terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

A Casa do Ensaio em Ansião

Desde que me lembre sempre conheci o edifício conhecido como o Ensaio em Ansião, assim de cor escarlate onde cheguei em miúda assistir a um espetáculo de ilusionismo em que o mágico pediu um voluntário da plateia.Chegou-se apressado ao palco um rapaz da Sarzedela para sentado numa cadeira logo o hipnotizar e deixar tolinho a comer descaradamente uma batata crua...
Credível o nome do edifício porque ficou conhecido até aos dias d'hoje lhe advêm do ensaio da Filarmónica de Ansião, fundada em 1903. Não sabemos se já foi aqui no antigo celeiro da igreja. A Filarmónica permaneceu neste prédio até 1996. Recordo ainda as fardas cinzentas dos seus músicos que me lembravam a farda dos cantoneiros, no mesmo tecido assim de pintinhas pretas, e dos seus grandes instrumentos, que tanta vez vi homens a subir com eles quase às costas pela escadinha lateral de encosto à Moagem do Sr. Pires, para no 1º andar onde decorriam os ensaios.
Saudade do homem possante que batia os pratos, o Sr. Amadeu Portela que era também peixeiro com a sua esposa Zulmira.De semana ela fazia a ronda pela vila a vender peixe num carrinho de mão em madeira, onde não faltava a balança de pratos de lata, pesos cobertos de escamas sem jamais se esquecer do contrapeso  na pesagem (cabeça do peixe ou parte) em que os gatos se faziam chegar ao pregão e ao cheiro, mas só lambiam guelras e tripas...Viveram nesta casa castiça que se apresenta em total abandono, ainda se distingue nela o belo duplo beirado português, pedras de suporte nas laterais das janelas para os vasos com sardinheiras, já gasta a cal branca, decorada de harmoniosas barras a grená nos contornos e na porta que na foto não se distingue ainda existe o buraco para o gato. Um dia ao passar para ir à mercearia do Ti Piloto tabelamos conversa, o Ti Amadeu homem forte e corpulento era da paródia entra em casa trás os pratos que logo entala as mãos nas correias de cabedal e os  bate com tamanha força que me deixou a balançar na estrada com o  brutal estrondo inusitado...
A minha querida mãe trabalhou no Correio velho, cujo quintal faz extrema com o Ensaio a poente.Vim a saber mais tarde que foi a casa e o quintal da residência paroquial que foi nacionalizada com a República. E o padre foi daqui saneado... O Ensaio nasceu para espetaculos variados e musicais e ainda do teatro amador, porque o povo era participativo.
"Mesmo antes de ser sede da Sociedade Filarmónica Ansianense, o edifício da “Casa do Ensaio” funcionou como um “centro cultural” onde se realizavam espetáculos de teatro e de variedades.Já no século XIX, existem registos datados de 1896 que dão conta de uma comissão que se encarregou de transformar o edifício num teatro. Na altura, o imóvel pertencia ao Clube Literário Recreativo Ancianense." Julgo que a palavra Centro Cultural seja mais recente do que ao tempo a sua utilização ditou-, Clube seria o termo mais apropriado, mas sou eu a dizer.
Por isso o prédio do Ensaio nasceu ao fundo do quintal  da casa paroquial, por isso ainda hoje uma janela para o tardoz, que me intrigava para agora se entender a razão.No beco ainda resistem no quintal o portão de acesso ao antigo correio e casa de sobrado e três portas entaipadas. Atravessei o beco empedrado mal cheiroso, porque servia de estacionamento para animais, sobretudo burros enquanto os seus donos faziam avio do que precisavam na vila no médico ou em serviços públicos. Quando andava na escola na hora do lanche, certo e sabido ir pedir dinheiro à minha mãe para logo sair apressada pelos fundos, atravessando o beco, para comprar no tasco do Ti Domingos  uma sandes de iscas, que eram de sabor divinal, e assim iguais nunca outras saboreei, arte da filha Preciosa, também sandes de atum que ao tempo era muito saboroso, de tal maneira que ainda hoje o aprecio, quando abro uma lata não resisto com o pão limpa-la, acreditando que sinto o mesmo sabor de antanho...
