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domingo, 6 de setembro de 2015

Bem- Vindo à Cova do Vapor...

Voltar à Cova do Vapor, já que o dia acordou sem sol para tomar banhos de praia , também pela curiosidade da avioneta caída no rio nas imediações da praia da Trafaria, entretanto já retirada no dia 30 de agosto pelas autoridades.
Na entrada simbologia do mar-, barco com o nome da terra e âncora.
Cova do Vapor-, o vapor que fazia a ligação para Lisboa, ditou-lhe o nome nesta cova outrora chamada o Bico da Calha.
Slogan publicitário preso no gradeamento dos terrenos privados da Praia de S. João
Rua principal onde se sita a padaria e pastelaria Panicova
De facto olhei a montra de bolos e os achei grandes, perguntei à minha filha- lembras-te onde os comprávamos assim grandes e baratos-, resposta na ponta da língua-, Feira da Tocha, responde a empregada -, nós somos de Cantanhede. Pois claro ali ao lado na mesma tradição!
Bons tempos de férias na Figueira da Foz , ao domingo não se perdia a feira da Tocha a céu aberto que se desenrola entre  estradas, e onde há de tudo. Quantas vezes ali se idealizava um piquenique-, sem delongas dividiam-se tarefas; um ia para a fila do leitão, outro ia comprar vasilhame para o vinho( ainda não haviam os packs), outro ia à procura de bom melão, pão, batatas fritas e bolos,  e outro comprava toalha, faca e guardanapos...

Engodo apregoar Bolas de Berlim de fabrico tradicional na televisão que se vendem por Lisboa e na praia da Caparica ..nada disso, não passam de banais, amachucadas, que já as comi, e as vejo acondicionadas em açafates de verga ...
E ali tão perto na Cova do Vapor  as Bolas de Berlim de aspeto intocável, redondinhas, lindas, frescas e saborosas.

Choca o céu  da Cova do Vapor se apresentar num emaranhado de fios elétricos e telefónicos que faz lembrar um " amontoado de barracas do faroeste, sem rey nem roque , acima, abaixo, em viez, em monte, de qualquer jeito sem maneira estética"...
 
Chega-se um jipe que pára na estrada, saí o motorista para ir tirar a corrente do estacionamento em plena via pública, que considera seu (?) e deixara fechado para ninguém lá estacionar. 
Por aqui o sentido de posse de coisa alheia é incrível!

Não imagino o que vai acontecer no futuro na Cova do Vapor.Mas algo terá de ser feito e rapidamente, p'ra aquelas bandas, antes que aconteça uma catástrofe; seja vinda de surpresa do mar em alvoroço, porque pela frente há confluência de correntes com o Tejo, ou por incêndio pela imensa matéria combustível, casario semeado à toa, na maioria com madeira ressequida, vivem paredes meias com ruelas e becos que se mostram carreiros estreitos.
Aqui é zona privilegiada, sobranceira ao oceano e Tejo, de caras para Lisboa. 
A construção sem nexo de anexos de veraneio, mas já algumas transformadas em habitação própria,  em terreno alheio do Estado, o mesmo aconteceu na Costa da Caparica, Fonte da Telha, Arrábida e,...logo a seguir ao 25 de abril. Sendo que no tempo algumas casas foram deitadas abaixo, outras foram mantidas, alvitradas que eram de pescadores(?)  lamentavelmente por suposta incúria camarária foi atribuída rede de água, energia, recolha de lixo e até o asfaltamento de duas ruas, as principais.
O Estado descuida-se na falta de fiscais que zelem pelo seu património, com isso há "gamanço" praticado por gente oportunista, porque sabe que ele-, o Estado, é desleixado!
Choca ao olhar atento a falta de planeamento urbanístico e ordenamento  do casario construído em proveito próprio, em chão alheio, que sendo do Estado, deveria ser um Bem de todos os portugueses, e não só de alguns, que de qualquer forma se aventuraram em infringir a lei e no tempo dele tomam direitos(?). 
Na verdade quem não gostava de ter um barraco de madeira, a lembrar os Palheiros da Tocha e de Mira, bem juntinho do mar com jardim de catos, enfeitado de conchas com chuveiro resguardado pela trepadeira fechado a tabuinhas?
Quiçá incúria maior poderá ser algum notário celebrar escritura por usucapião (do latim usucapio: "adquirir pelo uso"; palavra do género feminino) é o direito de  domínio que um indivíduo adquire sobre um bem móvel ou imóvel em função de haver utilizado tal bem por determinado lapso temporal, contínua incontestabilidade, como se fosse o real proprietário desse bem
A usucapião urbana individual ocorre somente no caso de imóveis urbanos com área de até 250 metros quadrados. É necessário que o imóvel tenha sido ocupado para si próprio ou para abrigo de sua família e, ainda, que o indivíduo tenha tratado o imóvel como se dono fosse. Não há exigência de justo titulo e  presume-se a boa-fé, mas é exigido que o possuidor não seja proprietário de outro imóvel, urbano ou rural, e que a posse tenha ocorrido:
  1. De maneira mansa e pacífica;
  2. Ininterruptamente (continuamente);
  3. Sem oposição do proprietário; e
  4. Por prazo igual ou superior a cinco anos.
O que faz transparecer é que uma maioria de casas são de segunda habitação!
Na entrada em maré baixa o areal é a cada ano maior
Vista do oceano
Forte do Bugio
Entrada do pequeno jardim com duas pinhas cravadas em faiança
Janela em cima do telhado em lusalite..deve ser um calor abrasador, a fachada repintada está bonita
Uma boa reconstrução de veraneio para alojamento
Local idílico podia ser berço de civilização moderna, ocidentalizada, de substancial sucesso, incrível com todas as valências para ser monumental, por aqui algures foi a primeira colónia balnear de Portugal inaugurada em 1901 pela Rainha D. Amélia, esposa de D. Carlos, sinto que toda a freguesia da Trafaria urge a necessitar de ordenamento e requalificação, porque se apresenta ao visitante um marasmo de incongruências!

Fontes
Wikipédia

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