domingo, 10 de abril de 2016

Porto Brandão no rasto do círio de NªSª do Cabo

Origem do topónimo
Painel azulejar colocado pelo ACP no principio do séc XX em todas as localidades


Citar excerto de  https://lusophia.wordpress.com/2015/10/12/o-tesouro-da-caparica-por-vitor-manuel-adriao/ «Não se sabe a origem do topónimo Porto Brandão, este nome surge por volta de 1472 quando já existia a Quinta da Azenha de Francisco Sá Menezes, morreu sem deixar descendência, supostamente advêm do apelido do bisneto e do pai - Brandão. Em 1513 surge na Carta de Foral que o rei D. Manuel I deu a Almada onde é referido como um dos limites do Reguengo de Caparica. No tempo o Lugar era conhecido por Porto do Brandão.
A explicação historiográfica da genealogia que deu origem ao lugar de Porto Brandão. Mas também há a lendária que é uma verdadeira tragédia de amor entre enamorados caparicanos e reza assim: «No estaleiro naval que hoje ainda existe havia um jovem carpinteiro forte e bonito, chamado Brandão, às escondidas namorava a filha do dono, a jovem Paulina. O pai da Paulina só pensava em  ser rico e poderoso. Longe de saber que a sua filha namorava um simples operário, prometeu-a em casamento a um negociante que se encontrava na Índia, porque aqui se construiu muita nau para a carreira das Índias . Ao descobrir que sua filha namorava com Brandão, furioso, premeditou em  acabar o namoro e realizar o sonho de enriquecer o mais depressa possível, assim combinou com um comandante de uma nau que ia seguir viagem para a Índia, para a filha embarcar clandestinamente, na noite da partida preparou-lhe uma cilada e embarcou-a à força, sem que as lágrimas de Paulina e da esposa o comovessem. Mas o jovem Brandão estava alerta, quando a nau se preparava para partir, aproximou-se num pequeno barco a remos e, sem fazer barulho subiu a bordo para tentar raptar a sua amada, mas foi descoberto. Sem perdão o comandante mandou-o matar e ordenou que o seu corpo fosse lançado ao Tejo-,  Paulina assistiu a tudo e ao ver o corpo do seu noivo desaparecer no rio desesperada, não pensou duas vezes e atirou-se também ao Tejo. Conta a lenda que, dias depois, os dois corpos deram à costa. O de Paulina foi encontrado numa pequena praia ali perto. Nessa altura passou a chamar-se Praia da Paulina, hoje conhecida por Praia do Lazareto. O corpo de Brandão foi encontrado na praia que hoje se chama Porto Brandão. Termina a lenda dizendo que aqueles que não conseguiram unir-se em vida, por causa da ganância de um pai, uniram-se na morte acabando sepultados no mesmo cemitério.»

Antiga sede da Cooperativa dos Catraeiros e escola primária
Por fim FOI da Banda da Sociedade Marítima do Porto Brandão  
Um desatino o vaivém de camions
O abastecimento de combustível onde assisti na entrada da curva com a antiga sede da cooperativa dos catraeiros um sem fim de manobras ...

 Citar excerto https://dre.tretas.org/dre/2510321/edital-158-2016-de-19-de-fevereiro
"Na verdade as margens do rio Tejo no Porto Brandão a montante e a jusante foram ocupadas por instalações portuário-industriais de tancagem de combustíveis, hoje em processo de descativação, com a consequente baixa de postos de trabalho embora também com vantagens ambientais evidentes desde logo na diminuição da circulação de pesados-cisterna (e outros) com gravosos impactos nas condições de vida das populações locais e na rede viária envolvente que é estreita, de apenas de uma via.
A CMA desenvolverá um projeto de requalificação do espaço público do centro urbano incluindo a frente de rio (enseada) e garantindo o acesso à "Torre Velha" (Forte de S. Sebastião) e mobilizará vontades e meios numa indispensável intervenção básica de saneamento deste monumento nacional.
A ligação fluvial (Transtejo/Ferryboat) à zona monumental e museológica de Belém bem como a captação de novos utentes com origem no Polo Universitário de Caparica, serão motores de uma revitalização com base em atividades ligadas ao turismo e ao lazer (a restauração tem tradições na zona) bem como outras que esta singular situação "entre margens" e a riqueza patrimonial sugerem."
 Poste do antigo quartel de transmissões(?)
Quinta da Azenha

