Mostrando postagens com marcador Polas serras dansian se cruzam caminhos da seleção e da batalha de Ourique.... Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Polas serras dansian se cruzam caminhos da seleção e da batalha de Ourique.... Mostrar todas as postagens

domingo, 17 de julho de 2016

Polas serras dansian se cruzam caminhos da seleção e da batalha de Ourique...

O mês de Julho de 2016 aqueceu ainda mais com ganhos extraordinários no desporto nacional:
Campeões da Europa de Futebol - Sub-17
Campeões da Europa de Futebol - Seniores
Campeões Europeus de Atletismo
Campeões da Europa de Hóquei em Patins
Campeões do Mundo de Ginástica Acrobática
Campeã da Europa Júnior de Surf Feminino
Campeões Europeus de Taekwondo
Campeã Europeia Junior de Natação
Campeões do Mundo de Maratonas BTT
Campeões Europeus de Canoagem
Campeão Europeus de Júniores em Judo
Campeões Europeus de Futebol de Praia
Campeões do Mundo de Futebol de Praia
Há quem diga que somos um País pequeno? Ainda quem nos confunda no Mundo como parte integrante de Espanha...tanta incultura para quem não sabe interpretar um mapa globo, e desconhece a rota dos descobrimentos marítimos e dos feitos dos portugueses aquém e além mar, com abertura de novas rotas de especiarias, açúcar, sal, seda, bacalhau e,...
Panegírico ao povo Lusitano, a todos os campeões com muito respeito e admiração!
O hóquei em patins está-me no sangue, tive o privilégio de aprender patinagem no ringue dos Salesianos em 71 no Estoril, precisamente com os patins usados dos seus hoquistas.
Mas na minha cabeça antagonismos, anacronia e paradoxos foram sentidos em vésperas, e no dia do jogo da Seleção de Futebol com a França, e claro na chegada dos campeões ...
Expressar outros ídolos do passado ao Chiado, na Praça Bordalo Pinheiro com placa identificativa feita em faiança das Caldas da Rainha por Bordalo Pinheiroonde encontrei uma Imagem de Nossa Senhora Milagreira, numa montra de um Bistrot Français.
Perdi-me em segundos a rondar minutos a olhar uma bela buganvília escarlate, uma das minhas cores favoritas, a pensar na cor da seleção portuguesa e na sua Vitória. 
Ao Carmo, olhei demoradamente a Cruz do Convento mandado erigir pelo Santo Condestável, a sonhar que Portugal bem pode sair vencedor.
Parei estupefacta a magicar a mensagem nesta fachada " Penso mas não existo"...
Porque eu penso e existo!
Na Praça de Londres na Avª Paris com placa em esmalte como gosto reparei em várias casas de comércio de nome sugestivo à cidade das Luzes e do Sena...
Arrepio com o inusitado-, de boca aberta na minha frente uma mulher magra, de meia idade, mirrada de carnes e cigarro na mão sem modos se dirige do passeio para entre carros estacionados fazer a sua necessidade fisiológica ( peço desculpa a quem achar a foto deselegante, que o é) ainda assim bem a propósito porque PORTUGAL vai ganhar à França o Campeonato Europeu de Futebol. 
De fato assisti a este acontecimento nefasto em plena Avª de Paris, mas em Lisboa!
Para quê mais ilações ou palavras!
No dia do jogo no mercado do Monte de Caparica havia uma banca a vender caracóis e caracoletas com fila de espera. Petisco que jamais comerei por ser viscoso em que reparei que na frente além da bandeira de Portugal havia uma grande caixa com caracoletas de carapaça pintada-, nada mais que a equipa de Portugal e a equipa de França. Fiquei abismada com tamanha criatividade. Perguntei ao dono quem estava a ganhar-, responde-me começamos a perder, mas já estamos de novo a ganhar!
Diz um homem na fila, Portugal vai à frente não vê a caracoleta grande ( o nosso Ronaldo) que abalroa as outras...Lamentavelmente não levava a máquina para registar as equipas de caracoletas. Uma obra feita com engenho e arte!
FORÇA PORTUGAL, ESPERO QUE DÊEM O LITRO E TRAGAM O CANECO, COMO É USO SE DIZER POR TERRAS DE TRÁS OS MONTES!
E trouxeram, mostra à saída do avião!
No dia da chegada dos campeões a Lisboa. No Metro vinham dois homens recém chegados da festa de Paris que andavam perdidos a pensar que a festa continuava pelo Cais do Sodré. Ainda era bem de manhã, pelo sotaque e boa disposição era pessoal do norte que por sentirem e verem o povo calado e sisudo soltam a voz em alto e bom som -, mas isto parece um funeral, vamos outra vez para o aeroporto...
- Diz-lhe alguém - ainda faltam algumas horas...
- Sem hesitação respondem, onde há cerveja o tempo passa sem sequer se dar conta!
Ouvia-se outra voz...não se esqueçam de mudar no metro na Alameda...
-Obrigado Portugal , alé!
Lisboa viu-se hoje inundada de tanta gente de todas as faixas etárias, vestida com as cores da seleção que se mostrava alegre, feliz com bandeiras ao vento, muita polícia a pé, de mota e de carro, bombeiros, ambulâncias...Ainda me sobrou tempo para pensar por segundos naqueles que hoje fatalmente morreram sem viver esta brutal festa (na base do Montijo e outros) dos acamados e dos presos.Como a vida é ingrata para alguns!

