quinta-feira, 8 de abril de 2010

A minha Páscoa 2010 em rico passeio pela Beira Baixa

Mouta Redonda e  num pulo a caminho de Mação, Abrantes,  Castelo de Almourol, Tomar, Vale da Couda , acabar nas Fragas de S. Simão.
Na quinta feira Santa depois ao almoço rumo à minha casa de campo. A tarde com sol inspirava a devaneios pelos jardins. Mal cheguei depressa calcei botas de cano alto de borracha, arregacei as calças de ganga e de luvas nas mãos e chapéu na cabeça plantei as flores que levava. Muita erva no jardim defronte à eira.Tirei a que pude. Ao fundo do quintal onde se estrangulou um ribeiro subterrâneo plantei arbustos para crescerem e ornarem em graça o grande buraco.Na sexta rumei cedo em rota de passeio até Castelo Branco. Porém quase a chegar ao entroncamento com a IP, a minha mãe disse-me que não lhe apetecia , preferia conhecer Mação. Fizemos-lhe a vontade, deambulámos por estradas secundárias. Assimilei curiosidades com o nome de aldeias cujos nomes sonantes os conheço há muito de outras bandas; Mesão Frio e Arganil . O que mais gostei foi da paisagem igualzinha à minha querida  Nexebra com o cume de cristas quartazisticas e ao longo das colinas grandes blocos de mármore semeados.Gostava de ter estudado geologia para poder saber entender tais fenómenos tectónicos que num raio de 100 Km2 originaram na paisagem salpicos na Nexebra no Maciço de Sicó e aqui. Não parámos em Mação, passeamos apenas de carro. A vila é airosa. Gosto sobretudo da brancura das casas ornadas a ocre.Já conhecia!
Terra para se voltar com tempo para conhecer as redondezas e a história dos locais com arte rupestre junto do Tejo, o Museu com achados pré históricos, as serras e a gastronomia.
Miradouro da serra do Bando
Anta da Foz do Rio Frio Ortega Mação
Azenha do Mouco no rio Tejo junto a Ortiga em Mação
Castro Amêndoa em Mação
Paragem em Abrantes.Passeio a pé pela zona velha, minha conhecida, reencontrei os mesmos recantos e estátuas modernas muito bem inseridas naquele contexto. Registo de fotos, como gosto.Faziam-se horas de almoço, logo tivemos a sorte de encontrar um restaurante aberto, afinal era feriado. Deliciámos uns bons e saborosos filetes e arroz de legumes. Tudo muito bem confeccionado.
Palha de Abrantes
De saída rumo a Tomar para parar no Castelo de Almourol. A minha mãe já lá não ia há coisa de 65 anos. Nem se lembra se lá passou de comboio ou carroça a caminhos de Avis.
Nesta margem foi a minha segunda vez, sendo a primeira tinha a minha filha 2 anitos.
No caminho na zona de Alferrarede o rio espraia-se largo deixando sobressair alguns penedos de granito defronte da ilha onde está implantado o castelo.
Impressionante como o corredor de água que nos separa do morro é tão pequeno dando a sensação de quase poder ser ultrapassado com um pequeno salto...Pura ilusão, mas que dá vontade, lá isso dá, por segundos fez-me lembrar o "Pulo do Lobo" no Guadiana, na margem por terras de Serpa. Pena o barqueiro não estar  gostaria de ter visitado a ilha e o castelo.
Parámos novamente em Tomar para fazer umas compras.De regresso alvitrei o gosto de tomar a estrada por Alvaiázere, a reviver cenários de total atmosfera serrana, desde a Cortiça até ao Vale da Couda onde parámos.

