domingo, 1 de junho de 2014

400 anos da Peregrinação de Fernão Mendes Pinto

Lendo o que a pedra tem escrito...Nas partes da Índia, Etiópia, Arábia Feliz, China, Tartária, Macáçar, Samatra e outras muitas províncias daquele oriental arquipélago dos confins da Ásia, a que os escritores chins, siameses, guéus, léquios, chamam em suas geografias a pestana do mundo...
Obra escrita no Pragal em que casa (?)-, havendo disputa de várias, Quinta Pena Joía, ou a poente em Monte Alvão, ambas  no Vale de Palença, S. Lourenço junto ao Tejo ou na Quinta do Rosal na Charneca de Caparica -, num desses sítios na Pestana do Mundo a obra foi escrita -, 400 anos celebra, a Peregrinação! 
Há gente que diz que foi nesta casa da Quinta no Pragal que Fernão Mendes Pinto viveu casado depois das viagens pelo oriente, sendo juiz de Almada até falecer em 1583. Casa de sobrado com varandim, dois óculos laterais para ventilação e o tradicional beirado português e na frontaria seriam bancos, outra tradição portuguesa, que no tempo se transformaram em canteiros. O portão da quinta aberta onde à posterior construíram casario dando a impressão de pátio, hoje em completa ruína.
Surreal o sentimento ao mirar o fueiro velho e seco erguido no céu ao meio do portão ocorreu-me que nele um dia ter sido hasteada uma bandeira, do mesmo modo arriada, para voltar a ser içada até ao topo, e neste agora fatal cenário assim se mostra nu!
Aqui até meados do século XX funcionou uma Escola Primária...
Nesta terra do Pragal de mulheres costureiras e homens agricultores de sabedoria no reivindicar.
Ermida do Pragal de orago a Nossa Senhora Mãe de Deus e dos Homens
Edificada a seguir ao terramoto de 1755, tendo sido aberta ao culto em 1763. 
Supostamente poderia ser uma pequena capela pela localização em lugar altaneiro ao costado da quinta, uma probabilidade-, e que nos meados da segunda metade do século XVII, teria sido reformulada com lindos painéis de azulejos, dois nichos nas laterais do altar em talha dourada.
Assaltada e incendiada durante a implantação da Republica, exaltado o povo atirou as imagens ribanceira abaixo, tendo sido apenas recuperada a imagem de Nossa Senhora, perdendo-se a de S. Sebastião e Santo António. Roubados os azulejos, só ficaram as paredes. Dados graças a uma fotografia de 1910. Depois viria a ser invadida por famílias que aqui moraram para abrigo(?) sendo em 1957 por iniciativa do padre José do Carmo Vicente reconstruída, e o foi novamente ampliada neste agora para trás, com doação de terreno.
O povo do Pragal revoltado com a monarquia no ganho da liberdade com a instauração da República não só apedrejou este templo como outros em Almada, seriam contra a igreja, os seus preceitos -, sobretudo a altivez da boavida dos padres, supostamente não os defendiam nem ajudavam , e deveriam! 
 
