quinta-feira, 6 de outubro de 2016

O vazio do acerbo do Museu do Maat no dia da sua inauguração!

Ontem no 5 de outubro de novo feriado em Portugal, na verdade acredito uma grande maioria quer é gozar o dia, e nem a propósito ontem mostrou-se de verão, o mote para todos saírem à rua, não para saudar a República , sim para ver o Maat!
Com a 24 de julho fechada para uma corrida estacionámos junto das Docas, logo me deparo com uma estrutura em ferro aberta em onda lançada para o Tejo pintada de branco que me deu o mote-, supostamente o mesmo em que a arquiteta se inspirou quando veio a Portugal conhecer o local para fazer o projeto a que acrescentou a Fundação Champalimaud, com as janelas ovais abertas para o Tejo, também inspiração na onda da pála do pavilhão de Portugal na Expo 98 e a entrada fulgurante lançada para o Tejo de grande abertura, a lembrar uma manta (peixe) de boca aberta, sejam todos o álibi perfeito desta arquitetura idealizados o que sinceramente senti de vários ângulos...
Pála em onda em metal nas Docas
Visão do Maat antes das 10 H e do seu novo miradouro sobre Lisboa, o Tejo e a Margem Sul
 A subida com farta margem de segurança da grade em inox com corrimão
O miradouro é soberbo revestido a pedra  totalmente em branco, pode mostrar-se perigoso para quem se encadeia com a luz ...
Muitos degraus largos, sendo a pedra do lancil diferente ainda assim muito semelhante não se destacando a diferença , o certo era ser em amarelo a cor avisadora de perigo...
No tardoz o jardim que existe apresenta-se aparentemente bem feito, com uma cobertura de manta de sisal para manter a humidade e rede por cima para não levantar, esqueceram-se do essencial- rega, o calor abrasador que se tem sentido obriga a renda abundante diária, e na verdade uma maioria secou...
 Lado poente o acesso de rampa para cadeiras de rodas, lado nascente só de escada

 Entrada a poente
 Vista tirada de poente
Vista de poente

 Imagem da parte da tarde, já passava das 3 H, com uma imensidão de gente e uma fila descomunal
Vista de nascente
Na fila de espera reparei na contraluz com espelhos que dão claridade para a sala da cave
A entrada estava marcada ao meio dia, estive 3 quartos de hora na fila ao sol, improvisei o saco das compras na cabeça a fazer de chapéu, quem apareceu por volta das 11,30 foi o Presidente da Republica com a sua comandita de segurança para subir à pala e se dar a selfis...
 
O Museu praticamente vazio de coisa alguma, de acerbo zero... onde a presença de uma luz verde projetada na parede sobre a sala  oval coberta com rede verde, fosse o melhor, porque me fez lembrar o meu Sporting , com tanto verde por metro quadrado, no chão crianças brincavam com bolas de pilates, pelo que teimei ficar numa foto ao pé de uma carpete também verde...senti nítida impressão de imensidão de espaço aberto sem coisa alguma, um desplante vazio dado pela brancura das paredes e do chão, e de recheio minimalista, quase vazio, apenas vídeos em sector que nem entendi, noutro sobre os primórdios da primeira central de eletricidade e noutro a parte tecnológica, sobre rochas e o seu estudo dos vários cortes, era falado em inglês com slides à mistura de efeitos e projeções multimédia...
Na realidade não vi coisa alguma que me habituei a ver quando entro em Museus, e entro em muitos, este Museu Maat - Museu de arte, arquitetura e tecnologia, só distingui arquitetura, por isso se o tentar igualar ao LOUVRE É COMO UMA AGULHA NUM PALHEIRO!
Francamente muito melhor foi conhecer o antigo museu da EDP.
Um vazio imenso com gente a andar para trás e para a frente e a usar as casas de banho, sem saber onde estava o sabão líquido, o papel e distinguir os símbolos...
 
Foto da estrutura em fase de montagem para ser cheia de cimento armado(?)
Por não ter enxergado arte no Maat (?) teimei fazer uma foto ao meu jeito, arte...
Muita gente, só distingui ao longe um conhecido amante da loiça Sacavém, o Presidente, já dele falei e o Presidente executivo da EDP, o Dr. António Mexia, da minha idade, homem muito bem conservado, e bem vestido, estar moderno, quiçá o único homem mais elegante e interessante que enxerguei em milhares de pessoas, a que baixei a pestana, por já ter cabelos alvos...
Pior constatei maus acabamentos na aplicação dos ladrilhos cerâmicos, presos na rede por grampos alguns nas pontas mal presos.
O remate da pedra mármore na frente da janela aberta sobre o Tejo, não foi cortada à medida e fica esteticamente muito mal.
Muitos desajustamentos nos ladrilhos...
Espera-se que não caiam...

Inadmissível no cimo da pála a falha dos ladrilhos com o remate, algo correu mal e não devia, tem de voltar a grua e reparar como deve ser, é o que faz sentido.
O mesmo da pedra mármore mal cortada, fica mal neste ângulo...

Fomos à procura de almoço para Belém,Por todo o lado deambulava gente e a restauração com grandes filas em espera e já passava das 2 H, nem Mcdonalds, Pizarias, esplanadas, restaurantes; de cozinha portuguesa, chinês e japonês, nem o quiosque dos gelados quando já estávamos por tudo, tinha esgotado o stok...tivemos sorte no café Jerónimo no que havia por 10 H uma empada grande e uma tosta de presunto, com uma fatia finíssima, e duas imperiais...quem me pareceu que entrou para tomar café foi a Telma Monteiro, judoca que trouxe uma medalha de bronze dos Jogos Olímpicos.
Voltamos ao Tejo e deparamos com uma fila enorme para a ponte pedonal ao lado do Museu dos coches com milhentas pessoas, para no telejornal ouvir que foi fechada por risco de colapso por volta das 5 H...
Piada ao lado do novo  Museu  dos Coches está iniciada a estrutura de nova ponte pedonal para o Tejo, onde li o letriero, mas  inconcebivelmente ficou ali parada!
O barco da Trafaria e Porto Brandão vinha superlotado.

Gostaria de ter visto um ladrilho fazendo menção à Fábrica que os produziu, já chega durante séculos por serem analfabetos não marcavam as peças, e neste século XXI ficaria bem.
Não posso deixar de referir no investimento de 20 milhões aqui gastos. A EDP deveria proporcionar a quem é cliente e cumpridor a isenção do bilhete de entrada, porque há muitos que "roubam" energia e continuam...
Por outro lado a EDP deveria prestigiar a estética, como o teimou aqui fazer em harmonia arte e arquitetura sendo um contra censo nos últimos anos a colocação de fios de qualquer maneira a torto e a direito, com barriga nas fachadas a estragar a sua beleza, a furar azulejos, em detrimento do serviço de excelência que era feito há 50 anos, que dele me recordo como era bem executado.
Grito para a EDP e TELECOMUNICAÇÕES-, ambas o governo deveria instaurar coimas por atravessarem propriedades particulares sem autorização quando o certo era seguirem as vias de comunicação,  deveria haver uma parceria nestas empresas para utilização do mesmo poste de cimento em detrimento dos de madeira das telecomunicações, com isso se diminuíam na paisagem, todos saíam a ganhar-, povo, empresas e a paisagem, deixava de ter aparência de bairro da lata em muitos sítios, mas para isso é preciso sentarem-se à mesa!
O melhor conheci a brasileira Adriana Muller na fila, mulher de belo sorriso lindo me lembrou das poucas amigas de infância que se mantém integra até hoje,de seu nome. Eulália, do Casal das Pêras Ansião!

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