísa Coutinho, era fidalgo da Casa Real, cavaleiro professo da Ordem de Cristo, familiar do Santo Ofício; foi vereador da Câmara (com diversos mandatos), deputado dos Marachões do Mondego, várias vezes escrivão e provedor da Misericórdia. Era senhor da quinta das Sete Fontes e dos morgados de Freches (Trancoso) e do de Vila Verde, que lhe veio por via da mulher, sua prima, D. Inês Luísa de Castro e Ayala. Para se avaliar da sua influência, basta dizer que, tendo a Coroa mandado, em 1749, afastá-lo da mesa da Santa Casa a que presidia, logrou voltar à provedoria por mais dois mandatos (Lopes 2002/2003: 215). Influente e rico: em 1764 atribuem-se-lhe oito mil cruzados de renda, montante de “nível plutocrata” (Soares 2002: 83). Geriu mal os bens familiares, pois, apesar de usufruir de tão grande fortuna, acumulou tantas dívidas que, em 1762, as obrigações resultantes do capital e dos juros já perfaziam seis contos de réis. Viu-se assim obrigado a desfazer-se do prazo de Vila Verde para poder saldar o avultado débito à Misericórdia (Elias 2010: 282). Também o seu comportamento não se revelou muito compaginável com os atributos que deviam ter os fidalgos da governança e os ministros da Ordem Terceira. Manteve uma relação duradoura com uma engomadeira sua vizinha (vivia ela na rua de Quebra-Costas e ele na de Sub-Ripas), relação de que nasceram dois filhos, batizados como filhos de pais incógnitos, um deles nascido ainda em vida da mulher . Este menino era tido por seu filho, tratado como fidalgo, ensinado a andar a cavalo pelos criados de seu pai que também levavam todo o sustento necessário a casa de sua mãe. Toda esta conduta, assumida de forma pública, caiu mesmo sob a alçada punitiva da Visita Pastoral de 1763 .
Filipe de Sampaio e Melo, após uma longa relação, anos depois de ter enviuvado  , acabará por se casar em 1777 com esta mulher, Ana Vicência Joaquina, plebeia e humilde filha de um sapateiro que, ironicamente, virá a ser a matriz do futuro tronco de varonia da família, pois os filhos legítimos masculinos que o fidalgo havia tido de sua prima haviam morrido entretanto. Este fidalgo foi ministro da Ordem Terceira entre 1778 e 1782, já bastante idoso. Para o primeiro mandato foi eleito pelos membros da mesa da Ordem Terceira, para o de 1779 por mesa feita pelo padre provincial — investida na posse dos cargos pelo corregedor, em cumprimento de ordem régia (Barrico 1895: 32-33) —, mantendo-se da mesma forma no lugar nos anos seguintes.Com efeito, durante o seu mandato, em junho de 1778, estalou um conflito entre a Ordem e os frades de S. Francisco da Ponte, tomando ele o partido dos religiosos. O comissário, Fr. José de Jesus Maria, indo contra o que estava em uso, avocou a si o direito de propor, para votação, a lista dos irmãos a integrar a Mesa diretiva para o ano seguinte, direito que pertencia ao definitório terceiro. Essa decisão desencadeou uma guerra aberta, seguindo -se um período muito conturbado. A Ordem veio a retomar os seus privilégios em 1789, por deliberação do papa Pio VI, mas só em 1816 a concórdia foi completamente restabelecida, voltando os religiosos da Ponte a exercer o cargo de comissário e regressando os irmãos à capela contígua ao convento (Barrico 1895: 29-64). Esta contenda de Coimbra não foi um fenómeno isolado — questão semelhante surgiu em Braga (Moraes 2010b: 44-45 e 550) — pois, na centúria de setecentos, os religiosos franciscanos intentaram amiudadas vezes apertar o controlo sobre as associações dos irmãos terceiros, que conheciam um momento de expansão e de crescimento económico, e estes resistiram e lutaram por uma maior liberdade de ação.Fidalgos com um pé em todos os lugares relevantes da cidade são os Correias de Lacerda. Família com raízes na cidade de Lamego e na zona de Viseu, mas que há gerações tinha a propriedade do ofício de secretário e de mestre de cerimónias da Universidade de Coimbra. Foi ministro Bernardo.Correia de Lacerda (filho de João Correia da Silva), cavaleiro da Ordem de Cristo, que desempenhou o cargo três vezes (em 1703, 1710 e 1716). Pertenceu à vereação coimbrã, foi escrivão e provedor da Santa Casa. Era o senhor da muito conhecida quinta das Lágrimas, que constava de casas, terras lavradias, vinhas, olivais, árvores de fruto e sem fruto, azenha de moer pão, lagares de vinho e de azeite. O domínio útil desta quinta será vendido em 1730, pelo seu filho Pedro Correia de Lacerda, na sequência de um processo de esponsais muito complicado que o opôs a um outro ministro da Ordem de que falarei mais à frente, Manuel Mendes de Sousa Trovão, tendo a família Correia de Lacerda abandonado a cidade (Mota 2013: 385). De fidalguia mais recente, alcandorado a partir do oficialato camarário, é Francisco de Morais e Brito da Serra, filho do mestre de campo Francisco Garcês de Brito. Natural da vila da Azambuja, singrou na cidade coimbrã ao aliar-se por casamento aos Morais da Serra, família em posse da escrivania da Câmara desde o século XVII. Foi escrivão da Câmara (entre 1724 e 1747) e deputado dos Marachões, vereador em diversos anos, provedor da Misericórdia, instituição a que pediu vultuosos empréstimos (Elias 2010: 265-267). Um deles, de três mil cruzados, contraído em 1757, destinou-se à compra de ações da Companhia estatal das Vinhas do Alto Douro, já referida, para a qual entrou em 1764 com direito a voto (Macedo 1951: 269). Grande toureiro na vila do Cartaxo, acabou com uma dinastia de escrivães da Câmara — que chegara a ser tão faustosa que Francisco de Morais da Serra, seu sogro, se servia com carrocim de quatro rodas — pois teve de vender em 1747 o ofício ao mercador florentino Fernando Maria Martini (homem de negócio “grosso”, que manejava milhares de cruzados), e fê-lo por estar cheio de dívidas e não ter outros meios para satisfazer os credores, uma vez que todos os seus bens, salvo o ofício de escrivão, eram património vinculado (Soares 2002: 79-80 e 104). Foi ministro durante cinco anos, de 1757 a 1761.Gente da governança concelhia que vinha do século XVII é também a família Sá Romeu que tem, em 1718, António de Sá Romeu como ministro na Ordem.Outras famílias fidalgas de primeira água, que costumavam andar nas vereanças e outros centros de mando, como a família Castelo Branco ou Macedo Velasques, não colocaram nenhum dos seus elementos masculinos na direção da Ordem, mas tiveram representação por mulheres da casa. Ministra em 1728 foi D. Escolástica Josefa Margarida de Nápoles Castelo Branco. Era filha de Tomás de Sequeira Castelo Branco, vereador da Câmara e provedor dos Marachões, escrivão da Misericórdia, fidalgo que pertencia ao núcleo mais elitista do poder autárquico. Esta senhora foi protagonista de uma história dramática, ao casar-se por amor, e com homem da sua escolha, o licenciado Manuel de Freitas Aranha. Mulher ilustrada e dona de uma vontade forte, ousou afrontar a prepotência de seu pai, homem de feitio irascível, conseguindo licença para o seu matrimónio na Câmara Eclesiástica, o qual se realizou na igreja de S. Pedro em maio de 1709 (Mota 2009: 116-117). Da família Macedo Velasques, da quinta da Copeira, foram ministras duas mulheres: em 1775, D. Leonor Josefa Gertrudes da Gama e Brito, natural da vila de Olivença e moradora na rua de Quebra-Costas, viúva de Marçal de Macedo Velasques Sá e Oliveira. Este era filho de Jorge de Macedo Velasques, fidalgo, cavaleiro da Ordem de Cristo, que fora vereador, e irmão de António de Macedo Velasques Sá e Oliveira, capitão-mor de Coimbra em 1729. Dois anos depois, em 1777, foi ministra D. Joaquina Maria Xavier Libânia de Macedo Velasques Brito e Oliveira , filha da anterior, casada com Carlos Cordes Brandão Almeida e Ataíde, fidalgo da Casa Real, natural da vila do Sardoal."