ALMADA, cercada por um Forte que a delimitaria do castelo até ao PRAGAL (?).A guarita apesar de decepada no Pragal, parece ter sido evidência do que falo, sendo que alinhada nela teria um formato retangular.
Perto do hotel no Pragal existe a Rua do Forte-, que dita do que falo.
Nestes 400 anos de comemorações da Peregrinação
Seria interessante a autarquia restaurar a pintura e retirar os grafites, dando assim dar melhor visibilidade.
A placa passa despercebida e não o devia.
Escultura num mural da quinta onde viveu Fernão Mendes Pinto mandada executar pela Câmara de Almada em 1985. Escultor Pé Curto e o Pintor F. Bronze
A estátua de Fernão Mendes Pinto no Pragal Almada.
A Quinta que o Prof Hermano Saraiva, contemplou num programa sobre a vida de Fernão Mendes Pinto, é esta que se chama Pena-Joía ( não sei se o primitivo nome da quinta, fazendo fé ao nome, supostamente mais tarde nela encontrado "um broche em oiro, por isso jóia, na forma de pena..." o plausível. Aqui consta escreveu a Peregrinação (?) e viria a falecer.Um lugar de excelência para meditar, escrever e relaxar. Ora ter vivido esta aventura em teimar em pôr na frente da casa uma cadeira que estava num monte de escombros, com isso fiz-me à foto como se fosse modelo...Sou mesmo estouvada de imprevisível. 
E depois uma selfie...
O caminho de aceso à quinta , atrás de mim o muro em pedra primitivo, ao fundo caiu uma árvore seca, tivemos de nos baixar para passar. O antigo proprietário-, o Sr. António faleceu há coisa de um ano. Fala-se que são muitos os herdeiros. Se para tal engenho houver arte, fácil será a um solicitador ou advogado convocar todos os interessados para venderem a herança, caso não aceitarem, expropriam para bem público, procedendo à limpeza do espaço que merece dignidade.Muitos anexos foram destruídos,houve gente que foi daqui deslocalizada com casas atribuídas pela câmara, mas outros achadiços , sem eira nem beira, aproveitadores -, porque ouvi barulhos, portões fechados e cães a ladrar.
No gaveto da entrada do pórtico da quinta existe este marco em pedra que só identifico a letra "B" sendo pertinente questionar se seriam iniciais do nome primitivo da quinta?
O caminho na frontaria da quinta segue a direito em frente com um mini portão em ferro que logo contornado e de volta ao caminho, que se estende em jeito de planalto, quase desértico, árido, pedregoso, de vegetação rasteira, na esquerda uma ruína de casa e depois no alto descida em declive e ao fundo, longe o miradouro do Rangel , onde as vistas de cariz deslumbrante, onde se avista a vista sobranceira ao Tejo,na colina da direita o Cristo Rei, na esquerda a Quinta de S. Lourenço e na frente o Tejo e Lisboa.
Fenomenal este lugar idílico 
Em cima da falésia a escassos centímetros do abismo... 
Quinta de S. Lourenço, património do Estado, no regime de comodato, em regime privado, onde funciona uma unidade terapêutica de recuperação.
Fernão Mendes Pinto nasceu por volta de 1510 no seio de uma família pobre em Montemor-o-Velho.
O I capitulo da Peregrinação narra a odisseia da pobreza dos primeiros anos , da saída de Montemor, e as peripécias vividas por Lisboa, e Setúbal, até embarcar para Diu . 
Fatalmente a experiência em Portugal de iniciante viajante como que prenunciava a do viajante futuro de «muitos e grandes trabalhos e infortúnios».
Embora nada diga sobre a opção pelo Oriente -, em prol de África ou Brasil, sabe-se do lugar que o Oriente ocupava então no imaginário português, um lugar de atração para quem, como Fernão Mendes Pinto, queria «fugir» da Pátria madrasta, ou queria simplesmente sobreviver dignamente.
Andou por vários lugares orientais –, Índia, Malaca, Samatra, Java, China, Macau, Japão, etc. 
Cumpriu diversas tarefas ou missões e passando por experiências muito diferenciadas (da prática de soldado e de pirata à de noviço ou irmão leigo da Companhia de Jesus, da extrema pobreza ao enriquecimento rápido) e às vezes muito difíceis ou ousadas, tendo sido «treze vezes cativo e dezassete vendido», regressando em Setembro de 1558 a Lisboa, que deixara 21 anos antes.
Quando Fernão Mendes Pinto regressou a Portugal, em 1558, depois de 21 anos por terras do Oriente, esperava recompensa mas durante quatro anos e meio a Coroa não despachara o seu pedido, por volta de 1562, decide ir viver para Almada «vila» de que chegou a ser juiz, e onde morreu com mais de 70 anos, em 8 de Julho de 1583.. Tornou-se proprietário de uma quinta no lugar de Palença, no Pragal, com casa de habitação, courelas de vinho e de semeadura de trigo, onde viveu com sua mulher Maria Correia de Brito, cerca de 30 anos mais nova (pois morreu em 1623) e de quem teve filhas. E terá sido nesta casa que começou a escrever a Peregrinação, embora haja que defenda que foi na tranquilidade na Quinta de Vale do Rosal dos Jesuítas, na Charneca da Caparica. Certo é que a obra só viria a ser publicada 31 anos após a morte de seu autor, em 1614, em Lisboa, por Pedro Craesbeeck, a expensas de Belchior de Faria «Cavaleyro da casa del Rey nosso Senhor» que foi o mecenas da impressão.
