terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Casal d' Afonso d' Pêra na toponímia ancestral de Ansião!

Desde miúda que  tive o privilégio de vir amiúde ao Casal das Pêras, a casa da "Ti Otília  Silva, da Ilhoa,  da mãe da Helena e da Maria " . Recordo de haver ruínas, que me deixavam a pensar o que ali teria existido no passado e ainda a razão do nome do Lugar, porque pereiras não distinguia nos quintais  alguma!
Verossímil que a expansão da herdade de Ansião com 30 casais, para neste local altaneiro se ter instalado um casal de apelido - Pêras -  o pioneiro, seu fundador. Desconhecemos de onde aportou. Mas, se admita que em 1527 - data que nos aparece abaixo referenciada sobre a sua existência, seja proveniente de um clã de judeus fugidos de Espanha do êxodo de 1492 que se foram encaminhando da raia até aqui . A sua descendência terá ido para outros Lugares,  pois em 1721, continua neste Lugar, apenas, a viver um casal cuja descendência  se mantêm ainda viva com o apelido,  que se fidelizou na toponímia no plural - Casal das Pêras. 
Aparece descrito nas Memórias Paroquiais (...) segundo o Numeramento Geral do Reino, de 1527, informa-nos que a aldea de Ansião tinha 67 vizinhos com Casal, Fonte Galega, Constantina, Ribeira do Açor, e Cervedela ( Sarzedela) , Lousal, Escampado, os Empojados (Empiados) e o casal d’Afonso d' Pêra. Nesta data, no lugar de Ansião havia 24 vizinhos «e os mais nestas póvoas».
Em 1721 a «Villa de Ancião» tinha «47 moradores», mais «hum cazal chamado Cazal de Pêras situado em hum outeiro com 2 moradores» .

Registo de 1585 do  Livro de baptismos de Ansião
Margarida do Casal das Peras, no final da página  

Sem o devido conhecimento em Paleografia, atrevo-me a traduzir o que depreendo da escrita medieval 
Aos 8 de dezembro baptizei Margarida  de Paula ou Pedra? Ânes sua mãe, do Casal das Peras. Padrinhos Silvina Paiz de Sousel mulher de Manuel Paiz Galvão? de Ansião.
O registo mostra-se interessante em vários aspectos;
A data 1585 a indiciar a continuação viva do Lugar Casal das Pêras.
Batismo de uma criança de mãe solteira, por não ter menção do nome do pai.
Apelido Paiz, que evoluiu para Paes e hoje Pais? Ou Paz?
Padrinhos, se depreende de  Silvina Paiz Sousel ? A lembrar a ligação de gente da região ao Alentejo e ao Senhorio de terras em Pussos, nos Cabaços  no concelho de Alvaiázere, a reportar para o Visconde de Sousel - António José de Miranda Henriques da Silveira (?)

Livro de óbitos de 1682 de Ansião
Aos dezassete de outubro de 1682 faleceu a mulher de Abel Roriz do Casal das Peras enterrada na igreja
O fato de ter sido sepultada na igreja e, não no adro, reporta que era de gente rica.

