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quarta-feira, 7 de maio de 2014

Regalar olhos em património da baixa de Coimbra

Na agenda no dia 2 de maio tinha a visita  à minha querida tia Emília hospitalizada nos Hospitais da Universidade. Rumamos cedo à cidade dos doutores para conhecer o local para os lados de Celas e suas acessibilidades, uma vez identificado, estacionamos a caminho do Bairro Formoso .
Partimos em caminhada  na manhã fresca mas gostosa a recordar tempos que aqui aportava na carreira com a minha mãe, e das boas lembranças; vendedeiras de queijos do Rabaçal de canastras à cabeça, havia outras  pelas ruas de cestas  cobertas com panos de linho branco a vender arrufadas e os cafés: Nicola, Briosa e Internacional onde degustava um bom pequeno almoço com pão cozido em forno elétrico que adorava, hoje abomino, e galão, onde travei conhecimento com os pacotinhos de açúcar refinado branco, pois só conhecia até então o amarelo que se vendia avulso num cartucho...
  • Deparei-me espantada com a nova sinalética dos semáforos, neles a contagem dos segundos a decorrer como avisador, nunca antes assim vista.
Laranjeiras na cidade a fazer lembrar o Alentejo e Algarve, na vontade de roubar uma...
Edifício dos Bombeiros Voluntários, ex livris arquitetonico-, não se trata de ARTE NOVA-, sim estilo PORTUGUÊS SUAVE.
Segundo o comentário de um "anónimo" que gentilmente me ensinou na correção passo a transcrever " Trata-se de uma construção provavelmente da década de 40 do século XX, no estilo Português Suave (Estado Novo). Este estilo arquitetónico é único no mundo, só existe em Portugal, tal como o Manuelino, e pode ser encontrado principalmente em Lisboa, na zona das Avenidas Novas (Praça de Londres, Areeiro, etc). O estilo Português suave (sim, é o nome de uma marca de cigarros) foi criado tendo em base vários elementos da arquitetura tipicamente portuguesa e, por isso mesmo, pode ser tomado com mais antigo do que realmente é."
Terreiro da Erva com vista para o alto da Cidade Universitária.

Neste espaço outrora laboraram fábricas de faiança, a última a laborar da Viúva A. Oliveira.
Na fachada o que resta da guarita das Alminhas

Igreja e convento de Santa Cruz
na Praça 8 de Maio.  Templo românico fundado em 1131, durante o reinado de Dom Afonso Henriques onde está sepultado, no tempo situava-se no exterior das muralhas de Coimbra.

Café restaurante de paredes meias com a Igreja de Santa Cruz, faz parte do conjunto conventual.
Tardoz da Igreja de S. Tiago
As obras do templo foram iniciadas antes do ano de 957, como comprova um documento onde este é doado ao Mosteiro de Lorvão. Foi reedificada nas últimas décadas do seculo XII em data desconhecida, no reinado de D Sancho I. 
Uma importante mutilação da igreja ocorreu em 1861, aquando do alargamento da atual rua Visconde da Luz. Nessa obra se perdeu grande parte do absidío sul e capela principal, cujos arcos em pedra se vêem.

Prédios da Rua Ferreira Borges a Livraria Almedina
 

Edifício Chiado alverga o Museu Municipal
, que é um digno exemplar da arquitetura do ferro. Nos dias de hoje apresenta uma coleção de arte concedida à cidade pelo casal Tello de Morais, abriu portas em 2001.
 Arco da Almedina
Praça do Comércio 
Igreja de S. Bartolomeu, pelourinho e igreja de S. Tiago
A primeira loja de chinos que conheci na cave da esquina com o estandarte de novidades à porta continua mas noutras mãos...
Aqui a minha mãe comprava cintos, travessões, fitas para o cabelo, chapéus de chuva e,...

Largo do
Paço do Conde aqui havia bazares no meu tempo de criança onde a minha mãe me comprava pastas para a escola, jogos, lápis de cor e cadernos a 5$00 e,...
O Paço que foi do Conde com janelas de avental onde funciona a Adega do Conde com comida tradicional portuguesa e boa chanfana.