Livro de Portugal Pitoresco e Ilustrado- a Estremadura Portuguesa de Alberto Pimentel
Quando passou por Ansião em 1908, escreveu "Não existe theatro" diz ainda "que em 1903, precisamente a data da fundação da Filarmónica, houve a tentativa de se fundar um Club, não sabe se vingou, que se reunia à noite na Farmácia Lima.»
"Em 1916, já pertença da Sociedade Filarmónica Ansianense, foi novamente alvo de obras de melhoramentos, tendo o edifício sido electrificado já em finais de 1930.
Já na fase em que funcionava como sede da Filarmónica, serviu igualmente de palco a várias coletividades de vocação artística. Entre estas, destaca-se o Grémio Dramático Ancianense, que realizou peças de teatro, e a Mocidade Desportiva Ancianense, que também utilizou a sede da Filarmónica para a realização dos seus bailes. Outros grupos de teatro utilizaram o edifício para encenar várias peças nas décadas de 40 e 50 do século passado, assumido o espaço a designação de “Teatro Ansianense” para esta finalidade. 
A antiga sede da Filarmónica foi também a primeira sala de cinema de Ansião nos anos 40."
Livro
Vamos falar do Ensaio que teve o seu tempo áureo nos anos 40/50 ?Conta-me a minha querida mãe quando tinha 12 anos já andava a estudar em Ansião, ao tempo hospedada na casa do primo Professor José Lucas, recorda-se de ter assistido no balcão do Ensaio, a uma peça de teatro "As Pupilas do Sr. Reitor" e à recita com uns versos sobre os comerciantes então ilustres da vila. Lamentavelmente só se lembra de três quadras, disse-me que as pessoas que me podiam ajudar seriam a " Fernanda 29" ou a tia a D. Piedade Lopes, afamada padeira desta vila de Ansião. No último Natal fui com a minha mãe ao Lar de Ansião para visitar a D. "Fernanda 29" onde me disseram que estava internada no hospital em Coimbra, e depois foi para um Lar na cidade. Lamento a doença que foi acometida. Na minha memória permanecerá o seu delicado sorriso franco e a delicadeza de boa mulher, que sempre assim a conheci, também por ser grande amante das serras de Ansião e das suas gentes. Formulo votos para que a doença diagnosticada lhe seja leve. Sinto grande saudade, pois sei que gostaria imenso de ter conversado com ela para mais saber sobre os teatros em que participou no Ensaio e das cantorias de versejo, da autoria das gentes da terra. Valores e tradições que se perdem e não deviam, por incúria de alguns, e também minha, que em tempo não os soubemos recolher, por isso o grande lamento!
Desta feita assim triste vali-me neste mês de fevereiro da D. Piedade Lopes, sua tia, minha vizinha e ainda tia em 3º grau, apesar da alta idade que ninguém lhe dá, senhora de alto porte e boa cabeça de forças bastante que me recebeu calorosamente na sua sala, onde estivemos horas na palheta, a recordar gentes e coisas de Ansião, bem refasteladas em sofás ao calor do crepitar da fausta lareira à luz do dia, que se antevia da janela e no parapeito a graça delicada e vistosa da avenca viçosa.
Não me recordo de cantoria nenhuma do passado para me admirar como é que ainda há alguém de farta idade que se lembra de muitos versos, é obra para se ficar pasmado...Assim esta boa mulher apanhada neste inusitado surpreendente de me fazer recordar de um passado que segundo os filhos, o Nécas e a Tininha a ouviam ao domingo cantarolar a recita enquanto arrumava a casa...Acaso alguma palavra não confira com o verso original, será porque a percebi no cantar errada, por isso aqui me desculpo e atrevo a pedir para quem saiba a partilhe para se acrescentar, porque vale sempre a pena avivar na crónica, que houve gente em Ansião amiga do trabalho e paralelamente era amiga de arraial, festa e de teatro, e de homens de veia poética  e atores que não tinham medo do palco e do público. A que abnegadamente "tiro em vénia o chapéu" por neste tempo de antanho se terem revelado gente de fibra, que na minha geração não conheci semelhança nem parecença e disso confesso sinto grande pena.

