sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Cascais transpira encantos que jamais se esgota !

Mal assentes os pés nos degraus da saída da estação dos comboios em Cascais, uma nuvem aromática toldava a atmosfera, forte, muito agradável, foram precisos alguns segundos para o descobrir-, alfazema, e claro, fez-se claro ao ver o serviço de jardinagem dos "Almeidas" camarários, que cortavam os arbustos da rotunda...
Interessante o nome da rua, sonante por ser na integra em detrimento do habitual, mais comum Marquês de Pombal
Piriquita em Cascais-, não faltaram os famosos travesseiros, agora em tamanho reduzido, bem me lembro há anos em Sintra do  seu tamanho, enorme,  também a queijada pequenina, mal deu para a "cova de um dente"....
Decoração do espaço ao meu gosto, vintage
 O meu segundo pequeno almoço 
Desfilando pela rua principal, o slong publicitário nada condiz na atualidade, na montra só vi artesanato moderno, tricolor...
Gostei francamente dos canteiros, da aposta floral. Cravos turbantes, de cores fortes: amarelo e laranja, resistentes, conferem moldura encantada .
Beirado português pintado da cor do mar, em azul, no contraste seja rivalizar com o céu no poiso predileto dos pombos, elegante em voo aberto, uma me quis presentear, para na sombra da cal ficar ao jeito de brasão assim me honrar!
Um portal em estilo manuelino
Um camelo na montra, lembrei-me há anos pelo natal, num centro comercial descobri dois em tamanhos diferenciados, teimosa, convenci a minha mãe a compra-los para ofertar à minha irmã, debalde deles não gostou e os foi trocar!
Quando os vi os idealizei debaixo da escadaria da mezzanine, ao lado da escultura da porta em pedra ao estilo marroquino...debalde ela não quis ver o mesmo que eu!
Palácio dos Condes da Guarda, belo edifício com painéis de azulejo na frontaria, século XVII, tendo sofrido adaptações para suster os Paços do Concelho .
Contrastes das nossas sombras no asfalto...

Escolhemos esta casa na sorte do euromilhões a comprar. Em aparente ruína imediatamente ali no olhar despida e rejuvenescida em chalet romântico a olhar o mar...dizia a minha Dina, mas não está à venda- pois não, mas os milhões compram tudo!
Interessante em Cascais constatar que tiveram empenho para acudir à doença das palmeiras. Outros munícipes, deviam tirar proveito desta boa iniciativa, tentando aprender como cuidar da doença, evitando o corte.Em Alcochete no Miradouro Amália Rodrigues foram todas cortadas, até me doeu o coração...
Um bom exemplo a seguir, esta foi cortada, tratada, e de novo está a renascer
O mesmo se espera das duas laterais
Miradouro aprazível, belo pela dimensão infinita idílica do mar, da calmaria, do sonho de partir!
Lamentável o cheiro forte fedorento a urina. Os "Almeidas" deveriam começar o serviço da manhã por aqui lavando e desinfetando o local.
  • Faltam sanitários de lavagem automática numa zona turística de excelência.
Pois sou vaidosa, sempre gostei de me deixar fotografar, mas há gente que não gosta nada-, eu amo por demais, sou fascinada, consigo distinguir sempre o belo e a ruína, sendo que ambos sem idade, se coadunam em me nutrir prazer e despertar sempre paixão!
Assinalo o Palacete Seixas onde funciona a Messe da Marinha
Propriedade de Henrique Maufroy de Seixas, um aristocrata apaixonado pelo mar, construída na década de 20 do século XX, com projeto do Arquitecto Norte Júnior, moradia de aspeto acastelado que determina, de forma evidente, a paisagem marítima de Cascais. Deixada em testamento ao Ministério da Marinha que ali instalou a Capitania do Porto de Cascais. 
Vista do Passeio da Rainha D. Maria Pia
A beleza incondicional das buganvílias  a debruar as varandas e muros é desnorteante!
Términus dda vedação de uma vivenda-, o contraste das laminas de ferro com o tradicional "caracol", símbolo da arquitetura portuguesa de antanho.
Palácio Albatroz-, mandado construir pelo médico Dr. D. António de Lancastre (1857-1944) no princípio do século, De linda interessante, magnificamente situada sobre a Praia da Conceição.
Ainda o conheci em ruína, hoje transformado em hotel.
Casa dos Marqueses do Faial em primeira linha , complexo habitacional construído em 1896. 
Apresenta telhados de duas águas, multiplicados nas águas furtadas.
A dona atual da CASA DO FAIAL-, uma pomba em descanso no poleiro ao janelo da água furtada, já sem portada de madeira destruído pelas intempéries, qual vento de nortada em alvoroço, não perdoa, a falta de manutenção!
Incrível, homem que aproveita o chuveiro  ensaboando o corpo para tirar o sal do mar...
Mote que me fez lembrar o Agroal-, termas encravadas nas faldas da serra de Ourém, brotam diretamente na margem esquerda do Nabão, sendo que em agosto é seco na nascente, em Ansião, por correr muito fundo,em tempos de antanho o Agroal era uma espécie de "buraco" a piscina, onde as pessoas se banhavam, a um canto tinha uma bela nora com alcatruzes, uma carateristica deste rio. As gentes das redondezas aqui aportavam pelas águas, boas para as mazelas da pele, mas na verdade muitas traziam o sabão azul e branco para se lavarem à borla para mais um ano...
                                                                       Palacete Palmela
                                                      Vista do Passeio da Rainha D. Maria Pia
Alguém escreveu " Parece que Deus andou a jogar Tetris para os lados do Estoril..."
Mamarracho. O meu olhar filtrou um jogo de "lego" em vidraça sobre vidraça, multi espelhado em horrenda arquitetura...mas a preços de milhões...