Sozinha deambulei de botas de salto alto por entre fragas de pedras partidas pela erosão, semeada de tomilhos, jacintos e lírios, porque as orquídeas ainda não floriam.Tanto aroma sentido naquela imensidão infinita de costados abruptos com terrados em meia lua de muros de pedra seca a sustentar enfezadas oliveiras e fragas profundas até aos vales a vontade em as descobrir...
Onde senti  imensamente livre na necessidade execrável  naquele local fazer uma descarga sólida. E o foi grandiosa, o papel higiénico rapidamente substituído por pequenos calhaus de calcário ao meu redor. De repente ficaram salpicados, chega de obscenidades por entre pedras...Voltei à estrada e passei para a margem oposta em descida a caminho do vale nunca antes aqui tinha estado, apenas o avistada da estrada de carro ou camioneta. Confesso muito medo tinha quando a estrada era mais estreita. Senti prazer em contemplação desta beleza ao fundo do vale onde distingui grandes penedos no leito de um riacho que só leva água  no inverno por entre calhaus rolados...Água, não vi pinga! 
A colina estava limpa varrida pelas últimas chuvadas fortes, só enxerguei caganitas do gado caprino e ovino. Pelas veredas encontrei muito alecrim, trouxe um ramo e dois pés para replantar. Um dei à minha mãe o meu plantei-o no jardim da casa rural.

No domingo de Páscoa almoçamos na minha casa rural. A minha irmã trouxe o leitão e espumante bruto Messias.Os doces eram mais que muitos. A minha mãe cedo se levantou para os fazer, arroz doce, pão de Ló especial com recheio, e bôla de presunto.Comprei um folar com fios de ovos e miniaturas em chocolate para enfeitar a mesa, ovinhos, coelhinhos, gomas e... 
A tarde foi passada na aldeia de S. Simão deixámos o carro nas imediações da capela dedicada ao orago que deu o nome à aldeia com data de 1675 cravada num dos portais.
Senti-me na minha casa...
Descemos a calçada até ao restaurante, estava repleto. A paisagem é soberba.A aldeia pertence ao concelho de Figueiró dos Vinhos e está enquadrada na requalificação das aldeias de xisto. Praticamente todo o casario está reconstruído. Excepção da casa onde nasceu a D Maria Augusta Morgado que foi chefe da estação de correios de Ansião e conheci tão bem, vi a casa da D Maria José Nogueira, junto à fonte, restaurada agora de uma sobrinha, lindas as cameleiras no quintal, também vi a irmã da Mavilde Murtinho com mais de 90 anos, tirei-a pelas semelhanças.A tarde estava magnífica, pena os meus pés entalados nuns sapatos de salto alto, vontade mesmo de me descalçar.
Rumo a casa tratei de arranjar o oratório para a visita Pascal.
Correu tudo bem sem sequer ter sido planeado.Ainda fui visitar a campa do meu pai ao cemitério.
Encontrei a D Albertina e filha Cristina, recordámos com saudade o irmão Zé Manel no Canadá da minha idade, desde miúda que não o vejo.Deixei uma nota que noutra altura quero conversar com ela para saber mais do Bairro e da estalagem que foi dos seus avós.
Chegadas a casa da minha mãe continuámos a nossa conversa sentadas no muro do canteiro por detrás da sua casa.Tanto que conversámos com o sol a presentear-nos de feição,até se esgueirar de mansinho como que a dizer adeus...à nossa Páscoa de 2010!

