quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Exposição Maresias a margem norte do Tejo desde 1850

Ontem 26 de novembro aportamos a Lisboa. dando de caras com uma manifestação  da CGTP vinda em duas frentes -, do Cais do Sodré e  do Jardim do Tabaco, para se unirem na Rua da Prata, a caminho da Assembleia da República, no querer legítimo de  assistir à votação do orçamento para 2015 -, informação dada pelo chefe da polícia, de peito abarrotar de medalhas.Infelizmente nos telejornais não mereceu a nota devida, em prol da prisão preventiva do Engº Sócrates, com os mídia a especular, atiçando o povo, sem nada ou pouco saber-, e vou dizendo que nunca votei PS, apenas defendo a têmpera do homem da minha idade, por isso distingo o perfil e carateristicas da personalidade, mas também da tamanha ingenuidade, maleita que na infelicidade nos  atrai, e trai num fisgar de olhos.
Vive-se um tempo  que dita ser de cautela, e não dado a falatório infundado num desfilar de bailes com disputa de audiências, para dizerem quase Nada, e jamais tema de opinião publica, com apoio dos mídia. Sendo o assunto de âmbito judicial em tramitação, apesar da medida de coação aplicada se achar pesada, atendendo ao estatuto desempenhado como primeiro ministro, e ainda a analise em paralelo a outros casos de teor mais gravoso, de atentados ao Pais ou a pessoas. Curiosamente em tanta vez a caminho de Lisboa, a primeira que senti a cidade vazia de gentes. Devem estar em casa muitos com medo de ser presos!
Porque crimes graves acontecem a toda a hora, homens que matam mulheres, outros que atropelam e fogem, banqueiros  de alta estirpe corruptos, e gente falsa de falsário. Mal chegámos a Almada vinha uma comandita de policias abrir a toda a "vi tesse" na estreita avenida renovada, vi jeito de arribar na linha do metro, supostamente a prisão de mais alguém ligado ao mundo das farmácias e dos medicamentos...Esta sim fraude, que atinge  todos -,  na falta de medicamentos e enriquecimento ilícito!
Perante tanto aparato e determinação em prender preso em cela fechado -, uma pessoa, até já tem medo só de falar!
Escultura metálica com mãos a lembrar ancinhos 
O inusitado aconteceu nas esplanadas do Terreiro do Paço de onde retiravam mobiliários; sofás pretos, piano -, e os policias chateados com a cena a estorvar em hora imprópria ... 
Os bons passeios em mármore, a contornar a Câmara de Lisboa, a pensar que assim deveriam ser todos onde não entram ervas, e não dão cabo dos saltos altos.
Como nunca pensaram na continuidade em os fazer, se temos tanto mármore de segunda, na volta das pedreiras no Alentejo, a desfigurar a paisagem.
Terreiro do Paço vazio de gentes  com o aproximar da manifestação
Faixa de Reformados/Aposentados/Pensionistas contra a exploração e o empobrecimento a cada dia, mais e mais!
No Jardim do Tabaco  os "Almeidas camarários" cortavam as palmeiras que secaram.

Restam vivas ainda umas cinco... ainda me lembro deste jardim ter sido revitalizado e o seu plantio.
A subir Alfama distingui o términos de um prédio com estatuária e pináculos em faiança




Interessante as estátuas que já perderam o esmalte mostrando o barro
Outras peças ainda intatas. Produção norte das fábricas Devezas e  Santo António do Vale da Piedade (?)
Falava com uma amiga na feira da ladra ao meio dia quando vejo uma comandita de majores do exército que se aproximam em fila no caminho da messe. Questionei-me no luxo destes empregos. Supostamente, cada um será chefe de divisão, de uma determinada área do Casão, desde as compras à contabilidade e,... Bons empregos, onde os clientes esperam ,porque eles na sua hora saem, coitados daqueles que estão no atendimento em empresas particulares, e  são amiúde invadidos com problemas para resolver, sem ninguém respeitar os seus horários.
Edifício do Mercado, ao meio do recinto da Feira da Ladra, apreciei a exposição de loiça portuguesa, numa grande mostra e riqueza que deve ser apreciada, desde os esmaltes, à loiça para crianças, publicitária, faiança falante, esponjados, casario, florais, "ratinha", numa panóplia abrangente de todos os centros oleiros de Portugal do século XIX e XX.
Fábrica Cacavo de Gaia 
Prato em faiança José Reis de Alcobaça
Coimbra ou redondezas  rato com legenda ou falante
A caminho da Sé apreciei os painéis de  azulejos da Fábrica Roseira de Lisboa do pintor Reis em 1918
Descobri nas  paredes de pedra da Sé restos de conchas fossilizadas.
Gárgulas da Sé para escorrer as águas
Num espaço restrito distingui três grandes chaminés que poderiam ter sido de fábricas(?)
Cúpula da torre sineira da igreja de Nossa Senhora da Conceição velha
Horror o lixo neste telhado...