Complementa a autora do estudo Guilhermina Mota
"Também outras ministras foram familiares de fidalgos que dirigiram a Ordem: 
D. Mariana Plácida de Meneses, casada com Manuel de Sá Pereira; sua filha, D. Mariana Antónia de Sá e Meneses; D. Isabel Maria Pereira de Meneses Souto Maior, mulher de António Luís de Melo e Sousa; D. Lourença Josefa Pereira Botelho, mãe de João Francisco Leitão de Sousa; Isabel Maria Pessoa de Sá Figueiredo e Cunha, irmã do cónego António Pessoa de Sá Figueiredo e Cunha; D. Brites Madalena de Quadros e Meneses, mulher de António Xavier Zuzarte Maldonado Cardoso. Informações tiradas de um estudo que tenho em curso sobre as mulheres ministras. 
(...) o Dr. António de Andrade Rego, fidalgo da Casa Real, lente de Cânones, representante de uma fidalguia letrada. Era filho do desembargador Inácio do Rego de Andrade, fidalgo da Casa de Sua Majestade, e de D. Madalena Maria de Lamirante. Foi ministro em 1727, ano da sua jubilação universitária. Apesar de seus ascendentes terem fama de cristãos-novos (a seu avô fora recusada a entrada na Ordem de Cristo), conseguiu ser colegial paulista. A aceitação por parte do Colégio Real de S. Paulo (de que foi mesmo reitor), onde a inquirição se costumava fazer com muito rigor, libertou-o dessa mancha (Marçal 2010: 113-114). Quando foi ministro, tinha sido já vereador da Universidade na Câmara coimbrã (1707-1708), desembargador da Relação do Porto (1714) e da Casa da Suplicação e titular dos Agravos (1716), cónego doutoral da Sé de Faro (1721) . A este jurista estarão destinados depois mais altos voos vindo a ser em 1735 deputado e conselheiro da Mesa da Fazenda da Casa de Bragança (Marçal 2010: 134), a casa mais importante da Coroa. Foi também deputado da Inquisição de Lisboa, em 1751 (Machado 1965: 203-204 e Machado 1967: 23), já perto do fim da vida (morreu em 1755), e membro da Academia Real da História, nomeado para substituir o Padre Rafael Bluteau (Fonseca 1995b: 478). Condições que perfazia também o Dr. Manuel Nobre Pereira, ministro em 1728. Era lente de Cânones e colegial do Colégio Real de S. Pedro, onde entrou em 1706. Natural da zona de Alenquer, filho de Manuel Antunes e de Inês Nobre, gente que vivia dos rendimentos da terra, alcançou o lugar de cónego doutoral da Sé de Coimbra (1720) e foi também vigário capitular, lugar de altíssimo relevo, pois respondia pela diocese em momentos de sede vacante; foi ainda deputado da Inquisição de Coimbra e vereador pela Universidade (1709 -1710). Como acontecia com alguma frequência no meio académico (as-sim procedia também, por exemplo, o Dr. João da Costa Leitão), tinha ao seu serviço como pajens estudantes de poucos recursos.Lente de Cânones era igualmente o Reverendo António Bernardo de Almeida, ministro entre 1762 e 1770, filho de Pascoal Marques de Almeida e de Francisca Maria Brandão. Natural da Baía, cidade onde havia rumor de sangue cristão-novo na família, fez o seu caminho sem sobressaltos. O problema da sua ascendência não o impediu de ser aceite no Colégio Real de S. Pedro (1730-1745) e de prosseguir a sua carreira, sendo cónego doutoral da Sé de Braga e chegando mesmo a ser deputado do Santo Ofício. Faleceu em agosto de 1770 e foi sepultado na igreja do Colégio de Santo António da Pedreira, templo de que foi insigne benfeitor, como se diz no seu registo de óbito  . O Dr. Luís António Lopes Pires [1744-1808], natural desta cidade, filho de Bento da Conceição e de Teresa Rosa, foi ministro em 1785. Lente de Teologia, foi cónego doutoral da Sé de Viseu (1786) e da de Faro (1792) e cónego magistral da do Porto (1800) e da de Évora (1805). Exerceu as funções de secretário interino da sua Faculdade, jubilando-se em 1806.Lente de Teologia era também o chantre da Sé de Coimbra, Dr. António da Cruz Ferreira, natural de Borba, filho de Manuel Rodrigues Guarda e de Joana Gomes de Seias, que foi ministro em 1730. Morava, em 1745, numa casa do Cabido, que possuía por aposentadoria vitalícia, situada ao arco de D. Jerónima, na rua que ia do Açougue para o Pilroteiro. Era uma boa casa de pedra, de dois sobrados, janelas de assentos, com uma dúzia de assoalhadas, cozinha, lojas, quintal com árvores de espinho e parreiras, estrebaria e palheiro; tinha oratório na sala chamada da Torre . Com ele viviam suas irmãs, provavelmente na sua dependência económica, pois a Universidade, após o seu falecimento, em março de 1760, veio a conceder a essas senhoras uma tença de 25.000 réis a cada uma, por