quarta-feira, 16 de julho de 2014

Conhecer o Museu da Cidade de Almada

O Museu da Cidade de Almada é um local privilegiado para quem queira interpretar o PASSADO, PRESENTE E FUTURO das gentes que habitaram e na continuidade habitam o concelho-, retrata em hino e glória um povo trabalhador de homens operários e mulheres corticeiras, gente que vivia oprimida de baixo salário sem regalias, que se tornou revolucionário para reivindicar direitos, em eloquente amostragem compilada de fotografias, jornais e entrevistas com gente que recorda esses tempos de fascismo, de pobreza e as suas lutas pelo direito à greve, que eclodiu com o 25 de abril e o 1º de maio de 74 .
Obra “Memorial ao Poder Local” de Rogério Ribeiro, uma fonte revestida a azulejos pintados, com 30 bicas de água, instalada no jardim para comemorar os 30 anos do 25 de Abril.
Uma nota negativa para a alameda de palmeiras, duas já morreram, pois sabendo do bicharoco que as mata ser conhecido há muito, em tempo deveria ter havido sensibilidade e ter atuado na sua preservação com uma escada basculante para serem tratadas...
O mesmo dos plátanos que deverão na altura do inverno ser podados a talão-, sendo mais interessantes a visão estética e não tiram o brilho ao espaço que assim se mostra quase encoberto.Os técnicos da câmara habituados a estes serviços deveriam fazer uma reciclagem em câmaras,(Lousã e Seixal) que tem bons podadores, com isso o aprendizado em podas, e não ver o que se constata, na Escola Anselmo de Andrade, e agora na quina do viaduto do Pragal na subida de transeuntes da ponte, uma oliveira de grande copa por falta de poda em anos anteriores, o foi há coisa de um mês fora de tempo, muito mal, deixando pernadas de largos 30 cm, que deveriam ter sido cortadas como manda o preceito da poda, à face do tronco da oliveira.
O Museu da Cidade de Almada localiza-se na Cova da Piedade, na antiga Quinta dos Frades, que era extensa sendo o limite norte no Bairro do Pombal, e para sul o Parque da Paz ,com grande produção de azeite, parece ainda existe uma roda do primitivo Lagar.
No séc. XIV passa à administração dos Frades predicantes da Ordem de S. Domingos, que entre 1380-1446 constroem o edifício sede da Quinta provavelmente, na, ou próxima da atual localização do Museu.
Do primitivo edifício restam apenas alguns vestígios arqueológicos (séc. XVII, XVIII: tanques, suportes em cantaria, pias, pavimentos de lajedo e tijoleira), postos a descoberto durante as obras de reabilitação da casa para instalação do Museu da Cidade.
Precária publicidade no parque de estacionamento-, que nem a vi, deveria haver nos eixos de ligação nas grandes rotundas do Centro Sul, o mesmo no exterior do gradeamento na entrada, se mostra INEXISTENTE, e na LATERAL na porta do Museu, o que existe se mostra patente em lonas com os slogans publicitários em suporte alto de formato em triângulo, ligado por cordas que ao meu olhar se revela ao estilo "REVOLUCIONÁRIO gasto e cansado por excesso de uso após o 25 de abril" sendo de valor inegável (?) passa a meu ver por isso despercebido e ignorado no passar da mensagem das coleções expostas, assim sendo não se revela apelativo, quando deveria ter essa função, mesmo aos que frequentam a esplanada do café, e aos demais visitantes e circundantes, porque a propriedade é de gaveto -, uns sabem, outros nem querem saber, por falta de incentivo em se engrandecerem, pois é preciso ter tempo para beber tanta cultura -, estímulos que deveriam incrementar a visita ao Museu, de preço 60 cêntimos a entrada, de onde se saí mais rico, por se entrar de espírito aberto em querer ver, conhecer, e deslumbrar, em suma embebedar de CULTURA, e não apenas olhar, sem valorizar o excelente trabalho de amostragem, de riqueza histórica e patrimonial , do seu passado e das suas gentes, já para não falar das instalações ultra modernas, em que só as paredes de fora são antigas, a que acrescentaram um espaço novo em ampliação. Fiquei completamente espantada pela obra de arquitetura e design, com 10 anos a funcionar, apenas os pequenos sofás da receção precisam de ser mudados por se mostrem gastos!
O meu olhar
Rostos de gentes que viveram , E OUTROS AINDA em Almada-, vejam se descobrem a antiga Presidente Maria Emília
“500 anos do Foral Manuelino de Almada 1513-2013”
O Século Ilustrado nº 734 de 26 de janeiro de 1952 cedência de Magda Pinheiro
Excursão da Emídio Navarro 18.03.64 Cedência da foto de Gertrudes Tavares
Oficina de serralheiro mecânicos, anos 50 onde o meu marido tirou o curso
O São João em 50 na Praça da Renovação cedência Estefâneo Barros
Protesto dos Corticeiros junto à cadeia em 1911 na Rua Capitão Leitão cedência Hemeroteca Municipal de Lisboa

Vida rural da vila de Almada velha vista antes de 1907 do Campo de São Paulo onde é o Seminário
Objetos encontrados na Quinta do Almaraz junto do Castelo
Objetos encontrados na gruta artificial do Convento de são Paulo no Seminário
Fonte em ferro forjado anos 30 igual a outros por Almada, esta foi do Pragal
Concursos do vestido de chita organizado por um Jornal Academia Almadense 1954
Coroa da Dama de Honor de Maria Manuela Fernandes que fez a sua cedência e da foto
Produção vinícola em Almada, só conhecia a que não está aqui representada- AREALVA e BENFICA
Fiquei a conhecer o vinho da QUINTA DO POMBAL
Pragal, o casario desaparecido...
Quinta da Alegria a vida de um casal com filhos, o tanque de lavar a roupa
Bairro Amarelo (Pica Pau) a urbanização e o campo no pastoreio
Pescadores viviam em casebres de madeira cobertos a colmo
Bairro da Quinta da Alegria
Lembrar a Escola Primária
O Parque da Paz numa foto deslumbrante
Encantada com os POEMAS
Os livros proibidos, censurados, estrategicamente neste armário antigo guardados que abri para fotografar

Sentada a ver FILMES 

PONTE 25 DE ABRIL desde que foi feita até à inauguração 1966

CRISTO REI 1959

ARSENAL DO ALFEITE 1939

E sobre ALMADA e alguns monumentos 3 mn
Fiquei sem bateria...Amei ter redescoberto o painel a esmo do miradouro do Seminário de Almada que fotografei a semana passada, bem se não é este, é muito parecido porque são vários com caras de anjinhos...
Escapou-me por completo registar a foto da máquina de projetar na entrada que foi da SFUAP e não retive na memória o verso do Ary dos Santos...Graças à cortesia de alguém que fez o favor de o mencionar num comentário , passo a transcrever "A cidade é um poro, um pulmão que respira."
Simplesmente AMEI! Sei vou voltar para um novo olhar!

2 comentários:

  1. O verso de Ary dos Santos é o seguinte: "A cidade é um poro, um pulmão que respira."

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    1. Caro anonymous, muito obrigado pela cortesia da visita e do verso do Ary que vou acrescentar.
      Bem haja
      Isabel

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