segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Excelência de águas mornas de outubro em Sesimbra!

Sensação de vivências perdidas por estar tão perto de Sesimbra a menos de 25 km, e há anos sem voltar...
Aconteceu em dia feriado de calmaria com muito transito todos em querer dizer adeus ao verão, estando em pleno outono.
Vista sobre o castelo




Antiga buganbilia das mais resistentes pela cor roxa a refrescar o jardim

Percorri a vila onde esperava encontrar maior desenvolvimento atendendo à especulação imobiliária com venda a estrangeiros. Debalde em prática julgo que encontrei os mesmos prédios devolutos em espera e outros embargados, apenas se salva o Forte de Santiago recuperado.
 

Não apreciei a substituição dos candeeiros de braço por modernos por não combinar na vila histórica.
Platibandas de faiança no remate de casario antigo
Preservados alguns prédios de fachadas em azulejo 



Bela mansarda
O menos bem? o r/c com alterações sem estética...
 Aumento de prédios nem sempre feliz ...
 
  Remates de telhados tradicional em beirado duplo e simples
 

Reprodução do Pelourinho? Bem conseguido!
Pedestal em formato quadrado e o términos elegante


Belo remate no terraço do prédio
Não se pode comer em Sesimbra!
Em terra de mar e de bom peixe é um abuso a carestia dos precários! 

Na tasca do Isaías de mesas corridas com toalha de plástico ao meio dia e meia já se mostrava com fila na porta...Os preços pularam e de que maneira! 
Na tasca do Treze onde tantas vezes comi as sardinhas ao pé dos sacos de batatas encostadas ao balcão. Foi remodelado, virou fino onde depois apenas só fui uma vez...Gosto de tascas onde se come bem e mais em conta. Nos restaurantes de nomeada e hotéis, só para alguns endinheirados. Lamento em Sesimbra cada vez menos haver um bom sitio para se comer em conta.O peixe graúdo é bom; atum e o espadarte, e lulas, salmonetes e besugos e carapaus, mas muito caro, o mais vulgar as douradas e o robalo igualmente caros, e na certa de viveiro...O pão de Alfarim continua afamado, o vinho da casa saboroso, mas muito caro o mesmo das couvetes; manteiga  e paté ao preço de um pacote, e as sobremesas também caras. Já as moscas eram atordoadas com pó de café a arder, essa não sabia, mas resulta!
Um espadarte 
Sardinhas doces no café do Sr Emídio Fernandes Tomé de 92 anos, natural de Castanheira de Pera.Um exemplo de homem trabalhador ainda activo
Painel azulejar aqui posto supostamente comprado como reprodução (?) os antigos o tamanho dos azulejos era mais pequeno e aqui parece inteiro (?) .
Contraste com um verdadeiro no convento dos Capuchos em Caparica
 Um óculo em pedra
  Almoçamos numa esplanada, mas não aqui...
 
 
Vistas da fortaleza sobre a calmaria da baía...e da serra.
 
 
 
 
 Poço na fortaleza
 
 A lareira na entrada da fortaleza

A graça das chaminés em fila...
 Mercado ao ar livre

 
 A praia começou a encher...
Afinal era dia de prova de natação na baía de Sesimbra, cuja primeira edição realizada em 1925, uma das mais antigas provas de Natação em Águas Abertas de Portugal. Passeata pela vila a povoar-se de gente.
Estacionei no areal junto da fortaleza e caminhei até à partida onde havia grande concentração de atletas e participantes populares, na maioria com os nºs inscritos nos braços, costas e tocas, distingui o nº 2 e o 578, atletas de todas as idades e poucas mulheres. Reparei que os homens desenvolvem o peito, quase todos com mamas, a balançar...Havia um mar de atletas e famílias por todo o lado; salesianos, Estoril, Alhandra, Peniche, Tomar, e...Toda a baía se encheu de gente a lembrar agosto em dia de águas mornas.
 
Palmilhei todo o areal  na expectativa de encontrar pontas de silex como há anos as encontrei debalde a muita areia sem conchas nem pedras soltas, apenas encontrei umas pedras em brecha da Arrábida e uns pedaços de cerâmica de telha polida pela água na graça da sua textura de barro entranhada com pedrinhas na graça do seu uso artesanal e refrescar aqui e ali sempre a gosto em águas transparentes , deixei os achados no saco de novo palmilhar areal até à praia do Ouro onde a prova acabava.

  Ninguém queria perder a prova de natação...
Da parte da tarde na água fui surpreendida com um peixe lua, nadam mal por isso o apanhei. O meu marido a quem pedi para ir buscar a máquina para o fotografar nem se mexeu por ouvir a voz de uma defensora dos animais a protestar para largar o peixe... redondo e grande, espalmado, sem cauda, da cor da xaputa em prata e negro brilhante, encaminhei-o para o mar e passados uns 15 minutos aparece a 3 metros de mim novamente onde uma família o agarra, o encaminha e lá se foi...
 
 
 
 Arquitectura anos 60?
Porta forrada a escamas...
No pior? Os caixotes do lixo de silo a tresandar de fétido cheiro, restaurantes caros para katano a lembrar o Algarve , acessibilidades precárias a merecer uma IC e o parco estacionamento.





Adeus a Sesimbra com banhos de manhã e de tarde sem vontade de sair da água apetitosa..
O sol brilhante a brilhar que encadeava...
Um dia fantástico!

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