sexta-feira, 2 de setembro de 2016

14 de agosto o dia do batizado dos meus netos Vicente e Laura




Ansião-, capela de orago a Santo António.Ermida sediada ao alto do jardim do Ribeiro da Vide, apresenta-se com escadatório em pedra e data de 1647, conforme inscrição na laje na entrada da capela para a sacristia.
Em abono da verdade descobri a data há anos e dei-a aqui neste blog a conhecer ao mundo, debalde no dia do batizado-, 14-08-2016, tendo sido convidado para a celebração da cerimónia o Padre José Eduardo Coutinho, ainda meu primo, que também é arqueólogo, ao ver a data me disse não se tratar de um "1" e sim de um "7".
A capela só conserva de origem o chão lajeado, no início da década de 60 sofreu grandes alterações com a retirada do altar em madeira pintado a marmoreado em tons de azul e dos bancos ocos em pedra que haviam a ladear a porta de entrada. Mais tarde com a demolição do Hospital foi reaproveitado o degrau deste, em detrimento do da capela que era bem mais pequeno, que bem podia ter sido reutilizado na porta da sacristia em detrimento do que fizeram em cimento... e o mesmo dos pedestais do portão em pedra da Cerca do Hospital que podiam ter aqui na entrada do adro sido reutilizados.
Foto tirada a 13 de junho com os plátanos a desabrochar em folhagem
Capela inserida em pequeno promontório, no seu tardoz estendiam-se os Quintais do Bairro, pertença quase na integra do meu bisavô Francisco Rodrigues Valente, que em herança coube a dois irmãos, deste modo a capela é como se fosse pertença da sua família-, da minha, por parte do meu pai, e também da irmã do meu avô,  a tia Maria , que as filhas São e Júlia, tem no tempo dado continuidade em manter a guarda da chave, da sua limpeza, preservação e em alumiar o Santo, mas na verdade não o sendo nossa na prática é-o concerteza nos nossos corações, assim o é por certo o que sentimos. Pois aqui me casei em 1978.
A florista foi uma prima do meu compadre-, a Luísa, do Casal S.Brás, que foi minha colega na escola primária. Mulher polivalente e criativa das suas mãos saíram belos arranjos florais de inegável elegância , simplicidade e tamanho requinte, implantados em cenário ambicioso para o primeiro batizado nesta capela realizado, assim engalanou a frente da capela  com um lindo e garboso arco assente em canas da Índia de beleza imensurável em graciosidade, imensamente belo, belíssimo, e ainda prostrou uma bicicleta assente em pedra broesa (mistura de xisto com granito que os antigos usavam na boca do forno para aguentar a quentura do mesmo) no selim um caixote de madeira com outro arranjo igual ao do arco, deixando outra pedra coberta com musgo e pelo chão pétalas brancas de rosa e folhas de hera.Muita beleza e harmonia!
A prima Júlia sempre atenta  vendo a Luísa nos acabamentos finais
A tenda montada para as crianças brincarem

Capela
Capela cheia para a cerimónia
Quiçá o momento mais belo, depois da acabada a cerimónia batismal o Vicente abraça a irmã Laura que esteve sempre a dormir...
Ternura
Sem peneiras...
Para se pôr à vontade tirou o boné, deixou cair os suspensórios e sem modos pôs-se a gatinhar de chucha na boca no altar, gestos a imitar a irmã...
Fui eu que fiz a "gravata com a fita azul na mão do Santo António ...
Manas Arminda e a minha comadre Odete



Na sacristia assinava-se o Livro
Acabada a missa o toque do sino pela prima Júlia
A "pasteleira" que foi do Ti Moreira que era do Casal de S. Brás, mas viveu no Bairro de Santo António onde explorou uma taberna e amiúde fui tanta vez. 
 
Casa de amarelinho dos meus pais onde vivi até me casar 
Um homem de quem jamais o esperava, por ser tímido e de parca palavra, deu-me um piropo ou elogio que gostei-, Bela , estás muito bonita... 
Palanque das fogaças onde antes da missa foi servido o pequeno almoço e depois desta acabar voltaram

Trouxe de casa a cera de junco com os lençóis e logo me diz a minha filha que gosta dela, na volta tive mesmo de voltar a casa com o percalço da toalha de renda e na volta no jardim da D. Emília roubei do arbusto as campânulas laranja e que bem ali ficaram no adro. 
A minha mãe com a Laurinda
A prima São e o marido Freire no bar da capela de Santo António, gentilmente cedido ainda de janela fechada, onde o meu marido serviu cafés, cerveja, sumos e água, caricatamente não foi registado em fotos.
 Antigos comedouros de aviários em lata com canas da índia junto do bar
As primas São, adoentada só com forças para vir ver o ambiente e os príncipes com a irmã Júlia a mostrar-lhe a Laura.
 
