domingo, 4 de março de 2018

Alminhas de Vale Perrim aos Empeados em Ansião

Sempre que vou à Mouta Redonda, em Pousaflores,  faço uso da estrada pela serra da Ameixieira, onde me deixo ficar espantada sem saber a razão da toponímia em Ansião andar tão mal atribuída. Não existe placa da Garreaza, nem do Carrascoso, ao que parece tudo por ali é rotulado de Cimo da Rua ...
As Alminhas de Vale Perrim, aos Empeados, antigamente Empojados, a vi prostrada no chão, parece impossível com uma fábrica de sinais e de placas no Camporês ...
As Alminhas ao cruzamento do caminho de Vale Perrim  com a sua capelinha encafuada na berma da estrada, pelo empecilho urbanístico do rasgo da estrada nova que a deixou abaixo da berma, sem dignidade, quando havia  muito espaço para a alargar para a outra berma, deixando as Alminhas desafogadas, mas, não...Apesar do abandono a que foi votada,  ainda assim se mostra bela. Apresenta fachada com Cruz latina ao centro ladeada por pináculos igualmente em pedra . Porta com lintel em meia lua e porta em ferro forjado. Ao lado um muro de sustentação da estrada e o poste de eletricidade, um horror!
Abertura em pedra para a caixa de esmolas
 O interior da capelinha das Alminhas
 Gradeamento em ferro forjado da porta
 
Para não se perderem as memórias dos locais e das suas gentes, deixei o local com uma selfie a testemunhar o património cultural de cariz religioso do concelho de Ansião em pleno caminho de Santiago de Compostela, e antes quiçá romano!
Dois vales Perrim e Penela
O Vale Penela fez parte do limite de divisão de Ansião no Foral de Penela de 1137
Há tempos do lado direito fizeram nascer o que parecia um parque de merendas com mesas e bancos em lajes de pedra, porém virou estaleiro...
O quelho do caminho antigo passa na esquerda das Alminhas seguindo para o Carrascoso , nem sempre limpo, e o devia por ser caminho ancestral de Santiago de Compostela.
Divisão da Freguesia de Chão de Couce com Ansião
Em pressa ia a caminho de tarefas rurais, da limpeza da vinha da Mó, depois de anos em poisio, a deixámos num brinco, depois de várias horas em 4 dias a cortar silvas, vides e parreiras.
Não vimos ninguém em idênticas tarefas!
A vinha da Mó em Chão de Couce em poiso há uns 10 anos e ainda assim em bons anos carregam de boas uvas que se entrelaçam com silvas e  silvão que irradiam pelas vides das parreiras , um Deus nos acuda a falta de limpeza  acrescem rebentos de pereiros bravios, com picos e uma figueira infestante de mil pés, que se alastraram pela nossa fazenda com as hastes das videiras grossas enlaçadas, um horror...
Depois de arrancar muita cepa que trouxe para a lareira da minha mãe, ainda ficaram muitas.
Armada de óculos por causa da máquina, não fosse uma pedra voltar a incomodar-me como já aconteceu com uma vista  e as horas que passei no hospital em Coimbra... Consegui queimar tudo.
O Sr. João Medeiros, sempre gentil e simpático dizia-nos - já vale mais 100 €...
Onde fui pedir água para saciar a sede, pois a bica de uma mina há décadas que desapareceu como o grande tanque de pedra na Mó, pior a fonte em Chão de Couce com letreiro, água não controlada...literalmente suja, não entrei na pastelaria, e decido rumar a  Ansião, foi uma tortura e agonia tanta secura!
De tarde passavam duas belas senhoras, seria mãe e filha em caminhada, muito simpáticas vinham da Pardinheira  para a quinta de Cima e voltavam, fizeram 11 km para abater 500 calorias!
De cabelos alvos, esgadelhados aos vento...
De regresso a casa em plena serra avistei o pôr do sol que por ali é panorama dos mais bonitos

 

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