Largo do fontanário de ferro 
Casa defronte no 1º andar que se vê na foto tem no sobrado uma grande sala onde se tocava ao tempo violino e guitarra, os tocadores eram os irmãos Paz; Ilídio, Artur e Adolfo, contou-me a minha mãe que os ouviu tocar teria uns 8 anos.
O leque de atores 
Naquele tempo entre outros; César Nogueira; "Júlio e irmã Fernanda do 29"; Artur Paz e mulher Fernanda; João Valente e os irmãos Virgílio e Eduardo e, supostamente as filhas do Simões; Armanda e Hortense que viviam quase de paredes meias, as filhas do Sr. Oliveira, as filhas do Dr Silveira ou a mãe ?... Quem tomava conta do bufett do Ensaio era o "Ti Abílio Ferreiro" do Cimo da Rua coadjuvado pelas suas filhas na limpeza do salão e camarins. 
Foto do casamento no largo do hospital em Ansião
De uma prima do meu pai, a Tina do Bairro de Santo António no início de 60, está parte da mocidade de Ansião, entre elas, estou eu pequena de chapéu na cabeça, e as filhas do Abílio Ferreira, a Cinda a primeira da direita, e as outras entre o Nécas e a Luzita do Canhoto.

Récita ao Comércio de Ansião
Versos da lavra dos irmãos poetas João e Virgílio Valente (pai) do Fundo da Rua.
Virgílio és cantador
Cantas bem ao coração, canta-me lá por favor
O Comércio de Ansião, o Comércio de Ansião
E o Comércio de Ansião, cantas tu, cantas eu
Cantas lá óh Fernanda, não digas que te esqueceu
Fernando José da Silva, Fernando José da Silva
O comerciante afamado, no armazém tudo é bom
E na loja tudo é  do Melado
Ourives de profissão lá dos lados da Tojeira
É um grande calmeirão, o Diamantino Ferreira
José Maria dos Santos é da cor da chaminé
Barrigudo e come tanto, vende solas e caxinés
Comerciante afinado  lá de cima da Beira
Também tem o seu pecado, também tem o seu pecado
O prudente do Oliveira, tem dinheirinho de sobra
Anastácio Gomes Monteiro
É direito, direitinho, que nem um fuso
Quando conserta um relógio, quando conserta um relógio
Sobra sempre um parafuso
Sr. Dr. António Amado de todos és estimado
Alegre sempre na sua chocolateira
Sr. Dr. Adriano irá o Dr. Botelho
Fazer em cima de um telho o campo de futebol?
                                                                          ............................
Falar de uma mulher de palco
Maria Fernanda Rodrigues Lopes nascida em Ansião no mês de julho de 1928 podia ter sido uma grande atriz, pela carateristica "fogo" do seu signo e pelos papéis desempenhados com brio, no palco do Ensaio. Quis o destino que se finasse no papel de esposa, mãe, doméstica, poetisa e contadora de histórias do quotidiano, com muito humor em "Rimas com Vida" em livro editado pelo marido. Uma das suas bisnetas herdou a mesma veia poética e com estima lhe dedica na abertura  um poema
Eu tenho uma bisavó
Que um dia quis ser atriz,
Mas o tempo passou
E nunca foi o que quis!
Fernanda Valente e o marido Artur Paz, também se fala terem sido bons atores, a sua filha Anabela herdou um baú com fatos e acessórios usados na época nas cenas teatrais,  no sangue também lhe corre a veia teatral, já a vi em palco  improvisado e fiquei completamente rendida, o mesmo vício do teatro nas primas.Num Carnaval quando era miúda recordo de ver estes ilustres atores que se vestiram a preceito para o baile que decorreu no r/c dos Bombeiros Voluntários, só me recordo do César Nogueira vestido de lente da Universidade, de chapéu quinado com bordalo em dourado pendurado e a capa em cetim escarlate.
A geração anterior à minha ainda fez algumas peças teatrais
Na foto além do mobiliário Art Déco, distingue-se a Célinha filha da "Fernanda 29" a Odete Antunes, a Manuela Franco, o Fernando de Albarrol e,...
"A importância recreativa e cultural do edifício manteve-se ao longo de 100 anos."
A Filarmónica abandona o edifício em 1996, que fica fechado, chegando até ao ano passado em total destruição no seu interior. Em agosto dei conta de obras com uma betoneira içada na parede lateral e claro, senti-me radiante.Felicidade de pouca dura, ao saber que a Câmara não comprou o edifício...
Haveria de indagar, soube que era propriedade da Filarmónica Santa Cecília que o vendeu por suposta bagatela segundo o que se consta a um empresário de Leiria para exploração de restaurante com música ao vivo...Mas os boatos o atribuem a empresário de  Pombal e também  se fala que vai ser estrela Michelim...Outros dizem que a filarmónica  vai ter aqui o seu espaço para ensaiar...
Na verdade percebendo a total destruição que as fotos evidenciam, só aproveitaram as paredes exteriores, o preço afinal parece ajustado.Se além da restauração, bar, loja também acolher cantorias, vai ser concerteza um lugar de eleição, que só engrandece a vila de Ansião, para continuar a sua caminhada no progresso que todos os Ansianenses almejam. 
 