A Quinta da Azenha tenha sido do fidalgo Francisco Sá Menezes que não teve descendência e deixou aos frades Jerónimos de Lisboa a quinta com a sua igreja.Não deslindei a azenha que lhe ditou o nome. Ficou conhecida por "a sopa da Azenha" ou "Casa da Azenha" propriedade da Santa Casa da Misericórdia, e para sobreviver passava filmes que eram vistos pela população do Monte e arredores. A propriedade foi vendida pela Estamo em 2010 (?).A Quinta da Azenha e o Lazareto, foram alienadas pelo Estado à Estamo (engenharia financeira). A Estamo vendeu à Diraniproject V, uma empresa em que há, parece-me, interesses angolanos............"
O antigo Lazareto, depois quartel na Trafaria ficou para a câmara de Almada, esta foi vendida.Tabelei conversa com um transeunte natural de Silvares, com um belo par de olhos azuis, com genes judeus, há muito aqui a viver no Porto Brandão, disse-me ser da filha do Eduardo dos Santos, mas como não lhe deixam fazer o empreendimento que queria está de novo à venda(?).
A fonte no terreiro da Quinta da Azenha tem a data de 1803.Do lado esquerdo a porta  encimada por uma Cruz em  pedra ao lado de duas janelas  era a antiga capela dedicada a S. Gonçalo do século XVII(?).Nota-se um abandono total, a casa na parte sul está a ser engolida pela vegetação, no tardoz do avançado da capela supostamente foi sendo no tempo aproveitado por casas baixas e anexos (?).
A quinta em total abandono com extensos canaviais e plantas invasoras.Circulava gente que a utiliza não sei se no regime de aluguer(?) .A palmeira secular morreu de pé!
Lástima o que foi o fausto do passado e no presente em total abandono, grande declínio!
Falei com uma senhora da Fonte Santa que apanhava o sol do entardecer debruçada ao portão, para aqui veio trabalhar aos 16 anos, casou, depois que fechou foi para a Alemanha, tendo voltado, comprou a casita onde  mora.

Citar um trecho de António Frazão sobre a vinda de um inspector ao Lazareto
Caparica, 26 de abril de 1897.
"Dr António Homem de Vasconcellos Inspector do Lazareto
«Vindo do Porto Brandão, à direita revestida de vegetação luxuriante, a Quinta da Azenha, que foi dependência do Lazareto, terminada ao nascente pelo vale que corre da Fonte Santa a Porto Brandão; à esquerda os fertilíssimos vinhedos da Chanoca e da Paulina, expondo os esmeraldinos pampanos ao calor vivificante de um sol primaveril. N'uma perspectiva caprichosa serpeia a estrada, orlada de eucaliptos, destacando-se d'um fundo de verdura o elegantíssimo chalet da vaccaria .No extremo norte da ridente avenida, o pitoresco agrupamento das edificações do moderno Lazareto, telhados marselhezes, de encarnado vivo, apresentando o aspecto de anfiteatro, airosamente dispostas quase à beira da rocha sobranceira ao Tejo, em que, de onde em onde, brilha a alvura das velas dos barquinhos que fazem carreira para Belém.Custou-me arrancar d'ali o meu amigo, embebido como estava na contemplação do singular espectáculo.»
Carlos Estevão
Atualmente a viver em França viveu 19 anos na Fonte Santa, falou-me da Torre de S. Sebastião ou Torre velha,  a fortaleza baluarte da Caparica defendia conjuntamente com a Torre de Belém, o estuário do Tejo, neste local onde o rio é mais estreito.Em total abandono e ruína e catalogado como Monumento Nacional!Incrível sem serventia, apenas por rio!

Citar Fernando Campos, o Prisioneiro da Torre Velha
"Quatro dias depois a entrada no meu Tejo. 
Quanto sentimento!
 Ali à direita, olha, minha alma, a nossa Torre Velha.
 Quantos anos e estremecimentos lá passámos! 
Além, à esquerda, a de Belém...
Este cheiro a rio e mar, a dança dos golfinhos...”
Foto retirada do Google
As duas praias na baía a do Porto Brandão e ao fundo da Paulina na Torre velha para onde se mudou pela 2ª vez o  Lazareto
Citar excerto de  https://lusophia.wordpress.com/2015/10/12/o-tesouro-da-caparica-por-vitor-manuel-adriao/
"O possível significado dessa lenda remeterá para a relação afastada ou ausente, por receio do perigo iminente de contágio, entre a população marítima do Porto, representada por Brandão, e os lázaros ou lazaretos, representados por Paulina, instalados no sítio do Lazareto, a nascente da Torre de S. Sebastião da Caparica. Para substituir o Larazeto Velho ali instalado, o Lazareto Novo, destaca-se pelas soluções arquitectónicas utilizadas (planta radial) e pela dimensão do edifício. Construídos seis blocos distintos no interior, separando os doentes dos visitantes e funcionários, possuía também estruturas de desinfecção, armazenamento e um cemitério privativo. Tendo sofrido várias vicissitudes, desde 1989 que o edifício se encontra fechado." 