Piedade a minha avó materna e madrinha

Confesso que me começo a encantar com fantásticos testemunhos sobre as mais variadas temáticas de cariz religioso e profano. Em especial - as Verónicas. Despertada por uma especial referente a Nossa Senhora da Mersiana, que me exaltou porque me fez lembrar a minha avó paterna, também ela de seu nome - Piedade. Minha madrinha de baptismo, como era hábito na época tinha o condão de dar o seu nome à sua afilhada. Porém, a minha mãe não gostando do seu nome decidiu em boa hora dar-me o nome de Maria Isabel, e assim ficou a minha graça.Há quem diga que os nomes das pessoas tem uma consonância com a personalidade que cada um irá perfilar na sua vida.A talhe de exemplo, sempre ouvi dizer que os "Luises" são excelentes pessoas. De facto todos os que conheci, assim o atestaram, assim é o meu marido e alguns amigos.
O meu batizado com os meus avós patrenos, meus padrinhos
Quanto à minha avó Piedade na foto no dia do meu batizado, teve uma vida muito infeliz.Mulher com mais de 1,80 abençoada de cabelos negros brilhantes que lhe rondavam os pés, mulher deslumbrante, de tez branca e olhos grandes, a mais bonita de todas as suas irmãs, tinha umas mãos de oiro para bordar à máquina. Trocou encantos com um magistrado da comarca chegado de fora, mas naquele tempo os pais dela não viam um homem de Letras o marido ideal para a filha (padeiros, tinham horizontes curtos?) e a escolha para marido recaiu num pedreiro, homem do Bairro de Santo António cujo pai trabalhava na Câmara nos serviços externos; obras, plantio de árvores  e limpezas das minas e fontes, sendo o filho homem trabalhador que se afirmou bom mestre de obras, mas rude nos afetos, e reza a verdade que a noiva fugiu na noite de casamento para casa dos pais...
A minha avó Piedade levou uma vida insípida sem amor, resignada no trabalho, afamada padeira e boleira, além de bordadora, teimou no tempo abafar as suas mágoas na adega que era paredes meias com a copa a dois passos da padaria.Recordações menos agradáveis ...Um dia os meus pais mandaram-me ir a casa dela buscar azeite, sem quê nem para quê, bateu-me, fiquei sem perceber a razão, apesar de criança apenas trazia o recado que os meus pais me pediram...
Só de me lembrar que também me podia chamar  Piedade, até arrepio, porque não gosto é do nome, já dela apesar de tudo sempre gostei muito!
Melhor nome seja o de  Isabel, a lembrar a Rainha Santa, que os  meus verdadeiros amigos escrevem assim o meu nome Izabel!
No dia de Páscoa abri a minha casa à visita pascal. Enfeitei a entrada com flores brancas e o oratório com alecrim. Usei o cálice da Vista Alegre de 1824 para pôr a água benta com o raminho de oliveira, que foi herança desta avó, comprado em Lisboa pelo pai quando foi à tropa.
A minha avó viveu mesmo na casa defronte à minha, incrível a sua adega na direcção do meu oratório. Coisas que fazem pensar.Saltou-me a visão para a coincidência do nome da Santa, o nome da terra Merciana, que é como quem diz, a lembrança de adegas, vinhos a rodos. Alegoria que se enfeitiçou na minha mente. Será que é prenúncio vinho versus Piedade, Pietá? Não, não pode ser  que uma das imagens de Santos mais emblemática das nossas igrejas, para mim assim o é, apenas igualável a Nossa Senhora da Conceição.
Trilogia a Nossa Senhora da Mersianna , Piedade e vinho. Hoje lamentavelmente deu-me para prosear em devaneios!
