A toponímia atesta fartura de águas sulfatadas calcárias, provenientes da Ribeira de Arroios -, o Regueirão dos Anjos, descia o vale ao Intendente, Rua da Palma e desaguava no Rossio, supostamente afluente dum braço do Tejo.
Regueirão dos Anjos, no tardoz do Banco de Portugal, na Rua Frei Francisco Foreiro, descobri mais uma brutal chaminé, segundo informação de uma leitora Manuela Mendonça que passo a citar:
"No Regueirão dos Anjos a brutal chaminé era de uma metalúrgica muito antiga chamada "Fabrica Portugal" clique no link e verá a história da fábrica. Onde hoje é o Banco de Portugal eram os serviços administrativos e loja da Fábrica. http://restosdecoleccao.blogspot.pt/2013/07/fabrica-portugal.html "
Não deixa de não ser interessante a casualidade do nome da antiga fábrica (Portugal), produtora de camas de ferro, ainda tão vivas na mente de muitos de nós , entre outros produtos para o consumidor , no mesmo local da escolha para a construção do Banco de Portugal.
Rua Passos Manuel
Fachada de um prédio com falta de azulejos, tendo sido em parte outros, mas repostos a esmo...
Pequenos jardins junto do pé das árvores que deveriam ser bem podadas e não as deixar crescer em altura...
Grande probabilidade destes belos azulejos relevados em verde serão fabrico da Fábrica do Desterro(?).
Jardim Constantino-, em homenagem a Constantino José Marques de Sampaio e Melo, um dos maiores floristas de Portugal, conhecido por Rei dos Floristas.Este jardim possui uma árvore única em Lisboa, a Melaleuca styphelioides Smith, vulgo árvore-papel.Jacarandá ainda com cachos floridos em cor de alfazema
árvore da borracha
Possui também, num dos seus canteiros, uma estátua de Prometeu.
Deixei o jardim para me sentar numa esplanada de uma pastelaria, porque o Vicente adormeceu, e claro aproveitei para devorar uma bola de Berlim, já tinha nas pernas uns 6 quilómetros aviados, por causa da greve do Metro.Regalei-me com as calorias!
Neste compasso de tempo não pude deixar de apreciar um homem na casa dois 70 anos, bem vestido, em constante vaivém na calçada, sempre a falar ao telemóvel, para cima e para baixo, num entra e sai; da pastelaria e da farmácia, cariz carregado e visivelmente nervoso-, às tantas deu para entender a suposta aflição de conversa com o gestor de conta, para venda de ações (?), dizendo-lhe "o BCP està a subir 0,1 é uma merd...mas não deixes de estar em cima"...
O Vicente mal acordou , de novo nos pusemos a caminho a calcorrear o desconhecido...
Nesta casa a falta de reboco evidencia a existência de arcos revestidos a cerâmica doutra estrutura antes do terramoto? Ou após , tendo sido amputada para rasgo da rua(?)
Na procura da Rua de Santa Bárbara, nomeadamente de um palacete propriedade da câmara, que ouvi dizer foi uma pechincha (?) por ainda nele morar um inquilino, no âmbito do projeto Recria, compra e paga depois, supostamente adquirido por pessoa hoje sobejamente conhecida no meio político, tendo iniciado o mercado de trabalho, como bengaleira, em clubes no Bairro Alto.Foi-me informado que seria perto de uma Embaixada, sendo este defronte da Embaixada Italiana, poderá ser este?
Rua de Santa Bárbara do lado da árvore, tudo me pareceu em brutal degradação, o muito casario velho por reabilitar, outrora teria sido quiçá bucólico (?) pelo mote dado pelo terrado do largo debruado a varanda em ferro forjado, que o liga à rua e ao que resta da fiação. Ora tenho de voltar para mais descobrir.
Descobri o que resta de uma fábrica, julgo!
O sol sentia-se forte, hora de voltar a casa.