Lazareto:
Pedaços de história perdidos foto retirada de http://pt.blastingnews.com/opiniao/2016/04/lazareto-pedacos-de-historia-perdidos-00867001.html

"História do antigo Lazareto de Lisboa, monumento em ruínas abandonado."
Lazareto na margem sul, Porto Brandão
Hoje a entrada para o Lazareto na margem sul no Porto Brandão, ainda lá resiste um  ou dois eucaliptos
Lazareto Novo  no Porto Brandão
Citar excerto de http://pt.blastingnews.com/opiniao/2016/04/lazareto-pedacos-de-historia-perdidos-00867001.html
"Trata-se de um monumento que foi votado ao esquecimento. Ali se passaram muitas histórias de relevo que, por pouco divulgadas, ficam no esquecimento, sendo apagadas das nossas memórias. Pedaços da nossa história, observar o passado para que se mantenham vivas memórias que simbolizam a paixão, amor, dor e poder, provenientes dos nossos antepassados. O que nos leva a imaginar e fantasiar; tudo o que já foi torna-se mais perto. Gosto de história, de sacudir o pó, tirar as teias de aranha e apaixonar-me por Portugal. Fazendo a travessia de barco, ao chegar a Porto Brandão é possível avistar numa colina do lado direito, sobranceira à vila e ao rio, uma enigmática estrutura arquitectónica de grande dimensão, comparativamente com o tipo das edificações locais, apresentando-se, porém, com um aspecto abandonado e já parcialmente em ruínas. No local da imponente estrutura, uma paisagem urbanística tão humilde como é a do Porto Brandão espicaça naturalmente a curiosidade de qualquer viajante mais dado à descoberta dos pormenores esquecidos da nossa História. E assim se descobre a história do antigo Lazareto de Lisboa."
Vista do Lazaneto novo também conhecido por asilo 28 de maio no cimo da arriba 
Ao meio da encosta o muro com a escadaria por onde os que chegavam para quarentena tinham de subir e descer
Avistei o cemitério do Lazareto, fica para uma próxima vez a visita.

Citar excertos de http://pt.blastingnews.com/opiniao/2016/04/lazareto-pedacos-de-historia-perdidos-00867001.html
"O Lazareto Novo foi construído na encosta de Porto Brandão considerado à época da sua construção 1867/69, o mais moderno estabelecimento sanitário do género em toda a Europa. Era um edifício próprio para as quarentenas, isolado e destinado a receber e tratar os viajantes e desinfectar objectos, tais como as suas bagagens provenientes de territórios onde, pela insalubridade, se verificasse a possibilidade de existirem doenças epidémicas e contagiosas, no tempo das grandes viagens marítimas intercontinentais, nomeadamente, no caso português, as oriundas de África, do Brasil e das Índias.Os comandantes dos navios dessas carreiras tinham o poder de isolar a bordo (pôr de quarentena) qualquer pessoa, passageiro ou tripulante, imediatamente à mínima suspeita ou sinal de doença. Depois, na chegada à capital do reino, esse navio, antes de aportar em Lisboa, desembarcava os doentes e os seus pertences no Porto Brandão, num cais próprio, de onde as pessoas seguiam depois para o Lazareto, para um período obrigatório de quarentena e eventual tratamento, e os objectos para desinfecção em estufas aquecidas por vapor, que se designavam por “armazéns” ou, nos casos mais graves, mesmo com vapores de ácido sulfuroso. Os viajantes submetidos à quarentena ficavam sujeitos a uma forte vigilância e, isolados, não tinham outro remédio senão esperar. Segundo se consta, um professor, José Júlio Rodrigues, após a sua chegada ao Lazareto esteve incomunicável durante vários dias, acabando por falecer de uma doença cujo motivo ainda hoje é desconhecido.Em Maio de 1931, o espaço sofreu obras para instalação de um albergue de raparigas  e tomou o nome pelo qual ainda hoje é conhecido (Asilo de 28 de Maio) e foi integrado na Casa Pia de Lisboa em 1942, tornando-se um internato feminino até 1959, ano em que um desmoronamento obriga à evacuação das raparigas. A partir de 1975, o edifício foi ocupado por famílias oriundas das ex-colónias portuguesas.Desde 1989 que se encontra fechado.afael Bordalo Pinheiro, criador do famoso ícone Zé Povinho, tornado símbolo representativo do povo português, foi outro ilustre compatriota que passou por um internamento de quarentena no Lazareto no regresso da sua viagem ao Brasil. Na sequência desse acontecimento na sua vida, escreveu um livro com o título “No Lazareto de Lisboa”, publicado em 1881, o qual, para a felicidade de quem deseja mais informação do Lazareto, pode ser facilmente encontrado na Internet."

