sábado, 26 de setembro de 2015

Várzea de Aljazede por Ansião a contemplar quiçá sonhar!

Desde sempre me apaixonei pelas vistas para os lados da Lagarteira-, a Várzea de Aljazede, no concelho de Ansião, por se mostrar em jeito de planalto cercada de morros ou cabeços de serranias no tempo habitada pelos mouros que deixaram herança na toponímia, na tez trigueira de alguma das suas gentes e,...
Alguns historiadores aventam ter sido o palco da célebre Batalha de Ourique, que nos anais da história reza outro terreiro, o Alentejo!
Um amigo virtual, CM, assíduo visitante do meu Blog Lérias e Velharias, com quem partilho saberes sobre faiança, homem de bom gosto, adotou uma pacata vila sobranceira ao Tejo, não revelo por respeito, espero que não fique melindrado com a exposição de uma troca de emails, por neles se falar expressamente desta temática, Aljazede -  "Fui a Aljazede muitas vezes porque, como julgo ter-lhe referido anteriormente, um familiar próximo tinha lá um “conjuntinho” daquelas pequenas casas de pedra com eira e tudo. A aldeia é muito pitoresca, em pleno império do calcário, que vem lá desde a Serra de Aires e Candeeiros mas não longe do reino do xisto, com aldeias giríssimas (algumas em estado de abandono) até às faldas da Lousã, para os lados de Pedrogão e Castanheira de Pera, sendo que outras em melhor estado, do outro lado da serra.
Em resposta disse-lhe -, quero falar sobre Aljazede, a aldeia onde foi em tempos e gostou. Pois é uma das minhas preferidas no concelho de Ansião, caricatamente só parei duas vezes para registar fotos, uma junto do cabeço da Ateanha, e outra na na dolina cársica, a que o povo habitualmente chama de Lagoa, sita na várzea, que se encontra estrategicamente defendida a norte pelo morro de Aljazede e do cabeço da Ateanha. Alvitram alguns historiadores que a Ateanha se trata de uma torre de defesa natural. No sopé, o planalto que se estende desde a várzea à vizinha Chã de Ourique, já pertença de Penela, ( o nome Chã ou Chão, é usual nestas terras, em Pousaflores existe a Chã, entre o Furadouro e Lisboinha, e Chão de Couce). Seja a tese defendida por alguns historiadores, como o local defendido do sítio da Batalha de Ourique, e não no Alentejo, como reza nos anais da história. Para mim é um espaço que me dá uma enorme sensação de calmaria, sejam pelos cheiros dos tomilhos e outras plantas campestres que convivem com milhentos calhaus de todos os tamanhos e fósseis plantados a céu aberto pela terra inóspita e seca, num marasmo infinito  e brutal de contrastes, sejam a do casario em pedra de traça tradicional que ainda perdura nas suas aldeias, rodeadas por pequenos montes, alguns em forma de cone pertença do Rabaçal, e por aqui chamados cabeços... Lugares com gente, onde a pedra é rei, se revelam de imagem desértica pela cor enegrecida dos líquenes negros nela agarrados como lapas, paradigma infinito, assombrador, idílico de marasmo, onde me apraz descobrir e sentir o imensamente cru, estéril, sendo que irremediavelmente o sinto belo, enternecedor!."
- "Dei também uma olhadela sobre o seu outro Blog Coysas, Loysas e Tralhas Velhas, não só no Post sobre a Lagarteira (que em tempos visitei) como nalguns outros. Tem uma escrita agradável da qual gosto muito, corrida, sem parar, onde vai debitando sentimentos, ideias, e emoções em turbilhão, sem olhar para trás, até parar para tomar fôlego… e recomeçar." Curiosamente no início  do Blog também outro amigo me dizia o mesmo por outras palavras a clamar o gosto erudito e clássico do glamour estilo barroco : "a escrita da Isabel é como entrar numa igreja barroca, onde se entra e se deambula iluminada pelo brutal  fascínio para se  perder e se reencontrar no fim". Pois são estes incentivos que me acalentam este ânimo em continuar!
Mal se entra na várzea damos conta de uma dolina cársica, nesta época em meados de setembro pela forte secura, quase sem águas.
Mas que no inverno se enche de fartas águas, sendo a paisagem centrada nela, tudo em seu redor se mostra imensamente verde e infinitamente, imensamente belo!
A várzea mostra-se dividida por parcelas, as courelas, muitas ainda persistem no cultivo de vinha, sendo que outras, como esta, se revela um campo ornado a olival e muros de pedra seca, salpicado de vinha em abandono, que o ano lhe correu de feição, havendo cachos de conceito "biológicos"...
Aljazede na minha passagem pela aldeia em andamento
As típicas cancelas de madeira do Maciço de Sicó
Turismo em conceito rural, alojamento Low Cost na antiga Escola Primária de Aljazede  que foi convertida pela Câmara de Ansião, num edifício que se compõe de dois quartos duplos e outro com beliches, além de sala de estar e cozinha completamente equipadas, podendo albergar cada estabelecimento um máximo de dez pessoas.
Capela de orago a Nossa Senhora do Rosário
Largo do Cruzeiro
Casa ainda ostenta na frontaria a placa do telefone público
Na saída para norte, avista-se o cabeço da Ateanha com 422 metros de altitude
A minha primeira vez por terras de Aljazede, no sopé do cabeço da Ateanha,depois dos cinquenta anos, onde apanhei uns belos fósseis.
Ao fundo na encosta a única estrada de acesso à Ateanha
Por aqui a terra de brutal sequeiro distingui um couval de folhas fresquinhas
Olival
Toponímia: ATIANHA OU ATEANHA?
Terra lavrada em algumas courelas é mais cascalho do que terra
Aljazede- Vestígio arqueológico romano no concelho de Ansião

