segunda-feira, 26 de junho de 2017

Rota da cereja que não enxerguei em Orca no concelho do Fundão com giro a Espanha

Mais outra viagem de reconhecimento em pressa apressada ao interior da Beira Baixa em tempo da boa cereja, a convite da minha irmã a trabalho, no seu habitual pagamento de inter ajuda na lida da sua casa, que estendeu à família, a escolha recaiu em dia de muito calor a Orca, nome que jamais tinha lido, nem sequer ouvido, no imediato associei a um tipo de cetáceo, que na pesquisa na internet pode também ser associado a uma pequena ânfora,  e no regionalismo se refere a dólmen ou anta, por nesta região terem sido abundantes e ainda se encontram.
Deixámos Ansião pelo IC8 ainda totalmente de costados verdes, a dias do incêndio de Pedrogão Grande alinhado pelo flanco da praia fluvial de Mosteiro a  caminho de Vila Facaia,  apanhando muitas pessoas em fuga desalmada das altas chamas na "estrada da morte" na ligação de Castanheira de Pêra da praia das Rocas, a Figueiró dos Vinhos,  onde padeceram sem ajuda, calcinados, um inferno, sem serem pecadores, maldita sina, culpa que não devia morrer solteira a deste fogo fatídico para 64 e feridos mais de 200!

Ao longe avistei a cidade de Castelo Branco para deixar a auto estrada na Lardosa a caminho de Orca, a segunda maior freguesia do concelho do Fundão, de onde dista cerca de 24km , limitada pelas freguesias; Penamacor, Mata da Rainha, Vale de Prazeres, Alpedrinha, Póvoa da Atalaia, Atalaia do Campo, Lardosa, Castelo Novo, Lousa, São Miguel de Acha e Aldeia de Santa Margarida.

Chegados a Orca logo apeados do carro para em caminhada  encontrar os sanitários públicos sem porta de entrada, mas com porta no privativo, em abono da verdade se apresentavam de manhã asseados, enquadrados abaixo do nível da estrada , ao lado em cima encontra-se um Multibanco, de boa visibilidade por questões de segurança. Nos dois cafés da terra, um fechado temporariamente, entrámos no da beira da estrada para tomar o pequeno almoço reforçado onde saboreei uma bela chamuça dando conta do relógio com duas valências; além de nos dar as horas exibe a padroeira da terra - Nossa Senhora da Oliveira, que outra igreja a esta Senhora dedicada só conheço na Rua S.Julião em Lisboa.
Rua Engenheiro Lopes Galvão Orca
A  placa toponímica em mármore branco merece que as letras sejam repintadas!
Citar excerto http://www.freguesias.pt/freguesia.php?cod=050420
"A história de Orca o seu topónimo não passou despercebido a alguns dos maiores arqueólogos, perde-se nos meandros do tempo com lusitanos, romanos e mouros, deixando vestígios indeléveis da sua permanência, mas certamente, primeiro que todos, os construtores de orcas ou dólmens.Orca não teve foral, nem o seu nome consta no "Cathalogo de todas as egrejas, comendas e mosteiros que havia nos Reinos de Portugal e Algarves pelos anos de 1320 e 1321".

"Orca, como a maioria das povoações vizinhas (Zebras, Martianas, Aldeia de Santa Margarida, São Miguel d'Acha, Vale de Prazeres e Póvoa da Atalaia), teve um pequeno castelo ou reduto e uma cerca para defesa dos seus habitantes,  hoje nada resta  em nenhum dos Lugares desse acastelado, nem se sabe o sítio, nem se encontra documentação, apenas a toponímia se encarregou em lhe eternizar o nome: Rua do Castelo e Beco do Reduto."
Granito nesta terra é Rei!
Belos exemplares de casario, suportes de varandas, balcões  e Fontes.
Bela casa com data na frontaria em numeração romana 1860, apresenta suportes em pedra da antiga varanda  porque a porta foi alterada para janela e a nova reconstrução a opção de a deslocalizar para uma nova em madeira, o que me pareceu (?).
Desconheço a genealogia das gentes de Orca, seria interessante alencar os seus nomes!
Andorinhas  e os seus ninhos tornam as visitas muito agradáveis e românticas...
 