dizerem ter ficado no maior desamparo e já em idade avançada (Fonseca 1995b: 549 -550). Ministro nos seis anos seguintes foi o Dr. Manuel de Matos, que fora secretário da Ordem, lente de Leis, desembargador, cónego doutoral da Sé de Viseu, deputado do Santo Ofício.Também lente de Leis e deputado do Santo Ofício era o Dr. João da Costa Leitão, nascido em 1683 em Oliveira do Conde, filho do juiz de fora João da Costa Leitão e de D. Ana Borges de Castro. Foi colegial de S. Pedro, desembargador titular da Relação do Porto e da Casa da Suplicação, vereador pela Universidade, cónego doutoral da Sé de Lamego. Na contestação que lhe moveu o canonista que perdeu o provimento desta vaga de Lamego, o Dr. António Dinis de Araújo, foi apodado de “inhabil” (Fonseca 1995b: 541-542), mas a eventual falta de habilidade não lhe dificultou o salto para um alto cargo pois, em 1739, sendo já lente de Prima, despediu-se da Universidade para tomar posse como monsenhor da Patriarcal. Antes, havia sido ministro terceiro em 1726.Pessoa com lugar de destaque na vida da Ordem é Francisco António Duarte da Fonseca Montanha Oliveira e Silva [1744-1825]. Lente de Leis, cavaleiro professo da Ordem de Cristo, era natural de Coimbra, filho do Dr. João Duarte da Fonseca, lente de Medicina, e de D. Maria Madalena da Costa Montanha e Silva , e irmão do Padre José Montanha que foi missionário na China. Homem hábil e competente, desempenhou uma multiplicidade de cargos. Na Universidade, foi almotacé da Feira dos Estudantes (1765), vice-conservador (1778), vereador na Câmara pela Universidade (1783-1785), diretor da Faculdade de Leis (1803-1811), vice-reitor (1809-1813); na administração central, foi desembargador dos Agravos da Casa da Suplicação e desembargador do Paço; foi ainda cónego doutoral da Sé de Braga (1799) e da de Coimbra (1809), provedor da Misericórdia (1754-1756) e deputado da Inquisição de Coimbra. Teve carta de brasão de armas em 1788 (Ribeiro 2012: II, 84). Faleceu em setembro de 1825, deixando vários legados a instituições de beneficência, a congregações religiosas, como a de S. Francisco, uma soma apreciável à Ordem Terceira de que era irmão, a casa em que morava, ao Marco da Feira, aos Hospitais da Universidade e a sua livraria a esta Escola. Eleito em 1784 como ministro, não se conformou com as condições de governo que então vigoravam, decorrentes da usurpação feita pelos religiosos franciscanos a que já aludi. Bateu-se com energia pela recuperação da autonomia e dignidade da Ordem, propôs a redação de novos estatutos e empenhou-se no restabelecimento da boa paz com os frades de S. Francisco da Ponte. Da Universidade saiu assim muita gente disposta a assegurar a chefia da fraternidade terceira. Mas os ministros eram, de forma predominante, eclesiásticos. De facto, dos professores que dirigiram a Ordem, apenas dois eram leigos: o Dr. Lucas de Seabra e Silva [1694-1756] e o Dr. Francisco Lopes Teixeira [1714-1790]. O primeiro era natural de Lobão, concelho de Tondela, e era filho de Gregório de Seabra da Silva e de D. Antónia Ribeiro Pinto e casado com D. Josefa Teresa de Morais Ferraz. Era lente de Leis e foi colegial de S. Pedro, primeiro passo na senda do reconhecimento social. Este jurista, juntamente com a sua carreira académica, desenvolveu toda uma carreira na administração régia. Foi procurador da Universidade, juiz do Fisco em Coimbra, desembargador da Relação do Porto, conservador da nação inglesa na cidade de Coimbra, desembargador honorário da Casa da Suplicação e dos Agravos, conselheiro de Estado e da Real Fazenda. Atingido o topo da carreira universitária, como lente de Prima, saiu da Universidade para ir tomar posse de um lugar como desembargador do Paço em 1745. Foi ainda provedor da Misericórdia e do Hospital Real de Coimbra. Pessoa de valimento e consideração, virá a ser fidalgo da Casa Real, cavaleiro da Ordem de Cristo e senhor de vários morgados, como o de Lobão e Fail (em que sucedeu), o de Figueiró dos Vinhos (que lhe veio por casamento), e o de Vilela (que instituiu) (Lopes 2002/2003: 221). Foi ministro em 1752, transitando da provedoria da Misericórdia, cargo em que estivera nos dois anos anteriores (1749-1751). O segundo era lente de Medicina (de Avicena) e o único que desta Faculdade esteve à testa da Ordem. Este professor, filho de Manuel da Costa Monteiro e de Maria do Ó, continuou um trajeto de ascensão já encetado pelo pai (um escrivão da correição que fora familiar do Santo Ofício)(...)"

