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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Comprar casa antiga, remodelada...os quês e os porquês!

Vive-se um tempo sem fim à vista de austeridade.Fazer aquisições, comprar - deve ser encarado como um ato  ponderado, seja pela fragilidade profissional seja pelo crédito bancário restritivo.
Há exceções. Comprar a pronto pagamento, nos limites da razoabilidade!
Só tenho uma filha. Maravilhosa, doce, inteligente, linda,a melhor filha do mundo. Merece tudo, porque tudo o que tenho é para ela. Vive numa mansarda  alugada, pequenina, sem espaço para guardar o edredon...
Entre o alugar outra casa maior - surgiu o pensamento de comprar, juntando as economias de uns e de outros, porque as poupanças dela são na verdade a fatia maior - consegue-se encontrar uma casinha remodelada em Lisboa até 120/130.000€.
Último sábado dia de visita. Escolheu uma casa que tinha visto com o namorado. Adoraram, apesar de alguns "senão". Há sempre coisas que não se gostam, a ideia é contrabalançar e, decidir em rigor.Aceitei o convite com o pai para novamente a acompanhar e ajudar na escolha.Fomos mais cedo, a pé demos uma caminhada na zona para conhecer o local, seja na frente e nas traseiras.
Casa bem situada no Areeiro.Razoável parque de estacionamento na envolvente, ainda um quintal de 40 metros, aliciante com churrasqueira.
As nossas más impressões: Afinal não são 40 metros mencionados na publicidade, isso, é o total dividido por o 1ºandar o que equivale dizer 20 metros para cada inquilino, isso sim, um erro crasso por parte da imobiliária, haveria de encontrar mais!
Prédio edificado na década de 40, na frontaria nas águas furtadas fizeram duas marquises em alumínio - desenquadradas, descaraterizam a fachada do prédio.Na frontaria a multiplicidade de fios dos TLP embrulhados , desalinhados em barriga, coisa que se vê em bairros de lata...um horror!
Escada interior apertada com implantação de escada rolante para transporte de deficiente, atrapalha e um perigo para crianças.
Constatada a alteração do fornecimento da eletricidade através de um cano largo a contornar a escada  sem qualquer sentido de estética, desagradável à vista.
Contadores de água, luz, gás dentro da habitação. Deveriam pedir autorização às entidades competentes para a sua deslocalização para o hall da escadaria - como é obrigatório, sendo que as novas instalações se estendem pelo chão do corredor por cima do soalho antigo - ficam assim escondidas debaixo do novo soalho em ripas de madeira de pinho - chão flutuante tipo plástico - com um desnível de 10 cm  de altura em relação ao primitivo, notando-se na varanda.Pior, não há planta da distribuição das redes, se houver uma rutura, na pior das hipóteses tem de se levantar o chão...remodelação de paredes em pladur, existem no mercado dois tipos de placas de gesso cartonado, o normal em branco e o hidrófugo em cor esverdeada.Desconheço a resistência de um e de outro, qual o mais resistente à humidade a ser utilizado em instalações sanitárias e cozinhas e o outro, dito normal, o branco no resto da casa.Fiquei sem o saber. A mim o pladur pareceu-me todo igual numa cor acinzentada.
A sua utilização nesta casa retira à metragem inicial qualquer coisa aproximada de 20 metros, mais coisa menos coisa, ou seja uma casa dentro de outra casa, forrada a pladur, um caixote dentro de outro...
Na publicidade focava a orientação solar como sendo nascente poente - a mais apelativa, na verdade trata-se de norte, sul -  inevitavelmente nos desagradou profundamente, a cozinha e o quintal - afinal as zonas de lazer não vêem o sol.Apenas uma nesga durante minutos, de inverno deve ser de fugir!
No quintal do prédio seguinte um grande pinheiro nórdico que não sendo limpo há muitos anos, os ramos secos vêem-se das janelas e, os altos enegrecem o prédio nas traseiras, quando faz vento deve assustar!
Pior, as canalizações antigas em cerâmica apresentam fraturas, no futuro transpiram humidades para o pladur, as águas das cozinhas seguem por canalizações exteriores ao longo da fachada do tardoz do prédio, e adesivos publicitários na porta de entrada - "Desintop" e outros, são prova de constantes entupimentos que deixam a pensar!
O andar ao lado já reabilitado, moderno a branco, a sala com paredes em mosaico espanhol a imitar pedra, bons pormenores estilísticos, graciosos,mas...conhecendo " in loco" como se faz a remodelação deixa qualquer pessoa de bom senso a pensar e com dúvidas plausíveis que a levam a não comprar "gato por lebre".