Cruzeiro das Almas
A estrada vinda da Lardosa divide Orca em dois povoados; norte e sul.Afinal a vida em Orca acontece com o movimento da estrada, a sua população largamente idosa e a que vi rara...
Lápide numa casa com data de 1882
Bonita glicínia roxa onde fotografei a minha mãe prestes a celebrar 83 anos
Igreja de S.Francisco de Assis
Belo solar senhorial de 1866
Não sei a família que a mandou construir. Julgo conhecida por Casa grande, Casa de Orca ou Casa das Rendas (?) com alvará de turismo de habitação a funcionar no tardoz (?).
Quase que não se enxergava viva'alma em Orca ...
Apenas distingui dois velhotes junto da estrada sentados num banco sob a sombra de uma figueira, mais dois na Alameda de Nossa Senhora da Oliveira, trabalhadores numa reconstrução de uma casa junto da JF onde uma vizinha "fanava"  alfazema do jardim público, ainda outra pela manhã na espera do carro da venda de géneros alimentícios à porta comprou uns sacos de bolos e logo a vi a trincar um...Este velhote, o único andante em pleno calor  em hora de sesta a caminho de duas velhotas sentadas ali a uns metros, por certo para entrosar conversa!
Desconheço se existe em Orca uma valência para acolher idosos durante o dia (?). 
Casario com o tradicional  balcão, carateristica da Beira interior ex-libris ali bem perto em Medelim
Varandim de pedra cuja grade de ferro forjado prostrada no chão...
Suportes em pedra de um varandim
E claro depois de uma voltinha pelas ruelas ...
Repletas de muito casario de paredes meias, um devoluto e outro em venda, em sitio altaneiro, o palco onde  me fiz à foto!
Fontes de boa água
Amoreira e de Orca, ainda dei conta de outra na frontaria de um casario na beira da estrada que não fotografei ao género de mina fechada.
Fonte de Orca .
O que falta? Placards com o nome das fontes, igrejas e a sua história
Casario reconstruído com traça antiga, um bom exemplo de requalificação
Fortes contrastes em Orca ...
Com casario de traça antiga em abandono e reconstruido com mestria da tradição para o presente e gentes vindouras.
Restaurante  propriedade da Junta de Freguesia de Orca 
Onde se vendem produtos regionais, pela frente vasto olival a merecer atenção especial em toda a envolvente e não apenas pela metade,  no tardoz uma boa piscina com espaço verde de lazer.
Minúscula horta biológica do restaurante. Réplica de meda de colmo,cabana de pastores (?)
Piscina de Orca estava neste dia de intenso calor intenso e seco sem gente...o que estranhei!
Regalei os olhos em todas as direções com belos exemplares de granito, porque também sou amante de pedras...
Circundei o empreendimento onde ainda persistem muros de granito a marcar a traça antiga de Orca.
Algures no casario na paisagem casa de gente alegadamente a quem saiu o euromilhões, o que ouvi...
Na beira da estrada no terreno distingui um poço com limos encoberto pela vegetação , sem proteção!
Fonte da Amoreira
Belo exemplar de arquitetura  medieval com arca de água  
Dizia-me uma vizinha, a que vi de manhã a saborear um bolo 
"os furos que tem vindo a ser feitos deixa a fonte com menos corrente de água"...
A Fonte de chafurdo por nela na boca se enchiam os cântaros, os "acarbando" .
Da fonte sai um regato que abastece um tanque de lavagem manual comunitário
Onde vi uma estrangeira chegar e de imediato se pôs a lavar a roupa no tanque e logo sem molas a estendeu nos vários estendais que se encontram ao longo da viela na ligação dos povoados com a estrada que os corta ao meio.A viela, azinhaga, quelha,  não sei o nome que aqui lhe dão, com restos do primitivo muro de pedra seca de granito...
 Belas rosas carmesim  de um quintal resistem ao calor cáustico...
Interior do restaurante de cariz moderno onde o antigo também convive  pela introdução da carroça.
O que francamente gostei bastante. A foto foi captada de fora com os reflexos dos vidros...
Reparei que aqui trabalha gente jovem, uma boa aposta para incrementar esta faixa etária para a terra não morrer.
 