Alguns dos ministros clérigos em exercício no século XVIII eram Professores da Universidade, mas uma boa parte pertencia ao Cabido da Sé de Coimbra 
Ao Cabido pertencia o deão António Xavier de Brito Barreto e Castro e o chantre Dr. António da Cruz Ferreira já mencionados. Mas pertencia também o arcediago Teotónio Valério de Figueiredo, que fora prior da freguesia de Pereira; natural do Taveiro, filho de um vereador e provedor dos Marachões do rio Mondego, de igual nome, e de D. Catarina Eufrásia Luísa de Sousa, foi ministro cinco vezes (em 1771, 1772, 1774, 1775 e 1777). Um outro seu irmão, o cónego António José de Figueiredo e Sousa, pertencia também ao Cabido.Cónegos e fidalgos são o já citado António Pessoa de Sá Figueiredo e Cunha, da família Sá Pessoa, e também o Ilustríssimo João Vieira de Melo e Sampaio, fidalgo da Casa Real, filho de Domingos Vieira de Melo e de D. Catarina Joaquina de Sampaio, moradores que foram na sua quinta do Ribeiro, freguesia de S. Lourenço, bispado do Porto. Era cónego prebendado da Sé de Coimbra, morava na rua do Açougue, defronte da Sé, e foi ministro dez vezes (1782, 1783 e 1789-1796), falecendo em janeiro de 1805. E cónegos prebendados da Sé de Coimbra são também José de Melo, ministro em 1704, Domingos Monteiro de Albergaria, ministro em 1776, morador na rua da Ilha, e Francisco Xavier de Almeida Pais, ministro em 1800, morador na sua quinta de Ponte de Água de Maias na companhia de sua irmã, D. Caetana Pais de Almeida . Durante o mandato deste último, no mês de março de 1800, a Ordem Terceira organizou uma grandiosa procissão de penitência, que foi da Sé Velha até à Igreja do Mosteiro de Santa Cruz, em que os irmãos se apresentaram sem capa, com coroa de espinhos na cabeça e na maior parte descalços. A procissão tinha como intenção implorar o auxílio divino para que cessassem as copiosas chuvas que caíam desde setembro e que haviam provocado grandes cheias no Mondego e prejuízos nos campos. Uma segunda procissão, de ação de graças, e com igual pompa, fez dias depois o caminho inverso (Barrico 1895: 86-90).
E cónego é também o Dr. António Vigier, ministro em 1737. Pertencia a uma família originária do Languedoc francês que tinha a sua atividade no rico comércio das drogas, com um ramo instalado na capital. Em Coimbra, esta família teve aposta forte no clero, pois era mestre-escola da Sé o reverendo Francisco Vigier, irmão do cónego, terá o mesmo cargo depois o seu sobrinho José Vigier (escrivão da Misericórdia de 1759 a 1761), sendo outro seu sobrinho, António Vigier, beneficiado na Colegiada de Santa Justa. O Dr. António Vigier morava na rua das Covas, na casa a que chamavam a Casa dos Bicos, por ter umas pedras lavradas com os bicos para fora, que era do Cabido, e que também tinha por aposentadoria vitalícia: boa casa de dois sobrados, com dez compartimentos, uma chamada casa da Torre com quatro janelas de assentos, cozinha, alcovas, um pátio com sua varanda, cocheira, estrebaria, palheiro e armazém de azeite .Ministro durante uns longos 14 anos, de 1738 a 1751, foi o cónego Miguel de Souto Maior [1674-1752], filho de António Álvares e de Antónia Soares, que só não terá continuado por morte. Era natural de Lisboa, familiar da casa de D. António de Vasconcelos e Sousa, fidalgo que o apoiou na sua carreira e o nomeou cónego da Sé de Coimbra (cargo de que tomou posse em 1708), quando era bispo da diocese (Machado 1967: 257). Foi o cónego Souto Maior responsável por alguns melhoramentos feitos na catedral e era ele quem dirigia a mesa da Ordem Terceira quando, em 1740, se iniciou a construção da sua nova capela (para a qual contribuiu com 452$325 réis) e teve a honra de lançar a primeira pedra. Por essa ocasião realizou-se uma solene procissão por si presidida e em que os irmãos já referidos, o chantre António da Cruz Ferreira e o cónego António Vigier, juntamente com outro irmão terceiro e com o guardião de S. Francisco da Ponte, levaram aos ombros a charola com a primeira pedra. Este ministro estava ainda em exercício em 1743 quando, terminada a obra, celebrou missa pela primeira vez na nova capela (Barrico 1995: 20-28). Morava junto da Sé, mas já na rua da Ilha, numa casa do Cabido, que possuía sob o mesmo título do cónego anterior, e semelhante às outras já descritas, com dois sobrados, várias salas e quartos, cocheira, pátio com cisterna e quinchoso com flores .Por fim, foi ministro também, de 1720 a 1722, o meio cónego António Fernandes Velho. Fora cura proprietário da Sé em 1712 e será escrivão da Misericórdia anos depois (1729-1731). Era filho e irmão de reputados mercadores, sendo um dos irmãos o cidadão e familiar do Santo Ofício Manuel da Silva Caetano, mais tarde escrivão chanceler do fisco real da cidade. Fernandes Velho era clérigo cioso das suas prerrogativas, pois manteve uma pendência com o Cabido em 1716 por causa de benefícios a que se julgava com direito (Fonseca 1995a: 118). Possuía uma casa na rua da Calçada, de que fez a doação a Álvaro Antunes das Neves, lente de Medicina, e um prazo de casas e quintal na rua das Azeiteiras, que acabou por vender ao alcaide desta cidade, Félix da Rosa Brandão . Vivia com desafogo económico, tendo ao seu serviço criados e escravos. Morreu em 1742 e foi sepultado na igreja de S. Francisco da Ponte .Mas nem todos os sacerdotes que foram ministros eram do Cabido. Podiam provir também de Colegiadas, como acontece com o prior da igreja de Santa Justa, o licenciado Mateus Vieira, ministro em 1705, ou com o rico e influente prior da igreja de Santiago, o Dr. Bento Antunes da Costa, escrivão da Misericórdia em 1690-1692 (Silva 1991: 61-62) e ministro em 1701. Este era filho de António Antunes, sirgueiro, que foi mester da mesa, homem que juntara uma soma de avultados cabedais. Uma filha sua, e irmã do prior, levara de dote mais de 10 mil cruzados ao casar-se com o Dr. João Pacheco Fabião, magistrado que fora juiz de fora em várias terras e provedor em Viseu. Um neto deste casal, Manuel Pacheco Fabião de Albuquerque e Melo, virá a entrar na fidalguia. O reverendo pároco não desdenhava pôr o seu dinheiro a render a juro, como fez em 1700, quando emprestou 60 mil réis a um pintor da cidade .O clero, no total, está altamente representado, pois mais de metade dos ministros são clérigos, o que coincide com o que acontece em outras Ordens Terceiras, como é o caso da de Braga. Nesta