Estamos no século XXI. Estas casas antigas foram construídas em tabique e tijolos de cinza que imitam os de fibro cimento, na zona da cozinha as placas são frágeis onde a cal é predominante. Este tipo de casas ao serem remodeladas deveriam estar sujeitas a vistorias camarárias e também das entidades dos serviços fornecedoras:água;luz e gás.Estão. Só que os remodeladores por falta de trabalho na construção fogem a licenças e demais encargos, para ganhar mais. É inadmissível a canalização não obedecer a normas modernas de segurança, nomeadamente na modalidade de "bicha" isto é, a existência de uma ou mais caixas que em caso de rutura, o cano é substituído sem estragar absolutamente nada. As paredes sendo todas em pladur, frágeis, não suportam grandes pesos de quadros por exemplo.
Outro fator negativo é a grande carga térmica que estas casas tem. Em caso de incêndio arde todo o prédio (?)quem suporta os custos?
Também em termos de seguro multiriscos uma casa nestas condições paga muito mais do que se tivesse placa em cimento.Outra nota importante é saber se os vizinhos tem seguros atualizados de responsabilidade civil
Quem suporta as despesas  de responsabilidade civil em caso de incêndio ou ruturas, se não houver seguros?
Também é pertinente neste caso ter conhecimento prévio do vizinho que limita o muro do quintal, no caso um baldio, saber se é particular ou camarário e se existe viabilidade de construção ou outra no futuro.
Outra coisa que me apercebi. Pertinente: o construtor encarrega-se de alindar a escada e as fachadas, isto a meu ver para compensar os inquilinos do transtorno da obra - no fundo de os comprarem- assim não os denunciam com a falta da licença de obra às autoridades. Aceitam a ilegalidade a troco de alguns melhoramentos - porque na verdade não tem dinheiro par os suportar.
Deste modo se vive neste país à beira mar plantado...
Subornos, compensações, compadrio, pagamentos...para fazer calar!

Portanto fica o alerta nem tudo o que se vê luz oiro. As aparências iludem. Não comprem bonito sem conhecer o que o pladur esconde.
Também alerta para sites de bancos que fomentam a compra com a análise do índice de avaliação do imóvel...tretas - os valores correspondem ao que eles colocam no software  alusivo ao prédio...inevitavelmente o metro quadrado sai ao preço que lhes convêm para dar certo no preço final que pretendem vender...
Anda meio mundo a enganar outro meio. Há casos de vendedores "espertos" arranjam a fachada do prédio - os olhos também comem, esquecem-se contudo do tardoz:das escadas de emergência em ferro forjado, obsoletas, podres e muros a cair dos quintais, do telhado, da conduta da água se é de origem ou foi substituída, se existe administração do condomínio, qual o valor.


Não se deixem enrolar e enganar. Podem ser novos mas não sejam tolos.Peçam ajuda aos pais que podem ajudar a ver pontos de vista que a gente nova pode passar despercebida. Ninguém nasce ensinado. Só se aprende com os erros ou se formos alertados.
Cuidado com prédios com mais de cem anos,bonitos por fora a cair de velhos por dentro ainda obras e paredes deitadas abaixo sabem lá (?) alguns o que são paredes mestras...vejam as rachas nas paredes - a cedência resultante das alterações dos andares remodelados!
No caso de interesse de compra não deixem de consultar a caderneta predial e fazer valer os vossos direitos.
Perguntem sobre tudo o que achem estranho.Alguns vendedores  "afiambram-se aos sótãos" -interesse de o vender aos condóminos do último andar - para fazerem duplexs e desfrutar de vistas deslumbrantes sobre a capital...sendo este - o sótão -  uma parte comum de todos os condóminos a partir do momento que legalizam o prédio em propriedade horizontal, tal e qual o mesmo das caves - partes comuns do prédio com acesso pelos quintais de outros...coisa que faz pensar - o que deveria ser feito? Uma boa sala de condomínio e outra de arrecadação para ser utilizada pela senhora das limpezas.Se o dono quer vender o sótão que seria de todos é justo que seja sincero e dê contrapartidas ao comprador e,não tente por-lhe areia para os olhos...auscultem e não aceitem aquilo que o vendedor diz e teima afirmar..." só vendo se assinarem um papel por causa do sótão..os outros já assinaram...". Isto considero uma afronta, fazer das pessoas parvas!
Na realidade ele - o ganhador do negócio neste tempo de recessão e crise. O novo comprador se tiver um problema à posterior e o quiser vender apesar de remodelado...vai ver-se aflito, a casa continua a ser velha a cada ano que passa...em pouco tempo chega aos 150 anos!
Cuidado com as partes comuns - sobretudo se o acesso não é direto e tem de invadir a casa alheia de outro condómino...imaginem alguém se lembrar de fazer uma festa na parte comum - toda a gente entra e sai pela casa do vizinho do r/c ou da cave que lhe dá aceso. Resolvam antes de comprar. Exijam legalidade para o vosso lado.Não me digam que gostariam de ver a vossa casa invadida de gente num entra e sai para usufruir do quintal que é de todos...mas só um tem livre acesso.

