sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Fracasso na estreia da feira de velharias de Ansião à luz do dia e das luzes da noite ...

Ansião no meu olhar à luz do dia e das luzes da noite. Infelizmente a máquina à noite com tanta luz as fotos só valem pela memória.
Lamentável constatei o derrube do pináculo do Padrão ao Fundo da Rua por altura das festas de S. Pedro-, guardado julgo estará -, convenhamos já é tempo de o reporem no lugar ou de mandarem fazer um novo no caso do estrago ter sido grande, antes que apareça um dia destes numa feira de velharias...
Em Abiul um velhote apresentou-se para ser o guardião do fontanário da vila do tempo dos Duques de Aveiro em pedra ladeado por dois sois e uma carantonha ao meio, por alturas de arranjos urbanísticos do largo, sem escrúpulos chamou os antiquários, vendeu-o para Lisboa onde estará algures numa quinta. 
Padrão mutilado e em baixo finalmente reparado!




Muitos conhecem a Misericórdia pela frente, também por dentro por há tempos ter a utilidade de Capela mortuária. No tardoz existe uma  pequena porta  com arco estilo gótico que conheci em pequena quando brincava no jardim do solar, o meu pai abria-me a porta do corredor do Tribunal -, lamentavelmente o  jardim  foi suprimido para nele se fazer os  Serviços municipalizados. Pois este arco estranho  de pedra com frisos para mim haveria de o voltar a reconhecer em formato maior na companhia da minha irmã quando em pequenitas nos apetecer abrigar no suposto Mosteiro (?) no Vale Mosteiro. 

A Ponte da Cal medieval de dois arcos ao lado da casa que foi do Dr Vitor Faveiro um dos maiores beneméritos para o concelho de Ansião de todos os tempos.

Debaixo do arco maior existem  dois tanques em pedra. Um servia para homens, outro para mulheres onde tomavam o Banho Santo com as águas milagrosas do Nabão-, curativo para doenças de pele. 
 Por dentro dos arcos aqui e ali letras e números gravados à toa...que desconheço o significado.
Os tanques eram vedados por tapumes, cujos orificios ainda se encontram nas pedras laterais onde assentavam. 
 

Os tanques do banho santo, nada mais que de chafurdo!
Lamentável o pelouro da limpeza pública manter este património assim sem ser limpo!
O tanque das mulheres com uma pequena pia para as crianças chafurdar que na lenda se diz ser onde a Rainha Santa Isabel se banhava, mas não é verdade, a ponte é posterior à sua morte e onde efetivamente ela passou foi mais abaixo a poente.
 A pia das crianças

Seguindo na caminhada para a nascente do rio, que em Ansião se chama ribeira, às hortas do Moinho das Moitas encontrei uma pequena ilhota sob o comprido de belos salgueiros .




Com medo do escuro (?) passei uma das pontes pedonais, voltei à Ponte da Cal para fotografar um dos bancos onde em miúda vi namorados sentados.
Açude do rio que dá no verão um espelho d'água na frente da Ponte da Cal.
Li o regulamento do uso das bicicletas na vila. Fiz uns exercícios de ginástica...mas logo parei, estou muito perra...


As flores nos quintais na noite...



 O que francamente não gosto...
Abuso de propriedade particular pertença dos herdeiros Paz, expropriada para se fazer a rotunda . Do caixote do lixo em frente uma língua com uns três metros de largura (?) fora o comprimento  que ao longo dos tempos foi sendo fechada para uso próprio sem escrúpulos...para pensar!
 
quatro baldios , um maior a nascente remanescentes da expropriação da rotunda. Na sala de visitas principal da vila de Ansião  não a DIGNIFICA!
Das duas uma, ou entram em negociações com a empresa proprietária, ou os herdeiros Paz para de vez ser chão público onde seja edificada escultura em pedra alusiva enquadrada com a casinha em pedra para a transformar em capelinha para assim de vez evocar a Lenda da Rainha Santa, onde a escassos  metros de facto foi a estrada real e deixar de vez o S.Pedro e o S.João, esses sim foram oragos de capelas de quintas em Além da Ponte.


Na Av Dr Vitor Faveiro na curva para o cemitério existe um lote de gaveto em triângulo dos herdeiros do Sr Oliveira que foi comerciante na vila. Se nunca lá fizeram nada, tendo a família pouca descendência seria bonito se tivessem o discernimento da sua doação à Câmara para  nele se fazer um jardim de lazer , e os filhos com orgulho desterrariam a placa com o nome do pai -, um homem de visão que aportou a Ansião, enriqueceu,  chamava ao criado moço-,  no seu sotaque nortenho soava a mocho e assim o conheci no Bairro de Santo António...
Figueiras do Inferno que trouxe de Coruche
No domingo depois de ir ao cemitério atalhei pelo mercado, deparei-me com a feira de velharias, que até tinha lido a noticia no boletim da Câmara com a data de 22...e assim veio escrita no jornal Serras de Ansião.
Questiono a falta de profissionalismo. Não basta saber mexer em computadores. Há coisas primárias importantes. Os meses não são todos iguais. Domingo era o 3º domingo, mas o sábado foi 2º...