Fernão Mendes Pinto já projetara a narrativa no Oriente, pois, numa carta redigida em 5/12/1654, diz aos seus «irmãos» da Companhia de Jesus que lhes dará «alguma relação» do «discurso» da sua vida e dos seus trabalhos. Supõe-se que o autor a começou em 1569, quando andaria perto dos 60 anos, e a terminou cerca de dez anos depois, tendo-a portanto escrito já longe dos tempos e dos espaços nela referenciados, e numa idade favorável à narração memorialista e autobiográfica, com as virtudes e os defeitos que tal narração como regra implica. Quer isto dizer que os 226 capítulos da Peregrinação foram compostos bem antes da sua publicação, póstuma de 31 anos em 1614 em Lisboa, devido a certa faceta hiperbólica, tornou-se conhecido como «Fernão: Mentes? Minto»
Senti o clique nesta temática ontem em Lisboa, na Praça da Figueira, onde decorria uma feirinha de produtos regionais com tasquinhas, dei de caras num quiosque de gelados que tinha umas lonas que me chamaram a atenção -, 400 anos da Peregrinação de Fernão Mendes Pinto. 
Mal cheguei a casa fui ao Pragal fotografar a casa onde viveu assim como a estátua, nasceu mais um post.
Confesso, adorei ler o I capítulo-, ao tempo narração retratada mui cinéfila. Soberba nas descrições, mesmo ao meu estilo! 
CAP. I – Do que passei em minha mocidade neste reino até que me embarquei para a Índia.
Quando às vezes ponho diante dos olhos os muitos e grandes trabalhos e infortúnios que por mim passaram, começados no princípio da minha primeira idade e continuados pela maior parte e melhor tempo da minha vida, acho que com muita razão me posso queixar da ventura que parece que tomou por particular tenção e empresa sua perseguir-me e maltratar-me, como se isso lhe houvera de ser matéria de grande nome e de grande glória; porque vejo que, não contente de me pôr na minha Pátria logo no começo da minha mocidade, em tal estado que nela vivi sempre em misérias e em pobreza, e não sem alguns sobressaltos e perigos da vida, me quis também levar às partes da Índia, onde em lugar do remédio que eu ia buscar a elas as me foram crescendo com a idade os trabalhos e os perigos. Mas por outro lado, quando vejo que do meio de todos estes perigos e trabalhos me quis Deus tirar sempre a salvo e pôr-me em segurança, acho que não tenho tanta razão de me queixar de todos os males passados, quanta tenho de lhe dar graças por este só bem presente, pois me quis conservar a vida para que eu pudesse fazer esta rude e tosca escritura que por herança deixo a meus filhos (porque só para eles é minha intenção escrevê-la para que eles vejam nela estes meus trabalhos e perigos da vida que Passei no decurso de vinte e um anos, em que fui treze vezes cativo e dezassete vendido, nas partes da Ìndia, Etiópia, Arábia Feliz, China, Tartária, Macáçar, Samatra e outras muitas províncias daquele oriental arquipélago dos confins da Ásia, a que os escritores chins, siameses, guéus, léquios, chamam em suas geografias a pestana do mundo, como ao adiante espero tratar muito particular e muito amplamente. Daqui por um lado tomem os homens motivo de não desanimarem com os trabalhos da vida para deixarem de fazer o que devem, porque não há nenhuns, por grandes que sejam, com que não possa a natureza humana, ajudada do favor divino, e por outro me ajudem a dar graças ao Senhor omnipotente por usar comigo da sua infinita misericórdia, apesar de todos meus pecados, porque eu entendo e confesso que deles me nasceram todos os males que por mim passaram, e dela as forças e o ânimo para os poder passar e escapar deles com vida. E tomando para princípio desta minha peregrinação o que passei neste Reino, digo que depois de ter vivido até à idade de dez ou doze anos na miséria e estreiteza da pobre casa de meu pai na vila de Montemor-o-Velho, um tio meu, parece que desejoso de me encaminhar para melhor fortuna, me trouxe para a cidade de Lisboa e me pôs ao serviço de uma senhora de geração assaz nobre e de parentes assaz ilustres, parecendo-lhe que pela valia tanto dela como deles poderia haver efeito o que ele pretendia para mim. Isto era no tempo em que na mesma cidade de Lisboa se quebraram os escudos pela morte de El-Rei D. Manuel, de gloriosa memória, que foi em dia de Santa Luzia, aos treze dias do mês de Dezembro do ano de 1521, de que eu estou bem lembrado, e de outra coisa mais antiga deste reino