última, contrariamente ao que sucedia em Coimbra, havia uma modesta participação das famílias mais ilustres (Moraes 2010b: 135-138). De salientar também que o peso significativo do clero em Coimbra se deve muito ao facto de 40% dos eclesiásticos serem lentes da Universidade. Atividade no foro tem o jurista Dr. Diogo Ribeiro Santiago, morador na quinta da Alegria, ministro em 1707, que tinha sido já secretário da Ordem em 1701. Era casado com D. Catarina Leonor de Almeida Carvalho que, nos anos quarenta do século, já viúva, terá uma casa sobradada na rua do Açougue , prazo do Cabido, vizinha da do reverendo chantre António da Cruz Ferreira. Igualmente advogado é o Dr. Bento Álvares, ministro de 1786 a 1788. Era casado com D. Comba Aires Correia e morava na rua de São Cristóvão. Em 1774, é testamenteiro de Dionísio de Macedo Guimarães, que foi um importante e abonado mercador da cidade, cavaleiro professo da Ordem de Cristo e escrivão proprietário da Câmara coimbrã. Jurista é também o ministro em 1715, o Dr. Manuel de Almeida, doutorado em Leis, e familiar do Santo Ofício, que fora desembargador da Mesa Eclesiástica da diocese de Coimbra, para onde transitou vindo da Santa Casa, onde fora escrivão de 1704 a 1706.Com nobreza simples de cidadão, pertencentes ao mundo camarário, surgem três ministros. Têm percursos muito semelhantes, pois chegam ao poder concelhio em segunda geração, passando a afirmação social da família primeiro pela Universidade, uma vez que todos são filhos de lentes de Medicina.Manuel do Vale Souto Maior, cavaleiro da Ordem de Cristo, homem da governança coimbrã, exerceu o cargo de ministro em 1712. O seu movimento ascendente passou pela Misericórdia, onde foi escrivão nos anos de 1699 (Silva 1991: 63-64) e 1702. À Santa Casa voltará depois, como escrivão entre 1715 e 1717 e como provedor em 1726. Era filho do Dr. Manuel Rodrigues do Vale, lente de Medicina e familiar do Santo Ofício, e de D. Maria Souto Maior. Seguiu os   passos do pai, pois este também fora vereador, se bem que da Universidade, e tinha estabelecido já a ligação da família com a Misericórdia, uma vez que tinha sido médico na instituição. No universo concelhio, Souto Maior iniciou-se, em 1701, como capitão de Ordenanças das freguesias de S. Pedro, Salvador e Almedina, cargo que deixou de lhe interessar, e do qual pediu escusa — a qual obteve por provisão do Conselho da Guerra , quando ambicionou o de vereador, de incomparável valoração social, que conseguiu atingir em 1704. Quando o município resolveu aumentar a casa da Câmara na Praça, através da compra de umas moradas na rua da Calçada, prontificou-se a emprestar 610 mil réis para esse efeito (Soares 2001: 265). Esta disposição e esta largueza mostram o apreço em que tinha a sua pertença à governança e também que gozava de um indubitável bem-estar económico.Manuel de Abreu Bacelar [ca.1678-1732], licenciado em Medicina, foi ministro em 1714 (fora secretário da Ordem anos antes). Também era filho de um lente de Medicina, que também fora vereador pela Universidade, o Dr. António de Abreu Bacelar. Na sua rota de acrescento social conjugaram-se a Universidade, a Inquisição, o Município e o mundo dos negócios, pois foi vereador da Câmara, serviu de secretário da Universidade, foi mordomo da Universidade no Taveiro, médico e depois alcaide da Inquisição. Alcançou ainda o hábito de Cristo. Casou-se em 1708 com D. Teresa Josefa Ferreira, viúva de um lente de Medicina (o Dr. Manuel Moreira), mas que era filha de um conceituado impressor e livreiro, José Ferreira, cidadão que tomava rendas, o que lhe permitiu lançar a ponte para a vida camarária. E por fim Manuel Mendes de Sousa Trovão, ministro em 1719, filho de um lente de prima de Medicina, de igual nome, que fora vereador pela Universidade. Era cavaleiro da Ordem de Cristo, serviu de secretário da Universidade e foi vereador da Câmara. Tinha bens herdados de seu pai e o seu casamento com D. Maria Micaela de Sousa, viúva do muito abonado mercador Domingos de Magalhães e Lima, consolidou ainda mais a sua posição económica. No entanto, vai enredar-se numa série de problemas, chegando mesmo a ser preso em 1721, pouco tempo depois de deixar a direção da Ordem. A sua fortuna ficou muito depauperada, vendo-se mesmo na contingência de pedir dinheiro emprestado sob penhores, e perdeu muita da consideração social de que gozava, tudo se agravando com o já reportado pleito judicial que manteve com a família Correia de Lacerda. Estes três vereadores não se assemelham apenas nas suas trajetórias oficiais, já que as suas vidas privadas mostram pontos de contacto. Quando eram solteiros, todos tiveram filhos naturais de mulheres da cidade. Manuel do Vale, consorciado em 1711 com D. Maria de Santa Rosa Caetana e Costa, senhora natural da Batalha e filha do Dr. Manuel Antunes da Costa, teve nos finais do século XVII casa montada, na rua das Azeiteiras, a uma mulher solteira, de quem teve vários filhos. Um desses filhos, Helena Gomes do Vale, casou-se em 1713 com José Rodrigues Pinheiro , um barbeiro que vem a ser sangrador dos cárceres da Inquisição e a alcançar a familiatura, tendo sido também mester da mesa.Manuel Bacelar tem, dois anos antes de se casar, uma filha ilegítima, de nome Bernarda . A mãe era uma mulher chamada Maria Rodrigues, ama em casa de António de Távora Souto Maior, escrivão proprietário da Provedoria. Manuel Mendes Trovão, casado em 1714, tem também uma filha natural, D. Mariana Micaela de Sousa Trovão, registada como filha de mãe incógnita (que era, de facto, Ana Maria de Jesus). Esta filha irá casar-se com Luís da Silva Rocha, meirinho da cidade. Em 1769, ela e o marido pediram ao Cabido a renovação do prazo de uma casa situada ao pé do arco do Trovão, junto ao Largo da Sé, de que o seu pai fora enfiteuta, mas o Cabido não acedeu ao pedido (Loureiro 1960: 278). Em 1785, encontrava-se em estado de pobreza pois pediu à Misericórdia algum vestuário (mantilha, roupinhas, saia e sapatos), frisando, no entanto, que, embora necessitada, era pessoa “bem criada” (Lopes 2000: II, 236). Estes factos, assim como os que citei a propósito do fidalgo Filipe de Sampaio e Melo, que não podiam deixar de ser conhecidos, mostram que para a eleição dos ministros era muito mais determinante a condição social e os meios de fortuna do que os “bons e louváveis costumes” que a Ordem exigia para a entrada dos irmãos