  • Neste espaço vivi o emblemático hotel Estoril Sol, com a sua famosa pála branca, que surgiu em 1965 e conheci em 71, e voltaria na década de 80 onde frequentei a piscina, o primeiro banho turco e massagens-, recordo o massagista , homem negro, abençoado de mãos extremamente delicadas, porém imensamente profundas...

ESTORIL SOL RESIDENCE
No desfile da esplanada distingui o Simão Sabrosa, a comer torradas com ovos mexidos com a suposta namorada junto do carrinho do bebé, na volta já lia o jornal enquanto a menina foi passear o bebé ...
Túnel de passagem para o Parque Palmela

Boas recordações deste parque em 71/72, dos passeios com as colegas do colégio "As Salesianas do Monte Estoril"
A utilização do ferro a fazer os canais , material que oxida e deixa as águas ferrugentas, se tivessem apostado na pedra com o calor teria dado gosto molhar os pés e as mãos...refrescar!

Redescobri o Mercado renovado. Gostei de ver pessoas a sair levando em mãos flores muito coloridas, ainda um grande parque de estacionamento, muitos feirantes a rivalizar com a feira de Carcavelos, e abundante  staff policial.
O calor fazia-se sentir, assim o almoço acabou por ser no Centro Comercial onde nos deparamos com bancas de velharias.
 Um copo Vista Alegre
Refastelados e fralda mudada, de volta à rua
Onde fácil foi encontrar a feira de velharias, que aqui ocorre às quartas feiras, reconheci dois feirantes, curiosamente o que abria o certame e o que fechava.
O Miguel Vidreiro
Sarreguemines-, França 
 Impressionante casario sem telhado, numa zona onde o metro quadrado deve ser caríssimo...
Cascais é a cara do Algarve-, quase tudo em inglês!
Exceção do leitão que é bem português!
Por aqui algures um elemento camarário, Engenheiro(?) ao telemóvel comentava " anda na baixa uma moldura humana incrível"...pois andava!
Na relva os galináceos circulam despreocupadamente, não se assustam com as pessoas; galinhas, galos garnisé, pintainhos, patos e pavões.
Descanso merecido deitados na relva à sombra de um plátano e oliveiras, estas necessitam de poda urgente!
O treino do Vicente com o avô  a gatinhar...
 Os pavões são aves deslumbrantes pela elegância e colorido
Localizado no interior do Parque Marechal Carmona, o Museu Condes de Castro Guimarães é o mais antigo espaço museológico do concelho de Cascais.
O Museu-Biblioteca Condes de Castro Guimarães-, data do início do século XX e foi edificada por iniciativa do aristocrata Jorge O'Neil. Obra notável da arquitetura romântica, a Torre de S. Sebastião fascina pela mistura de estilos e por um envolvente misticismo que faz imaginar histórias de outros tempos.

 Marina-, a fortaleza termina como a proa de um navio. Bela arquitetura!
Não apreciei a abertura das janelas da pousada, ou hotel, das ombreiras em ferro e em redor revestidas a cimento cru, preferia tudo em pedra.Chocou-me o olhar!
A Cidadela de Cascais engloba a
e o Forte de Nossa Senhora da Conceição e o de Santa Marta e restos de várias muralhas.
Ora aqui está a forma de tratar da doença das palmeiras. Um tubo ligado ao cimo que termina estrategicamente à altura de ser encaixado noutro por onde se injeta o produto que mata os bichos.
 Sangramento do veneno  (?) feito na casca
 Estátua de D. Carlos, um apaixonado pelo mar, caça e pintura.
 Do lado norte a fortaleza termina exatamente em proa igual à do sul
Fiquei espantada ao reparar no BMW estacionado, na janela aberta uma toalha vermelha com tira crochetada para o cãozinho apreciar a baía... 



De novo as flores, lindas, begónias vermelhas
Um senão a salientar, as caixas  de cartão, em monte, o vento as leva para a via pública...
Deviam apostar em caixas de ripado para as acondicionar,devidamente desfeitas para não ocuparem espaço e não perturbarem o transito trazidas pelo vento e turistas.
Ao entardecer já havia música
Pintor de aguarela, estive a observar a técnica de molhar o papel, a fazer a palete de cores, a pincelar...
O Vicente queria escolher óculos...
Rua Valbom a Casa da Pérgula-, alojamento
 E na mesma rua para despedida nada como a delícia fresca do pecado da gula-, gelados

Parque Palmela. As selfis com a brincadeira do Vicente e o meu chapéu!
Um reizinho!
Também giro nas fotos tiradas pela mãe
A última foi registada no comboio
Um dia inesquecível, igual a tantos outros nos mesmos locais, pese embora este duplamente, por termos o Vicente e o mano(a) a caminho. Vivemos emoções, momentos, encantos, fomos imensamente felizes!

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