me não lembro. A intenção deste meu tio não teve o sucesso que ele imaginava, antes o teve muito diferente, porque havendo ano e meio, pouco mais ou menos, que eu estava ao serviço desta senhora, me sucedeu um caso que me pôs a vida em tanto risco que para a poder salvar me vi forçado a sair naquela mesma hora de casa, fugindo com a maior pressa que pude. E indo eu assim tão desatinado com o grande medo que levava, que não sabia por onde ia, como quem vira a morte diante dos olhos e a cada passo cuidava que a tinha comigo, fui ter ao cais da pedra onde achei uma caravela de Alfama que ia com cavalos e fato de um fidalgo para Setúbal, onde naquele tempo estava El-Rei D. João III, que santa glória haja com toda a corte, por causa da peste que então havia em muitos lugares do Reino: nesta caravela me embarquei eu, e ela partiu logo. Ao outro dia pela manhã, estando nós em frente de Sesimbra, nos atacou um corsário francês, o qual abalroando connosco, nos lançou dentro quinze ou vinte homens, os quais sem resistência ou reação dos nossos, se assenhorearam do navio, e depois de o terem despojado de tudo quanto acharam nele, que valia mais de seis mil cruzados, o meteram no fundo; e a dezassete que escapámos com vida, atados de pés e mãos, nos meteram no seu navio com a intenção de nos venderem em Larache, para onde se dizia que iam carregados de armas que para negociar levavam aos mouros. E, trazendo-nos com esta determinação mais treze dias, banqueteados cada hora de muitos açoites, quis a sua boa fortuna que ao cabo deles, ao pôr-do-sol, vissem um barco e seguindo-o aquela noite, guiados pela sua esteira, como velhos oficiais práticos naquela arte, a alcançaram antes de ser rendido o quarto da modorra, e dando-lhe três descargas de artilharia a abalroaram muito esforçadamente: e ainda que na defesa tivesse havido da parte dos nossos alguma resistência, isso não bastou para que os inimigos deixassem de entrar nela, com morte de seis portugueses e dez ou doze escravos.
Era este navio uma formosa nau de um mercador de Vila do Conde, que se chamava Silvestre Godinho, que outros mercadores de Lisboa traziam fretada de S. Tomé, com grande carregamento de açúcares e escravaria, a qual os pobres roubados, que lamentavam sua desventura, calculavam que valesse quarenta mil cruzados. Logo que estes corsários se viram com presa tão rica, mudando o propósito que antes traziam, se fizeram a caminho de França e levaram consigo alguns dos nossos para serviço da mareação da nau que tinham tomado. E aos outros mandaram uma noite lançar na praia de Melides, nus e descalços e alguns com muitas chagas dos açoites que tinham levado, os quais desta maneira foram ao outro dia ter a Santiago de Cacém, no qual lugar todos foram muito bem providos do necessário pela gente da terra, e principalmente por uma senhora que aí estava, de nome D. Brites, filha do conde de Vilanova, mulher de Alonso Perez Pantoja, comendador e alcaide-mor da mesma vila.
Depois que os feridos e os doentes foram convalescidos, cada um se foi para onde lhe pareceu que teria o remédio mais certo da vida, e o pobre de mim com outros seis ou sete tão desamparados como eu, fomos ter a Setúbal, onde me caiu em sorte mão de mim um fidalgo do Mestre de Santiago, de nome Francisco de Faria, o qual servi quatro anos, em satisfação dos quais me deu ao mesmo Mestre de Santiago, como seu moço de câmara, a quem servi um ano e meio. Mas porque o que então era costume dar-se nas casas dos príncipes me não bastasse para minha sustentação, determinei embarcar-me para a Índia, ainda que com poucas ilusões, já disposto a toda a ventura, ou má ou boa, que me sucedesse.
A entrada do Fórum Municipal Romeu Correia é revestida por um painel de azulejos em homenagem à "Peregrinação" de Fernão Mendes Pinto -, obra de Rogério Ribeiro é composta por oito panos contínuos que estabelecem um percurso: Partida, Caminho, Desesperança, Peregrinar, Embaixadas, Festa, Máquina do Mundo, e Esperança 
A leitura do painel deverá ser feita da direita para a esquerda, acompanhando o movimento de quem entra no Fórum.
Deixei-me fotografar em selfie com água a verter em lágrimas no tardoz...
Pra quem tiver curiosidade de ler a Peregrinação original basta seguir este link da Biblioteca Nacionalhttp://purl.pt/82/3/#/4 
Testamento de duas filhas de Fernão Mendes Pinto, fazendo menção da doação de parte da Quinta de Monte Alvão defronte desta , no Bairro Amarelo com vista para Lisboa ao Convento de Almada.
Ainda hoje não se sabe onde teria escrito a Peregrinação.
Teria sido nesta quinta de Penajóia; Monte Alvão, S. Lourenço ou Rosal na Sobreda, onde se deslocava amiúde.Uma coisa é certa todas são escolha idílica e na margem sul!