Final da manhã restaram no palanque as rodelas de laranja para o leitão, que em abono da verdade nem o provei, alguns salgados, carne assada, galo assado, bolos e pão, ainda as flores alusivas aos príncipes que roubei de véspera do jardim da minha comadre e teimei colocar em floreiras da Marinha Grande do século XIX.
Num ápice após a missa a minha mãe muda de toilette...
Os convidados sentados no adro, uns nos bancos corridos da capela, em almofadas nos bancos no tardoz da capela e ainda outros nos fardos de palha estrategicamente dispostos cobertos com lençóis de linho.O terreiro foi regado pela minha irmã a regador e depois à mangueirada para estar mais fresco.
Para as crianças foi montada uma tenda oferta dos amigos - Ivone e Zé Manel, que não vieram por o hotel não aceitar cães.As crianças bem instaladas divertiram-se.

Hotel do Espinhal-Penela
A minha mãe e irmã
  
Quem seria que vi para ficar com este semblante?
 
Esplanada
 Bar a saborear acepipes e bebidas
A minha sogra com a cunhada Emília
 Os primos João Luís com o João António e o Jeremias
 Almoço
 A minha mãe e irmã estavam a pensar em...

Após o almoço desfrutar da esplanada e da piscina.
A minha mãe regaladamente sentada e feliz a ouvir o saxofonista contratado.

A selfie com o Joel que foi contratado pela minha filha, estava na sua companhia em tarde de sol, sábado ao miradouro da Fundação Ricardo Espírito Santo em Lisboa e é homem do Porto.
 Família-,a minha sogra com o irmão e o meu marido
A caminho da piscina e do parque fresco dado pelas margens do Dueça 
 Selfie na margem do Dueça
Foto de família João António com a esposa Adelaide a nora Morgane e os filhos
Duas bisavós, a minha mãe e a mãe da minha comadre com uma amiga na esquerda, de Castanheira de Pera
 Foto de família com os tios;João e Zézita e o filho João Luís
Selfies com a minha mãe
 
Será que alguém reparou que não vesti soutien? Peça que abomino na íntegra. Não foi premeditado, foi mesmo em cima da hora quando reparei que se notava atras, porque o vestido é decotado nas costas e claro sem dúvidas assim me deixei nas calmas ir fresca!
Bem e depois venceu a teimosia em  posar como se fosse modelo...
Pois só precisava de estar muito mais magra!
Claro que fui eu que dei a dica dos cenários à Ana Elisa, que fez a bondade de me aturar nesta extravagância, sem o ser, porque gosto de tirar fotografias...
 O padrinho da minha filha, o José António com a filha Ana Elisa
 Selfie com o Zé António e Ana
A prima do Samuel que vive em França e ofereceu os fatos de batizado dos príncipes, pedindo para não olharem a preços. Foram confecionados na zona de Linda a Velha em seda natural a parte cinzenta e linho branco.
 O meu compadre Fernando e a cunhada Célia com a Laura
 
Enquanto isso faziam-se os preparativos para a mesa do bolo
Havia gente refastelada em cadeirões, outros na jogatina das cartas e ainda outros no bar enquanto isso depois de ter feito a minha sessão fotográfica no espelho de água-, nada mais do que a simpática réplica da villa romana do Rabaçal, para logo me deixar partir relvado fora, debalde descalça que os pés já não cabiam nas sandálias, apesar dos pés doridos senti sensação maravilhosa com a relva a entrar pelos dedos, também com a terra macia nas margens da levada d' água, de forte corrente, quem diria por aqui fartura dela, sendo que o Nabão e o Dueça devem nascer do mesmo algar no Maciço de Sicó e o Nabão vai seco...
Ora aqui ainda caminhava na calçada... 
Apanhei solitário o Jorge com quem ainda troquei conversa sobre a Quinta das Lagoas, para obra de outro post.

