segunda-feira, 27 de abril de 2015

O acidente no sábado com um carro no Cais do Ginjal

Dizem as notícias que o cais do Ginjal está vedado a peões, o que verifiquei não ser verdade. 
Arriba fóssil a uma altura descomunal do Tejo, há milhões de anos ainda impregnado de conchas de bivalves fossilizadas.
Escadaria do miradouro da Boca do Vento com uma vista deslumbrante sobre o Tejo e Lisboa

Lamentável se encontrar em mau estado as calçadas esventradas nos patamares ao meio do percurso.
Na arriba recentemente reforçada crescem ervas grandiosas pela maresia e abrigo
Videiras bravias da arriba resistentes da filoxera  deu cabo da viticultura em Almada no século XIX
Vista sobre Lisboa do último lance da escadaria
3,30 H a esplanada do Ponto Final estava com o mobiliário arrumado.



Todo o local ribeirinho se encontra degradado há anos, os cais estão minados de buracos que podem desabar a qualquer momento, o mesmo de paredes de antigos edifícios, há coisa de 2 anos caiu uma parede de instalações camarárias (?)  no Olho de Boi e matou um jovem. 

Há pouco tempo houve uma pequena derrocada no cais onde se deu agora o acidente, tendo sido devidamente sinalizada e vedada por grades altas, mas que alguém (?) que usa o cais para poente, supostamente encostou para poder continuar a passar, porque dava à conta. A corrobar o que se afirma um carro estacionado para lá do cais, agora interrompido, e não foi pelo ar, fica a incógnita quando de lá sairá, e outros(?).
O acidente supostamente aconteceu porque o condutor apesar de ver as grades e a derrocada, teimou passar para imediatamente se arrepender, e foi precisamente quando engata a marcha atrás, para recuar, ao guiar devagar, porque se encontra num local estreito, entre a parede do antigo armazém e a grade da derrocada -, que o peso do carro foi fulcral para se dar o maior abatimento, já minado pelo rio.E só não foram a banhos, porque o carro ficou preso na antiga vedação em ferro que a câmara ali pôs há anos e, nas pedras que se tem desmoronado no tempo e lhe fizeram cama, por isso saíram os três ilesos.
Era um carro de aluguer com um mês.O problema agora é imputar responsabilidades, quem vai pagar!
Porque a grua apareceu no sábado de tarde, mas a maré estava muito baixa e não deu para o retirar, mas não mais voltou, sendo que hoje, a maré estava de feição, segundo ouvi dos entendidos das coisas do mar e não voltou a dar caras.
Ao longo do cais existem vários placards de aviso de derrocada .
Também uma placa em esmalte que menciona que a ponte e o cais privativos da sua propriedade.
A requalificação do cais do Ginjal tem um projeto antigo para hotel e outras infraestruturas para chamar o turismo, estando em local estratégico na frente do Tejo e de Lisboa.
Tive a sorte de encontrar um funcionário que também registava fotos, e gente que assistiu ao acidente.
Não que me queira substituir a quem de direito o dever de analisar casuisticamente o assunto que é periclitante. 
A quem se vai imputar a culpa, e quem vai suportar o prejuízo.
Na minha opinião foi muito incauto o condutor se aventurar em terreno que diz não conhecer (?). Eu que o conheço, jamais alguma vez lá passei de carro.O certo era ter deixado o carro em Cacilhas, e partir em caminhada desfrutando da paisagem e da aragem fresca do Tejo. Um eterno problema é que muita gente só sabe andar de carro, não dão um passo a pé...
E quanto a custas para se retirar o carro, devem ser superiores ao valor do mesmo!
Recentemente no facebook senti uma indireta, vinda de uma mulher, que se afirma há muitos anos na militância de esquerda, fato que estranhei, porque em democracia cada um tem direito a ter opinião, e pelos vistos ela ficou empertigada por eu ter dado a minha, no caso também sobre um acidente, dizia ela de viva voz, " um dia destes nem é preciso advogados nem juízes, que tudo se discute em praça pública"...sendo que valorizou um comentário de outro amigo, em que cada palavra escrita, cada erro ortográfico, o que denotou não saber escrever, nem tão pouco emendar o prontamente assinalado no PC, sendo ela mulher letrada em Universidade pública, o certo seria de o chamar à atenção, não é o que os professores devem fazer? 

Já no sentido de volta a esplanada de mobiliário montado e com turistas a deliciar-se com as vistas sobre Lisboa.

Jardim  relvado sobranceiro ao Tejo com elevador para Almada velha
Aqui as arribas solidificadas para segurança das pessoas

Turistas chinos com uma potente máquina fotográfica
Sinto a chegar-se um pequeno barco a muita velocidade...Possivelmente para registar fotos tiradas ao carro do rio...
Ao cimo o muro de portas abertas, da Quinta da Cerca
Fico-me ao antigo Forte, com uma das quatro bocas de pedra do pequeno adamastor da Fonte da Pipa, sobranceira ao Tejo, que abasteceu muita pipa de água para as naus levarem além mar.
Em rota de saída caminhada  na brutal subida íngreme do Olho de Boi.
Fiquei estupefacta ao lembrar a recente entrevista que passou à dias na TV sobre os resistentes habitantes do Bairro Social, do Olho de Boi. Quando a empresa fechou portas esqueceram-se dos empregados do Bairro Operário que por ali foram ficando, muitos já faleceram, só que neste agora parece alguém de direito reivindica o espaço... Deu a cara à entrevista um ator de teatro, que aqui viveu com os pais e continua a viver. Ninguém paga renda, tem feito obras de beneficiação para viverem melhor. Dizia o ator "não saio daqui tenho uma vista sobre o Tejo e Lisboa..." pois tem, mas a casa não é dele, será de alguém e, depois o barulho que no local se faz ouvir da ponte é ensurdecedor...Mas o que me deu hoje vontade de rir foi apreciar o parque de estacionamento privativo do Bairro Operário do Olho de Boi, telhado, com bons carros e jipes abrigados...Para pensar! 
Depois encontrei um homem com 80 anos que me disse " um dia entrei por ali adentro para conhecer o espaço, veio até mim um homem que  me pergunta, se não vi a porta na entrada, a que respondi vi um portal, mas portão não vi nenhum  e por estar tudo aberto entrei, porquê não posso, olhe lá e posso descer a escada para a praia...?"
O que transparece, os moradores sentem-se donos do sítio, sendo que a terra não é deles! Devem ter poupanças avultadas (?) sem pagar renda de casa e ainda com hortas, por isso privilegiados, não é de se ter compaixão de nenhum, antes dos demais que pagam rendas a senhorios ou a bancos!
Dia 6 de maio o carro já não estava  no local, ouvi de terceiros que na véspera a corda de sisal que o prendia ao guindaste estava esticada, supostamente as marés já o tinham puxado para água -, evidencia estar no fundo do Tejo, ou foi rebocado ?
Provável no Tejo...

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