Nas Memórias Paroquiais do Cura José Fernandes da Serra de 1769 (...) não sei que haja discórdias ou particulares , mais que hum Manoel António do Cazal das Peras desta Freguesia , o qual por cauza de munto vinho que bebe, trata mal de palavra, a sua mulher e família pondo os fora decaza muntas vezes as deshoras da noute, com o que cauza grave escandallo, e não tem sido bastantes muntas vezes reprehencoens, e avizos queho dado, ja particulares, e publicos, e cheguei, alevar em minha companhia duas testemunhas para verem o que lhe dezia, as quais foram António Cardozo desta villa de Ansião; e António Mendes do Bairro de Santo António; prometeo immenda mas não a comprio, e continua, ainda que não sessam as admoestassoens; hé o que posso informar, e vossa Senhoria Reverendíssima mandara o que for servido, a cujos decretos sujeito a minha escravidão com quem hé.
O relato mostra-se curioso e, uma vez esquinado, pela ingestão de vinho na estalagem do Bairro,  fazia disparates, exercendo violência doméstica, como hoje se diria. Ao se chamar apenas Manoel António sem apelido, pode evidenciar filho incógnito (?).
Apelido Pêras
O meu bom amigo Pedro Guerreiro Henriques, comprou uma papelada a gente de Beja , antes de vender gosta de a ler quando deu conta de uma caderneta militar em nome de Manuel Simões Pêras dos Impiados, Ansião, nascido a 31 de maio de 1898, que logo a põe de lado  por saber que muito falo desta terra, temática que jamais lhe passa em nada despercebido! 
O meu bem haja pela cortesia, por se interessar pelas coisas que escrevo sem lhe dizerem directamente respeito, porque é algarvio, o que valorizo em dobro na vontade de mais saber.
Caderneta Militar
Não tem foto
Achega em correlacionar a descendência do primeiro habitante no Casal d' Afonso d' Pêra, cujo apelido se manteve pelo menos até 1898. E ainda vivo na boca do meu compadre, em conversa ocasional  sobre alguém que mora na Lagoa da Ameixieira, nascido no Casal das Pêras, onde ainda vive uma irmã Isaura, que bem conheço, filhos do Ti Sebastião Pêras.

No Livro Ansião e a Primeira Guerra do Dr Manuel Dias
Que a minha irmã gentilmente me ofereceu, o  autor dedica-o à memória do seu avô materno José Simões Pêras .Supostamente irmão do Manuel Simões Pêras, o da caderneta militar ou seu  familiar...

Ambos os indivíduos a evidenciar parentesco com origem no primeiro casal povoador que ditou o nome ao Casal das Pêras. Por casamento ou, outra situação se deslocaram para os Empiados, Lagoa da Ameixieira e Manguinhas, entre o Casal de S. Brás e Viegas e, algures no Alentejo o da caderneta militar por lá ficou aquando da  safra das ceifas...

A primeira acessibilidade de Ansião para o Casal das Pêras
Foi rasgada sob a que foi a via romana vinda das Lagoas reutilizada em época medieval com a construção da Ponte da Cal, seguida da Rua Direita, a caminho da vila, pela frente da igreja ,continuando para sul  ao atual Cimo da Rua, seguindo ao lado poente do Castelinho e Cruzeiro para a Garreaza ( existe aqui, uma mina que serviu na distribuição de água na vila, pela arquitetura pode ter sido romana? E aqui questionar por onde seguia a via? Pelo Carrascoso o caminho é estreito até às Almitas, para seguir aos Empeados,  ou não, e, seguia em frente para o Casal das Pêras, Barranco e Escarramoa. Recentemente na caminhada a sul do Carrascoso, cortei ao 1º corte à esquerda, desconheço se ali se ali se chama Vale Frade? Ao alto, vislumbrei o entroncamento vindo de poente de um caminho que suponho vem dos Matos, há anos roteado. Mais acima existe outro entroncamento, segui para sul pelo rasto de lajedo, que aventa ter sido da via romana, a caminho da Escarramoa, a ligar a Sarzeda e Almoster. Voltei para trás, seguindo para norte, onde nas descidas as chuvas deixaram à mostra lajedo fragmentado, a evidenciar a via romana vinda dos Empeados, reutilizada em parte, na Rota das Carmelitas e do Caminho de Santiago de Compostela, na direção do Casal Viegas.  
Recordo desde sempre a estranheza da ladeira da Garriaza até às Almitas do Casal das Pêras,  larga empestada de vegetação rasteira,sem jamais me passar pela cabeça tamanha ancestralidade. 
Um dia vinda do Carril de bicicleta com uma saca de azeitona mal cheguei à ladeira para aliviar a canseira levantei-me do selim, debalde a saca nas pontas tropeçou nos pedais tendo-me feito cair em amálgama  com a saca, que não se abriu e a bicicleta não me caiu em cima ...
Ao chegar a sul ao cimo do Casal das Pêras, na esquerda vivia a Isaura (Pêras) que não carrega o apelido do pai, o Ti Sebastião, dita que tenha sido aqui primitivamente o local  da fundação do Lugar, por ser altaneiro onde viveu d' Afonso d'Pêra. A Isaura há anos confidenciou-me ou foi a mãe ou a avó que era espanhola.
Mas, não a tenho visto para mais saber.

