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sexta-feira, 18 de março de 2016

Mini férias a convalescer na casa dos avós em Almada

Abençoada a sorte aleada ao prazer em receber amiúde na minha casa a minha filha e os meus netos. Desta vez para convalescença do Vicente, os dentes molares a romper o atormentaram com febre alta a rondar os 40º,  e diarreia, sintomas que o atacaram e de que maneira, coitadinho quase sem reação, ficou molinho, perdendo o apetite. Mostrou-se a recuperação difícil , felizmente arribou devagarinho, sendo que voltou a ser o menino querido e engraçado que todos adoramos. Para o agasalhar tivemos que lhe vestir camisolas que foram da mãe, com mais de 30 anos, bem guardadas e de novo depois de lavadas na ribalta, é sempre emoção sentir ternura por peças que fizeram história no passado tricotadas pela minha sogra guardadas no tempo, sendo que uma maioria  de mulheres não lhe daria a mesma importância...No sábado de manhã depois do pequeno almoço ainda sentado na sua cadeira na cozinha ficou a ver-me bater a massa para a base do pão de ló  para a tarte de amêndoa, que a mãe desde criança tanto adora, de mãozita esticada pedia para ajudar a bater, claro que me aproximei fazendo-lhe a vontade, ao almoço provou e gostou, para cedo se revelar miúdo matreiro, ao se esticar para surripiar a cobertura de amêndoas palitadas no molho do caramelo com natas, que já a mãe o fazia desde sempre, sendo que jamais disso me dei conta, dito em graça a sorrir, ao jus do provérbio popular "quem sai aos seus não degenera"!
De tarde na visita à bisavó paterna fizemos questão que ele levasse vestida uma das camisolas para ver se ela se lembrava...e sim lembrou-se, e da colcha da cama que agora faz de manta, também. Ao tempo as ecografias não mostravam o sexo das crianças, sendo que toda a gente me dizia que ia ter um filho, o enxoval foi feito à base do azul... A manhã de domingo foi acordada em eu ficar em casa com a Laura, enquanto eles foram de passeio à Costa de Caparica caminhar pelo paredão, a sorver os bons ares do oceano com laivos de iodo, onde segundo me confidenciaram se  mostrava grande o vaivém de gente e surfistas em dia de sol sem vento, qual cenário maravilhoso no estar  feliz do meu marido ao reencontrar um antigo colega que se passeava com a esposa, lhe transmitiu elogios às minhas crónicas, mais um fiel visualizador deste blog ...Tanto o meu marido como a minha filha não gostam de se expor, preservam a sua privacidade, já eu sempre tive uma atitude e um estar diferente, nunca fui de cariz medroso e afoita  gosto de falar, de partilhar , de escrever o que sinto, romancear qualquer coisa que me pique o pensamento, também de exteriorizar e criticar no meu direito de  cidadania, de fazer incursão na história, relatar memórias sobre qualquer tema que me estimule o espírito e a alma, e claro outra paixão, a fotografia e selfies . O intuito além do prazer que a escrita me transmite e acalma é a ilusão de um dia mais tarde, seja em casa ou num Lar o poder voltar a reler, na certeza de me voltar a rir a recordar crónicas sobre temas que vivi ou inventei, para de novo outra vez  me sentir muito feliz. Sendo que eles entendem sem entender este meu estar na vida, de mulher independente, apesar de casada há quase 40 anos, preservo esta vantagem de fazer o que me apetece, dentro dos parâmetros ditos normais, sendo que apesar de saber que não apreciam a partilha de coisas do dia a dia ( oiço vastas vezes, contas a tua vida a toda a gente e,...).Nasci mulher tímida, castrada e ingénua, dona de feitio redutor mas atrevido, quis esta vida teimar em me modificar para não me deixar enxovalhar por gente mesquinha, fria e reles, e assim revelar a minha frontalidade, sentido de justiça, rebeldia, no grato prazer da partilha, da ajuda aos outros, a minha maior arma de arremesso, destituída de inveja e ódios, no respeito maior, apenas as crianças, pelo que não mostro as fotos que gostaria, mostro apenas as menos nítidas, por causas mais que justificadas pelo uso indevido vinculado na Internet com a pedofilia. E depois o bom seria escrever sem fotos como anónima...Mas não é a mesma coisa, sem me esconder de quase nada, gosto de partilhar um pouco de tudo o que me fascina e quase nada do que me perturba...Ao jus do que sempre ouvi falar de mim-, mulher imprevisível, determinada, aventureira, enigmática e vaidosa com as coisas que eu gosto, também alguns me apelidaram de Grande Mulher, que o sou na força do trabalho e abnegação! 
Mas como tudo nesta vida se tem admiradores e outros que não nos apreciam.
Por isso vivo na aparente sorte  sabendo que jamais despertaram para me ler!
Contudo tenho tido ao longo dos tempos pequeníssimos "sarilhos" que logo desarilho, quando terceiros me leiam e lhes soa aos ouvidos...sendo que os elogios tem sido sobejamente de estarrecer o ego, pelo que quase me sinto obrigada em lhe dar continuidade.
Clamava na varanda virada para a Arrábida no apetite para acampar, plano arquitetado pela minha filha lançado em mote para trazer as mantas para cobrir o chão, almofadas e o chapéu de sol, para nos abrigar dos raios fortes e quentes, desta feita acomodamente refasteladas à sombra da paliçada e das flores, no descanso dos deuses, a sesta maravilhosa e relaxante, até o meu marido, homem nada dado a estas coisas imprevisíveis não hesitou em aceitar o desafio, deitando-se na minha espreguiçadeira, debalde fragilizada pelo intenso calor que bate nesta varanda todo o ano, sendo que lhe rompeu o pano alinhado, já no ano passado lhe fiz um brutal remendo axadrezado...
Excelente cenário enquadrado na sorte sem vizinhos, uns de férias e outro ausente, bem no topo quase a tocar o céu,  simplesmente todo nosso, a ouvir boa música  quando irrompe uma voz a balbuciar, belo, belíssimo, só falta sentir o buliço do sussurro do mar...
Por fim o Vicente já dava ares de graça a brincar, fartou-se de andar pela casa e a comer cozinho, só dormir queria o calor da mãe.E a mana, a Laurinha, essa portou-se esmeradamente, está linda a crescer .
O Samuel veio uma noite jantar e gostou de apreciar o novo Vicente.
Na segunda feira o passeio foi até ao Parque da Paz, sempre aliciante iniciativa onde a mística do verde, e a paz dos silêncios, só interrompida pelos pássaros, gaivotas, patos, pombos, galinholas e gente que corre, anda , ou simplesmente admira extasiado tanta beleza, seja da avenida triunfal engalanada de plátanos ou dos imensos terrados vestidos de verde ornados a muros de granito onde o xisto dá ares de graça a brilhar.
Amei as mini férias com três  pessoas, das que mais amo!

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