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quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Caos na urgência da Maternidade Alfredo da Costa

A minha filha chorava...Vesti-me de cabedal para enfrentar a chuva, apanhei o primeiro transporte que passou a caminho de Lisboa. No autocarro já na ponte reparei que no chão estava uma moeda de um cêntimo... pensei em o apanhar, porque nunca desperdicei dinheiro. Ao apear-me na Praça de Espanha, não só apanhei o cêntimo, como outro, que no entretanto vi um nadita à frente. Parti na direção do metro satisfeita com dois cêntimos no bolso...sob constante chuva a olhar para o chão e a fugir das torrentes de água de sarjetas entupidas sem escoamento...Na estação do Marquês de Pombal , vi mal  as indicações e claro fui parar ao Rato...Ao sair da estação pelo Centro Comercial senti-me perdida, ao meu redor dei conta de uma  uma imensidão de prédios novos, de fachadas  arrojadas, amarelas e,...Atónita, não sabia o "norte" para onde ia... Afinal estava no tardoz do Hotel Sherton...As urgências da Maternidade são na lateral -, exíguas, com sala de espera diminuta, quase sem condições, só umas cadeiras, no pior apenas uma casa de banho para os dois sexos-, aberração constatar que aos dias d'hoje, sobretudo nos edifícios públicos, nomeadamente nos de saúde, já deveria ser bem diferente -, utilização = desinfecção
  • Imaginem um local com grávidas, muitas com infecções urinárias, a fazer uso da única instalação sanitária. Cúmulo dos cúmulos!
Após a triagem, as grávidas sempre com prioridade, sobre os outros casos também de grávidas...Mas dentro de portas, parece se esquecem do 2º grupo...
  • Pois deveria haver mais cuidado no deferenciamento, prioridades, sobretudo não se esquecerem das utentes na sala de espera!
Sendo que as grávidas que entram em final de gestação merecem muita atenção, as outras também grávidas, mas ainda em fase de gestação também não deveriam ser descuidadas, umas com dores de rins, hemorragias, valores de tensão alta, diabéticas e,...
  • Sobretudo quem aguarda resultados de análises clínicas -, ontem dei conta de esperarem mais de quatro horas duas utentes...Inexplicável quando no laboratório a uma deram uma hora de espera, e a outra duas...Afinal esqueceram-se das grávidas...Inadmissível!
  • A Maternidade continua a servir uma faixa de mulheres  que vive sem  acesso a seguros de saúde, com isso apresenta um vasto leque vindo de bairros da periferia que denotam pelo palavreado, pouca cultura -, mas também constarei haver um público instruído, com habilitações e responsabilidades no trabalho .
Exposto isto foi perfeitamente estendível que o pessoal  da MAC não se requalifica no tempo (?) ou sim -, mas continua a atuar como se não desse importância à  reciclagem para mudança de atitudes  e preceitos devidos no acolhimento -, que quanto a mim peca por falta de eficácia pela aparente frieza, até violência nas atitudes, agressividade nas palavras, fazendo crer que  consideram  as grávidas como se fossem "carne para canhão"...
  • Ora aqui na MAC deveria haver um acolhimento de excelência -, porque aqui nasce vida -, por isso se devia pautar por ser um ambiente calmo, de atendimento personalizado e mui profissional.
Notei que os acompanhantes das futuras mamãs-, sobretudo os homens revelam nervosismo e inexperiência, parecem "baratas tontas com os sacos pelas mãos..." Não basta o que trouxeram de casa com a roupa para o bebé, ainda carregam outro, depois das mulheres entrarem são despidas, tudo é posto num saco opaco branco . Seria importante haver um espaço com armários onde os pudessem guardar.
  • Após a triagem se mostra fria, de ar ríspido, sem humanismo, atendendo às fragilidades demonstradas das utentes que aqui chegam cheias de dores e com muito sofrimento -, ainda há pessoal de enfermagem que  denota falta de cariz ético e profissionalismo para com elas -, queria ver se fosse uma filha delas a aparecer de imprevisto, pela certa mudavam logo de atitude! 
  • Sobre este alerta de ineficácia devo acrescentar que nos últimos 10 anos tenho tido um olhar positivo sobre a saúde pública, constatando uma evolução no Centro de Almada onde tem sido evidente as melhorias, seja no atendimento, seja do médico de família e pessoal de enfermagem, sobre isto nada a recriminar.
  • Há que admitir que há substanciais mudanças. Mas nem em todos os locais, o que se lamenta.

Acho muito bem que a Maternidade Alfredo da Costa feche, mesmo remendagem de obras, as instalações estão obsoletas, de poucas condições, julgo apenas a sala de partos se mostra nova. E se faça uma unidade de raiz materno infantil como já existe no norte, onde as parturientes devem ser acolhidas com respeito, atenção e dedicação que todas sem exceção, merecem. Uma valência de melhores condições para os utentes, onde todos, mães e bebés,  possam ser  bem tratados em tempo útil por pessoal profissional. Sobretudo que queiram voltar e passar palavra que vale a pena, porque é tudo bom e seguro!
Seja no Banco de urgências, como na sala de partos há testemunhos de ali acorrerem  mulheres com hemorragias espontâneas a ser tratadas junto de outras que decidem abortar com idade na casa dos 30 anos -, idade mais do que suficiente para saberem se querem ter filhos, ou não, e como os evitar. E o povo a pagar!
  • Incompreensível nos dias d'hoje. Agora uma coisa senti que existe-, SEGURANÇA! 

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