Alminhas do Casal das Pêras
Capelinha por alma das almas do Purgatório  feita em 1922
Não a encontrei referenciada no Livro Património Religioso do Dr António Simões, Dra Joana Dias e Dr Manuel Dias,  o que se estranha, tendo à partida os dois últimos raízes neste Lugar ancestral na história de Ansião, mas não me cabe a mim fazer a árvore da sua genealogia...
O chão onde está implantada a capelinha é calcarenito branco com laivos rouge para se expandirem em ocre, quase barro empedernido que se estende por uma língua vinda de norte, da Rua Políbio Gomes dos Santos . Nas obras de requalificação desta rua onde entronca com a Quelha do Canto, se evidenciava e sempre me recordo  de também a observar na que foi a Quinta do Bairro, à imediação do Ribeiro da Vide  que era baldio,  por ser chão inóspito, estéril onde nada crescia, apenas os plátanos nos anos 30 do séc. XX, se deram bem e algumas oliveiras na direção sul no chão que foi do "João das notas" ainda hoje estéril para aflorar com mais evidencia no Casal das Pêras no palco da capelinha.  Mas nos séculos, até hoje, a terra foi sendo objeto de trabalho para lhe retirar sustento ao ser adicionada com estrumes e queimadas,e hoje  apresentar  um solo de camada arável  à superfície  com os pontos referidos a mostrar como foi no passado.
Supostamente as iniciais no ferro forjado sejam de quem a mandou fazer?
Gosto do altar, em pedra, é gracioso e da lanterna suspensa que tem vindo a desaparecer doutras .
Estranhei com mulheres tão bonitas e prendadas a toalha se apresentar de bainha simples sem ornato de uma renda...A pensar na bordadeira de excelência a "Maria José - a  ilhoa" e do seu  bordado da Madeira.
Tanta vez pelo Casal das Pêras a caminho de uma fazenda no Carrascoso da minha tia Maria e, de outra que o meu pai herdou no Carril, a caminho dos Matos. Tomado o caminho depois das Almitas corta-se para sul a caminho do Carril e,  na esquerda,  ao alto ainda existiam ruínas de uma casa, julgo foi do Ti Sabino.
Um dia, a minha prima Júlia Silva do Bairro - no meu tempo de criança mostrou-me por ali algures a poente  um grande penedo onde estava escavado o pézinho  de Nossa Senhora, escultura de grande perfeição, para mais tarde perceber tenha sido esculpido no calcário, no tempo do neolítico, cuja erosão nos séculos, o deixou perfeito para em tempo de forte beatização a tudo que se mostrava estranho, se atribuir milagre ou relativo a Nossa Senhora...
Rua do Casal das Pêras
Na foto abaixo a casa que foi da Ti Otília irmã do Ti Manel Silva que casou no Bairro com a tia do meu pai - Maria, irmã do meu avô paterno "Zé do Bairro".
Horas de aflição naquele tempo ouvir falar em dentista aos doze anos para me acompanhar o meu pai ao consultório por cima do antigo café  do Calado, ao largo do Correio velho, onde me extraíram dois molares. Aprendi a lição de me vangloriar na festa de batizado da Inês, filha do meu primo Afonso Lucas, na sua casa de Além da Ponte, onde abri as garrafas da gasosa e laranjada com os dentes, gracinhas de " maus talentos" da adolescência. A partir daí nunca mais descuidei a boca, interiorizei o que é uma "dentadura artificial" que a Ti Otília, mulher solteirona do Casal das Pêras,  quando descalça passava ao adro da capela de Santo António, ao Bairro, na frente da casa dos meus pais,  vinda da casa do irmão, o tio Manel, e me atazanava e à minha irmã, gesticulando a dentadura em vaivém repentino  -  de dentro para fora da boca, há mais de 55 anos. Visivelmente assustadas a mulher metia medo, alta de pele enrugada, cabelo desalinhado, vestida de avental mais parecia um vampiro, apesar de excelente pessoa, mulher de paródia que  adorava crianças...sem perceber o medo com que nos aterrorizava, pois nem sabíamos que existiam dentaduras artificiais... Só muito mais tarde percebemos que tinha as gengivas mirradas com a idade, a dentadura estava larga  que lhe dava o mote para nos assustar, naquele tempo em Ansião, usar dentadura era um luxo só dela talvez pela irmã  que vivia em Tomar onde tratou da boca...
 que a vida humana nos merece
As vezes que subi a ladeira sinuosa do Serrado das Sobreiras do avô "Zé do Bairro", hoje fazenda da minha irmã, onde havia gente que atalhava caminho ao endireito do ribeiro, como a "Ti Augusta do Tarouca" e os filhos: Mário, Carlos, Amândio, António, Olinda e Fátima Valente, os rapazes lindos de morrer os mais parecidos ao pai. 
Confidenciou-me a "Ti Augusta do Tarouca" que o seu pai António Santos tinha uma galera de 4 rodados, que usava para tirar o estrume da estalagem do Bairro onde por vezes iam corpos mortos misturados ... e depois ia despejar tudo ao fundo do Casal das Pêras...Quando a estalagem acabou e foi a herança, repartida,  no sitio da cavalariça foi feita uma casa para o Ti Inácio e a Ti Laurinda. Ao serem escavados os caboucos  pelo meu tio Manuel Silva, que era do Casal das Pêras,mas vivia no Bairro, casado com a minha tia Maria, disse em casa que  encontrou muitos ossos...se depreende que era comum a outras estalagens noutros tempos, forasteiros e mercadores, bêbados ou surpresos a dormir sendo mortos para lhe roubarem o dinheiro, e depois enterrados, para não dar more a falatório e denúncia, por isso se encontrou tanto osso e caveiras, por fim,  já nem se importavam, porque o poder já tinha saído do Bairro, perdendo a dignidade com o seu depósito na estrumeira, uma desumanidade!