Fontes:

http://alfarrabio.di.uminho.pt/vercial/fpinto.htm

http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/8836.pdf

2 comentários:

  1. Muitos parabéns pela atenção dada a esta tão importante obra da literatura universal, por vezes tão esquecida em Portugal!

    Importa contudo registar que a referência à Quinta de Monte Alvão no Vale de Palença, que não corresponde à referida e bela Quinta de Penajoia, foi apresentada em público e referida pela primeira vez nesta publicação:
    http://historiadealmada.blogspot.pt/2013/04/fernao-mendes-pinto-e-sua-peregrinacao.html

    Convém também referir que a Ermida do Pragal que apresenta, dedicada Nossa Senhora Mãe de Deus e dos Homens, foi edificada a seguir ao terramoto de 1755 e aberta ao culto em 1763, vide:
    https://www.academia.edu/640421/Patrim%C3%B3nio_Religioso_de_Almada_e_Seixal_Ensaio_sobre_a_sua_hist%C3%B3ria_no_s%C3%A9culo_XVIII_artigo_in_Revista_Anais_de_Almada_Revista_Cultural_n.o_11-12_2008-2009_

    Cumps.

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  2. Caro Rui M M Mendes, muito obrigada pelo comentário, a que respondi, debade não ficou publicado. Obrigado pela cortesia da visita, pelo elogio tecido e pela partilha de boa informação que acrescentei.
    Bem haja
    Melhores cumprimentos
    Isabel Coimbra

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