domingo, 31 de julho de 2016

A horta e o jardim dos meus netos em Lisboa

No varandim em "L" no tardoz da casa da minha filha plantei uma pequena horta nos canteiros das flores e das ervas aromáticas, a pensar nos meus netos; Vicente e Laura. Porque de pequenino é que se aprende seja o que for. O Vicente quando o chamo para ir regar a horta deixa tudo para me acompanhar.
Quando lá estou tenho de ter a porta aberta para sentir a atmosfera da natureza, dos passarinhos; melros e piscos de volta da figueira pingo mel. Pequeno varandim, mas grande espaço de emoções, onde as flores e os legumes foram "roubadas" da avó, do avô, de gente que nos é querida, que todos os dias são apreciadas em grata recordação, sendo que algumas delas há muito que partiram, mas continuam sempre no meu coração, e de outras ainda vivas e com saúde, graças a Deus o sejam por muitos anos.
Cato "roubado" da minha irmã, a Mena, guardião da janela da casa de banho ao lado do regador do Vicente
Arruda, foi trazida da propriedade da Costa, no limite do Escampado, em Ansião, uma imensidão de terra vermelha e pedra alva a perder de vista, considerado um arbusto cercado de misticismo, conhecida como uma planta capaz de afugentar mau-olhado e que também serve para benzimentos.Costume te-la em vasos perto das portas de entrada das casas, para cuidar da proteção energética do local.Na Idade Média era muito usada em rituais religiosos  e também pelas benzedeiras nas suas rezaa, tida como erva de proteção contra feitiçarias.
Michelângelo e Leonardo da Vinci afirmaram que foi graças aos poderes metafísicos da arruda que ambos tiveram sensíveis melhoras em seus trabalhos de criatividade. Por esses e outros motivos, é usada até hoje para espantar maus olhados das pessoas invejosas.
Arruda e o  cato trepadeiro de flor vermelha que o avô Veríssimo do meu marido  tinha na sua casa no Fôjo,  hoje a nossa casa rural
Cato da minha irmã Mena
 
A Laura adorou mexer na sua flor 
Mangericão "roubado" do quintal do vizinho
Sardinheira  de folha muito recortada floresce em rosa pálido, era da minha avó Maria da Luz da Mouta Redonda, as folhas emanam um cheirinho, quando lhe toco lembro-me dela... 
Miscelânea de catos da minha irmã Mena
 
 Abóbora que "roubei" num canteiro de rua onde nasceu
Várias plantas
Tomateiro nasceu na escadaria da Cidade de Liverpool
Alfazema  e cato trepadeiro da minha mãe
Espinafre da avó Odete de Ansião
Tomilho trazido da serra da Costa em Ansião, que o povo na região chama erva de Santa Maria, de cheiro forte, confere um travo ao queijo denominado Rabaçal, quando ingerido pelo gado; ovelhas e cabras.
O vaso está assente numa pia de pedra de lioz que foi de Alfama e numa reconstrução a puseram no lixo.
O Vicente e a Laura gostam de arrebatar de mão fechada os raminhos e depois cheirar, como a avó Isa lhes ensina.Cheira a Ansião, na primavera o cheiro da erva de Santa Maria emana pelos costados das serras que nos entra pela alma e fortalece o corpo.
Feijões que arrebanhei de algures...preto, branco, manteiga, catarino, riscado,  frade, amarelo...
Pés de salsa escondidos pelos feijões já em flor
 Já tem vagem

Quase a florir o tomateiro cherry da avó Odete
 
Alecrim da serra de Alvaiázere e morangueiro da avó Odete de Ansião
Hortelã chocolate


FONTES
http://www.remedio-caseiro.com/cha-de-arruda-para-que-serve/

Nenhum comentário:

Postar um comentário