Com a minha querida mãe em 2011
A fonte ficou muito abaixo e sem proteção
O baldio do Ribeiro da Vide foi roteado nos finais do séc. XIX para varias acessibilidades; obra do segundo hospital de Ansião; estrada para a Barreira; caminho para os Escampados. O baldio, ficou dividido em três grandes espaços, ao jus de triângulos com embelezamento do escadatório para o promontório da Capela de Santo António, a fonte em 1897, melhorado o poço camarário a nascente, construído o lavadouro público e ainda a construção de quatro viadutos em pedra, a delicia no verão de os percorrer com os cachopos do Bairro. por o leito do ribeiro só correr de inverno...
Afinal dá a graça do nome ao Largo, apesar da última requalificação do jardim o deixarem parcialmente encanado, só visível a partir do Lar da Santa Casa da Misericórdia.
Faltando averiguar depois do quarto viaduto debaixo da casa que hoje é da Lúcia Parolo, no meu tempo um barracão e adega do pai, antes foi um moinho de água, e o ribeiro era largo para armazenar a água para a moenga.
Na década de 40.. do séc. XX a câmara mandou florestar com plátanos pela mão do meu bisavô Francisco Rodrigues Valente.
Na segunda reabilitação o jardim do Ribeiro da Vide foram soterrados 4 degraus, e não devia...
Contraste da 1ª intervenção e da segunda a atual
A subida desnecessária do chão deixou soterrados 4 degraus do 1º lanço do escadatório.
O jardim no outono com as folhas e arbustos sem poda...
1ª intervenção do jardim com o lago
O lago desapareceu...foi pena, porque não tinha manutenção!
Imagem com os plátanos podados a talão
Palácio da Justiça
Veste-se todo o Largo sem pedir licença de folhas em tons pálidos e quentes pelo outono...
Lavadouro Público
O jardim ao Ribeiro da Vide foi objeto de plano urbanístico a pedido da Câmara em 1960. que se encontra no Arquivo Municipal documentado com fotos, lamentavelmente não o encontrei digitalizado para poder aqui partilhar. Apenas lhe dei uma vista de olhos onde as fotos apesar de serem a preto e branco revelam num hiato de 58 anos a tamanha alteração que esta zona a sul da vila sofreu. Numa foto tirada do terreiro do Hospital se perspetiva a visão de parco casario no forte contraste de hoje onde a Capela de Santo António já então enquadrada no projeto do jardim que demorou a sair do papel. Alguns plátanos foram arrancados para se edificar o Palácio da Justiça e novas acessibilidades, o lavadouro público mudou do triângulo do meio para o primeiro. junto do poço municipal, pouco ou nada serviu, viria mais tarde a ser reconvertido em Parque de Merendas, o que me pareceu muito bem, a casa dos Cantoneiros convertida em casas de banho e ainda alguns lugares de estacionamento.
O jardim ao Ribeiro da Vide foi objeto de plano urbanístico a pedido da Câmara em 1960. que se encontra no Arquivo Municipal documentado com fotos, lamentavelmente não o encontrei digitalizado para poder aqui partilhar. Apenas lhe dei uma vista de olhos onde as fotos apesar de serem a preto e branco revelam num hiato de 58 anos a tamanha alteração que esta zona a sul da vila sofreu. Numa foto tirada do terreiro do Hospital se perspetiva a visão de parco casario no forte contraste de hoje onde a Capela de Santo António já então enquadrada no projeto do jardim que demorou a sair do papel. Alguns plátanos foram arrancados para se edificar o Palácio da Justiça e novas acessibilidades, o lavadouro público mudou do triângulo do meio para o primeiro. junto do poço municipal, pouco ou nada serviu, viria mais tarde a ser reconvertido em Parque de Merendas, o que me pareceu muito bem, a casa dos Cantoneiros convertida em casas de banho e ainda alguns lugares de estacionamento.
Apenas havia o barracão da Santa Casa da Misericórdia, o barracão do Ti Parolo, a casa de balcão em pedra onde moravam os irmãos Ti Zé André e Elvira e o prédio de gaveto onde tinha no r/c a taberna que abria quinzenalmente nos dias de feira do gado e a taberna do Ti Nicolau do Escampado. Foram mais de 40 anos que o baldio do Largo do Ribeiro da Vide
foi usado para se fazer a feira do gado que no tempo se alargou sem ninguém se dar conta ao terreiro a poente que era pertença da Santa Casa. Há poucos anos foi detetada a falta de metragem ao prédio tendo sido aplicada a Lei do Usucapião com jardim geriatrico. Com a abertura do Caminho para os Escampados e o muro do barracão da Cerca para se perder, era estéril e os zeladores da Santa Casa no tempo não o souberam dignificar e assim o perderam.
O certo seria alterar a toponímia:
Rua de Santo António a respeitar a tradição do que foi no passado se deveria chamar Rua do Hospital, onde foi a sua entrada e não à Rua onde foi atribuída no seu tardoz, que se deveria chamar Estrada Real.
E o nome do Santo dado ao adro!