Alameda Nossa Senhora da Oliveira inaugurada em 2009
Grande, mas de parca moldura, por isso pobre, há que investir mais neste espaço em prol de fomentar o turismo mas sobretudo para acolher o seu povo.
Na frontaria da capela o púlpito em pedra com data de 1673.
Porta ladeada por duas colunas em pedra com as pias de água benta escavadas
 
À laia de sermão não resisti subir ao púlpito e abrir os braços...
 
 Pedestal em pedra alusiva a Nossa Senhora a falar aos Pastorinhos
A minha mãe a protestar com as mãos - não quero mais fotos...
Andava um funcionário da JF com a roçadora a cortar a erva 
Iniciativa importante em manter os espaços públicos limpos e preservados, contudo nesta parte onde se insere o campo de jogos o achei paupérrimo, a necessitar de intervenção que se coadune com a Alameda e a Capela, as pedras a fazer de bancos  espalhadas a esmo sem estética, não gostei. Urja ser feito um plano urbanístico com rigor e estética que não choque o antigo com o moderno.Hoje em espaços públicos a copa das oliveiras  é podada em círculo , como se veem em Azeitão, e noutras terras. Seria uma aposta futurista de empregabilidade , em paralelo com a preservação das pedras- o granito, para trazer mais gente à terra, porque acredito a paisagem fica muito mais interessante e acolhedora nesta simbiose!
Pedras com história  a merecer um refinado olhar
Em pleno chão o resto de uma coluna com o pé e fuste, e ainda outra pedra com a inscrição "SOL" encastrada a cimento no muro... com uma data no tardoz...
 
Em Orca falta um parque de estacionamento ordenado e o que encontrei era desordenado ao Deus dará na sombra das oliveiras ...
Deixámos Orca com cegonhas no ninho e ovelhas a pastar...
A fazer tempo para almoço o destino levou-nos a Espanha para encher o depósito em Val Verd D'fresco
Na viagem a minha irmã falou-nos muito bem do Presidente da Junta de Freguesia, do que tem feito pelo desenvolvimento de Orca, das aquisições e valências sociais.Logo o imaginei homem de "olhão", ao não ter medo de pegar nesta terra quase esquecida, de pouca população, na maioria idosa, e a custo a tem tentado reerguer do marasmo em que foi vetada com o êxodo rural e emigração, aproveitando os incentivos dos apoios comunitários (?). Acrescento à laia de atrevida-, o seja abençoado de ideias e atitudes novas que em contraponto possa não agradar a todos a chegada de gente visionária, por isso seja costume em boca de gente maldizente que jamais fez obra, dizer mal de tudo, por nada fazer se deixa quedo e  na verdade quase nada enxerga sobre o progresso que neste século XXI faz sentido ser aposta futurista apelando ao turismo de massas para revitalizar Orca, porque a freguesia de Orca tem potencial para se afirmar na rota do turismo pela aposta da sua ruralidade em granito na  envolvente que inspira a sonhar pela sua natureza  de cariz idílico de baixas serranias em contraste com a planura seca e infinita, pela gastronomia, porque não aposta em plantio de cerejal, embora saiba que a árvore aprecia o chão xistoso, sendo interessante a mancha de olival em local público, desconheço se pertence a alguma Confraria, remanescente de quinta ou baldio ( ?),  também se colhem a azeitona? Em caso afirmativo uma virtude de progresso, em caso negativo o dever de repensar na tarefa com pessoal no Fundo de Desemprego, que a JF só suporta metade do ordenado e assim fomentar mais riqueza para Orca, no meu opinar, credenciar a produção de queijo e seus derivados, e ainda a preservação do património histórico e cultural  edificado e o que esteja em vias de extinção (?), infelizmente pouco encontrei nas pesquisas, quiçá as fiz mal! Faltam trilhos identificados para visualização dos testemunhos do seu passado-, as orcas, e claro, apostar nas tradições das suas gentes hospitaleiras e das redondezas, muita valência e ainda de alta importância existem boas águas e termas!
Orca pelo tamanho em património e casario levou-me ao equivoco de lhe chamar vila, pois no concelho onde cresci há vilas da mesma dimensão, sendo que apenas se trata de uma freguesia, contudo para mim no coração, a contemplei merecedora d'esse digno título!
O mesmo aconteceu com o título da crónica, por não ter adesão em visualizações foi uns dias mais tarde alterado à revelia para granjear público com o despoletar memórias da minha adolescência a caminho da Sertã, onde distingui naquele tempo pela beira da estrada cerejeiras carregadas de cerejas a crescer envoltas de grandes pedras, que antes jamais assim as tinha visto, curiosamente não vi nem uma cereja em Orca, de papo cheio com as que tinha  saboreado gordas e rijas  na véspera trazidas d'algures doutra freguesia pela minha mana!
Nome da terra lhe advêm da boa água onde parámos para encher as garrafas para prosseguir viagem 
Existe um complexo termal chamado Fonte Santa, onde centenas de pessoas se deslocam para aqui usufruírem destas termas.Capela do Espírito Santo e Calvário
Ainda existe a ponte romana e calçada romana.A minha irmã a encher a garrafa