Lembranças ainda de gente boa
Ti Sebastião e das filhas - Isaura e Céu, da mãe da Helena e da Maria, da casa da Ilhoa, ainda viva, quase a celebrar cem anos de seu nome Maria José, madeirense, o marido conheceu-a no Funchal, quando cumpria o serviço militar, onde esteve dois anos e meio. Enamorou-se dela e desse amor nasceram as duas filhas mais velhas,  a Conceição, carinhosamente tratada por São e a Lurdes. Findo o serviço militar foi obrigado a trazer a mulher e as filhas para o continente vindo morar na casa dos pais dele, cuja mãe (galega) de génio forte, ao jus de sogra  "encravilhadora" aliciava o filho contra a nora. E das namoradas que ele deixou, pelo menos duas, julgo em Albarrol, onde teve de ir morar até a irmã emigrar para o Brasil e poder voltar ao Casal das Pêras. Em Albarrol nasceram as belas gémeas- Eulália e Amália . Sorte teve o pobre homem não dar muitos ouvidos à mãe, sabia bem a mulher boa que escolhera, de bom coração, trabalhadora, amiga de todos e, muito boa mãe. No Casal das Pêras nasceu a Tina que julgo vive em Torres Novas, o Fernando, muito bonito e os gémeos a Ana Maria e o Zé Júlio, os mais novos, que não ficam atrás de nenhum deles nem em simpatia nem em beleza. A Maria José, não tinha tempo para se dedicar ao bordado madeirense. Grande a lida da casa e a cuidar dos filhos. Mesmo assim, ainda bordou um lindo vestido em xantung azul escuro, lindíssimo na boca da minha mãe "rica a barra larga numa silva de flores"  do vestido da sua colega Irene, do externato, filha da "Ti Alzira Aureliano" julgo irmã do "Tinta", que viveu ao Ribeiro da Vide.   
O marido da" Ilhoa, a Maria José" o apelido do marido "Lopes" homem de alta estatura e seco de carnes tal como o Ti Manel Silva, nascido na casa que ficou para a irmã a Ti Otília. Dizia-se que tinham ascendência britânica (?). A linhagem é comum a outros de Ansião, que os interligo a judeus, a um clã com características de bela silhueta, elegância e cariz sóbrio, comum ao do meu bisavô paterno Elias da Cruz.