Citar excerto https://www.facebook.com/AMO-TE-CAPARICA
"A febre amarela, os doentes do navio Lefranc no Lazareto de Lisboa (ex. Asilo 28 de Maio, na Quinta da Azenha). 
O Lazareto (local das quarentenas) entre o Porto Brandão e a praia da Paulina. O edifício lá permanece arruinado. Autor: Benoliel, Joshua, 1873-1931, fotógrafo".
Tabelei conversa com uma senhora de 88 anos sentada num banco da praceta que me disse que lá viveu  com a mãe viúva,  tinha então 16 anos, tudo aquilo era muito bonito, uma linda Igreja junto da cozinha, muitos azulejos,  lindos jardins e um grande pomar, para não falar das vistas.
Confidenciou-me a D. Lurdes, mulher de cultura enciclopédica fala várias línguas, de conversa que nunca se lhe acaba, viveu em Moçambique e Angola e os últimos 30 anos em Cascais, enviuvou, veio para o pé do filho há meses em Almada, foi  contemporânea no Conservatório do Nicolau Breyner, Florbela Queiroz e,... o Ribeirinho quando encenava os novatos, a seita a que ela pertencia  que não paravam de falar eis que lhes lança um ultimato "os coirões novos aqui para a frente"...disse-me ainda que conheceu bem o Raul Solnado quando foi protagonista do filme neo-realista "Dom Roberto", de José Ernesto de Sousa tendo rodado algumas cenas dizia ela no colégio do Porto Brandão-, foi no Lazareto. O filme vence o Prémio de Imprensa para melhor actor de cinema.

A pesca lúdica ao choco e à corvina, ao que o mar der!
Em terra barcos em cor de camarão que faziam a pesca de bivalves  em arrasto
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O cais do Porto Brandão 
Construído em 1890  por iniciativa do deputado por Almada, Jayme Costa Pinto, apresenta uma rampa e um muro em pedra aparelhada que acompanha toda a frente de praia, sendo rematado no extremo este pela estação fluvial com placa comemorativa ao meio da muralha em mármore . Este político mandou construir o primeiro bairro em tijolo na Caparica,  haviam muitos incêndios por os telhados das casas serem em colmo e com as fogueiras , a fonte combustível para fazer a comida, ardiam facilmente. 
O cacilheiro da Trafaria  encosta no Porto Brandão para entrada de passageiros na ligação a Belém, em Lisboa, e o mesmo na vinda, uma mais valia para encurtar a população de Lisboa. Há muitas camionetas que fazem a ligação do Monte de Caparica ao Porto Brandão.
O tal transeunte baixote abençoado de belos olhos azuis, lânguidos como o Tejo naquela tarde, ainda me disse que a Junta de Freguesia  no final de cada ano faz uma exposição no átrio dos barcos para o povo se lembrar e outros saberem , da vida  de trabalho e do buliço que esta terra teve em tempos de antanho.
Porto de atracagem concorrido no passado por naus e catraios,  hoje apresenta-se 
Vila piscatória pequena e modesta
Rica no passado, sobretudo no século XIX, em maré de sorte  tabelei conversa com um pescador que já andou na pesca do bacalhau no Criola, farta pesca à linha sozinho no dório, o Sr. "Totinhas" nesta tarde feliz com a bela pescaria de corvina no mar do cais da Transtejo, na sua boca " o rapaz que me fez companhia correu três mares e não pescou nenhuma" , por isso digo que além do isco é preciso ter sorte, um dia destes junto do pilar norte da ponte 25 de abril foi pescada uma com 52 quilos. Nesta época as corvinas até maio sobem o Tejo até à ponte Vasco da Gama para desovar, por isso há dias por aqui andaram os golfinhos à caça delas, elas andam ao choco que eles também adoram ...Vocês como não são pescadores digo-vos o segredo  do melhor isco que é a sardinha viva da coroa (Cova do Vapor), que ainda não há .
Segundo ele a cor azulada brilhante no dorso é dado pela frescura do peixe, que desaparece com o tempo decorrido da captura.
 Citar excerto de  https://www.facebook.com/AMO-TE-CAPARICA
" Grupo de pescadores e famílias vindos do Algarve à pesca na traineira "A Boa Estrela". Ao centro o pescador, natural de Olhão, com o filho ao colo, avô de Aníbal José Duarte Fernandes. Foi o Aníbal, cujo avô se sediou no Porto Brandão, um empenhado e dinâmico associativista nesta localidade. De saudosa memória, o Aníbal exerceu, também, a função de vogal na, então, Junta de Freguesia de Caparica.
Fotografia cedida por Adosinda Fernandes, esposa do Aníbal.
De saudosa memória, o Aníbal exerceu, também, a função de vogal na, então, Junta de Freguesia de Caparica."
Hoje o Porto Brandão bem conhecido pelos seus restaurantes com varidas especialidades - carvoadas, fondues, cataplanas, mariscos e outros frutos do mar, no parque ao sol havia carros de supostos clientes de alta cilindrada...