"A história passa-se no século XII para XIII na zona do concelho de Alenquer, em Portugal continental.Tinha a ver com um pastor, portanto era uma zona onde havia muito gado bravo, touros que pastavam na região chamada Montes de Alenquer. Essa região hoje, essa terra, chama-se Merceana que como era uma zona de grandes pastagens com “ganadarias” que ali havia. Havia um pastor que todos os dias um touro lhe faltava na manada. E esse touro tinha o nome de Marçano. O pastor percorria montes e vales, todos os dias, à procura do touro.
Até que um dia foi atrás do touro para ver onde é que ele se escondia. E acontece que encontra esse touro ajoelhado junto a uma árvore onde tinha, segundo se diz, que era a imagem duma pietá, duma Nossa Senhora com o Cristo ao colo.
Entretanto essa imagem foi depois, digamos que, recuperada pelo pastor e ele com um canivete foi talhando, de certa maneira, aquilo que tinha visto. Portanto, o pastor recolheu essa imagem e foi levá-la para outro lado que era a zona do Arneiro. E acontece que o touro nunca mais foi a esse local. E levaram então, alguns problemas na altura, sobre se a imagem era verdadeira, se era de carne e osso ou não, e o pastor ficou para sempre guardião dessa pietá. Acontece que a Rainha D. Leonor, passado uns anos, a Rainha D. Leonor, como ia muito às Caldas da Rainha o seu percurso era sempre por Alenquer. Um dia fez-se acompanhar de um bispo. Ouvindo falar nesta história, de que Nossa Senhora tinha aparecido a um touro e a um pastor, passou com o bispo nessa região, onde é hoje Merceana devido ao nome do touro que era Marçano, deu origem a esta terra que é Merceana. Acontece que encontrou, foi com o bispo ver essa imagem de madeira talhada e guardada sempre pelo dito pastor. "
Acontece que a lenda dizia que a Nossa Senhora era mesmo de carne e osso. 
"A lenda reside no seguinte: dizem que o bispo pegou num alfinete, para mostrar a Rainha D. Leonor que não era de carne e osso, que era mentira esta história que se contava. O bispo agarrou num alfinete e espetou na imagem. Segundo a lenda, jorrou sangue dessa imagem e o bispo ficou cego. Então, a Rainha D. Leonor prometeu que se o bispo se curasse, para reparar essa falta de confiança do bispo, que mandava construir, mesmo naquele local, uma igreja. O bispo curou-se e a Rainha D. Leonor, mulher de D. João, mandou então construir uma grande igreja, que ainda hoje existe, datada do século XV (a primeira construção) em honra da Nossa Senhora da Piedade da Merceana. Essa igreja teve sempre honras, esteve sempre ligada aos reis de Portugal. Embora seja uma grande igreja em termos arquitectónicos foi sempre considerada, tinha todas as tenças e as regalias de capela real porque a Rainha D. Leonor sempre que passava para Caldas da Rainha (fazia parte da sua vida com as misericórdias, como todos sabemos), passava sempre por ali. Tinha uma grande devoção a esta igreja, a esta imagem da Nossa Senhora da Piedade, que ainda hoje se encontra venerada nesta região, nesta terra de Merceana, em que vários círios, várias romagens ao longo dos séculos têm sido feitas. E o círio, digamos, essa romagem mais antiga do país é a da Nossa Senhora da Nazaré que todos os anos vão à Merceana em romaria, ainda hoje. Foi a partir desta ermida, desta lenda mas misturada com alguma realidade, porque é verdade que estas pessoas tinham uma grande devoção à Nossa Senhora e a imagem lá está, o altar desta igreja foi construído em cima da raiz da árvore onde o touro tinha sido encontrado ajoelhado de fronte desta pietá. O pastor morreu e está também enterrado neste altar. E até hoje, século XXI, há uma grande devoção a Nossa Senhora da Piedade e a esta história muito bonita que dizem que esta igreja foi construída por causa de uma promessa da Rainha D. Leonor que se o bispo ficasse bom dos olhos por causa de ter tentado ver e picado uma imagem sacra."

