Hoje o tema é falar de empresas, enquanto modelos diferenciais no mercado, aleatoriamente apetece-me espicaçar a minha memória sobre o que fui ouvindo :
- Delta cafés
- Empresas asiáticas que exploram a mão de obra em série mui barata
- Comércio Justo
- Empresa que se dedica à construção de casas ecológicas, as minhas preferidas depois das de pedra.
A Delta cafés está sediada em Portugal sendo uma das empresas de grande dimensão e expansão quer a nível nacional quer no estrangeiro.Iniciou a atividade como empresa familiar de cariz tradicional, implantada em pleno Alentejo, em Campo Maior, na terra do seu fundador e presidente o Sr Rui Nabeiro - pelos grandes contributos dados à sua terra e ao País, foi agraciado com a insígnia de Comendador.Rapidamente a empresa cresceu, dando emprego à população local, e não só apostando na expansão, e no desenvolvimento atendendo à escassez de empregos naquela terra. Atualmente a empresa explora novos mercados com outros produtos entre os quais o vinho tendo à frente da nova empresa a bisneta do fundador da empresa mãe.O museu do café, obra de orgulho e de conhecimento para todos aqueles que o visitam, onde se podem apreciar os utensílios usados primitivamente para a torrefacção do café entre outros. Outra área de negócios é a distribuição, com a diversificação de novos produtos.
Felizmente existem mais três ou quatro empresários em Portugal do mesmo gabarito: Sousa Cintra, Belmiro de Azevedo, Américo Amorim.
Apostam no desenvolvimento e tecnologia, empregam muita mão-de-obra, estando à frente de empresas altamente rentáveis que contribuem para o PIB.
Em conclusão são empresas saudáveis para os seus colaboradores, muito estáveis oferecendo muita segurança, respeitando os direitos sociais.
Em contraponto deste estar o oposto nas empresas no Vietname e Filipinas, onde há exploração de mão de-obra barata sem oferta de quaisquer regalias aos trabalhadores. Onde os direitos sociais não existem, os salários são muito baixos, as condições de trabalho são precárias e desumanas. As regras são drásticas e implacáveis. É o chamado terceiro mundo, onde se usa e abusa das condições de miséria da população e onde a agressão aos direitos humanos é uma constante na pressão exercida sobre os trabalhadores.
Analisando este péssimo estar em pleno século XXI, com o cumprimento das Normas da Comunidade Europeia, e o fenómeno da globalização, já era tempo que alguma coisa mudasse, na maioria de empresas a nível mundial. Se os empresários não alterarem as condições de trabalho dos seus empregados, então deveriam ser supostamente os seus grandes clientes como a Adidas, Nike e outras, os primeiros a exigir que, se não fossem revistas as condições dos direitos humanos e sociais dos trabalhadores, deixariam de importar os seus produtos. Esta a minha análise, de uma forma crítica e objectiva, sobre os tipos de organizações empresariais focadas no texto. Por analogia, são evidenciadas substanciais diferenças relativas aos direitos humanos e laborais.
Quanto a mim, o consumidor pode e deve condicionar a facturação das empresas, optando por escolher as que evidenciam responsabilidade social. Hoje em dia existe uma diversidade de oferta na relação preço qualidade, e o consumidor mais atento deve proceder à escolha não adquirindo produtos de marcas de Países que não respeitem os direitos laborais e humanos. Dessa forma se todos nós tomássemos posição em relação às empresas padronizadas no âmbito dos direitos laborais e humanos, aumentaria o número de vendas. Ao invés, empresas que não respeitam os trabalhadores nem as suas condições sociais laborais, as vendas forçosamente baixariam. Estas empresas teriam de tomar medidas cautelares privilegiando regalias aos trabalhadores para não verem os seus lucros baixarem, sob pena com possíveis falências.
Falar de Comércio justo (Fair- Trade em inglês) que é um dos pilares da sustentabilidade económica e ecológica.Trata-se de um movimento social e uma modalidade de comércio internacional que procura o estabelecimento de preços justos, bem como de padrões sociais e ambientais equilibrados, nas cadeias produtivas.
A ideia de um comércio justo surgiu nos anos 1960 e ganhou corpo em 1967, quando foi criada, na Holanda, a Fair Trade Organisatie. Dois anos depois, foi inaugurada a primeira loja de comércio justo. O café foi o primeiro produto a seguir o padrão de certificação desse tipo de comércio, em 1988. A experiência espalhou-se pela Europa e, no ano seguinte, foi criada a Internacional Fair Trade Association, que reúne atualmente cerca de 300 organizações em 60 países. O movimento dá especial atenção às exportações de países em desenvolvimento para países desenvolvidos, como artesanato e produtos agrícolas. Em poucas palavras, é o comércio onde o produtor recebe remuneração justa pelo seu trabalho. Alguns países têm consumidores preocupados com a sustentabilidade e que optam por comprar produtos vendidos através do comércio justo. Esta opção ética tem permitido aos pequenos produtores de países tropicais viver de forma digna ao fazerem a opção pela agro ecologia, como agricultura orgânica. O comércio justo não é mais do que uma parceria entre produtores, vendedores e distribuidores que trabalham para ultrapassar as dificuldades enfrentadas pelos primeiros, para aumentar o seu acesso ao mercado e para promover o processo de desenvolvimento sustentável. O comércio justo procura criar os meios e oportunidades para melhorar as condições de vida e de trabalho dos produtores, especialmente os pequenos produtores desfavorecidos. A sua missão é promover a equidade social, a protecção do ambiente e a segurança económica através do comércio e da promoção de campanhas de consciencialização.