O problema foi não terem acudido ao telhado. Prédio bem castiço por fora e por dentro com os balcões suportados por pilaretes em ferro forjado com platibanda em balaustre de madeira.
Citando a página do facebook "A Casa do Ensaio resulta de um projeto ambicioso de recuperação de um edifício construído ainda no século XIX, e que serviu durante quase um século como sede da Sociedade Filarmónica Ansianense de Santa Cecília. 
Em 2012, Carlos Conceição, um empresário de Leiria que se deixou “encantar” pelas Terras de Sicó, abraçou um sonho antigo e adquiriu a antiga “casa do ensaio” com a missão de devolver às suas paredes devolutas o charme e musicalidade de outrora. 
Brevemente, a Casa do Ensaio irá acolher um restaurante, espaço de produtos regionais e um bar, num conceito moderno e sofisticado mas onde os saberes e sabores de Ansião, a história do local e a paixão pelas coisas boas da vida irão estar bem presentes."

A nova Casa do Ensaio Restaurante/Café 

A arquitetura das fachadas foi  mantida e a cor original. De cara lavada dá gosto apreciar.
A foto possível do interior ainda em obras...
Como notas menos abonatórias...
Sem certezas, na certeza que a direção da Filarmónica de Ansião atendendo ao seu brilhante passado de um século de cultura nesta casa vivida bem poderia ter lutado na decisão em ficar com o edifício, procedendo ao seu restauro, solicitando apoios camarários e comparticipações do fundo europeu, para com orgulho ostentar uma sede condigna para os seus músicos onde não faltasse: Sala de ensaio, Escola de música, e Museu da Música para exposição do espólio de instrumentos em desuso, fardas , troféus, galhardetes, fotografias e, tudo o que demais se acumula em mais de 100 anos, argumentos mais do que suficientes para sentirem orgulho pela idade centenária, ao invés do seu poiso habitual no regime de "empréstimo, aluguer ou favor " no Centro Cultural sabendo que até desfrutam de um terreno na urbanização da Fonte ao tempo teve direito a lançamento da primeira pedra, supostamente teria sido mal posta, já que a obra não saiu ainda do papel...Há quem possa alvitrar que o espaço da antiga sede seria pequeno, nada que a compra de uns metros ao vizinho a nascente não resolvesse, julgo não se negaria, atendendo à finalidade. Insisto nesta temática porque a Filarmónica se modernizou, nada haver da que conheci no meu tempo de mocidade, a via abrilhantar alguns anos a festa do Santo António no Bairro, desfile que faziam pela rua do trajeto da procissão sempre com paragem na frente da casa dos meus pais, mesmo depois de falecido e de outros, mas nunca de todos...no mesmo ritual também na vila.
Porque nos dias d'hoje além da função de Banda Filarmónica exerce uma panóplia de atividades; concertos, arruadas, procissões, solenizações de missas, marchas populares, orquestra ligeira, Big Band Music, Coral Polifónico e ainda Escola de Música; instrumentos de sopro; precursão; piano; bateria; guitarra e viola baixo. E também porque antiguidade é um posto, e pelo brilho dos seus bons músicos ao longo dos tempos e o mesmo de todos os maestros, e neste agora do maestro Simão-, julgo sem favor esta Associação da Filarmónica de Santa Cecília de Ansião, merecia ela própria, uma casa que a dignificasse sendo só sua!
