Armação de Pera
Portimão
Albufeira
Saudades
do prazer de andar descalça sobre as falésias desde a praia dos
pescadores em Albufeira até à praia de Sta Eulália...tantas praias,
Inatel, Azul, Alemães, Aveiros, Oura. Cansativo ouvir o sotaque dos vendedores brasileiros, "Olha a bolinha"" Língua da sogra" " Pastéis de amêndoas", tantos que o corropio de vaivém incomodava, fomos embora.
Tantos dias passados ainda sinto a
planta dos pés a latejar. Paisagens magníficas, contrates de argilas
amarelas, calcários ocre e gesso lilás.Arribas deslumbrantes, esculturas
feitas pela erosão e as ondas do mar, autênticos óculos abertos no topo
das rochas a imitar as rosáceas típicas dos monumentos góticos.
Percorremos todos os carreirinhos, encontrámos muita gente a fazer o
mesmo. Areias infinitas em contrates de grão, ora fino ora mais grosso,
pedrinhas muitas, e rochas com aberturas a imitar arcos...viajámos em
barco a motor desde Albufeira até à praia da Coelha, onde o Cavaco Silva
tem a sua casa de praia, foi delirante observar do mar a costa, entrar
nas grutas, apreciar retiros de praias únicas, pequenas, quiçá
particulares...adorámos!
Com
o programa Polis -, Albufeira mudou de cara, o miradouro foi
reformulado com varandim em inox, bancos sob telheiros em ripas de
madeira para enganar o sol e escadas rolantes, sempre cheias de gente
vestida de todas as cores.
A
baixa repleta de bares superlotados de pessoas, música, vendedores de
artesanato, caipirinhas, capiroskas, mujitos, sorvetes com palhinhas de
metro...filas enormes para os táxi. Não resistimos comer "Fish and chips",
escolhemos por mero acaso um bar no centro da praça, muito típico todo
feito com a madeira de um barco que deu à costa, gostámos do empregado,
simpático. À noite visitámos o Museu de Arqueologia na parte velha. Esperava encontrar mais artefactos...
No último dia fomos até Vilamoura.
Percorremos
a praia desde o molhe da marina até à praia da Falésia, uma imensidão
de areal a perder de vista, vê-se metade do Algarve!
Loulé
Tínhamos a rota traçada para ir a Loulé almoçar, caro mas bom, sargo grelhado.
A vila preparava-se para a festa a" A Noite Branca",
as ruas engalanadas com grandes faixas de cetim brancas, máscaras de
teatro, montras, coreto, muitos palcos espalhados para espectáculos, no
recinto do castelo estavam a idealizar um bar tipo marroquino com camas,
almofadões.
Aproveitei e tirei à socapa uma foto deitada num crocodilo em madeira.
Gostámos da vila, do mercado ao estilo árabe de torres com abóbadas,
original, muito bonito.Uma rua de comércio toda coberta com toldos de
várias cores cortados em triângulo em jeito de velas, presos nas casas
que servem para cortar o calor tornando o ambiente sedutor no contraste
com a calçada portuguesa de lindos desenhos.
O
calor apertava, decidimos ir a banhos a Quarteira...não gostámos,
embora tenham havido melhoramentos, a zona da lota está na mesma, muito
lixo, tudo muito mal amanhado, mistura de anexos e casas velhas com
empreendimentos novos.
De
regresso a casa Forte de S. João, apreciámos a Quinta da Balaia e
Montechoro. Estacionámos fomos a casa e de seguida quisemos ainda ir
dizer adeus à nossa praia de todos os dias.
Sempre
a pé até Albufeira onde tomámos um banho muito bom, o mar estava
demais, saímos ao anoitecer da praia foi de arromba a despedida das
mini férias algarvias...
Sem antes lançar um último olhar de soslaio para os lados de Vila Real de Santo António...Deveras
cansados, à noite apenas demos uma volta ao quarteirão para dormir
melhor. Acordámos de manhã cedo e durante 2 horas limpámos tudo e viemos
embora.
Foi uma viagem espectacular, nada maçadora. Incrível viemos almoçar a casa.Foram umas férias a não esquecer!
Ah,
tinha levado uma caixa com figos pingo mel de uma figueira que plantei
no jardim da casa da minha irmã, comeram-se alguns, os outros com o
calor começaram a ficar com mau aspecto, decidi secá-los, afinal estava
no Algarve... Resulto de passas muito boas.Não gosto de deitar nada
fora. Será um defeito?