A
Cruz Templária no telhado da igreja de Santa Cruz

Jardim da Manga 
O claustro quinhentista do Mosteiro de Santa Cruz, obra marcante de João de Ruão, de cariz harmonioso e bucólico, arquitetura singular de formas circulares, cujo templete central, colunas e os arcos que o ligam a quatro pequenas capelas cilíndricas que tiveram os seus retábulos, e depois os quatro tanques em "L" sempre a brotar repuxos d' água, a fonte da vida...

Aponto para a janela onde comecei a trabalhar em abril de 78 nos CTT na parte técnica, TLP . Tanto mirei o jardim da janela...A pensar no futuro como seria...
Ao descer a escadaria para registar a foto da hortense vinha em grande correria uma ratazana peluda a fugir de um melro de bico amarelo ...Possivelmente andou a rondar o ninho que os fazem baixos...

Edifício onde funcionava uma Escola Secundária defronte do edifício dos CTT, julgo foi Convento, onde prestei provas para o concurso do Banco Pinto  e Sotto Mayor, com mais de 30 candidatados-, aprovados apenas 8-, sendo eu a única mulher... 

A lateral do convento de Santa Cruz ostenta colunas de pedra, por aqui passei tanta vez a caminho da estação da CP de braços carregada, de 15 em 15 dias a caminho de casa na margem sul de Lisboa.
Tasca do Vitor  na lateral  num esgueiro beco da Rua da Sofia com o pipo e as chouriças penduradas e nós de barriguinha cheia
Rua da Sofia, nome que provem da palavra grega para Ciência ou Sabedoria, célebre porque consolidou definitivamente a cidade de Coimbra como centro cultural e pólo universitário nacional. Em 1500, Frei Brás de Braga presidia aos destinos do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra e a ele se deve a abertura da Rua da Sofia, ou Rua da Sabedoria, que com os seus 450 metros de comprimento e 15 de largura, era a mais larga do país naquele tempo e também uma das maiores da Europa.
Aberta segundo o modelo parisiense da Rue de Sorbonne, iria servir de suporte aos colégios que as diversas ordens religiosas viriam a erguer em Coimbra, na sequência do estabelecimento definitivo da Universidade, na cidade, em 1537. A sua implantação em linha recta e a escolha do local estratégico, fora do perímetro amuralhado, permitia maiores níveis de concentração nos estudos. Na Rua da Sofia existe algum paralelo com a clássica cidade Grega, assumindo assim o seu valor particular pelo conjunto de soluções urbanísticas e inovações arquitetónicas que implicou, nomeadamente nos séculos 16 e 17.
  • É a cidade portuguesa com maior número elevado de colégios universitários. Os edifícios têm com 3 a 4 pisos, com uma arquitetura relativamente rigorosa e classicista, com uma decoração de transição, sobretudo no seu interior, composta por elementos renascentistas portugueses, manuelino e barroco.
A estrutura social destes colégios era bem diferenciada e estratificada. Assim havia colégios para ricos, para pobres, para nobres, para laicos e para o clero.
Na Rua da Sofia contaram-se 7 colégios renascentistas, com outras tantas Igrejas anexas, de um conjunto de 20 que se enumeraram terem sido construídas na época e mais 3 posteriormente.
A maior parte destas escolas foram integradas na Universidade e perfaziam um número de 23 escolas distintas construídas entre 1539 e 1779.
Assim se edificou o maior conjunto renascentista, universitário e religioso do País e talvez da Europa, eventualmente o primeiro campus universitário do país… Nestas cidades a presença mais marcante foi a da Igreja, que tal como se percebe pela Rua da Sofia, foi responsável pelo ensino em Portugal. 
  • O Mosteiro de Santa Cruz foi o primeiro grande pólo de ensino em Coimbra, a partir do qual se começou, de forma embrionária, a desenvolver a Universidade.
  • Esta rua foi incluída, com a Universidade e a Alta, no património classificado da Unesco, sendo hoje Património da Humanidade,considerada de interesse mundial no conjunto com a parte alta da Universidade.
Fachadas impressionantes  : Ombreiras de pedra requintamento o trabalho minucioso julgo do Colégio do Espírito Santo e azulejos em relevo provavelmente do Vale de Santo António da Piedade em Gaia´.
 