Pedidos de passaportes:

Passaporte de Salim Diogo

1913-03-28

Idade: 22 anos

Filiação: Joaquim Diogo / Josefa de Jesus

Naturalidade: Ribeira de Açor / Ansião

Residência: Casal dos Pêros / Ansião

Destino: Santos ( Brasil )

Observações: Não tem


Passaporte de Roberto Filipe Fazenda

1913-03-28

Idade: 27 anos

Filiação: Manuel Caetano Filipe/ Ana de Jesus

Naturalidade: Ribeira de Açor / Ansião
Residência: Casal dos Pêros / Ansião

Destino: Santos ( Brasil )

Passaporte de José Nunes

1907-12-17

Idade: Não mencionada

Filiação: Manuel Nunes da Fonseca / Maria de Jesus

Naturalidade: Santo Aleixo do Beco / Ferreira do Zêzere / Santarém
Residência: Casal das Peras / Ansião

Destino: Santos / Brasil

Observações: Não escreve


Passaporte de Alexandre Lopes

1907-12-17

Idade: Não mencionada

Filiação: Salvador Lopes / Josefa Marques

Naturalidade: Albarrol / Pousa Flores / Ansião
Residência: Casal das Peras / Ansião


Em conclusão a linhagem de gente que aqui viveu que agora se pôs a descoberto: ÂnesPêras; Lopes; Santos; Nunes, Fazenda , Diogo, Silva; Carvalho, Bento, Valente e,...

A minha querida amiga Fátima Valente, filha da Ti Augusta Tarouca ajudou-me nos apelidos das gentes do Casal das Pêras.
"Zé da Tuba" chamava-se José Simões Bento,  viveu na primeira casa à entrada era o pai da Helena e da Maria,  que bem conheci, seria conhecido pela alcunha "Tuba", por ter sido musico na filarmónica onde tocava o instrumento a  tuba.
Claro há sempre alguma coisa a acrescentar...

Fontes
Livro das Memórias Paroquiais
Livro do Património Religioso d Ansião
Livro Ansião e a Primeira Guerra do Dr Manuel Dias
Testemunhos da minha boa amiga Eulália, Isaura, Júlia Silva e do meu compadre Fernando Moreira
Caderneta militar de Manuel Simões Pêras
Testemunho de Fátima Valente

6 comentários:

  1. Nasci no casal das peras, fiquei muito foi cheio de alegria d entusiasmo que li estas recordacoes de alguem de boa memoria e cultura soube escrever
    Bem haja...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Caro anónimo muito obrigado pela cortesia da visita e pelo elogio à crónica. Pois, se não escrevermos o que sabemos a história perde-se.
      E, eu adoro o Lugar e as gentes, onde tenho amigos que considero de família. E já vem de trás do meu tio Xico, padeiro aqui vinha a troco de beber um copo trazer pão do dia que lhe sobrava ou de véspera para matar a fome.E só o soube pela voz de quem o recebi, por isso a alta nobreza de saber receber, sem olhar a quem.

      Excluir
  2. O nome do ZÉ da Tuba:José Simoes Bento.
    E se tiver um pouco de paciencia para este episodio do Casal das Peras sim a ti Augusta Tarouca ainda viva a residir no lar residencial do Nabao ainda tem cabeca fresca para ajudar a completar

    ResponderExcluir
  3. Eu sou descendente directs de uma das pessoas mencionadas nos passaportes. Gostava de lhe fazer umas perguntas sobre isso. Como não tenho como contactar-la pedia-lhe se não se importava de me contactar para dendroelsa@gmail.com
    Obrigada e parabéns pelo blog.

    ResponderExcluir
  4. Sou familiar do José Nunes e do seu parente Manuel Freire Ruivo, como li também a entrada no seu fabuloso blog (Bem Haja!) sobre o Escampado penso que poderá ser capaz de me ajudar com Algumas questões que tenho sobre as minhas raizes e cujas respostas não tenho tido sucesso em encontrar. Muito obrigada.

    ResponderExcluir