A envolvente do jardim tem um parque de estacionamento deficitário merecia ser contemplado com mais lugares olhando aos carros estacionados em plena Rua que por si já é estreita...
Local a poente do jardim onde podia nascer um parque de estacionamento no canto a entestar com a Rua que se apresenta sem serventia com uns choupos que devem ser removidos para fazer nascer um Parque de estacionamento.
Plátanos bem podados
Rua de Santo António
O certo seria alterar a toponímia:
Rua de Santo António a respeitar a tradição do que foi no passado se deveria chamar Rua do Hospital, onde foi a sua entrada e não à Rua onde foi atribuída no seu tardoz, que se deveria chamar Estrada Real.
E o nome do Santo dado ao adro!
A envolvente do jardim tem um parque de estacionamento deficitário merecia ser contemplado com mais lugares olhando aos carros estacionados em plena Rua que por si já é estreita...
Local a poente do jardim onde podia nascer um parque de estacionamento no canto a entestar com a Rua que se apresenta sem serventia com uns choupos que devem ser removidos para fazer nascer um Parque de estacionamento.
Plátanos bem podados
Os choupos é a ventania que os vai partindo e os arbustos nem se fala a falta de poda...
Técnica de poda a talão bem executada, contudo não é dado o mesmo trato a outras espécies nos jardins e nos seus limites em que os técnicos as deixam crescer para o céu, quando o certo é serem podadas, e tem sido os ventos fortes todos os anos que se encarregam de partir ramadas até ao fatal dia haver um acidente e alguém perceber que igualmente devem ser podadas...
Porque exijo voltar a enxergar a
casa da minha mãe à fonte, como desde
sempre me lembro e de não enxergar matagal de arbustos infestantes de
folhas de lixa que
cresceram desalmadamente sem nunca terem sido podados tão pouco
dizimados, uma árvore de copa oval a crescer para o céu, um pinheiro que
nasceu torto, e choupos que crescem à toa rebentando raízes
adventícias, se não forem
controlados tornam-se infestantes infiltrando-se nos alicerces das
casas, na da minha mãe apareceram na loja e outros danos ao entupir a
canalização para a fossa, tendo sido rápida a intervenção da Igreja,
pelo Sr Padre Manuel Ventura Pinho com colaboração da
câmara foi em tempo retirada uma grande árvore que se encontrava no
adro, cujos rebentos dessas raízes adventícias já arranquei mais de
cem...
Bebedouro público
Haviam três, restam dois, um deles esteve no chão tempos até ser roubada a bacia de pedra...
Fonte do Ribeiro da Vide
Lamentável na segunda requalificação deixaram a fonte muito abaixo do que seria suposto por isso constantemente suja e de mau aspeto com entulhos de folhas e lixo. Não havia necessidade em se ter subido o terreno envolvente, a fonte perdeiu a sua identidade.
A JFA apesar do pedido de ajuda não conseguiu encontrar o poço da nascente porque na verdade o espaço sofreu alterações nestes 50 anos, sendo mais acima porque a entrada do caminho para o Bairro muito larga atualmente, na altura era pequeno e ao ter sido ajardinado o que foi um extenso juncal e se estendia até o tardoz da fonte onde ninguém opinou o poço ficar à mostra, quando é coberto de grandes lajes em pedra com remates de ferro como a fonte, diria mesmo que não é empedrado, era muito miúda quando foi limpo, recordo ser de barro branco e cheio de raízes dos plátanos...Não se devia descuidar a descoberta do poço e analisar a água. Seria bom voltar a beber água da fonte do Ribeiro da Vide tão boa para retalhar azeitonas e cozer a hortaliça.
Haviam três, restam dois, um deles esteve no chão tempos até ser roubada a bacia de pedra...
Fonte do Ribeiro da Vide
Lamentável na segunda requalificação deixaram a fonte muito abaixo do que seria suposto por isso constantemente suja e de mau aspeto com entulhos de folhas e lixo. Não havia necessidade em se ter subido o terreno envolvente, a fonte perdeiu a sua identidade.
A JFA apesar do pedido de ajuda não conseguiu encontrar o poço da nascente porque na verdade o espaço sofreu alterações nestes 50 anos, sendo mais acima porque a entrada do caminho para o Bairro muito larga atualmente, na altura era pequeno e ao ter sido ajardinado o que foi um extenso juncal e se estendia até o tardoz da fonte onde ninguém opinou o poço ficar à mostra, quando é coberto de grandes lajes em pedra com remates de ferro como a fonte, diria mesmo que não é empedrado, era muito miúda quando foi limpo, recordo ser de barro branco e cheio de raízes dos plátanos...Não se devia descuidar a descoberta do poço e analisar a água. Seria bom voltar a beber água da fonte do Ribeiro da Vide tão boa para retalhar azeitonas e cozer a hortaliça.
Onde registei a minha querida mãe
A minha ligação afetiva ao Ribeiro da Vide Porque os afe tos também se encontram documentados na faiança apresento um prato da minha coleção atribuído à Fábrica Cavaco de Gaia com a decoração de Viana - o coração minhoto de filigrana .
