segunda-feira, 7 de março de 2016

Alfama do Castelo Picão ao Miradouro de Santa Luzia em Lisboa

Ao Largo do Salvador do nº 14 a 24 em lugar altaneiro ergue-se de fachada austera com o portal as armas dos seus segundos proprietários, o Palácio dos Condes dos Arcos de Valdevez ou dos Condes de S. Miguel que foi ampliado no século XVII. O Palácio abre-se para o tardoz com um pátio de arcadas, ainda se destaca pelos azulejos setecentistas e a pequena capela. Por ser um imóvel particular, não é permitido visitar o seu interior.
"É digno de interesse a relação entre o Convento do Salvador, em Alfama, e ao lado o Palácio dos condes dos Arcos, e as nobres casas que foram dos Esteves de Azambuja, os condes dos Arcos e os Noronhas, de Alenquer, D. Leão e D.Tomás. Com efeito, por volta de 1390, D. João Esteves de Azambuja, que foi bispo do Porto e depois arcebispo de Lisboa, fundou no Largo do Salvador, em Alfama, o Convento desse nome, que só mais tarde foi acabado, em 1478, por D. Leonor, mulher de D. João II. Esse Convento situava-se no flanco norte desse largo do Salvador que com uma explêndida acácia dominava uma bela paisagem sobre o Bairro de Alfama.
Ao lado desse Convento foi construído, o Palácio dos Condes dos Arcos que depois passou para a Casa de S. Miguel,  terá sido palco dos acordos de ligação entre núcleos e vínculos das Famílias descendentes de D. João Esteves, como foi D. Leão de Noronha (1510-1572) e as Casas dos condes de Arcos e posteriormente a Casa de S. Miguel."
Ao arco pintado de branco o Hotel do Salvador, instalado no antigo convento Salvador
Prédio rosa onde viveu a minha filha na mansarsa, a janela que se vê é da escada que ela abria todos os dias
Igreja de S. Miguel
Entrada do pátio das Canas onde morou-, em três anos vários prédios circundantes em abandono foram reabilitados para aluguer a turistas.
Fomos visitar os antigos vizinhos e mostrar a Laura
Parreiral, eram quatro pés de parreiras que vieram da zona de Arganil por um morador, hoje só existem dois
 
Saída do elevador com franca vista sobre o Tejo dada pela janela aberta
Saídos de elevador deparei com as luzes acesas em plena hora de alto sol, e percebi de onde vinha o cheiro forte a sardinha, desta grelha aberta sobre a entrada do elevador cujo cheiro se entranha por todo o edifício, o senti logo na entrada do elevador, supostamente oriunda do restaurante típico com convidativa esplanada.Assunto que devem resolver rapidamente.
O miradouro de Santa Luzia está situado na encosta do castelo de São Jorge e oferece uma esplêndida vista sobre o estuário do Tejo e também sobre o casario de Alfama. Situado por cima das ruas labirínticas desse histórico Bairro.
Miradouro de cariz idílico dado pelas colunas jónicas que compõem a sua varanda, daqui se pode deleitar com as vistas das igrejas de Santa Engrácia (Panteão Nacional), de Santo Estêvão, de São Miguel e também a contígua a este miradouro, a igreja de Santa Luzia (associada à ordem de Malta).

O miradouro de Santa Luzia destaca-se pelos seus dois grandes painéis de azulejos da Fábrica Viúva Lamego.O primeiro destes painéis, embutido numa das paredes da igreja, relembra a conquista do castelo de São Jorge aos mouros. 
Os arbustos, as nespereiras e as buganvílias tem de ser bem podadas, nota-se uma falta de manutenção num local turístico e de excelência, merecia ter esse olhamento e objetivo a cada dia.
Os painéis foram recentemente restaurados(?) nas falhas de esmalte foram pintados de azul...não gostei do trabalho, será que está pronto?Lamento as fotos não espelhar o que falo.
O jardim com um busto de Júlio de Castilho, justa homenagem a este ilustre olisipógrafo.

Ao fundo encontra-se o segundo painel azulezar de maior dimensão e posto em frente de um espelho de água já na zona do restaurante, reproduz o Terreiro do Paço ainda antes do grande terramoto de 1755.  
Vista deslumbrante sobre os telhados de Alfama a beijar o Tejo de mansinho...
Assiste-se a cada dia à grande degradação dos painéis azulejares que revestem o miradouro
Local emblemático, encantador, belo, desplanta emoções ao mais insensível, por se revelar um sítio libertador ao apego da saudade e da solidão, no querer sentir em plenitude o amor.
Breve paragem num banco de jardim para dar o beberon à Laura
De regresso fui buscar o Vicente à creche já a chegar a casa quis empurrar o carrinho da irmã, mostrava-se muito feliz. Olhos nos olhos, sorridente mostra-se um menino de afetos!

FONTES
http://amar-alfama.blogspot.pt/2008/07/o-convento-do-salvador-em-alfama-lisboa.html
http://amar-alfama.blogspot.pt/2008/01/palacio-dos-condes-de-s-miguel-ou-dos.html

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