quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Comemorar 40 anos de casório em terras do Algarve!

Estadia no Algarve num resort em Albufeira  muito agradável, calmo, verde, florido e com piscinas...
 Deliciei-me com belas paisagens da cor do fogo entranhadas sem dó nem piedade no calcário...
 

 
 
Celebrar 40 anos de casamento aos dias d'hoje deve ser para poucos!
Como foi possivel terem passados tantos anos?
Depois de mar e de piscina a saída para jantar.
 
Pego do Inferno 
Um inferno até atinar com o local. Graças ao GPS do carro da minha filha que seguia na frente algures no sotavento algarvio no concelho de Tavira, inadmissível como a autarquia mantém aberto um local turístico sem o mínimo de condições aos dias d'hoje; falta de sinalética, estradas estreitas sem limpeza de bermas.
Local sem trilhos num deles esventrado no xisto pelos caminhantes a lembrar o costado de um crocodilo, devia ter registado foto de onde irradiam outros por descidas sem qualquer segurança...
Muita sorte ainda não ter havido acidentes com turistas nos trilhos e no registo de fotos a olhar a fenda aquífera onde rebenta o olho d'água para descer quase a rastejar debaixo de alfarrobeiras até chegar a um laranjal onde mais à frente por entre canas altas se avista a queda d'água no lago verde ... outro assim muito mais belo conheci em Envendos - Pego da Rainha .

 
Caos o redor com matas de canavial derrubado outro vivo e por todo o lado lixo em grandes sacos pretos. O local no passado esteve arranjado que um incêndio veio destruir, sem ser razão para continuar em total abandono, no tempo que cheguei e vim de volta pois desisti de ficar em local tão imundo onde não existem condições para piquenique, no pior o carrego dos sacos na descida e na subida com gente a chegar e partir .
Pego do Inferno
Vistas de norte com muita perigosidade por falta de barreiras
A queda d'água
Ainda assim sem quaisquer condições havia gente que tomava banhos...sem medo de cobras, da profundidade - 7 metros e da lenda que ali caiu uma carroça com gente que nunca apareceu, óbvio que na queda ficaram no fundo com a carroça por cima...
 
Acabou por ser um desconsolo o que julgava ser um paraíso no Algarve!
Porém o ganho inusitado em enxergar paridade fascinante com o Maciço de Sicó pelas pedras esburacadas como na Venda do Brasil, a cor vermelha da terra rossa, muros de pedra solta, cumes das serranais a lembrar o vale cársico do Rabaçal, zambujeiros (oliveira brava de folha pequenina), salpicos de sobreiro e azinheira em chão vestida de manto verde crespo de vegetação mediterrânica, e ainda o vale aquífero com rebentação de olhos d'água doce como o nosso do Nabão, na toponímia Vale Judeu e Cachopo ainda tão viva no meu tempo por assim se chamarem as crianças e ainda os laranjais aqui perder de vista e antigamente não havia casa que não tivesse no quintal a sua e um limoeiro, como tenho na minha casa rural , marmeleiros e figueiras com figos que ninguém apanha, só estrangeiros e eu saltámos as bermas para os apanhar...

Cachopo e Asseca
Falta de limpeza. O que outros deixaram e não deviam!Peixe por tudo o que era sitio
 Olhos d'Água
 
Gente na apanha da amendoa
Voltar para casa...
Os fardos de palha no Alentejo a embelezar a paisagem

Apenas não senti no Algarve o tomilho que chamamos erva de Santa Maria que dá o travo ao queijo do Rabaçal e devia mudar de nome para queijo Sicó.Sem favor senti-me em casa, pese embora os castelos de envergadura como Paderne a rivalizar com migalhas de ruínas, as delicias vividas neste último agosto como antes jamais!

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