Supostamente a falta de verbas para sustentabilidade quer das obras, quer da reparação de instrumentos, a ineficácia de até agora nada se fazer em prol do orgulho de realizar o sonho da sua sede, quiçá se para tal houver engenho e arte para enveredar na aventura de se pautar por ser uma associação de cariz ainda mais empreendedor no ensino ou espectáculos para maior rendimento, mas também na ousadia de pedir apoios a conterrâneos com milhões no Brasil...Porque o "não" está inerente, mas quem sabe o sim, a surpresa dos mecenas!
Se há coisa deplorável assistir nesta vila é a inexistência de uma Rua com o nome da Filarmónica Ansianense, sendo que existe há mais de cem anos, comparativamente existem nomes atribuídos a ruas sem qualquer significado para a vila...Para pensar!
Vamos ao Espinhal a dois passos de Ansião, além da existência de uma rua onde começou a sua Filarmónica a ostentar placa com o seu nome e, a caminho do Calvário detém bonita sede em local privilegiado.
Espinhal
Espinhal sede da Filarmónica
Também porque não é fácil entender o porquê do suposto interesse camarário no patrocínio e ajuda com apoios comunitários à recuperação da sede da Associação do Clube dos Caçadores para aqui no Ensaio aparentemente nada fez(?) sendo que na vila não existe um teatro, tendo aqui nesta casa durante décadas em anos a fio ter sido aposta de gente com fibra e, de muita cultura, a ser coisa para se ficar indignado e deixar a pensar como se deixou assim  perder!
O progresso das terras defende-se na luta proativa, inovando e incentivando apostas, bem concretizadas na defesa do património, também dando incentivos à camada jovem para se lançarem nas artes; seja no humorismo, entertainer, atores, magia e na dança -, mas para isso é necessário incrementar poiso condigno!
Uma das alegrias que sei daria à minha querida mãe seria abrir um restaurante...
Pois na família há gente que também sabe receber comida groumet ...
Mesa posta sob toalha em estoupa, que um dia foi forro de colchão de palha de centeio, crochetada por mim.
Deixei o Ensaio a contemplar a cameleira do jardim da CGD a lembrar-me do cheiro da glícina de belos cachos lilazes que ali antes existiu na casa do Simões mas antes foi o primeiro hospital da Misericórdia, que jamais alguém o correlacionou aqui, antes falam apenas da existência ao Ribeiro da Vide, que foi o segundo!
Em lamento a jeito de remate não poder vir a usufruir deste novo espaço, como sei gostaria, de ementa groumet, que indicia clientes de carteira recheada, e sendo eu mulher de fazer contas e de gostar de as manter em dia, lamentável seja o alto compromisso de IMI da minha casa secundária de Ansião, que não me dá brecha a deslizes para degustar em  alta restauração!
Seria descortês, até falta de urbanidade não endereçar elegantemente votos de sucesso ao seu proprietário, na deixa positiva que nesta terra desde sempre forasteiros vingaram em graúdo negócio!
Em setembro registei com agrado a placa a perpetuar o passado
A minha mãe e irmã num almoço em novembro descobriram no espaço uma foto exposta com o meu pai Fernando Rodrigues Valente.Sendo que faleceu há mais de 40 anos, gostei de saber!

Fontes:
/www.facebook.com/casadoensaio/info?tab=page_info
Agradecimento  especial à D. Piedade Lopes

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