Autor 
Cravo, Manuel Bernardo Pereira Vieira Nunes 
Orientador  Catarino, Helena 
Tipo documento  info:eu-repo/semantics/masterThesis 
Assunto  Arqueologia 
Vestígio arqueológico romano -- concelho de Ansião 
Data Publicação  2010 


Citando " Este local é já referido, em 1957, pelo Historiador Salvador Dias de Arnaut, nascido no concelho de Penela, julgo na aldeia de Cumeeira, extrema com o de Ansião,além de médico, historiador e professor. 
"É descrito como sendo “uma larga várzea muito agricultada”, semelhante ao que encontramos na actualidade. São relatados o aparecimento de vestígios, nomeadamente de período romano. Para além desta manta de superfície é salientada a presença da “Fonte dos Mouros da Ateanha” e do “Poço do Carril”. A importância dada por Arnaut a esta 45 estrutura prende-se com o facto, de este apresentar uma constituição robusta, “com uma escada de pedra até ao fundo” e por se encontrar no seguimento de uma estrada “entre muros de pedra solta”. O topónimo dado a este poço, segundo Arnaut, terá um significado de estrada, ou poderá também significar um caminho, onde só se poderia viajar a pé. Este vocábulo é bastante utilizado durante a Idade Média. Por fim é também referido “um algar aberto na rocha”, a oriente desta várzea, perto da localidade da Póvoa. Entre a Várzea e este último sítio existe um microtopónimo Algar (ARNAUT, 1957, V-VI). José Eduardo Coutinho faz referência ao carácter predominantemente agrícola deste vale e aos vestígios de dominação romana. Também faz alusão à “Fonte dos Mouros da Ateanha” e ao “Poço Carril”. (COUTINHO, 1986, 95)."

“Poço do Carril”. "A importância dada por Arnaut a esta 45 estrutura, prende-se com o facto, de este apresentar uma constituição robusta, “com uma escada de pedra até ao fundo” e por se encontrar no seguimento de uma estrada “entre muros de pedra solta”. O topónimo dado a este poço, segundo Arnaut, terá um significado de estrada, ou poderá também significar um caminho, onde só se poderia viajar a pé. Este vocábulo é bastante utilizado durante a Idade Média.
No Bairro de Santo António em Anião, no quintal dos meus pais, ainda existe a estrutura do poço original com escada em pedra, que foge aos tradicionais em redondo, sendo sob o comprido abaulado dos lados. Assim outro existia no sítio do Intermaché em Ansião, ao tempo foi propriedade da família Paz da vila, o filho, o Artur Paz, segundo o seu sobrinho Renato Paz, este lhe confidenciou que em miúdo o descia pela escada de pedra e andava no túnel, supostamente era uma mina de água (?) ou quiçá o túnel que se especula(?) que faria a ligação do Mosteiro, ao burgo medieval sediado no atual cemitério(?) .Não sei se na Quinta das Lagoas, na Sarzedela,  a mina  que a abastecia  era do género que foi anulada(?) aquando das obras do campo de futebol, espero que a ombreira com a inscrição da data de 17.. não tenha desaparecido! 
"Por fim é também referido “um algar aberto na rocha”, a oriente desta várzea, perto da localidade da Póvoa. Entre a Várzea e este último sítio existe um microtopónimo Algar (ARNAUT, 1957, V-VI).
Apesar de não ter prospectado o vale na íntegra, observei uma grande mancha de dispersão de materiais. Neste, descobri fragmentos de cerâmica comum, tais como: fundos, bordos, asas e bojos. Encontrei também alguma cerâmica de construção, nomeadamente tegulae e tijolo"
"Vasco Mantas alude diversas vezes esta várzea na sua obra "A rede viária romana da faixa atlântica entre Lisboa e Braga". "No trajecto entre Sellium e Conimbriga deveriam existir duas mutationes, e uma das mutatio que desempenharia também a função de mansio, encontrava-se perto da povoação da Póvoa, ou seja, poderia corresponder ao local da actual Várzea de Aljazede" ( o Renato Paz falou-me que o tio Artur Paz de Ansião lhe mostrou em miúdo um troço de calçada romana nas imediações da Constantina ( que hoje infelizmente lhe perdeu o rasto) supostamente digo eu seguiria pelos Netos às Lagoas para descer a Ansião? Mas então de onde vinha o troço catalogado no Vale de Boi na freguesia de Santiago da Guarda que descia ao Pinheiro, Santana e Nabão? Porque a que seguia para Tomar existe um troço catalogado  de calçada na Rapoula, entre a Tojeira e o Pontão na freguesia do Avelar, concelho de Ansião."
"A estrada Olisipo-Bracara, atravessava toda esta várzea e partia também daqui o diverticulum, que seguia por Santiago da Guarda, ( com  um troço catalogado na aldeia de Vale de Boi) e depois se desenvolvia pelo vale do Nabão (MANTAS, 1996, 682). "
Vou voltar  e parar para andar a pé.Voltarei sempre.Por aqui sinto-me rejuvenescida!
FONTES
Dissertação de mestrado de Manuel Cravo.pdf
http://pombaljornal.pt/