E, com certeza, a exemplo do que se passava em outras instituições, a Ordem seria bem mais dura na avaliação da conduta dos pobres que pediam ajuda, pobres que, para a merecerem, se tinham de sujeitar a um grande controlo nas suas vidas .Em suma, são os ministros escolhidos entre pessoas socialmente qualificadas, com peso na cidade, com evidente capacidade económica , que exerceram cargos na Câmara, na Universidade, na Diocese, na Misericórdia, na Inquisição. Boa parte deles, os lentes juristas, desenvolveram carreiras na administração central, em tribunais superiores, no Desembargo do Paço, na Fazenda, outros empenharam-se no oficialato local ou regional, procurando os lugares que asseguravam poder, notabilidade e boa remuneração. É pois uma associação com uma cúpula fortemente elitizada onde não há espaço, à imagem do município e da Santa Casa, para gente que se dedica à atividade comercial e ao mundo dos negócios , e muito menos ainda para o universo mesteiral. Para a Ordem, importava ter no comando uma pessoa de prestígio e merecimento, que a representasse condignamente nas cerimónias públicas e lhe granjeasse o respeito e a consideração necessárias à sua afirmação e florescimento. A integração nos órgãos diretivos das Ordens Terceiras proporcionava um espaço para o exercício do poder, senão material, pelo menos simbólico e, para muitos, um veículo mais de ascensão social. Mas a pertença a estas instituições pias não se poderá reduzir à procura do acrescentamento pessoal. Seria ditada também por um impulso espiritual e pela vontade de ser útil aos irmãos. Acima de tudo, fazia parte de um percurso de salvação, concorrendo para o resgate das culpas e abrindo caminho para a bem-aventurança eterna. Por outro lado, a visibilidade que na sociedade barroca era facultada pelas manifestações exteriores de devoção, como as missas, as novenas, as ladainhas e, sobretudo, as procissões (no caso da Ordem Terceira principalmente a do Enterro e a de Cinza ) com todo o aparato cénico e a majestade do cortejo, onde os irmãos deviam estar presentes com o seu hábito, sublinhava uma distinção que engrandecia os seus ministros aos olhos de todos."