Igreja e colégio do Carmo

Construído em 1541 pelo bispo do Porto, Frei Baltasar Limpo, para residência de clérigos que desejavam frequentar a Universidade, contém a mais monumental igreja da rua da Sofia e um dos mais belos claustros de Coimbra. Em 1547 foi doado à Ordem dos Carmelitas Calçados. Com a extinção das ordens religiosas, em 1834, o edifício passou para a Venerável Ordem Terceira de São Francisco (1837). Todo o seu conjunto tem vários atrativos: um retábulo maneirista, dos melhores do estilo no País, com belas pinturas e esculturas de madeira; a beleza das capelas laterais; o revestimento azulejar e a diversa imaginária, contribuem para que esta igreja constitua um recanto precioso de Coimbra.


Igreja e colégio da Graça

Estabelecido em 1543 por Frei Luís de Montoia para a Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho. A igreja, o claustro e todo o colégio são os primeiros exemplos de arquitetura com estrutura renascentista executados na cidade e influenciaram um conjunto de outras obras. O claustro do colégio tem dois pisos e foi iniciado em 1548 por Diogo de Castilho. O primeiro piso está coberto por abóbada de berço. Por carta régio, o Colégio é incorporado na Universidade em 1549. Com a extinção das ordens religiosas, em 1834, o edifício passou para a Irmandade do Senhor dos Passos e para o Colégio do Exército. Hoje é um Quartel Militar.

Diário de Coimbra
Piada em ver afixado  o jornal com anúncio em rodapé sobre Ansião...

Colégio de S. Tomás

Construído em 1539 perto do rio, foi depois transferido em 1546 para a Rua da Sofia devido a inundações. Pertencente à Ordem Dominicana, com a extinção das ordens religiosas, em 1834, foi comprado pelo Conde do Ameal no séc. XIX, que o adaptou a residência e mais tarde ainda neste século foi adaptado a Palácio da Justiça que já nada tem a ver com o edifico quinhentista. O Portal do colégio encontra-se hoje no Museu Machado de Castro aplicado na fachada que dá para o largo de S. Salvador.


Azulejos da
Fábrica Lusitânia de Lisboa
Quando perguntei aos seguranças se sabiam a fábrica que os pintou, os três abanaram a cabeça a dizer não, entretanto tirei fotos que amavelmente me deixaram registar, nisto um deles chega-se a mim e disse " o nome está ali, por acaso reparei de manhã quando passava..."
Colégio de S. Pedro
Estabelecido pelo bispo de Miranda, Dom Rodrigo de Carvalho, para que 12 clérigos pobres mirandeses pudessem estudar. O edifício na Baixa foi construído entre 1543 e 1548. Em 1572, Dom Sebastião I concedeu a este Colégio o edifício junto à Alcáçova Real (a Sul do que é hoje a Porta Férrea), passando o Colégio de São Pedro a usufruir de dois edifícios, um na Baixa, outro na Alta. O edifício da Baixa acabou por passar para a Ordem Terceira Regular de São Francisco. Na Alta, o Colégio destinava-se a doutores e licenciados para estágio. O templo, tal como o claustro, é simples mas de boas dimensões, seguindo o esquema das igrejas dos colégios vizinhos, ligando-se numa gramática vulgarmente designada por renascença coimbrã.


Igreja construída no início do séc. XVIII localizada imediatamente a seguir à Rua da Sofia não muito longe da antiga que as cheias do Rio Mondego forçaram a abandonar, encerra um ciclo de edificações religiosas que, vinham a ser construídas desde o séc.XVI, nesta zona da cidade. Constituída por três pisos e duas torres sineiras e com forte expressão setecentista. O edifício foi sofrendo intervenções ao longo do tempo, mantendo grande parte da estrutura original. São ainda de realçar, os retábulos em talha policromada e dourada.
Ruínas com terreno  no baixio da Segurança Social que serve de parque de estacionamento...
Chalet em abandono na colina da Conchada deveria ser pertença da fábrica de curtumes também em abandono.
Jardim fresco com mesas para piqueniques, aparelhos para crianças brincarem e riachos a fazer lembrar o choupal ali tão perto.
Cruzamos com dois turistas de mochila às costas a perguntar pela Praça 8 de maio, o meu marido olhou para mim, claro dei a resposta na ponta da língua....Sempre a direito!
Informação dos colégios retirada em parte de  
http://www.cearte.pt/destino1874/roteiro_3.php

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