Antiga Fábrica de italianos de conservas de sardinha ainda conserva as suas belas chaminés
As Mestras, mulheres algarvias aqui aportadas para ensianr a arte de fazer conservas a outras mulheres quando os barcos chegavam com a sardinha, era precisa muita mão de obra para não se estragar o pescado.
Oficina da Cooperativa dos Catraeiros
Ao estilo de fábrica modernista com os telhados sobrepostos para entrada da luz natural sem mais serventia,  e bem podia!
Citar excerto de https://www.facebook.com/AMO-TE-CAPARICA
"Casa que foi de Constantino Lauro Nunes (vulgo Constante) o  tanoeiro de eleição, em Porto Brandão. 
Disponível em: Arquivo Municipal de Lisboa/Artur João Goulart. Acesso em 2013.03.01
Casa do Tanoeiro
Em requalificação setembro de 2019
Igreja de Nossa Senhora do Bom Sucesso
A primeira ermida da Quinta da Azenha deixada ao abandono para ser destruída por um violento temporal que o povo a levantou , por isso o exterior nada remonta dessa época dedicada a Nossa Senhora do Bom Sucesso patrocinada por D. Pedro V, inaugurada em 1864 cuja Imagem foi encontrada no rio Tejo por pescadores.
As festas em honra da padroeira em 1873 duravam três dias, organizadas pela população. Uma das grandes atracções as largadas de touros na praia ainda uso no Rosarinho,  Moita.
Em Pera a quinta dos Inglesinhos teve uma espécie de colégio/seminário de ingleses vinham aqui à missa, tomando consciência da  precariedade do povo fizeram anexa à igreja uma pequena casa para apoio aos mais necessitados, veio a original a obra D Nuno Álvares Pereira.
Porto Brandão ponto de partida do Círio  de Nª Senhora do Cabo
Local de paragem do Círio dos Saloios que vinham de Sintra, em romaria ao cabo Espichel.
Painel azulejar a encimar uma tanoaria que laborou até ao século XX com Nossa Senhora do Cabo, infelizmente pintaram a cercadura à volta e taparam o nome... 
Chaminé de antiga fábrica de conservas de sardinha
 Beco para entrada para o Lazareto
Os doentes seguiam em macas pelas escadaria
 Tradição de cores fortes na marca do casario
 janelas fechadas de fábricas
 Cooperativa de Catraeiros do Porto de Lisboa em Porto Brandão
Fundada em 1923 prestava serviços de transporte de passageiros, rendição de tripulantes e abastecimento de navios fundeados no Tejo, bem como reboques.