O que parede está a dar? Pão de Ló em miniaturas, o mesmo formato nas Tortas de Azeitão redondas em chocolate, mas que falta de criatividade, deveria ser proibido tamanha machadada na doçaria portuguesa!
Sobre o tema e prefaciando o comentário de um bom amigo  RS, no face 
"Um bocado de tempo bem aproveitado e só não foi bem mordido porque "tortas de azeitão" daquelas que as comam os pulhas que gostariam de nos amordaçar. A defesa da liberdade, se já não está nas nossas mãos "desarmadas", está ainda na força da nossa voz; os pulhas não passarão!"
Um mulher sem abrigo, sempre que a vejo está de caderno na mão a fazer contas, a crescer  a olhos vistos o património com uma série de malas.
Um homem estátua a fazer de Mozart, o meu marido  apressado chama-me por pensar que a pomba  na cabeça ali tinha poisado...afinal é estática!
Exposição Maresias no Torreão a poente  na temática - Lisboa e o Tejo 1850 - 2014
De António Manuel Couto Viana 
Miradouro in Sossego da Hora

No lírico perfil fogem veleiros,
onde embarquei uns restos de ansiedade;
E no cais, os guindastes 
e os cargueiros são prática e viril realidade.
É mentira, talvez assinar
com meu nome esta poesia:
O Tejo foi quem a fez...
Cheira a limos, a sal,
a maresia.
Excertos da reprodução fotográfica a tinta da china, de Isaías Newton , abre o átrio da exposição na parede frontal, de grande beleza -, por viver em Almada obviamente  apenas quis  prestigiar na foto Al-maden  no caminho do miradouro da Boca do Vento e da Quinta da Cerca.
 Caminho do Olho de Boi a subir a falésia

Paisagem Desassossegada de José Sarmento de Matos
O tempo desta margem é feito de mudança. Inebriado pelos vapores do Progresso, o século XIX laçou-se à beira rio. movido talvez pelas ganas românticas que tanto geraram euforias criativas à torreira do sol, como nostalgias melancólicas ao anoitecer. Indiferente o Tejo ia correndo, enquanto a margem se reinventava em comboios fumegantes, aterros batidos, cais empedernidos, fábricas trepidantes, armazéns perfilados, mais guindastes e gruas, espécie de cegonhas metálicas a girar na prática portuária.E gente.Sempre muita gente...Mais ou menos ativa ou mais ou menos típica no trajar, pintalgando a paisagem de cor local, que a lente sôfrega da fotografia, invenção do século, registou na ânsia de que nada escapasse à sua objetiva.

Fazendo jus ao objetivo primordial, é uma síntese rápida desta história recente, estes pouco mais de cento e cinquenta anos em que tanta coisa mudou na relação de Lisboa com o Tejo entre Xabregas e Santos, procura lembrar a todos aqueles para quem a História de Lisboa é o ar que se respira, a consciência de que o passado nos habita, a vontade de manter vivo e perene o gosto genuíno de se cultivar uma diferença.

  • A coincidência neste mesmo dia, do Incêndio da Fragata americana Corinthian no Tejo.
Pintura de João Pedrozo 
Curiosidade: Comemoração  neste dia do resgate da tripulação ocorrido a 26 de novembro de 1861, mostrando embarcações tradicionais.