A minha mãe foi acometida com as dores do meu parto depois de ter feito o turno da meia noite no PBX dos Correios depois de passar o barracão da Santa Casa na companhia do meu pai que decide em boa hora de a levar ao colo na íngreme subida do caminho de barro até casa.Seja por isso um local muito especial para mim.
A casa amarela com telhado em derrocada
Onde os meus pais viveram de aluguer na casita baixa que era do Ti Moreira até a sua casa ficar pronta, na beira da que foi a Estrada Real tendo pela frente a Rua que foi aberta para o Hospital e na esquerda a quelha para o Vale Cerejeiro por onde agora segue a nova Rota dos Caminhos de Fátima ou das Carmelitas.
A quelha da rota dos caminhos de Fátima ou das carmelistas ao gaveto da casa amarela
Não concordo com esta alteração por jamais ter sido chão de peregrinação para Fátima. Tenha merecido esta má aposta na redescoberta de outros locais para fundamentar o turismo rural alegando mais segurança pela falta de bermas que as estradas principais na ligação aos Lugares há muito já as deviam contemplar, tão pouco existem no nó do IC 8... Os peregrinos ao chegar ao Ribeiro da Vide seguem a direção da Rua da casa da minha mãe que não tem placa toponímica, mas na internet parece que lhe atribuem o nome de Travessa do Santo António- quem tal atribuição deferiu é desconhecedor da substancial diferença entre travessa e rua... Os peregrinos contornam o Largo do Bairro para descer pela Rua do Hospital que deveria ser Estrada Real e cortar à esquerda...Ditou esta aberração a falta de Cultura o desconhecimento do terreno, das tradições e do passado, é muita falta de bom senso para tanta atrocidade cometida na toponímia. Haja coragem para alterar o que está mal, debelando gente no sábio refilar, porque acredito na assembleia haja igualmente alguém que seja deficitário no mesmo agilizar com discernimento. O correto seria a Rota dos peregrinos ao Largo do Ribeiro da Vide subirem ao Largo do Bairro seguindo em frente pela que foi a Estrada Real até ao Carvalhal, onde depois ainda encontram mais dois troços , um melhor preservado do que o outro, pelo que JFA tenha a obrigação de o manter sinalizado e limpo. Se eu fosse novamente a Fátima não seguia a nova rota, seguia a que sempre conheci!
Quantos peregrinos na sua caminhada os encontro perdidos pela incorreta sinalética do Caminho de Fátima com 100 anos...e claro os ajudo!
Foto em 64 tirada no quintal da tia Maria junto a um canteiro com pedras da Venda do Brasil
A mocidade de Ansião com a minha irmã a olhar o chapéu mais importante do que ficar a sorrir...e eu atrás com o chapéu na cabeça...
Na minha infância quantas noites passei na estrada junto da fonte com a minha mãe vinda dos Correios depois do turno da meia noite, só havia um poste de luz elétrica na esquina do prédio do Sr. Zé André, outro poste em frente à fonte e o último junto à minha casa, em caminhada de braço dado apertado, cheias de medo, a rezar para dentro "Vou com Jesus, Jesus vai comigo" ao mesmo tempo que rodava a cabeça em todas as direções numa ronda sempre igual...à espreita do perigo!
O escadatório onde adorava brincar em miúda, raro o dia que não rompesse as calcinhas a escorregar nas rampas de pedra que ladeiam os lances dos degraus. Aquelas escadas tem tanto de mim por tantas vezes as ter subido e descido, onde brinquei, namorisquei e sonhei, com tanta gente ali a passar, a velha da Pereira e peregrinos a caminho de Fátima a descanar à sombra dos plátanos onde comiam o seu farnel e se refrescavam com a água fresca da fonte do Ribeiro da Vide , foram assim 20 anos... Conheci cada recanto do Hospital e do seu barracão, dos poços, das figueiras na arriba, do frondoso sobreiro que não tiveram pejo em derrubar na entrada e cujo pé deixaram no adro da Capela onde eu me fiz à foto ...Estranho aqui não ter funcionado a proteção a espécies protegidas...Ninguém bufou para a entidade estatal do Ministério da Agricultura como anos atrás o fizeram com a minha mãe que derrubou alguns exemplares pequenos num terreno legalizado para construção...e esta hein?
Sentadas no pé do sobreiro que havia na entrada do hospital
Sentada num banco namoradeiro algures em Ansião!
Sinto negligência na limpeza e manutenção do jardim durante anos e continua, o merecia ser diariamente!
O que falta ao jardim do Ribeiro da Vide? A escolha de um técnico com perfil para cuidar e amar as plantas!
O pedestal com o nome do jardim em matéria acrílica mostra-se queimado pelo calor, deveria ter sido em pedra, porque Ansião é terra de canteiros!
Não tem escultura alguma, nem apontamentos de jardim francês com obras do reaproveitamento de pedras que já tiveram vida em casas.
Local emblemático o seria ainda mais se fosse embelezado com duas janelas de avental e seus bancos namoradeiros que ainda existem , tamanho seria fatal engrandecimento !
Gostava e sonho ver o Jardim do Ribeiro da Vide dignificado e com flores!
Em outubro de 2010