Mas o que isto interessa? 
Os relatos demonstram os Ministros da Ordem, o seu perfil social, famílias, condutas, redes de poder e ainda os apelidos comuns até ao séc XX na região centro , Coimbra, Ansião e Cinco Vilas, e os que ainda se mantém.
Para para mim o mais flagrante na maioria de apelidos de ascendência judaica, que passaram no filtro  jamais tinham acesso a entrar, o facto de serem descendentes de judeus cristãos novos ricos e letrados que lhes deu acesso aos estudos e atrás deste estatuto ganharam outros do Rei, portanto souberam "enganar" as hostes e com conivência de outros influentes , contrapartidas dadas, ou lábia dos audazes, se justificaram como cristãos velhos e com isso foram ministros da Ordem. 
E ainda  filhos de pais incógnitos.
Uma coisa eram as Normas e outra coisa são como se contornavam!

Na região das antigas Cinco Vilas, de Ansião  e circundantes, as pessoas que a  integraram e outras a ela interligadas , para quem  quiser identificar possíveis descendências.

Listagem retirada de http://ordemterceirasaofrancisco.pt/wp-content/uploads/2016/07/Indice-irmaos-VOTFCBR.pdf e http://ordemterceirasaofrancisco.pt/wp-content/uploads/2016/07/CEL-Ana%20Marg_125_136.pdf
Uma lista apresenta-se mais completa que a outra que apresenta nomes sem terra adstrita, mas com apelidos comuns como "Ventura".

Por ordem de entrada de Irmãos franciscanos naturais do distrito de Leiria  foram identificados 63 processos; 24 mulheres e 39 homens  situados cronologicamente entre 1659 e 1898, entre outras localidades as que interessam
Alvaiázere, Ansião, Figueiró dos Vinhos, Pombal, Penela e Pedrogão Grande

Irmãos das Cinco Vilas na Ordem Terceira de S.Francisco em Coimbra
1661 António Manso
Filho de Diogo Simões e Vicência Mansa
Mercador
Avelar - Ansião

1661 Lourenço de Castilho e Magalhães
Padre
Figueiró dos Vinhos  

1707 Ana Maria de Deus
Irmã da Ordem Terceira da Redinha
Pais Marcos Carvalho 
Redinha - Pombal

1710 Josefa de Azevedo Feijó
Pais  Luis de Azevedo
Pombal

1714 Afonso de Oliveira
Ourives
Pais João de Oliveira e Joana das Neves
Louriçal- Pombal 

1747 José Henriques
Mestre de Sapateiro
Pais Manuel Fernandes e Francisca Henriques 
Pedrogão Grande

1748 Manuel João Viegas
Pais João Neto e Isabel Dias
Casal dos Motes Freg S.Martinho - Pombal

1756 José Leal da Conceição
Sacerdote do hábito de S.Pedro
Pais Manuel Martins e Maria Leal 
Almagreira, Ribeira de Carnide - Pombal 

1673 Jorge de Basto
Filho de Manuel de Basto e Antónia Simões
Lugar da Mata -Alvaiázere

 1677 António Rodrigues o Velho 
Vale do Boi  em Santiago da Guarda - Ansião

1679 Sebastião Gomes
Assistente no Colégio de S.Pedro
Pais Domingos Gomes e Isabel Pires
Pombal 

1686 Manuel João Pereira 
Licenciado. Padre
Sem pais (da roda de excluídos? Apelido Pereira e licenciado.
 Ansião 

1689 Paula de Oliveira
Assistente na casa do Solicitador do Santo Oficio
Pais Manuel Fernandes e Isabel João
Alvorge - Ansião

1706 Luís Bernardes da Mota
Estudante
Alvorge - Ansião

1707 Simão Fernandes de Carvalho e Bárbara Francisca (cônjuges)
Filhos de Manuel João e Isabel Fernandes / Manuel Francisco e Maria Isabel 
Santiago da Guarda - Ansião / Coimbra, freg. S. Bartolomeu

1708 André Dias de Santo António 
Filho de Manuel Dias e Domingas Rodrigues 
Alvorge -Ansião

1711 Páscoa da Conceição
Pais Simão Aleixo e Maria Fernandes
Pousaflores - Ansião

1725 Manuel Carvalho
Oficial de sapateiro
Filho de João Martins e Isabel Fernandes 
Melriça em Santiago da Guarda - Ansião 

1728 António Manuel
Pais Manuel António e Feliciana Rodrigues
Ribeira de Penela 

1729  João Custódio e Úrsula Maria (conjugues)
Pais João Rodrigues Custódio e Úrsula de São Pedro
Manuel de Carvalho e Maria Moniz
Espinhal - Penela e da Cortiça -Alvaiázere 

1735 Francisco João de Sousa
Filho de Pedro João e Ana João 
Penela

1738 Manuel Vaz Cardoso
Ceirieiro
Pais Lourenço Vaz Cardoso e Teresa
Pombal 

1740 Francisco Coelho
Sapateiro
Pais Fagundo Coelho e Francisca Mendes 
Pedrogão Grande 

1740 Inácio dos Santos
Pais Domingos Sarmento e Maria João
Freg Sta Eufémia - Penela 

1740 Mateus Ferreira
Pais Manuel Ferreira e Maria Simões Arnaut
Espinhal - Penela

1744 António Curado
Pais António João e Domingas Curada
Freg. Sta Eufémia- Penela


1745 José António de Matos
Filho de Manuel Freire de Matos e Apolónia Freire
Ansião 

1746 Isabel da Conceição
Casada. 30 anos
Pais João Mariz e Isabel Fernandes
Casal de António Braz em Santiago da Guarda - Ansião 

1747 António Freire Parada
Pais Manuel Rodrigues Parada e Eugénia Freire
Penela

1749 Teotónio Lopes 
Licenciado.Advogado nos auditórios da cidade. 36 anos
Filho de Domingos Lopes e Margarida Jorge
Junqueira no Alvorge - Ansião
 
1750 Xavier de Matos Godinho
Escrivão proprietário do auditório eclesiástico. Casado
Filho de Pedro Simões e Ana Antunes
Ansião
1752 Gaspar Cardoso
Barbeiro
Pais Luís Cardoso e Benta da Assunção
Ansião

1752  António Cotrim
Pais Lourenço Alvares Neto e Teresa Cotrim de Vasconcelos
Freg.Santo Aleixo do Beco- Ferreira do Zêzere

1752 António dos Reis 
Pais Alexandre dos Reis e Jerónima Rodrigues
Corvo- Miranda do Corvo

1755 Filipe da Silva
Pais Sebastião da Silva e Maria Antunes
Gramatimha - Ansião 

1755 Paulino da Silva
Pais Sebastião da Silva e Maria Antunes
Gramatinha - Ansião

1754 Francisco da Silva
Filho de Sebastião da Silva e Maria Antunes 
Gramatinha  em Pousaflores - Ansião

 1754 António José de Abreu 
Filho de António de Abreu de Lima D. Antónia Joana da Gama e Andrade Lobo
Aguda em Figueiró dos Vinhos