Cais do Sodré
Cosmopolita nas primeiras décadas do século XX, o Cais do Sodré, no passado recente, associado à marginalidade, imagem que começou a mudar nos últimos anos.Essa evolução é aqui retratada, bem como os matizes da vida noturna e diurna da zona.
Painel de azulejos da Fábrica Constância de 1905
Viriato Silva as cercaduras relevadas
P. Bonnatoive (?) pintura dos painéis
Núcleo que referencia a criação e evolução do Porto de Lisboa e do aterro da Boavista (Santos), com destaque para a antiga sala do risco do Arsenal da Marinha, onde se desenhava ou "riscava" a traça dos navios.
Avenida das Naus 1953 Judah Benoliel
Arsenal da Marinha, válvulas de entrada para o dique através da porta batel.
Serra Ribeiro 1934 .Coleção Seixas
Aviso "João de Lisboa"  de Serra Ribeiro 1936.
Lançamento ao mar do aviso João de Lisboa no Arsenal da Marinha
O ano da morte de Ricardo Reis de José Saramago

(...) e o barco (João de Lisboa) lá vai, entra nas águas gloriosas a marinhagem dá os vivas do estilo, vivam as gaivotas como doidas, aturdidas pelos gritos das sereias dos outros barcos, e também pela colossal gargalhada que ecoa por toda a Ribeira das Naus (...)
  • A frente ribeirinha d' hoje nas fotos tiradas dentro do torreão
Relógio inglês, vejam se encontram a diferença que o distingue dos nossos?
Os ponteiros rodam no sentido da rotação da terra, da direita para a esquerda.
Não resisti a fotografar-me na frente do elefante que abre a exposição
Estampa de Norberto Araújo  1838/9 dando nota do enfiamento pombalino central da baixa antes de ser construído o Arco Triunfal. Através dela vislumbram-se os costumes do romantismo lisboeta numa fisionomia pitoresca local, as seges, e o transito aberto na rua com candeeiros cegonhas suspensos das colunas dos monumentos.
Construção do Arco da Rua Augusta 1862
Wenceslau Cifka , julgava só tinha sido pintor de faiança na Fábrica Constância.
Modelo da zorra que transportou as colunas para a Basílica da Estrela e mais tarde para o Arco da Rua Augusta. Em 1831 o carro depois de restaurado continuou ao serviço do Arsenal do Exército destinado ao transporte de grandes pesos.Está em exposição no Museu Militar de Lisboa
 A evolução da Praça do Comércio  após o terramoto de 1755

Parada do 10 de junho Dia de Portugal ,da Raça e das Comunidades no Terreiro do Paço
Terreiro do Paço transformado em estacionamento

















O que falta na estátua do D. José que está  abaixo na maqueta ?
Alfredo Keil  do século XIX de Lisboa vista do Ginjal em Cacilhas com as lavadeiras na praia.
Antiga Fábrica de tabacos instalada no Convento de S. Francisco de Xabregas
Barcos do Tejo
Video sobre a vida no Tejo em tempos de antanho
O rio foi, desde sempre, uma via de circulação privilegiada. Este núcleo destaca as embarcações tradicionais do Tejo, que marcaram de forma impressiva a paisagem ribeirinha e a evolução do tráfego fluvio-marítimo até à atualidade.
Tentem descobrir  na fragata onde está o fogareiro  com a panela ao lume?
Marinheiros em espera no Cais das Colunas
Cais das Colunas óleo sobre tela dos finais do século XIX de Adolfo Giraldez Y Peñalver
On the Tagus óleo sobre tela de Eduardo Martino maio de 1877
Cais da Ribeira Alfredo Keil 1876
Duas visões obre o óleo sobre vidro dos finais do século XVIII
Ferramentas usadas nas embarcações. O pormenor da foto  da amada entalada na plaina
Modelos de embarcações que sulcaram o Tejo vindos da Moita, Seixal e,...varinos, botes, fragatas, muletas e barcaças  e toda a restante parentela garantiam o abastecimento de frescos à cidade:a pesca do estuário ou do mar largo;os verdes e frutas de hortas e pomares da vizinhança; o sal, em especial da outra banda; os vinhos descendo nas fragatas em pipas e tonéis empilhados. E, reivindicando espaço entre armazéns e estaleiros, instalando-se mercados ribeira além, juntinho às docas onde esta parafernália incansável de embarcações de madeira lançava a carga fresca. logo espalhada cidade além. As varinas, hercúleas e galhofeiras, a fazer fé em Cesário Verde, são marca deste tempo alfacinha, meneando pelas ruas equilibrismos instáveis e sensuais.
Seixal modelo tipo Muleta que me fez recordar os vikings
Fragata D. Fernando II e Glória no Pavilhão das Comunidades Portuguesas  em 15 de agosto
1998  de Abílio Leitão