Quem escreveu o evento no boletim não sabe identificar um calendário... Porque sabia que seria o 3º domingo de cada mês...e assim vai o nosso Portugal com gente que não tem apetência para trabalhar bem feito. Não venham dizer que os feirantes é que se enganaram. Porque o boletim em relação a Outubro fala no dia 20.Foi erro sim. Os erros tem de ser corrigidos e anotados na notação profissional, porque prejudicou muita gente e a mim também!
Da parte da tarde participei 1,50 H para poder falar com verticalidade. O evento cultural nasceu em tempos em Ansião torto.E o que nasce torto tarde ou nunca se endireita-, diz o ditado popular.
Mal estendia o estaminé na sombra do telhado do mercado dirigiu-se a mim uma homem de palmo e meio com ar de "gabiru" delambido em tom de ironia diz-me - "vem acampar?"
- Óbvio que lhe respondi à letra....de ficar com os tomates arrepiados.
Odeio gente que ironiza e goza com tudo e por tudo. Gente que não sabe conviver, conversar e depois de travar conhecimento até pode brincar e ter humor-, mas ironia a seco NÃO!
Imaginem que tal nunca me tinha acontecido.A D. Helena veio em sua defesa " ele é assim da brincadeira..."Pois até pode ser, mas a mim não me conhecia de lado nenhum nem tão pouco andei na escola com ele. No caso só tinha de ter sido delicado, e não atrevido. 
Lamentável haver gente que veio de Coimbra e chegou às 6.30H-, desanimados na totalidade, não conhecem a vila, ficaram sem vontade de conhecer, o que se condena e a culpa não devia morrer solteira.
O que se vendeu-, não se vendeu , houve contudo trocas e baldrocas entre colegas. Bons negócios acham sempre os intervenientes. O Pedro que veio de Coimbra as fez, depois num ápice arrumou a bancada e foi até Alcobaça...o irmão ficou e desesperou!

Lamentável constatar a falta de sensibilidade do pelouro da cultura para a realização do evento -, disseram-me que ninguém da edilidade apareceu, apenas a GNR -,que não fez uma das tarefas da sua competência -, averiguar se todos os participantes estariam devidamente credenciados pela ASAE.
Quanto a clientes...pouca ou nenhuma freguesia... contaram-se durante o dia à volta de 15 pessoas... porque uma das participantes decidiu livremente pôr um papel na rotunda junto ao Café Tarouca.
Não houve publicidade ao evento nos locais de maior passagem, como nas entradas da vila, rotundas, IC8, Intermaché, Praça do Município.
Ninguém se preocupou com os caixotes do lixo do dia anterior do mercado estavam cheios a cheirar mal...triste constatar!

Gostando eu de fazer umas feiras -, apesar de saber que em Ansião há gente inculta , mesquinha, que liga a estereótipos e clichés...teimosa dou mais importância a este prazer maior-, por isso fiz na véspera Leiria e no domingo estreei-me nesta  terra adotiva -, o desanimo foi total, seja por ser a primeira vez nesta faceta que saí a ZEROS seja pela falta de organização, sem estatutos, uma balda total, coisa com mais de 20 anos de frequência nunca vi nada igual.

Houve falta de eficácia na aposta da pessoa que aparentemente gere o evento . Não só tem o dever de acolher os participantes, fomentar a participação de novos, mas sobretudo publicitar a feira com cartazes, faixas, folhetos, placards, rádio, jornais( no jornal foi com a data errada...) etc.

A autarquia depois do fracasso abrupto do acabar da feira no passado, deveria ter sido mais ponderada, quer na escolha do organizador quer na escolha do local.

Se tivessem criatividade teriam aproveitado o evento na campanha eleitoral, teria sido chamariz bastante se tivesse sido publicitada e nela o povo andasse. 
A entrevista que dei ao Semanário de Viseu na feira da Calda da Felgueira em Nelas em agosto foi aproveitada para a campanha do PS.


Remato o arrozado refutando um ditado de antanho que nada abona esta terra -, julgo neste século XXI caí por terra salvando o rol de lamentos -," Ansião terra de 30 moradores e 31 ladrões"
  • Pois a última foto é notória que nos dias d'hoje tal é MENTIRA-, os penicos estão à janela há mais de 6 meses...

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