Fontes
http://www.lendarium.org/narrative/a-imagem-da-nossa-senhora/
Fotos Google

terça-feira, 30 de março de 2010

Do Olho de Boi à Quinta do Arialva

Descida de Almada Velha ao Olho de Boi para visitar a Quinta de Arialva  no enfiamento do Vale  Rocha Brilha onde está implantada a ponte.

Cais  no Tejo na frontaria da exploração industrial


Existe desde há algum tempo um projecto coletivo para revitalização de toda a zona ribeirinha do Ginjal à quinta do Arialva.
Insere-se na estratégia municipal de revitalização urbana e ambiental do núcleo histórico de Almada Velha no intuito de reforçar sinergias para chamar a atenção da população e comerciantes, e também dos estudantes que há muito privilegiam esta zona de lazer e fundamentalmente ao turismo.
Com o intuito de a todos incentivar a usufruir desta cidade e a desfrutar da sua herança histórica e cultural no reconhecimento das muitas potencialidades desta zona urbana e levá-los a fruir, com orgulho, deste grande espaço com tanto potencial turístico, quer pela localização geográfica, seja pela proximidade da capital ou pela envolvente ribeirinha, usando-a em proveito próprio na panóplia de ofertas: bares, restaurantes, pólos de âmbito cultural e fulcral paisagístico numa ambivalência de proximidade da cidade com o rio, toda a vida vetada numa vivência de “costas viradas”, culpa das arribas,falta de acessibilidades com prédios em degradação e total abandono.
A autarquia pretende assim garantir a integração do crescimento económico e do desenvolvimento social, com uma atitude dinâmica e estratégia de promoção das suas potencialidades com respeito pela natureza e equilíbrio ambiental. 
  • A quinta do Arialva antigo palácio com indústria de armazenamento de vinhos.
Assisti à sua completa deterioração ao longo do tempo, recordo os enormes tonéis de vinho em madeira a tocar o teto, inúmeras cubas quadradas, numeradas em cimento, ampulhetas em vidro usadas pelos enólogos, garrafas de vários formatos, rótulos, que faziam parte do engarrafamento vinícola.
Armazéns industriais junto ao Tejo com longos cais de apoio à transfega do precioso néctar. Hoje tudo ao abandono; escritórios, casas de apoio, jardins em socalcos na arriba, e até o palácio que foi há poucos anos incendiado,julga-se que os toxicodependentes que por lá se abrigavam se distraíram e tudo se consumiu em chamas num brutal incêndio,jazem paredes sem portas e janelas, restam chaminés elegantes a lembrar o fausto de outros tempos, ainda a cheirar a fogo. 
Da segunda vez  que visitei o espaço deparei-me com os armazéns destruídos, numa imensa amálgama de escombros dos telhados.

Rotulou vinhos com a marca "Arialva" e  "Benfica" com o símbolo da águia, trouxe alguns como recordação.



Bancos revestidos a azulejos

Espreito o mirante de fora do jardim sobre o rio e Lisboa como pano de fundo devoto ao abandono, de janelas e portas abertas, azulejos deslapidados, glicínias entrelaçadas com cachos de flores lilás a precisar de poda.

Mirante visto de dentro para fora e vice versa
















Frontaria do palacete e na frente outro jardim em patamares com escadinhas.Ao fundo encontra-se um grande bloco desprendido da falésia que entope a estrada de acesso do portal do Olho de Boi
Jardim que medeia o jardim do palácio
Restos da capela de orago a São João

Cozinha com restos dos alguidares  encastrados para fazer o pão onde ainda se via o forno
Sobrou o Lagar de varas em excelente estado de conservação mas a pedir imediata intervenção antes que seja tarde. 
Espera-se com satisfação que todos os espaços sejam revitalizados em turismo de habitação, aproveitando a componente arqueológica dos vestígios fenícios  detetados nas imediações do termo da quinta.O pior será mesmo consolidar as arribas.Aqui e ali muitos destroços caídos e pedregulhos de toneladas.
Sonho em deleitar-me com toda a zona revitalizada. Acredito ficar de arrasar, tal é a sua extensão e nichos de interesse tão facetados.
Finalmente Almada deixará de ter o estigma de estar de "costas virada para o rio".

Mais uma vez desci a falésia do Cristo Rei até à quinta de Arialva, passei no Ponto Final(restaurante) com muitos espanhóis deleitavam-se com a paisagem sublime, fui até ao Ginjal, refresquei-me com uma imperial, e rumei a pé até a casa, foi um circulo de caminhada e "pêras" com o rio ao nosso lado como companhia.
Encanto-me sempre que a faço.Porque será que me fascina assim tanto?
Uma beleza incomum, selvática,abandonada mas de rara beleza.Dá-me paz e muita tranquilidade.Aqui apesar da dor da ruína ainda se descobre o belo onde adoro sonhar!

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