1756 Manuel da Silva de Figueiredo 
Filho de Jacinto da Silva e Antónia Maria  
Freguesia de NSdoMonte na Sobreda - Caparica, (interessante pelo apelido Figueiredo pode ter ligação à Ansião à quinta das Lagoas ou Figueiró dos Vinhos)

1756 Jacinto Manuel de Campos
Pais Manuel Fernandes e Maria de São João
Espinhal - Penela  

1759 António de Bastos, o Curado 
Filho de Manuel de Bastos e Antónia João 
Freg. Sta Maria Madalena, lugar da Frutuosa - Rabaçal

 1759 Maria de Nossa Senhora do Carmo(nome secular Maria Ângela Rita Craveiro)
Assistente no Recolhimento no Paço do Conde
Pais José Correia de Sá Telles e Joana Craveiro
Figueiró dos Vinhos

1760 Manuel da Silva de Figueiredo 
Filho de Jacinto da Silva e Antónia Maria 
Freg. NS da Sobreda Caparica( a mesma situação pelo apelido Figueiredo da quinta das Lagoas de Ansião ou de Figueiró dos Vinhos) 

1761 Faustina Maria de Santa Teresa
Solteira, 30 anos
Pais José Rodrigues dos Santos e Teresa Josefa
Freg. NSAssunção - Pedrogão Grande 

1764 Catarina Mauricia
Assistente no Mosteiro de Sta Clara
Pais Francisco Gomes da Silva e D.Caetana Maria da Nazaré
Chão de Couce - Ansião

1764  António Simões de Almeida
Pais Manuel Simões e Maria Duarte
Penela


1767 Joaquina Inacia Xavier
Pais José Rodrigues dos Santos e Teresa Josefa de São Joaquim
Freg.NSAssunção- Pedrogão Grande

1771 Maria Leonor de Vasconcelos
Dona. Casada
Pais Nicolau Subtil de Carvalho e D.Isabel Maria da Paz Mendes de Noronha e Menezes
Sarzedela - Ansião

1771 Leonardo António da Silva
Pais António Mendes da Silva e Joana Maria da Piedade
Freg.Sta Eufémia - Penela  

1772 João da Costa 
Filho de Manuel Marques e Inácia da Conceição
Lugar de Cegonheira em Antanhol. Lugar que aparece num registo e casamento de Domingas Freire em Ansião

1780 Manuel Rodrigues da Mata 
Filho de Manuel Rodrigues da Mata e Maria das Neves 
Alvorge - Ansião

1780 Luísa de Freitas
Assistente no Real Mosteiro de  Sta Clara
Pais José Feliz de Freitas e D.Luísa Micaela de Jesus Maria
Chão de Couce - Ansião

1780 Mariana das Neves
Casada
Pais Manuel Rodrigues da Mata e Mariana das Neves
Freg NSConceiçao -Ansião 

1782 Joana Barata de Lima e Fonseca
Pai incógnito e Josefa Barata de Lima e Fonseca
Pedrogão Grande  

1784 Manuel Joaquim 
Filho de Manuel Martins e Maria Ferreira
Detrás da Igreja  na Lagarteira - Ansião

1788 Feleciana Ferreira
Mestre albardeiro. Viúvo
Pais Manuel Ferreira e Violante Nogueira  
Vermoil- Pombal

1788 Luís Ferreira
Albardeiro. Casado
Pais Manuel Ferreira e Violante Nogueira
Freg NSConceição - Ansião

1791 Luísa Maria Cândida
Viúva
Pais Manuel Cardoso e Maria Josefa
Redinha - Pombal

1791 António Freire 
Filho de Manuel Marques e Catarina Freire
S. Domingos da Lagarteira -Ansião
1791 António José Leal 
Filho de José António e Maria do Espírito Santo 
S. Miguel em Penela

1793 Josefa Maria da Conceição
Casada
Pais Francisco Domingos e Antónia do Espírito Santo 
Redinha - Pombal

1794 Teodósio José de Freitas
Pais Cosme Francisco de Freitas e Josefa Maria da Encarnação
Espinhal - Penela 

1796 António Nunes dos Santos
Pais Manuel Nunes e Maria de Jesus
Vieiros - Penela

1803 António José Duarte
Pais José Duarte e Felícia Rosa
Rabaçal

1805 Luís António dos Santos
Oficial de sapateiro
Pais incógnitos 
Pedrogão Grande
 
1807 Joana de Melo Freire
Viúva
Filha de Belchior dos Reis e Faustina Freire de Melo
Ansião

1895 António de Sousa Feio 
Pais incógnitos de Coimbra, freguesia de. S. João de Almedina.
Curioso de pai incógnito e carrega dois sonantes apelidos- Sousa Feio. Ao tempo houve um Bispo Conde com este apelido em Coimbra , Ainda usuais em Ansião, Alvorge  e Figueiró dos Vinhos

1895 José Pais de Abreu
Pai incógnito e Luísa
Vila Nova da Rainha 
Os dois apelidos da Aguda, pode justificar a entrada na Ordem(?)

1898 Cândida da Conceição Marques Santos
Viúva
Pais José Marques dos Santos e Justina Fortunata
Freg NS da Conceição em  Ansião 


 
FONTES
Wikipédia uma foto

https://www.academia.edu/20056077/Os_ministros_da_Ordem_Terceira_de_S._Francisco_de_Coimbra_no_s%C3%A9culo_XVIII_perfil_social_fam%C3%ADlias_redes_de_poder

http://ordemterceirasaofrancisco.pt/wp-content/uploads/2016/07/Indice-irmaos-VOTFCBR.pdf 
http://ordemterceirasaofrancisco.pt/wp-content/uploads/2016/07/CEL-Ana%20Marg_125_136.pdf

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