Selfie com o meu cordão d'oiro a esvoaçar, que não via a luz do sol há uns 20 anos, o tempo que está no cofre do Banco para em teima deixar  rastos alagados na água de cobiça com os brincos e o anel em diamantes pretos e a ,...

Belíssima ponte medieval de quatro arcos , a nascente ainda resta parte do muro da margem, bem antigo

Na outra margem outrora a estrada de acesso a Penela com um fontanário de pedra em forma de carranca

Represa, depois da ponte para norte
Final da tarde o abrir do bolo de batizado de dois andares, elegante e sóbrio individualizado com brasão das iniciais dos nomes dos príncipes "L V" Laura e Vicente , encimado pelos pezinhos, iguais ao motivo do convite.Na mesma sintonia outros bolos.

 Discurso de agradecimento que a  minha filha quis presentear os que ajudaram para este dia fosse possível.

Jeremias, filho do primo João António, ambos vivem em França.Aqui com o filho Paul faz an os no mesmo dia do Vicente sendo mais velho um ano.
A esposa Morgana com o filho Paul acompanhada do meio irmão do marido, o Giome que trouxe uma amiguinha para conhecer Portugal.
Selfie

Depois da piscina os agasalhos...
No dia seguinte 15 de agosto, feriado a capela ainda esteve com o arco engalanada...
Na terça foi desmanchado, o florão esteve no palanque onde foi servido o pequeno almoço
 
Par depois ir murchar aos pés do altar , porque as esferas de margaridas postas aos pés da mísula dos Santos,  foram uma para a prima Júlia e outra para a prima São, sendo que a do altar com pérolas foi para a minha mãe, e na capela deixámos ficar a da janela e a que esteve aos pés do altar grande.
Um dia excecional em que a família se envolveu para tudo correr bem. Todos fizemos os possíveis para agradar aos convidados. Trabalho árduo para em pouco tempo se esfumar. Mas é sempre assim.O que é bom dura pouco. Por questão de privacidade tentei não mostrar fotos com os convidados onde se mostram mais expressivos e claro das crianças. Pois no meu louco gosto seria mostrar tudo. Mas e os limites? Dosear será o bom senso nesta questão acertar.
A todos os que colaboraram  comigo na limpeza do adro, na postura da mesa do pequeno almoço no palanque, na colocação do toldo, na montagem da tenda, nos arranjos finais com os fardos de palha e na rega do terrado agradeço incondicionalmente -,seja ao meu compadre Fernando, à minha irmã, à prima Júlia e ao seu cunhado Freire, o meu bem hajam pela dedicação e carinho com que nos presentearam e claro à prima São, que apesar de adoentada nos granjeou com simpatia, porque se estivesse no gozo de boa saúde nos teria concerteza feito a mesma assídua ajuda .Também um bem haja prestado pela Fátima, filha do António, que morou no limite da Costa (Arrebela), homem franzino que tristemente nos deixou à pouco tempo e de quem gostava de encontrar cada vez que ia a Ansião.Claro não descuidando a minha comadre Odete e a irmã Arminda e a mãe D. Helenas pelo repasto arte das suas mãos ; carne de porco e galo assado, salgados variados e o famoso Pão de Ló, já as cunhadas Lina e Célia se apresentaram com outros doces e salgados, tudo devidamente etiquetado na mesa para valorizar quem teve o trabalho, eu só fiz tortas de laranja, tartes de nata e salames.
O meu bem haja especial ao Padre Manuel Ventura pelo pedido ao Senhor Bispo e ao Padre José Eduardo Coutinho, por ter aceite o convite, sem isso não seria possível nesta capela ter sido celebrado o batismo-,   agradecimento especial pela brilhante cerimónia com que nos presenteou fazendo ênfase à data deste dia que deveria ser memorável para todos os portugueses-, da vitória da Batalha de Aljubarrota, que em abono da verdade esteve aflorada para ser travada nos Campos de Couce-, nada mais que na nossa terra, algures entre Camporês e Chão de Couce. Não foi a data premeditada, mas deixou-me honrada em glória, logo eu que adoro história com estórias por terras de Ansião...
Ainda  o mesmo agradecimento seja extensivo a todos os que estiveram connosco neste dia tão especial-, o batizado dos meus queridos netos Vicente e Laura.
Se algo não correu como seria suposto esperar aceitem desculpas!


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