Exijam os vossos direitos -não assinem contratos só com obrigações! 

Os construtores compram andares e prédios a preços da uva mijona. O valor matricial é francamente irrisório - casos de herdeiros cheios de dívidas que vendem ao desbarato -com pouco dinheiro e alguma criatividade fazem maravilhas que deixam qualquer pessoa verdadeiramente encantada -o pior são as entranhas. O construtor, ele sim - o ganhador deste negócio, meio por meio,tal como o herdeiro direto do avô ou bisavô que no inicio de 1900 com os lucros de fabricas - conservas, cortiça, tecelagens e outras - construíram metade de Lisboa - pior é se o novo comprador tiver necessidade de ter de o vender à posterior por qualquer emergência...andares com mais de 100 anos...o lucro - esse foi ganho na última venda - onde está a fiscalização desta nova modalidade, a remodelação de casas antigas??? na gaveta por certo e não deveria!

Nunca em Portugal houve tanta gente estudada.No entanto é drástico apreciar que pouco ou nada sabem mandar,orientar,exigir fazer bem feito ou tomar medidas preventivas nas empresas que dirigem, isto porque entregam as obras a sub empreiteiros que por sua vez as entregam a terceiros e assim os serviços são feitos por gente que vai aprendendo, sem especialidade,mal remunerados tão pouco são conhecedores das regras de conduta sobre serviços, de estética nada sabem, nem tão pouco se interessam. Ridículo é ver um trabalhador a laborar em plena via pública, o menos qualificado na obra, à volta dele uns 4 a 5 doutores "gajos",um técnico, um paisagista, um arquiteto, engenheiro ou,...todos a olhar para o trabalho do operário,sem fazer nenhum, pior não sabem mandar,coitado do operário deve sentir-se mal a trabalhar sobre o olhar deles, eu sentiria!

Basta de pagar altas faturas de despesas domésticas. Estas empresas auferem grandes lucros anuais,  é imperativo que haja leis que punem serviços mal feitos, inestéticos de cabos e mais cabos enrolados em barriga presos e mal presos a postes, postaletes e em casas que desvirtuam as fachadas que deveriam ser agradáveis de olhar, afinal a nossa casa, mora ali e, não olhar o céu para só ver fios pretos desalinhados a atravessar estradas...
Vive-se um tempo de dizer basta, de continuarem a deixar roubar energia a torto e a direito em bairros desfavorecidos e noutros, sem nada ou pouco fazerem, quem se habitua a roubar, rouba toda a vida...então roubamos todos...é o que nisto vai dar dia menos dia, estamos alguns, a maioria, fartos de pagar a tempo e horas e a ser mal tratados.Pensamento que deveria deixar a pensar qualquer pessoa sensata. Neste país há multas para tudo e mais alguma coisa, comessem a multar estas empresas , obriguem-nas a repor a dignidade dos cidadãos que pagam e tem direito de exigir, tem direito a ter fachadas limpas sem fios a torto e a direito.
Porque razão não há parcerias entre as empresas para a instalação subterrânea dos cabos,  horrível ver os postes da EDP, ao lado os de madeira mais baixos da PT...é simplesmente horrendo.

Tem de haver mais preocupação pelos direitos do cidadão. Deveria!
Mas este país tem sido governado por "conas de sabão" que só olham para os seus interesses,dos seus familiares e amigos.

Procura-se com muita urgência uma mulher de "colhão preto" para endireitar o País. Praticar afincadamente a abolição da conduta de "cunhas",exigir segurança e atitude nas decisões, obstinada em mudanças fulcrais,defensora dos direitos do povo numa justiça igual para todos numa fiscalização empenhada a "ferro e fogo" em todas as áreas, pôr a banca no seu lugar, não a privilegiando mais, exigir rigor  na magistratura, alterando significadamente leis, abolindo outras, assim como normas processuais de recursos que só empenam o sistema,favorecendo quem tem dinheiro, criar mais trabalho para todos, não fazer o que se tem feito...dar cabo das empresas que se mudam para países mais favoráveis para isenção ou menor percentagem de impostos, e outras que não se instalam por as leis e as exigências serem desfavoráveis.

Mudar, é urgente para Portugal!
O nosso rumo para seguir a linha do progresso é deixar de assistir à fuga diária de cérebros para o estrangeiro, afinal estudos pagos pelos impostos da maioria de nós.
O governo tem falta de gente pensante.Desde o 25 de abril que as escolhas são feitas na maioria na hierarquia do partido, antigas namoradas, amigos e cupinchas de última hora... 

Prefaciando a minha avó materna Maria da Luz...onde estás tu Mulher que tanta falta nos fazes para pôr este País na linha!!!


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