Prefaciando o meu bom amigo João Patrício, no álbum que publiquei no face -, onde gosto de apimentar apetites, para depois fazer mais uma crónica.... "Gostei da tua descrição parece que estamos a ver um filme ao ler-te..."
A minha irmã levou-nos ao Continente a Pombal -, julgo não me lembro de tantas compras, um carro e um cesto -, o que nos transportou a tempos de antanho, quando íamos a Espanha às compras e a Coimbra ao 1º supermercado que abriu na cidade -, Colmeia em 73...no dizer da nossa querida mãe!
- Entretanto levei de Almada tudo para a consoada , apesar da minha irmã me ter dito para não levar nada, fazia questão de pagar as despesas.
Na casa da minha mãe fiz para o almoço entrecosto grelhado com arroz de feijão.
No dia seguinte de novo arroz , mas de ervilhas com filetes de polvo panados em cama d'ovo e pão ralado.
Para entrada
Punheta ( francamente gosto do nome piroso e malandreco) de bacalhau que assei na lareira tal como as batatas a murro assadas em papel prata, tudo bem regado com azeite do nosso lavrado quente em alho, e no prato enfeitado com meias luas de cebola fininha.Delícia!
Carboada: Improvisei um fogareiro num tabuleiro quadrado de barro, dentro dele outro em folha de alumínio para as brasas da lareira e uma grelha -, lamentavelmente só na hora me dei conta que ia estorvar na mesa...passou no imediato para o chão do salão...Pior o fumo dos grelhados -, picanha, lombinho de porco, carabineiros e abacaxi que num ápice inundou o ambiente, mas felizmente para espanto de todos se escafudeu rapidamente-, muito por o pé alto do salão ter 3 metros de altura , ajudou ter aberto uma fresta da porta da rua e claro velas acesas.
- Bem outro remédio não houve senão safar o jantar, o Samuel grelhou na lareira os carabineiros...tanto calor quase queimou as maçãs do rosto e as mãos, apesar de usar a tenaz...a minha irmã grelhou a picanha passada por um pingo de azeite numa frigideira de fundo anti aderente-, tal como o lombinho, ficou melhor que se fosse na brasa, no grelhador ficou no ponto o abacaxi.
Frutas variadas: romã, anona, manga, mamão, quiwi, uvas, melão e lichias
Variedade de queijos nacionais e estrangeiros . Presunto e azeitonas
Doçaria
Lampreia d'ovos, bolo de chocolate, bolo rei, crepes de aguardente com recheio de gila, sonhos, velozes de abóbora e broas castelar com batata doce.
A única coisa que me correu mal-, culpa do forno que tendo só Máx e Min...exagerei na temperatura, a Pavlova, cujo merengue estava no ponto se espraiou no tabuleiro quase esturricou...ainda tentei resolver na procura de suspiros numa qualquer pastelaria...espanto não havia na terra nem no Avelar...
A árvore de Natal com as prendas. A minha Dina com a braseira de cobre comprada no Sr Manel na feira de Coimbra o ano passado,para o ambiente ser mais acolhedor
- Carabineiros grelhados
- Tábua de queijos
- Bom vinho
Gosto do papel de Pai Natal a preceito-, vestida de vermelho.
O que correu mal?
A taça de vidro que se vê na foto em baixo, com o arranjo floral de arbustos do jardim do Ribeiro da Vide, furto perpetuado quando vinha da casa da minha mãe -, no dia de Natal a minha Dina ao pegar nele para ter mais espaço na mesa ficou com uma parte nas mãos "tinha-se partido por artes do diabo"...já na véspera o prato de vidro em triângulo ovalado com pezinhos para colocar a lampreia em destaque, 2 dos pezinhos descolaram...
- Acho que me rogaram alguma praga!
Este ano dei à minha irmã uma cabeça de máquina Singer das primeiras em preto para a sua casa minimalista...mexia nela como se fosse um brinquedo...e um garrafão de vidro redondo de 10 litros porque o de 16 que também lhe dera, o partiu...
A minha mãe recebeu imensas...como todos.
Depois do almoço fui com a minha irmã mostrar à minha Dina o que
desbravei com uma equipa da florestal na Costa da Fonte nos Escampados
no final de novembro.
As duas propriedades, minhas e da minha irmã, na habilitação de herdeiros não foram divididas -, cada com mais de 20.000 mts, sendo que no meio delas existe uma outra pequena de um terceiro. O ano passado foram roteadas para plantio de pinheiros e eucaliptos. Porém o matagal era tão alto que numa delas a poente sabíamos da existência de outro proprietário, e a sul não era possível deslindar a extrema. Como não sou de deixar nada por fazer, fui às finanças tirar os artigos dos proprietários entestantes , e este ano voltei à labuta.
Deixei na entrada as árvores que pude-, azinheiras, medronheiros e algumas oliveiras. Tive de fazer uma estrada para entrar o tractor.
A minha Dina adorou o espaço limpo-, até me disse que seria giro para fazermos piqueniques...
Tudo foi queimado-, urzes e carrascos com 3 metros de altura.Fiquei com os punhos abertos de tanto puxar com a forquilha para as fogueiras.
- Ainda vimos medronhos resistentes no chão, e azeitona em galhos de ramos altos que podei.
- Deixei o mote para o ano se comprar um alambique em cobre e experimentar fazer aguardente de medronho, porque temos muitas árvores.
As vistas do alto da serra da Costa da Fonte sobre Ansião são lindas!
A minha irmã de volta do esqueleto de uma oliveira ardida há 20 anos num grande incêndio. Fiz mal em a cortar, dava uma boa escultura.
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Avista-se a casa da minha irmã junto da estrada na urbanização que também era propriedade de família
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A minha irmã e Dina com caras de espanto...a ver o trabalho que foi feito e ainda não acabou, porque são caros.
Apesar do ameaço de chuva -, deu-me uma de boa samaritana, fui
endireitar um eucalipto com uma pedra, escorreguei, logo sujei as
calças novas que o Menino Jesus me deu...(que a minha irmã me ofertou da Vitrine (um bolhão de dinheiro) tal como a camisa de riscas lilás.
Belas pedras esculpidas pela erosão...
Na Comprida ao longe 3 azinheiras que teimei deixar na paisagem...sabiam que são espécies protegidas?
- Doidas... foram atrás de mim, e claro ficámos com as botas enlameadas...as limpámos nas ervas e poças d'água na estrada que deixei no terreno, naquilo chove a bom chover e num desatino a três " ala que se fazia tarde" todas a correr pelo caminho ladeado de muros de pedra seca...
Pior foi o BMW que ficou com
os tapetes sujos!