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quarta-feira, 29 de maio de 2013

Escampados e Costa em Ansião os Lugares emblemáticos da minha infância

Há poucos anos encontrei um caminho lajeado numa das minhas caminhadas com a minha irmã a caminho do Marquinho do lado direito à saída do Escampado de Santa Marta, talvez o mais provável eixo da estrada romana vinda de Santana que na minha teoria passava pela Lagoa do Castelo” para aqui a  poente me deixar perplexa, seria por aqui ou por Santa Marta? Tantos indícios de suposta calçada romana num círculo restrito de quilómetro sem dúvida alguma, algures passou a via romana nos Escampados …
 Rasto de lajeado na Lagoa do Castelo
Lagoa do Castelo
 Escampado da Lagoa
 Estrada do Escampado de S.Miguel

“Achadiços”que  nestes Lugares encontraram abrigo...

O “Pelaralho
”…
Homem baixote, esfarrapado, atoleimado filho duma irmã do meu avô Zé Lucas da Eira da Pedra vivia de esmolas . Chegava-se ao Correio velho e dizia para a minha mãe ó pima a minha mãe coitada envergonhada, à escapadela dava-lhe dinheiro para o ver sair dali…quando havia casamento nas redondezas entretia-se a fazer rocas com espigas de milho para oferta aos noivos, parava muito na Marzugueira de onde devia ser o seu avô…
O Mota fazia-se anunciar ao som inconfundível da sua gaita-de-beiços, de quando em vez aparecia uma freguesa que na mão trazia uma faca, navalha ou tesoura que amolava no esmeril assente na bicicleta, ainda concertava varetas dos chapéus e desenrascava-se a pôr “gatos nos alguidares. 
Conversas que me ficaram desse tempo de ouvir a minha mãe a perguntar à minha avó Luzoh mãe o Mota veio cá arranjar o alguidar?” Responde a minha avó “veio, veio, o filho da mãe levou-me vinte e cinco tostões”. Ripostou a minha mãe” à pois, vinte cinco tostões e o “ cu” cheio de vinho”… Replica a minha avó,”…”não filha, hoje não tinha cá nada para lhe dar”…

O“Graxa
Vivia de engraxar sapatos, também se desenrascava a pôr gatos, com ele aprendeu o ofício o Eduardo Cotrim em garoto, que me disse ”acertava no 1º buraco com o fuso artesanal que girava e no 2º tinha vezes que não” falou-me das cordas que em arco faziam girar o ferro afiado a fazer de broca para  o abrir para enfiar o gato em ferro -,  "levavam 2 tostões por cada um”…em baixo foto do instrumento em madeira com extremidade em ferro para furar a faiança ou cerâmica para depois se porem os "gatos"
Fuso em forma cónica foi talhado à navalha.
Vezes que parou ao muro da casa dos meus pais, homem de poucas falas de volta das malvadas varetas que o vento teimava e partia naqueles chapéus de pano preto e sombrinhas de mãozinha fina compradas em Coimbra.
Uma riqueza os medronheiros
A minha mãe a comer medronhos
Costa
A prevalecer a riqueza ancestral dos muros de pedra seca que os líquenes enaltecem em beleza enegrecida de bela estética.
Aqui tenho com a minha irmã mais de 40.000 metros  divididas por duas propriedades, no cume da serra, com uma vista sobre Ansião deslumbrante, a denotar termos ascendência pelo apelido "Rodrigues" muito antigo por aqui, de alguém nascido possivelmente no Escampado de S.Miguel ou aqui na Costa, que se casou no Canto, em Ansião.

Muitos cogumelos
O caminho do limite da Costa da propriedade a norte
O caminho mais habitual que dá acesso às duas propriedades
Pinheiros hirtos secos...
Vista sobre a serra de Sicó.
 Em pequenas íamos com o nosso pai a pé pelo carreiro à Fonte da Costa
Depois da Fonte da Costa na cortada à direita a caminho da pedreira desativada ( foi há 4 anos entupida e o caminho a direito para entroncar na estrada alcatroada a poente foi "engolido" pelo  plantio de um eucaliptal ) nos buracos esventrados da pedreira cheguei a apanhar micas para estudar no Colégio em mineralogia,  seguindo o carreiro do munho que foi no passado de madeira, na altura ,só já existia o pé alto e a eira que neste agora dei conta as pedras foram roubadas(?). Quando fui a Porto Santo  vi um moinho assim assente num pé como este mas de diâmetro menor.O carreiro ao longo do muro de pedra seca faz extrema com a nossa propriedade a sul, derrubadas algumas pedras do muro, para entrar no que é nosso, logo à frente havia a nascente, o resto de uma anta onde o nosso pai se acoitava em miúdo quando aqui pastoreava o gado, no nosso tempo vínhamos aqui apanhar madressilva e pinhas com pinhões.
O arco íris fotografado na Fonte da Costa quando bebia água

Gentes do Escampado S. MiguelElvira André, linda; primas Júlia e Stela; Alípio; Hélder, Arménio e Zé Carlos Caixeiro; Alcina, Eduardo e filho Carlos Cotrim, rapaz brincalhão, muito amigo da minha irmã, rapaz de mil sorrisos, ainda hoje não lhe perdeu o jeito, Ti Nicolau; Fernanda Mendes de beleza exótica, Helena e a Lurdes e, …

Escampado da Lagoa: Gracinda, Arlinda; Filomena e Fernanda Dias de olhos grandes, boa pele, sedutoras, a Fernanda muito simpática, fiel amiga; Teresa de belos cabelos negros; os filhos do Palaio e, … 

Escampado Belchior: Adriano, linda a buganvília roxa que debruava o varandim da escada da sua casa; Chico Serra e irmãos, Primo Lucas e esposa e, … 



Escampado de Santa Marta: Lucinda que viveu na casa junto à capelinha de Santa Marta com inscrição na pedra da ombreira 1696 para mim a rapariga mais bela de Ansião, casou com o Joaquim Borracheiro, também igualmente belo e,  

Costa: António Simões “Arrebela”, filhos , Zé Maria, filhos e, … 

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