Cores fortes marcam a traça de gente festivaleira, trabalho e da vivência da faina do rio
Pombais 
Espalhados nas encostas das arribas em cores fortes
A meu ver deviam estar todos juntos... 
No Porto Brandão existem vestígios romanos de uma fábrica de de salga de peixe e uns tanques.
Vestígios na ribanceira da estrada de um antigo muro romano ladeado por duas cetárias de salga de peixe com vários materiais utilizados - basalto que veio de Lisboa, pedra da região fóssil, cerâmica , cal
Azinhaga dos Fornosinhos
Sem merecer o nome correcto na toponímia e o devia em alusão aos fornos cerâmicos romanos para transporte dos produtos da salga de peixe, cujos vestígios se encontram na ribanceira sobranceira da estrada.
A ruína de casario persiste e devia ser acautelada 
Escadarias e calçadas com alfobres de ervas, a precisar de serem  limpas...assim como os leirões de canas e trepadeiras infestantes.
 Vista do Alto da azinhaga onde foi a escola primária
Descendo a azinhaga
Foto de cortesia de Carlos Estevão "Judite Américo passeio à Vigia 1960
Julgo seja o caminho por esta escadaria que subi, mas não continuei, na altura não deslindei a sua continuidade para o vislumbre do Tejo e de Lisboa...
O Cais fluvial da Transtejo
Edificio da Transtejo dos anos 50, entretanto os demais várias vezes requalificados, e este mantém-se com os bancos em madeira como era típico nos hospitais da altura também, este tipo de mobiliário publico.
Estaleiro
O primeiro em Portugal a ter os carris em plano e uma máquina a vapor
 O que resta de dois canhões no pontão

Pesca lúdica
 Escada em pedra de acesso ao Tejo

 FONTES
Cortesia de Carlos Estevão com informação e fotos

http://www.caa.org.pt/pdf/Expo%20Porto%20Brand%C3%A3o%20Total.pdf
https://lusophia.wordpress.com/2015/10/
http://historiadealmada.blogspot.pt/2011/08/arquivo-de-almada-2-o-lazareto-de.html
http://www.portugalweb.net/almada/montedecaparica/pbrandao.asp
http://www.estamo.pt/files/Vendas2006a2012.pdf
O porto dos Amantes- de Carla Figueiredo em "Jornal da Região- Almada" n.º 5 de 12/11/97
http://pt.blastingnews.com/opiniao/2016/04/lazareto-pedacos-de-historia-perdidos-00867001.html
https://www.facebook.com/AMO-TE-CAPARICA-186509761426925/photos_stream
Uma foto de  https://mar-da-costa.blogspot.pt/2016/08/senhora-do-cabo.html
 https://dre.tretas.org/dre/2510321/
Visita guiada pelo Centro de Arqueologia de Almada

6 comentários:

  1. Parece-me de bom aviso, que refira, com exatidão, e especificamente, qual a autoria de afirmações e fotos incluídas nesta, e noutras suas publicações. É que citar as fontes, genericamente, na parte final, não prova coisa nenhuma, quanto ao que não é da sua autoria, e que utiliza, de uma forma, digamos que ligeirinha. Agradeço-lhe, portanto, que se utilizar textos ou textos meus, o referencie, de forma precisa e clara. Isto aplica-se à utilização que já fez de fotos e textos meus.

    Fernando Miguel
    "Amo-te Caparica"

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  2. Caro Fernando Miguel "Amo-te Caparica", bem haja pela cortesia da visita e pelo comentário. Acato o seu reparo com respeito. Contudo esclareço que o seja por falta de formação, sendo autodidata, vou aprendendo aos poucos,pela leitura e como agora com os recados dos leitores. Uma coisa é "roubar informação e fotos d'outros" sem dar indicação alguma nas Fontes em blogs e livros, desse mal igual me queixo, e outra é fazer alguma coisa, o que tenho feito e ultimamente já uso essa metodologia, na verdade seja esta o de se fazer bem feito como bem indica, pelo que já alterei esta crónica.
    Agradecida.
    Melhores cumprimentos
    Isabel

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  3. Tal como para as publicações escritas, existem regras formais, para a citação de fontes, na net. O que cada um, seja amador" ou "profissional", a partir do momento em que utiliza a net, deve garantir, com rigor, é a distinção, caso a caso, entre o que é produzido por si, e o que lhe é alheio. E, se houver compreensão e aplicação das regras, a que cada um está vinculado, são desnecessários reparos como os que lhe fiz, e, infelizmente, não caso único.
    Muito obrigado pela sua atenção.

    Fernando Miguel

    Fernando Miguel

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  4. Caro Fernando Miguel muito obrigado. Desconhecia a informação que aborda e vou ler. Eu é que lhe agradeço o reparo e a partilha de informação.
    Bem haja
    Cumprimentos
    Isabel

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  5. That's the place where I was born asilo 28 de maio
    Will be forever in my heart

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  6. A minha família é originária de Porto Brandão. O Pai da minha bisavó passava bens de uma margem para a outra no rio. Morreu afogado. A minha avó falava muitas vezes no Lazareto e na Praia do Lazareto onde brincava em criança.

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