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terça-feira, 23 de março de 2010

Feiras de velharias no mesmo fim de semana

O sábado acordou com mau tempo, esperámos que estrebantasse...
Decidimos ir de carro até Lisboa à feira da Ladra para passear onde consigo esquecer-me do mundo, e dos meus problemas existenciais ....emocionais diria.
Estreei-me nas compras com um pequeno barril de barro espesso, escuro a fazer lembrar uma cantarinha muito antiga idêntica à que ficou para a minha cunhada, herança da avó Rosa do meu marido. O vendedor pediu-me 5€, regateei, trouxe-o por 3€.
Comprámos dois relógios, por 3 € cada. Um despertador em inox, mecânico, pequeno, inglês. O outro em quartzo encastrado em suporte de madeira em jeito de imitação de um clássico em excelente estado e a trabalhar, decora a nossa sala por entre molduras antigas e castiçais italianos com estrelícias .
Sob um pano no chão uma imensidão de copos de todos os formatos e cores consegui descobrir um da Vista Alegre grande em tons de rosa. Pena o pé estar brocinado, fez-me um desconto, só paguei 50 cêntimos.Tenho outros exemplares noutras cores fortes, azul petróleo e amarelo quente e brancos claro, de tamanhos diferentes.
O meu marido reparou num bule de Massarelos sem tampa e o bico ligeiramente partido, bonito apesar da decoração "CAVALINHO" que já está cansado, mesmo assim comprou-o por 5€. Decora a nossa sal, pela elegância. Ainda comprei por 2 € um bule das Caldas colado. O vendedor ofereceu-me o açucareiro sem tampa e sem asas. O seu destino vai ser a cozinha velha da casa rural na antiga pocilga em pedra, a que foram acrescentadas as paredes em tijolo, o que lhe confere em 3 delas a graciosidade de parecerem prateleiras dadas pela espessura da parede em pedra. Decidi que a vou pintar nesta Primavera, a parede alta em amarelo forte, assim como as prateleiras e a chaminé, as outras ficam a branco. A decoração da parede amarela será com 3 peças de Sacavém grandes, os chamados pratos do cozido e a panlangana. Todas iguais em branco com símbolos à volta geométricos compradas em sítios diferentes, a primeira adquirida em Algés por 5 €, o último prato em Oeiras por 1€, impecável,o outro não me recordo a feira onde o comprei, mas foi dado com certeza. Acredito que ficarão bem no contraste com o tom forte da parede. Também vou colocar uma prateleira com as peças das Caldas, bules e açucareiros
 ( os partidos e colados, por causa dos ladrões). Noutra parede tenho dois pratos da Cesol com bolinhas em laranja e noutra uma grande travessa da SP de Coimbra pertença do serviço da minha mãe quando se casou, lindíssima,mas infelizmente quando lhe a pedi, ela meteu-a num saco, ao sair de casa para me a trazer encontrou uma amiga no caminho, baixita poisou o saco e a travessa partiu-se. Foi uma dor sem igual, na altura queria fazer uma decoração com a terrina hexagonal e saladeira que me deu há anos e a travessa faria um conjunto vistoso em suportes grandes de latão. Triste, não me quis desfazer dela, está pois na casa rural.
  • Haviam peças magníficas para coleccionadores. Mas não para a minha bolsa. Vi um conjunto de bule,leiteira, chávena com pires e manteigueira da Vista Alegre com florzinhas e os rebordos recortados, tudo por 40 €.
Noutra banca um bule com açucareiro e chávena de Sacavém, muito antigo.Nunca vi nada igual. O bule tipo barcaça romana com rebordos pintados a laranja forte, antiga com ondulados, não perguntei o preço, mas o feirante vende quase por atacado a muito bom preço. Interessante que altera os preços consoante as feiras. Na de Paço d'Arcos já encarece as peças que restaram da feira da Ladra...giro encantar-me com estas pessegadas!
Mais barato mesmo é na feira da Ladra.Também na feira de Oeiras. Bem depende da nossa sorte. Há sempre alguém que quer fazer dinheiro.
  • Já era meio dia não tínhamos apetite. Ainda pensámos por lá comer um cozido. Viemos embora e almoçamos em casa, depois do almoço fomos andar a pé pela cidade.
No domingo fomos até à feira de Paço d'Arcos. Havia muitos feirantes e muita coisa.
Estreei-me com um saleiro, minúscula terrina francesa, peça de colecção. Pena não ter tampa, mas encantadora. Mais à frente dei de caras com um vendedor giraço com óculos à Stallone, e boa voz. Comprei-lhe um açucareiro impecável de faiança de Barcelos e uma flor lindíssima de um discípulo de Bordalo Pinheiro.
Falámos com o Sr Pereira, homem de relógios. Combinámos para levar à próxima feira de Algés um mecânico para encaixar na nossa peça de porcelana.

Deixámos a feira e rumámos até Oeiras. Estacionámos o carro ,fomos andar a pé. Decidimos ir pelo novo passeio inaugurado à um ano até Paço d'Arcos. A brincar fizemos 4 Km2. Havia no ar resquícios de nevoeiro sobre a Trafaria e o farol do Bugio, a brisa do rio fazia-nos companhia com muita gente de todas as idades. O arquitecto apostou no granito com simbiose a xisto.Grandes blocos simétricos a fazer de muros e paredes com portas abertas.Aqui e ali entalhes em xisto, uma graça. Contrastes românticos.
  • Fenomenal amar...é o que apetece, naquele lugar!
Almoçamos no pavilhão junto ao Mc Donalds. Uma dobradinha com coentros.
O repasto terminou com uma fatia de bolo de bolacha com chocolate. Baratíssimo.
Acho que foi o mais saboroso prato de tripas à moda do Porto...muito porque no momento me lembrei do JM. Não é que já me tinha lembrado dele no passeio marítimo, ele que adora o mar, o sol e a natureza..tantas cumplicidades que nós temos.

A caminho do carro, caiam umas pingas grossas de chuva.
Na marginal ao passar pela feira de Arcos, alguns feirantes já arrumavam a tralha. Chegados a casa, ouvimos as notícias.Uma chuvada tinha-se abatido sobre o Cacém.
Do que nos livrámos.
Passei o resto da tarde a descansar no sofá...e a pensar no que não devia!
Nem quis ir a Lisboa esperar a minha filhota que vinha de comboio.
Que má fui. Foi o meu marido buscar os grelos de couve nabo,o bolo dos noivos tradicional e a máquina com as fotos do casamento.

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