domingo, 30 de abril de 2017

Celeiro pombalino com exposições de arte popular em Pombal

Celeiro mandado construir pelo Marquês de Pombal para a sua quinta da Gramela na sua vila de Pombal quando aqui aportou exilado, já doente,  entre 1777 e 8 de maio de 1782 quando faleceu.No entanto ao sair reparei numa porta a data esculpida na ombreira lateral de 1740 (?)...
 Na frontaria o brasão do Marquês de Pombal no celeiro e também igual na cadeia
Exposição de arte popular popular e artesanato no r/c
Grande panóplia a mostra de arte popular e artesanato de todas as regiões de Portugal, onde identifiquei muitos objetos em barro, madeira, cortiça e junco que conheci no tempo que eram vendidos nas grandes feiras - bonecos em amarelo da Júlia Ramalho,os estranhos pratos com cobras, mariscos  e flores com salpico de areia de Bordalo Pinheiro, entre muitos de artistas criativos anónimos que doaram os seus trabalhos devidamente assinalados com o seu nome.
 
 
Belos exemplares de  Lenços dos namorados, debalde não recordo a menção de quem os ofertou. 
Por isso fiquei sem saber a origem das suas bordadeiras...
Até podem ser da região de Sicó, a máquina sem flash não captou com clareza, pelo que tenho de voltar para tirar esta  dúvida, pode ser chave importante se houver ligação com o que vou mencionar abaixo!
Este tipo de lenço bordado a ponto de cruz em cor monocromática era usual na região de Sicó, no concelho de Ansião, a minha mãe com 83 anos lembra-se do seu pai ter recebido um assim semelhante maior no mesmo ponto e na cor ofertado por mulher que ele rejeitou e não lhe devolveu o lenço..veio a casar com a minha avó, a minha mãe nasceu em tempo de menopausa tinha a sua mãe mais de 50 anos, e ainda se lembrar do lenço em pequena que desde sempre dele me falou, reporta que o mesmo tenha sido bordado no início do séc XX, outro lenço vi no Casal de S.Brás, no mesmo concelho, emoldurado pelas filhas, o lenço que a mãe bordou para o pai delas. Revela que esta arte também se fazia na região de Sicó, deveria merecer estudo, tendo-se valido as bordadeiras de Vila Verde no Minho, bem a souberam renascer, recriando outras variantes  e com isso criar riqueza, enquanto por aqui se perdeu...
O meu coração é mudo
Nem fala nem aparece
Se o meu coração falasse
Dizia por quem padece
Lamentavelmente perdi algum acervo fotográfico desta visita, o cartão estava cheio, pedi à minha irmã para fazer a passagem para uma pen, só agora me dei conta que se perderam muitas fotos...
Ainda fomos ver a exposição a decorrer no 1º andar apesar da  minha mãe já descalça se deixar ficar a descansar ao cimo da escadaria de pedra...
1º andar sob o primitivo alto telhado duplo idealizado por Carlos Mardel, dividido em quatro águas em madeira fechado com ripas para proteção do cereal (?)
 O chão lajeado em cerâmica
 Exposição temporária de cavaquinhos
 
 Montra criativa na pintura dos instrumentos, pessoalmente não aprecio, gosto do instrumento nu e cru
 Um pote com decoração do Juncal supostamente uma reprodução (?)
 Esta árvore deu-me o mote para fazer a minha árvore pascal para os meus netos
Uma das minhas casas à laia de museu...

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