Percurso de Natureza em Almada, por técnico da CMA, com perfil, a quem destaco parabéns. Lamentável a lista de espera no site da Ciência Viva, na ordem dos 80 e dos 25 inscritos apareceram 9, sendo destes duas crianças - atentos a essa probabilidade decidimos e bem aparecer pese já conhecer o local, agora de mais valia in loco o aprendizado das arribas fósseis que esperam classificação, enquanto património geológico pelo elevado valor científico, didáctico e pedagógico que se reconhece desde onde assenta o monumento do Cristo Rei até ao Tejo, com várias camadas de rochas sedimentares desde o Miocênio inferior entre 20 a 16 milhões de anos.
Muro a fazer de lousa para explicar a evolução do Miocênio até hoje - Cristo Rei com 16 milhões de anos, em descida as várias etapas dos 17, 18, 19 a 20 milhões junto do Tejo.
Visualizámos arenitos, calcarenitos, areias e argilas que nos espelham ambientes e paisagens que outrora existiram em clima mais quente e da sua evolução com galerias fantásticas de caranguejos e camarões que na erosão se distinguem a um olhar atento a imitar raízes ou estalactites, com orifício por dentro.
Sempre em plena natureza encontramos junto a uma nascente de água cavalinha, que desconhecíamos, interessante os ramos se destacam uns dos outros onde encaixam, se os puxarmos
A água brota do muro de pedra sustentado pela rede, sem se saber a sua origem, se natural ou de ruptura do depósito que existe em cima junto ao Cristo Rei (?).
Sempre entre a arriba e a vista privilegiada sobre Lisboa e o Tejo.
No pior local onde foi o estaleiro de apoio à construção da ponte foi deixado blocos de toneladas de cimento armado, paredes de sustentação em tijolo burro com pilares em ferro...
Tamanhos escombros !
Contribui para esta amostragem extraordinária os fósseis variados que se espelham nos depósitos marinhos, trouxe alguns exemplares - bivalves, gastrópodes, uns mineralizados em moldes externos e outros em moldes internos , milhentos estratificados e muitas ostras enormes .
Encontrei um remate de pedra esculpido veio aqui parar à boleia das águas e daqui só pode sair de barco...
O dente de tubarão que existia fossilizado numa rocha- desapareceu...O Dr Mário Estevães trouve um belo exemplar para apreciarmos.
A charneira de uma grande ostra que quando a vi parecia um pedaço de azulejo...
Bloco do estaleiro
Dentes de vários tipos de tubarão encontrados no Monte de Caparica |
Parece um osso ?O que me parece agora revendo a foto... |
Deixámos o grupo a meio da encosta que seguia para o local de partida e seguimos para a quinta de Arealva, Ginjal e Cacilhas onde almoçamos as melhores sardinhas deste ano, na esplanada ao som de saxofone.
Sob estoreira de calor o estrangeiro tocava saxofone, enquanto almoçava as melhores sardinhas deste ano. Claro que deixei gorjeta.
Os tesouros que trouxe na mochila...para lavar!
Amanzing!