Gentes do Cimo da Rua, em Ansião

Em piso da estrada romana com passagem pela vila na direção do sul; Garreaza, Carracoso, Empiados, Casal Soeiro, Mata do Frade, Venda do Negro com derivação para poente pelo Casal das Pêras, Matos, Barranco onde entroncava com a estrada romana/medieval e por fim estrada real para a Escarramoa.

Local desde sempre gostei  pelo carisma das suas gentes.

Rua JERONYMO SOARES BARBOZA 
Filho de Manuel Freyre de São Lázaro e Dona Violante Rosa Soares, nasceu em Ansião a 24 de janeiro de 1737. Recebeu os apelidos da mãe - Soares e do avô materno Barboza.
Teve educação no recém Seminário Episcopal de Coimbra fundado pelo bispo D. Miguel da Anunciação, D. Miguel Carlos da Cunha 16º Conde de Arganil. 
Em 21 de julho de 1768 bacharelou-se em Cânones.
Em 4 de março de 1789, jubilado da cadeira de Retórica e Poética em 23 de Fevereiro de 1790.
Nomeado visitador das escolas de primeiras letras e de língua latina na provedoria de Coimbra em 8 de julho de 1792.
Em 13 de novembro de 1799 era encarregado de promover e dirigir as edições dos autores clássicos para uso das escolas.
Foi editor, comentador, pedagogo, filólogo e professor de Retórica e Poética do Colégio das Artes da Universidade de Coimbra, onde lecionou até 1790.
Faleceu em S João de Almedina , Coimbra a 5 de janeiro de  1816 .


O lamento da violação da placa toponímica de pedra com o nome do batismo, como o deve ser sendo sobreposta há anos  por outra em metal e nome atual. Em agosto de 2019.
Sem olheiro camarário que aprecie a falta de estética,  atropelo à cultura  e de património! 
Ainda não foi retirada  em setembro de 2022, remediando os buracos com pó de pedra.
                            
No limite do Cruzeiro
Porem a rua continua até à rotunda e não tem placa sinalética, reutilizam a de metal e enquanto não fazem novas, remedeia...
Solar da família dos Soares Barbosa
Já o conheci dividido ao meio, a norte viveu Virgílio Courela, a herança era da esposa que era irmã da esposa do "Zé Piloto". De sobrado a contornar o gaveto de belas janelas em avental , a cozinha em chão em laje. Recentemente vendida para albergar uma Residência de luxo para Idosos. 
              
                                  
Casa da Ti Olinda da praça
Teve uma tasca na frente dos paços do concelho e depois entre os talhos
                     
Foto antiga, antes da requalificação onde nasceu uma residencial.
                                             
Na esquerda a casa da Ti Matilde e à frente na direita do irmão o Sr. Armando Coutinho
O Sr. Armando Coutinho tinha um belo macho bem calçado de ferraduras que faziam eco ao passar no alcatrão ao Ribeiro da Vide e antes no maquedame. 
A casa da Ti Matilde, sua irmã, mulher simpática, doceira de mão cheia;  Pão de Ló e Cavacas. 
                
Rua João de Deus
A merecer atenção , devia mudar de nome
Verossímil  aqui passou a comitiva do príncipe Cosme de Médicis vinda de sul  onde pernoitou na Cabeça do Bairro e no dia seguinte a caminho da vila para ouvir missa, em 1669
                  
Casa da família Lima que a vendeu ao Dr.  Abel Falcão
A conheci onde morava o farmacêutico Dr. Botelho. Contorna o gaveto com a Rua João de Deus.