O avião que trouxe a equipa para Portugal  usou o corredor Serpins, Nexebra, espero que tenham visto as minhas flores na Moita Redonda e aos Formigais , não sei se ficaram com vontade de dar um mergulho no Agroal, presentearam antes da chegada a entrada na Caparica e antes do Cristo Rei outra vez na minha casa, onde não estava e sim o vi no corredor ao aeroporto na varanda da casa da minha filha em Lisboa.Atonta, não consegui captar imagens dos caças, tamanha a velocidade ...a minha neta almoçava sopinha com borrego, a sua primeira vez, tão satisfeita com a transmissão da TV que gritava bem alto...pelas 3 da tarde viemos em família para a Almirante Reis celebrar a vitória. Refrescámos numa esplanada com imperiais e tremoços.
Os meus príncipes -  Vicente com 20 meses não simpatizou com a bandeira na cabeça...e a minha princesa Laura com 7 meses.
Avª Almirante Reis em completo delírio...
Tive a sorte de ter visto o treinador, o Éder e o Quaresma.
 

O Infantário do meu Vicente. A Beta acenou-me. O estabelecimento aguarda obras de grande envergadura.Faltam Mecenas. A Federação Portuguesa de Futebol vai receber milhões, bem poderia CONTRIBUIR. Porque esta casa começou como Asilo-Oficina de Santo António, fundado por um homem ourives de prata da coroa-, Luís Pinto Moitinho, viria por isso a ganhar em 1906 o seu nome na rua lateral a norte com o edifício de gaveto com a Avª Almirante Reis. Aqui morador custava-lhe ver as crianças andarem perdidas pela rua cujas mães se prostituíam ...
Supostamente até ele, apesar de casado, teria alguma filha (?) incógnita por ali...porque a obra foi e é inegavelmente grandiosa! 
São afinal homens deste gabarito que fazem falta!
Na frontaria do Infantário/Escola os miúdos mais crescidos em filas ordeiros, atrás a supervisionar o Sr. Adriano com a sua bandeira no regaço.
O prenúncio da vitória no europeu veio com o Quaresma ao mandar desenhar não uma pena, como lhe chamam-, mas a coroa de louros como os imperadores na antiga Roma gostavam de ostentar na cabeça. Porque foi assim que o senti mal a vi. Homem que pensa Grande, e que bem lhe fica. Gostei francamente de o ver ao vivo!
Festa acabada na Avª Almirante Reis continuava o palco do povo em dispersão ordeira...
 
Não assisti a registo de qualquer incidente, só transparecia alegria numa festa ordeira de tamanha felicidade, apesar da panóplia de gentes de todas as faixas etárias e nacionalidades!
Inexplicável foi a multidão que avistei à Alameda D.Afonso Henriques, a evocar o nosso primeiro rei, onde milhares de pessoas aguardavam de pé engalanadas com as cores da seleção e nas mãos orgulhosas envergavam firme e segura muita bandeira que dançava ao sabor do vento, por todo o lado se avistava uma brutal moldura humana extraordinária, cenário magnífico de cor e som para em inusitado mágico me transportar para o cenário do campo de batalha em terras de Sicó da Batalha de Ourique  que na Escola, as gravuras dos livros a preto e branco dizem que o seu  palco foi no Alentejo...
Hoje por aqui  não havia ginetes, antes homens jovens que em fulgor corrida os vi subir a Avª Almirante Reis no teimoso acompanhar o carro da seleção e os seus campeões, e aquelas bandeiras de tantos tamanhos reportavam na minha imaginação a estandartes de cavaleiros das famílias nobres do nosso reino e aliados, estrondoso buliço de emoção na tamanha festa, quiçá  atolados na batalha  armados nas mãos  com telemóveis a filmar num místico de muita alegria ouviam-se cornetas que soavam estrondosas onde Lusitanos e estrangeiros, e alguns sarracenos (?) todos em festa e delírio ordeiro-, amigos em confraternização que o futebol uniu-, apesar da predominante cor, o vermelho, não era sangue, era orgulho, aqui não houve Morte! Somente Honra, Coragem e Glória!
O livro
Na minha cabeça ainda fervilhava a leitura do segundo livro que consegui ler nesta vida -, pecadora me confesso-, gentilmente me foi emprestado pelo Sr. Adriano-,segurança do Infantário do Vicente, homem apaixonado pela História de Portugal, se revela em todas as conversas de grande cultura enciclopédica, claro que me vi obrigada a ler o livro, atendendo à extrema simpatia com que me acolhe todas as vezes que vou buscar o meu neto e damos dois dedos de conversa nesta temática que gostamos. Também porque tinha muito interesse em mais saber sobre o verdadeiro terreiro da batalha de Ourique, o seu palco!
E não fiquei convencida, nem o autor me pareceu convincente!
Os anais da história a dita no Alentejo, mas poderá ter sido na Ladeia, nas terras de Sicó!
Tangerinas numa varanda de Lisboa, afinal dão-se em qualquer terra...
Poloas serras dansian...
Canção inspirado no Cancioneiro Garcia de Resende numa canção às serras de Ansião


FONTES
Excertos do Livro José Manuel Marques - O Reino Honra, Coragem e Glória

Seguidores

Arquivo do blog