 Aldeia do Bispo
 O que resta de um solar, não sei se foi a casa do bispo...
Muito interessante as pedras a ladear as janelas para vasos, as primeiras que encontrei trabalhadas como se fossem mísulas, ao invés de pedra plana por comparação sobretudo na Beira Litoral .
1861 a data no remate na frontaria
 
 
 Nesta janela puseram aros em ferro para os vasos
Notei outra grande alteração no casario
Janelas estreitas sitas ao nível do sótão em detrimento do centro e norte do País que em geral se apresentam no r/c e caves.

 Outro pormenor característico na construção medieval é abaixo da janela duas a três pedras longas
 
 
 
Pequena ponte sob o rio Batágua do Parque de Campismo do Freixial
Dista  11 Km de  Penamacor.Apenas a 30 km da auto estrada e a...21de Espanha; 17 de Monsanto; 30 de Idanha; 26 km de Penha Garcia e a 21km da Meimoa .

Por terras do Tejo Internacional
"A cerca de 5 km da aldeia de Aranhas, 11 km da vila de Penamacor e a 6 km de Espanha, sulcada por aprazíveis vales e ribeiras, nas proximidades da Reserva Natural da Serra da Malcata.A  Primavera deslumbra pela intensa paleta de cores de que se revestem os campos (o roxo do rosmaninho e da urze, os amarelos da giesta e da carqueja e o branco das estevas floridas) e pelos aromas que inundam o ar que se respira. O Verão é quente! E o sol, por vezes abrasante, convida às sombras frescas dos freixos, dos amieiros e salgueiros que abundam no Parque e ao longo das linhas de água. Nada, porém, que um banho refrescante na piscina ou num qualquer remanso da ribeira não compense!
O silêncio, aqui, não é de ouro; é simples e naturalmente musical! "
 
Santuário de Nossa Senhora do Bom Sucesso 
A 12 km de Penamacor no cimo de um pequeno morro na estrada para Espanha. Festa no 3º domingo de agosto. Ño tardoz da capela existe um abrigo aberto ao género que se encontra no Cabo Espichel , por apenas o ver em andamento não consegui fotografar...
Reserva Natural da Serra da Malcata
Situa-se entre os concelhos do Sabugal e de Penamacor, com diversos cursos de água,  em área com cerca de 20 km2.  A Reserva está situada bem próxima da fronteira com Espanha, teve como objectivo primário a protecção e conservação do lince ibérico, uma espécie em vias de extinção, que aqui encontra um abrigo natural, e é também o símbolo da Reserva. Muitas outras espécies de Fauna aqui coabitam, como o gato-bravo, a raposa, o javali, a fuinha, ou o afamado lobo-ibérico, ou outras espécies como a cegonha-preta, também em vias de extinção, a cobra-rateira, o cágado ou o lagarto-de-água, entre tantas outras. Em termos de Flora, esta é uma zona de matagal mediterrânico, encontrando-se azinheiros, estevas, carvalhos, freixos e salgueiros, aveleiras, cerejeiras-bravas, castanheiros e sobreiros, e mais recentemente pinheiros, eucaliptos e vinha. A fronteira situa-se na ponte do rio Torto, afluente do Erges, a primeira localidade espanhola VilaVerde Del Fresno, já foi portuguesa até a meados do séc XVI.
 
