quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Cais das Colunas ao Campo das Cebolas subir a Rua das Freiras à Quinta do Ferro

Caminhada de quilómetros de Almada a Cacilhas, e do Cais do Sodré ao Cais das Colunas, onde desci à praia em maré baixa para encontrar fragmentos de azulejos pombalinos e porcelana chinesa, iguais às que encastraram nos tetos do Paço de Alcáçovas, feliz fiquei com os cacos no bolso.


Obras de reabilitação no Campo das Cebolas , agora em franca remodelação

Junto da oliveira do novel Saramago sentado num banco um grupo de jovens a comer o pequeno almoço com embalagens de papel prata nas mãos.

 Palácio Coculim em forte avanço em cimento armado
Ao Terreiro do Trigo, em teima situar no tempo que ali gente com fome esgravatou o chão à procura de grãos...
Subida à ladra  portal com data 1673
Na ladra dei uma volta e mais outra, enfeirei umas toalhas, para partir rumo à travessa das freiras, francamente o nome fascinou-me no mote para a explorar.
Passeio com a nossa filha e a Laurinha
Frontarias de casas forradas a azulejo
Debalde acabei na Quinta do Ferro com ruas e ruelas estreitas com designações de letras, apesar da vista abrangente a nascente sobre o mar da Palha, e para norte condomínios fechados, mas na realidade o que por ali vi foi tudo menos luxo, antes lataria, ruína e abandono, por segundos julguei não estar em plena Lisboa!
No melhor encontrei um tasco que um amigo ao passar por mim me deu a dica, ao perguntar-lhe o nome, diz-me-, não tem nome, fica na rua à esquerda, só tem duas portas...demos com o tasco, apesar da simpatia do dono, o espaço mostrava-se parco para o carrinho da Laura, na verdade a fome ainda não apertava. 
 Nesta rua do lado esquerdo uma tasca onde se come muito bem
Contraste do rico com o condomínio e da pobreza extrema...
Prédios da câmara municipal




Igreja de Nossa Senhora da Glória
Jasmim que adoro!

Sapadores com portal de pedra quebrado
Largo laranjeiras em flor com boa laranja
E claro foi um acaso onde acabámos por degustar um bom cozido, muito bem cozinhado e ainda melhor servido, ali ao Forno do Tijolo, julgo na Rua Maria (?) de cariz familiar de Valença do Minho, o dono faz poesia com a ementa, que já o conhecia nas minhas habituais caminhadas.Havia bom pargo frito que me ficaram os olhos na travessa, logo me lembrei quando era miúda em minha casa, o único peixe frito que se comia, ao meu lado sentou-se um senhor simpático, passados minutos atrevida questionei-o- julgo que o conheço, não tem uma loja de malas? O seu nome não começa por um "R"...Sim, eu também estava a olhar para si e sabia que a conhecia, chamo-me Romero...Degustou uma boa cabeça cozida de garoupa...aos anos que não via nada assim, eu não aprecio, porque não gosto de gelatinas, mas no tempo do Sotto Mayor na Rua do Ouro todas as semanas havia um grupo onde me incluia e havia homens a comer cabeça de garoupa...

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