Escolhi falar da empresa Arestal Rústicos
Fundada em 2003, por Miguel Costa que já se encontrava ligado ao sector da madeira há 27 anos e localiza-se em Sever do Vouga.
Dedica-se exclusivamente ao fabrico e comércio de móveis rústicos, uma escolha que não foi feita ao acaso. Trata-se de um nicho de mercado, sendo a empresa constituída por capitais europeus. Dotada de uma equipa jovem e dinâmica, rapidamente a empresa se implantou no mercado. Iniciou a sua actividade com produção, importação e exportação de mobiliário, tendo como principais mercados Portugal, Espanha e Angola, mas rapidamente alargou as suas áreas de negócio. Agora, para além de mobiliário, a empresa produz e edifica casas e estruturas em madeira; Produz e comercializa madeiras destinadas sobretudo à construção civil, indústria de paletes e embalagens, indústria de mobiliário e de celulose. Baseada numa simbiose de qualidade e durabilidade dos seus produtos, a empresa proporciona aos seus clientes as melhores soluções e tem alargado a sua área de actuação.
Os seus produtos já se encontram nos continentes Europeu, Africano, Americano e no Médio Oriente. Por diversas vezes destacada em algumas das principais publicações do sector a nível internacional, tem sido definida como sendo uma empresa dinâmica e organizada no seu funcionamento. Participou nas principais feiras Europeias do sector, ampliando o seu mercado até à Europa de leste, América do Norte e Emirados Árabes Unidos (Dubai). Durante a apresentação dos seus móveis ao mundo, apostou no contacto com arquitectos e decoradores, responsáveis por projectos turísticos, que ficaram fascinados com a linha rústica produzida pela empresa. Fruto desses contactos, a empresa mobilou inúmeras casas de Agro-turismo e Turismo Rural, Aldeias Turísticas, Herdades em Portugal, Açores e na Galiza. Tendo como objectivo aumentar a sua competitividade no mercado mundial, a empresa passou a produzir a sua gama de móveis em kit no Brasil. Para além dos seus modelos, a empresa produz outros modelos para vários distribuidores Europeus e Norte Americanos. Com o conhecimento do mercado brasileiro, a empresa ampliou a gama de produtos, tendo iniciado a produção, comercialização e edificação de casas em madeira exótica (proveniente de abate legal e controlado). Dado que em vários projectos a utilização de madeira exótica não é permitida, a empresa começou a construir com madeira de pinho. A empresa criou condições para fornecimento de madeiras exóticas de qualquer espécie (sempre provenientes de abate legal e controlado), tanto em bruto, como transformada (soalhos, decks, lambrim, etc.).
Para além de madeiras tropicais, a empresa fornece madeiras provenientes de reflorestação (pinho e Eucalipto), em bruto, transformada, e tratada.
O conforto, a qualidade de vida e o retorno à natureza são preocupações importantes na escolha de uma nova casa; se a isto aliarmos o facto destas construções serem substancialmente mais baratas e de construção rápida, hoje em dia são uma opção credível. A ecologia e o respeito pelo meio ambiente preocupam a maioria dos cidadãos.
Entre todos os materiais de construção, a madeira é natural e renovável.
O processo de transformação da madeira para a sua utilização em construções é bem rápido, e necessita de pouca energia quando comparado com os métodos de obtenção de outros materiais.
Uma casa Arestal Rústicos é uma casa que respira.
A madeira absorve e expulsa a humidade, e desta forma ajuda a regularizar a humidade no interior. Com isto, contribui na prevenção de doenças de reumatismo e problemas respiratórios, filtragem e purificação do ar. Além disso, o campo bioelectrico natural da madeira proporciona um estado de equilíbrio no corpo humano.As propriedades acústicas das casas são óptimas. A madeira absorve as ondas que recebe, criando um ambiente silencioso, o que contribui para reduzir o stress dos seus moradores. A organização estrutural do tecido da madeira retém pequenos volumes de ar no seu interior, impedindo a transmissão de ondas de calor, ou frio. Desta forma, a madeira apresenta-se como um isolante térmico e acústico natural. Contrariamente ao que muitos pensam, a madeira é um excelente material de construção, apresenta uma relação resistência/peso mais favorável que o aço ou betão.Também se pensa que as estruturas de madeira duram poucas décadas!
Nada disso!A sua elevada resistência proporciona construções com uma esperança de vida superior a 300 anos.(Na Finlândia pode-se encontrar igrejas de XVII e em Espanha edifícios do século XIII).