Afila-se a rua defronte do solar dos Soares Barbosa com sucessivo casario adoçado de várias famílias, só recordo; Leal Fonseca, a filha, a Lucinda Fonseca,  que também me fez muitos fatos bonitos, ainda prima afastada. A casa do Ti Abílio Ferreiro, nascido em Além da Ponte.
Acima , mas, à esquerda a casa das manas Orenas,  seguida da casa da modista mãe da linda Helena Coelho, onde me lembro de ir provar fatiotas novas muito bem feitas, uma saia às pregas e um vestido amarelo.

O certo devia ser retificada para Rua da Mina da Garreaza 

Toponímia Rua da Quinta de Trás
Atestada como Rua, quando de facto é um Beco sem saída, quando designação de rua se reconhece como tendo entrada e saída.
Para não se perderem as verdadeiras memórias do passado do chão de Ansião, a designação Quinta de Trás, corresponde a uma toponímia dos finais do séc. XIX, quando foi desirmanada da Quinta do Bairro que se limitava a poente com a estrada real ao Largo do Bairro de Santo António e, a nascente com a estrada romana, reutilizada com a implantação do 2º burgo de Ansião, depois de 1593.
Seguida da abertura de novas acessibilidades; estrada distrital Vieira de Leiria, Pedrogão Grande, conhecida por cá como Pombal/Pontão, ditou a toponímia; Cimo e Fundo da Rua ao cortar a Rua Direita, vinda da ponte para a vila. Como da quelha da Atafona, hoje Rua do Ribeiro da Vide, ( a atafona, pequeno moinho no ribeiro ao fundo do quintal da "Ti Isaura Reala" onde o Ti Miguel, então zelador da Santa Casa, moía o milho para a broa, com ajuda do seu burro ). Nesta quelha fixou-se primeiramente a família do Ti Bernardo Mendes e dos Silva, no Pinhal Terreiro. Depois o Ti Miguel e a Ti Júlia Peleira, finais anos 30, do séc. XX.
Recordo atalhar para o Cimo da Rua pelo carreiro do quintal Ti Bernardo. Num pulo chegava ao castelinho. As gentes do Cimo da Rua, faziam-se chegar à trezena da capela do Santo António, pelo mesmo carreiro, ou ,pelo outro mais perto que vinha dar junto da casa do "Ti Trinta velho" ao largo do Ribeiro da Vide. A denominação Quinta de Trás, foi a quinta comprada pelo boticário Portela, em meados da centúria de 800, ao descobrir o ouro roubado pelos franceses em 1810, que depois a vendeu ao Sr. Chico Silva.

Urge visão de progresso abrir quintais, na ligação do Beco, na chamada Rua Trás da Quinta, do Cimo da Rua ao Ribeiro da Vide.

Onde viveu César Nogueira, com o seu belo varandim em madeira 
Casa construída com o ouro verde do Brasil de Artur Maria Coutinho
Castiça, ao gosto dos novos ricos pequeno chalet
A  casa dos avós das minhas colegas no Externato-, a Odete Mateus e da irmã que já não me lembro o nome, viviam no Marquinho ao cimo da curva da ponte do Nabão.
A  casa do "Armando dos burros" que os transacionava, pai das minhas amigas Irene e Mena.
A  casa onde vivia a "muda" e outras  em ruínas onde viveu gente boa que conheci...

Também ruína
O lintel julgo que teve alguma coisa esculpido...
                                      
Gentes do Cimo da Rua
Vai no tempo a lembrança da "Trezena", o pedido do Terço, na Capela de Santo António no Bairro com o mesmo nome, onde eu morei defronte para o adro, ao toque da sineta se chegavam  a subir a escadaria as mulheres e cachopos vindos pelos carreiros dos quintais em atalho vindos do Cimo da Rua...

Recordo o "Ti Armando dos Burros" e seus filhos: Mário, Irene, Carlos, e Filomena; a bela Helena Coelho; os filhos do César Nogueira; César e Rui ; os filhos da prima do meu pai Clementina e do Albertino; Helena e José Manuel ; a Rosa de marca de nascença na face; os filhos do "José Carretas"; Zé Manel, Fátima, Rosa, Augusta, Luís António e Rui ;os filhos do "Ti Armindo sapateiro" Isabel, Célia, Pedro; a Graciete (Muda); as filhas do Ti Abílio Ferreiro;  Mira , Cinda e Lucinda; a minha mui amiga Luz, com um peito que dava para dividir comigo e ainda com outra; os filhos do "Ti João sapateiro"; António, Adriano e Alfredo; a Manuela que o pai foi peixeiro; os filhos do Zé Piloto; Bina, Fernanda, Fernando; Emília, a avó da "Isaura Reala " a rondar os 100 anos, que agora me falha o seu nome ...E, …

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