Não fotografei os grandes painéis reproduzidos da chegada a Lisboa, com pompa e circunstância, da princesa D.Amélia de Orleães para desposar o príncipe real D. Carlos,  em 1886, é um momento simbólico da mudança dos paradigmas lisboetas. Pela primeira vez,em séculos de história, a futura rainha de Portugal não subia o Tejo em solene cortejo naval engalanado, para desembarcar no Terreiro do Paço, mas, pelo contrário, chegava na recente maravilha da centúria, o caminho de ferro, que a conduzia de França até à Estação de santa Apolónia.Inaugurado em 1856, o Comboio expandiu-se num ápice, e a trama metálica dos seus carris rasgou em breve a paisagem portuguesa ligando à Europa, à irradiação luminosa de Paris, cujas cintilações o lisboeta ansiava partilhar.E, nesse ano de 1886, bafejado com o charme parisiense da princesa, o comboio ganhava mesmo o estatuto enobrecedor de transporte condigno para as celebrações régias.
Também não fotografei a chegada da  Rainha Isabel de Inglaterra em 57, dos japoneses...  e as " Fantasias Lisboetas" dos espelhos de água junto ao padrão dos descobrimentos e na Expo 98. Deixo para deleite do visitante!
O Tejo perdia, assim, o monopólio milenar de acesso nobre à cidade, partilhando a partir de então esse papel com a ânsia moderna de velocidade a galgar quilómetros entre fumos e silvos.A cidade pachorrenta, habituada ao deslizar pausado das embarcações, subindo e descendo o rio ao sabor das marés, desvanecia-se na trepidação das máquinas e carruagens a guinchar nos carris

Aterro de Santa Apolónia em 1940

Em pouco mais de cinquenta anos tudo mudou na paisagem ribeirinha. Os lisboetas sentem o rio a fugir-lhes da vista, para lá de linhas de comboio inamistosas, da altura das embarcações acostadas aos cais , dos armazéns geminados em fila compata e intransponível , das gruas metálicas e guindastes, mais o ar toldado de fumos, o negrume do carvão, o gás que iluminava a cidade de tons esmaecidos, e os óleos peganhentos que faziam girar a geringonça metálica com que os nativos se habituaram a conviver.
Estranhei o cacilheiro da Joana de Vasconcelos que foi a Veneza ter abandonado o cais , ainda há dias se tiravam desta maneira tão portuguesa os panfletos, duma base em cortiça.
Neste agora vazio...

Este Tejo, algo concentrado sobre si mesmo, que a fotografia e, mais tarde, o cinema tão bem captaram, revela-se, aos olhos de hoje, como uma amálgama eclética e esfuziante, entecruzando com à-vontade a tecnologia da modernidade, insaciável de novidades, com as sabedorias atávicas e sem tempo.
Termino com a saudade do rio que  foi corroendo o seu caminho, aproveitando com sucesso as inovações tecnológicas nos transportes marítimos. Aos poucos, num lento desoertar, pedaços da margem vão sendo redimidos, chamando o lisboeta ao convívio com a beira-rio. O primeiro lampejo nasce de visões imperiais, reminiscências de caravelas destemidas a desbravar o desconhecido. A exposição do Mundo Português, em 1940, reabre em Belém uma ampla janela sobre o Tejo e a implosão do gasómetro que escondia a Torre de Belém, a nos anos cinquenta, é a imagem certa que revela a vontade subentendida de abater entraves na relação com o rio.Daí para a frente, a vontade de vivência do rio fará o seu caminho.E o momento alto,será a Expo 98, já não se trata só da celebração de uma efeméride, como em 1940, mas sim, de fazer cidade, traçar um novo bairro à ilharga do rio, a cheirar a limos, a sal, a maresia.
Desde então os acertos da margem vão se desdobrando, podendo dizer-se que a recente transformação da Ribeira das Naus é uma etapa charneira de um percurso ainda longe de esgotado. Talvez porque neste lugar mítico da história lisboeta se empreendeu o esforço meritório de abrir ao convívio uma parcela da margem, ao mesmo tempo que se pôs a descoberto parte significativa da memória do lugar. Entrecruza-se, assim, passado e futuro num presente enriquecedor.