 Igreja de Nossa Senhora da Assunção inacabada...
Colunatas em pedra ao género de outras em Portugal
 Paços do concelho
Nas bombas de combustível 
Enquanto se enchia o depósito dei conta deste letreiro e perguntei à empregada se vendiam cedros...olha para mim a rir e diz-me  - cerdos são porcos...
Vista panorâmica para o lado de Portugal
 Afloramentos graníticos como se encontram na Serra de Estrela, Beira Alta e Trás os Montes
 
Perdemo-nos no caminho de atalho de Cilleros  fomos parar a Villa de Moraleja
 
Reentrada na fronteira de Monfortinho
Onde almoçamos, porque o restaurante altaneiro de Monfortinho estava fechado para limpezas...
Lamentavelmente sem tempo não fui ver o que mais queria - a rota dos fósseis ...
Com partida do Largo do Chão da Igreja ao castelo, em destaque  na aldeia algumas casas preservam os traços típicos da região – abundância de quartzito, xisto e mistura de granito. Ao castelo parar no miradouro, observação a norte do Vale do Ponsul e a sua falha geológica, e a sul a planície da campina de Idanha que se perde de vista com dois pontos de interesse especiais – os fósseis e a cascata da fonte do pego.Os fósseis na verdade estão ao longo de todo o percurso, no entanto perto da fonte do pego os fósseis são claramente identificáveis, além do que ali é facilmente perceptível o tamanho destes “bichos” de outras eras. Quanto à fonte do pego e a sua cascata encontram-se bem preservadas, e são a delicia dos visitantes do Verão.Seguindo junto a uma levada no caminho de regresso a Penha Garcia com flora envolvente, em destaque  para os majestosos sobreiros.
Fósseis impressionantes
Na região centro no Maciço de Sicó, em especial entre o Rabaçal e Santiago da Guarda, existem também muitos vestígios do fundo do mar , mas de dimensão muito pequena em relação aos de Penha Garcia.
Uma pedra fossilizada encontrada na Venda do Brasil (Ansião) abundante em pedras esburacadas do fundo do mar que a minha irmã tem no jardim onde distingui fosseis finos (?) entre outros que tenho.
Outro fóssil em formato de caracol
Amonite, encontrado na Serra da Ameixieira, Ansião, em linha a uma hora de carro de Castelo Branco
 Vista panorâmica de Penha Garcia
A semelhança dos morros
Ao longe o morro de Monsanto em forma de cone a lembrar o Maciço de Sicó no Rabaçal, os montes Germanelos.

Medelim
Vila outrora onde se refugiaram Judeus. Entrámos e saímos sem parar, com grande pena minha. Distingui umas mulheres na conversa à entrada da terra,  e antes da saída para a direita numa rua paralela para dentro havia casario em pedra muito interessante, onde os balcões aqui são príncipes - 216, apenas registei o fontanário com tanque na divisão da estrada defronte da igreja matriz e do seu Santuário, na berma pela sombra seguia  a pé um velhote vestido com camisa de mil retalhos...perdida a olhar para o muro alto do Santuário, a minha irmã é que o viu e já não consegui fotografar com grande pena, assim perdida a mitigar o que poderia ter sido tema para uma boa  tela naturalista...
Mais uma rota em viagem relâmpago a trabalho da minha irmã, e com esta já são umas quantas aos limites do Tejo Internacional, apenas horas e poucas, por isso apressada por terras que gostei de mirar e sentir sem pretensão de monografia nem coisa que o valha, apenas ao meu jeito relatar o que memorizei e me chocou o olhar, sejam as críticas, e claro sempre a minha opinião, para mais tarde voltar a recordar, por isso lhe junto outra paixão a fotografia!
O intento além do conhecimento que é importante, seja o de sorver cultura com paisagens encravadas em paraísos a perder de vista em aridez debruado por recantos bucólicos no recôndito de Portugal, para mim o era em parte desconhecido, ficando assim mais rica  e com nata vontade em voltar! 
Acaso viajasse no banco da frente teria por certo captado melhores fotos, atrás, é praticamente impossível apanhar bons planos.
E por último o fascínio da minha partilha em despoletar nos demais a mesma vontade, nem que seja o falar de Orca e do roteiro das terras circundantes !
Obriga mana, amei!


Fontes
http://www.freguesias.pt/freguesia.php?cod=050420
https://pt.wikipedia.org/wiki/Orca
http://www.cm-penamacor.pt
https://www.google.pt/search?q=penha+garcia+fosseis
http://www.jornaldasautarquias.pt
Cinco fotos google

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