Vista do Tejo sobre Al maden !
De repente dei comigo a mitigar as notícias na boca do povo que ouvi  por todo o lado e  ao almoço algures junto do ISPA, a televisão vomitava o magma na ilha do Fogo a subir aos céus em júbilo para cair em flechas e faíscas esplendorosas, quais rajadas belas a tons laranja incandescentes, que me maravilharam, e ali pregada a olhar extasiante pela tamanha energia emanada das entranhas- , neste agora se revela excelente para partir todas as pedras que estão no nosso caminho. Porque as limpezas de outuno são tão importantes como as da primavera, sendo que existe muita coisa para transmutar neste País!
Importante será reter o que for de melhor  para a nossa evolução, e livrar o lixo do restante peso, pois só nos está a atrasar. E nada de perder a fé, mesmo que alguém se sinta assoberbado, malfadado, descontente e espetante com a situação atual , saiba que tudo poderá mudar de um momento para o outro.
E porque não? Estando a Mãe Natureza neste agora saindo às pressas do ponto de solidus para o ponto de fusão -, quero acreditar que estas forças descomunais intrusivas e extrusivas  ajudem  na pressão neste processo de agilizar tamanho suspense , para que tudo se resolva pelo melhor, a curto prazo. Só é preciso ser paciente, apesar de  haver gente de temperamento difícil, teimoso e de muita inveja, incapaz de enxergar outros pontos de vista, seja na postura do certo distinguir, que  uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa, e nisso a maior  perca do que no ganho, pelo opinar de conversa e atitudes que não é da sua lavra, esquecendo-se que toda a gente tem telhados de vidro. 
Se ninguém é perfeito, e se alguém tem a coragem de  vir a admitir que errou, e pagar por isso, para quê continuar a ir buscar as ninharias?
Se há coisas para resolver? Então que se resolvam, mas de coração aberto, prontos para  amar, desfrutando do pôr-do-sol que hoje nos presenteou ao nascer que o fotografei na minha varanda-, insólito a câmara  de Almada ter aprovado em altura desmedida o prédio da frente, com isso a perda da visão total sobre o Mar da Palha.
Importante tentar a resolução rápida de conflitos que este caso  está a gerar interna e externamente.
E por fim que  dentro de cada um de nós reine o bom senso  racional, versos emocional   e que se apazigue em vésperas de Natal,  porque uma coisa é certa -, o  Eng.º Sócrates é homem  nascido sob o signo Virgem, o mais inteligente de todos do zodiacal, abençoado de nome sonante, ao jus do filósofo irmão de Atenas, e de corpo espadaúdo, sorriso escorreito e olhar vivo ao  género do retrato do sócia, o ator mais charmoso do mundo -, George Clonney, sendo distinto orador, como outro nunca  assim conheci,   fala até que a voz lhe doa, parte a loiça toda, ninguém o cala  na tamanha cabal força no poder da retórica e argumentação, um líder de massas!
Daqui emano força ao  Eng.º Sócrates, à laia de um ditado popular "os cães ladram e a  caravana passa ".
Depois  porquê Évora? 
Pelas suas gentes que sempre souberam receber bem, e pela  história dum passado romano imortalizado no templo de Diana, da universidade fundada em 1559, e outro vasto património tanto a condizer  ao status filosófico para uma  boa estada, mas que se espera curta.
Que os silêncios o brindam na ajuda da sua defesa ao lembrar o grande Álvaro Cunhal  que o fez um dia!

Sobre a Exposição das Maresias, vali-me  em parte de textos do folheto dado na exposição.

O que se lamenta?
O torreão precisa de obras urgentes, está a inclinar-se para norte e poente. As madeiras das varandas e os ferros forjados em total apodrecimento. Tetos altíssimos.Em vez de dois pisos podem aproveitar e fazer três à vontade.O piso das assoalhadas em madeira corrida e  com tacos, inclinado, aqui e ali, me parece mal atabalhoado no malhetamento, evidencia sobreposição de madeiras ao longo da vida. 
Se houver empenho, engenho e arte na desocupação do vizinho do lado- o Exercito, e nas obras a fazer,  o que ali ficaria em excelência? Um Museu ao sabor do Louvre,a faturar milhares por dia!