quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Leitoa de pele estaladiça da Nexebra


Lembrança feliz d'hoje da Maria Andrade a viver na Bairrada, bafejo que me despertou o apetite para saborear um bom naco de leitoa de pele estaladiça, apimentada, bem regada com um bom espumante. O meu sogro e a minha mãe sempre lhe chamaram - leitoa … esse o jeito assim como era chamada em tempo de antanho pelos mais antigos na Serra de Nexebra. O meu avô José Lucas casou no ano da República, segundo o que sempre ouvi contar o primeiro leitão que assou em casa foi em 1912 no Ano Novo por ocasião do nascimento da sua primogénita Maria da Luz - a minha Titi, além de tia foi avó e quase mãe, amiga a quem nunca ouvi uma palavra mais alta.
Vista do miradouro da a Serra do Mouro sobre o vale e a Nexebra
A Titi -, irmã mais velha da minha mãe veio à luz no último dia do ano,  31 de Dezembro de 1911. Era sábado ao cair da noite quando os pais vindos de regresso da feira em Ansião onde tinham uma banca de tendeiros se viram aflitos quando irromperam as dores fortes, o certo foi apressar o passo do macho na descida da Serra do Mouro para pedir ajuda na casa de uma amiga na aldeia, onde veio a nascer, sendo que ele foi todo o caminho em rezas a confortar a minha avó para não a deitar em cama dos fardos de fazenda da chita da tabela, riscado de Santo Tirso ou do serrubeco e ali mesmo lhe fazer o trabalho de parto, sem ter prática, jeito, nem maneira na carroça, em terra de nenhures... A amiga foi a “aparadeira de serviço" ajudada pelo meu avô Zé Lucas que usou para cortar o cordão umbilical a mesma tesoura de cortar o corte de fazenda para o freguês, estreante nesta função e feliz nestas andanças servente como pode à mulher cheia de dores em grunhido forte e gemidos, de mãos presas aos varões da cama de ferro ainda assim bem melhor que fosse nos varapaus da tenda da carroça. Sempre me lembro de ouvir falar da tamanha felicidade que sentiu com a sua menina nos braços, a ajeitou como pode no colo da mãe ao aconchego do cobertor fino de algodão do Avelar que foi buscar à carroça, a estrear, e assim as deixou em paz para se fazer ao caminho de casa,  à porta assobiou ao macho que se aprontou para seguir marcha… A bebé menina de olhar doce foi-lhe dada a graça de Maria Augusta - Maria da Luz - nunca soube, sempre a conheci e amei tratar por Titi - mulher de pequena estatura, baixinha, graciosa, de cabelo escuro. Enternecedor o gesto do seu pai em querer fazer dela uma menina fina, não hesitou em a mandar para Coimbra estudar, para ser Professora. Aos fins de semana o irmão Alberto a ia esperar na paragem da carreira ao alto de Lisboinha às Alminhas, trazia-lhe a malita, fizesse sol ou caísse chuva vinham todo o Santo caminho desde o Pinhal do Índio a resmungar ( ele achava que ela era uma felizarda por estudar, talvez porque fosse um inteletual, lírico, poeta apaixonado,adorava tocar concertina, e ainda tinha de acompanhar o pai na profissão de tendeiro na rota sazonal do Alentejo tarefa de aprendizado que não abonava). A Titi sofreu na pele anos de chumbos, contudo o pai insistia sempre mais um ano…Apesar de inteligente, nada destituída, tinha azar nos exames, até ela se sentia mal, chegou a confidenciar ao pai para não gastar mais dinheiro, sentia que prejudicava os irmãos. No seu tempo no sótão da casa havia poceiros de abas a transbordar de sapatos e chapéus, aquela tia foi muito vaidosa na sua mocidade. Os pais a dada altura decidem acertar o casório com um filho de uns tendeiros amigos que abancavam ao seu lado nas feiras, gente dos lados de Ferreira do Zêzere, em dia marcado partem com ela para se conhecerem… O rapaz achou-a pequena demais para noiva!
A Titi não foi professora, acabou por concorrer para os Correios, denotando ser uma extraordinária funcionária nada despojada de atributos para o trabalho, frase que sempre ouvi da boca da minha mãe, sua colega… Melosas as tardes soalheiras com a sua chegada ao portão da minha casa, sendo mais velha vinte e quatro anos que a minha mãe -, para mim foi mais avó do que tia, e a minha mãe sempre a ouvi chamar de madrinha, porque em pequenita ouvia a irmã Zaira assim a chamar e, o jeito em a imitar ficou-lhe no coração. Arte tinha nas mãos e criatividade, em fazer do velho novo, com os lençóis que eu e a minha irmã nos entretínhamos a rasgar com as unhas dos pés -, sendo a minha mãe sua coadjuvante davam nova vida aos lençóis rotos com remendos, faziam acrescentos e peças novas: panos para a cozinha, cuecas, toalhas para a mesa da cozinha, combinações e bibes, que a minha mãe depois aprimorava nas noites de turno da meia noite no Correio velho com picô às cores...Era tão doce a Titi -, tal qual os doces e licores de leite, folha de figueira, tangerina que sabia fazer como o famoso prato de cacholada. Adorava comer na sua salinha com mobiliário em bambu preto e móvel de espaldar em madeira com faiança exposta, grande a janela em guilhotina virada a nascente para o terraço que deixava antever o canteiro da laranjeira ao meio, ornada de escadinhas e a um canto a gaiola do melro. No hall da entrada da casa havia um grande o vaso com o espargo verde a enlear o candeeiro, na cozinha a graça do minúsculo lavatório, ao lado a cadeira com tampo em corda trazida dos Açores da ilha das Flores onde trabalhou no início de casada , onde gostava de me sentar a conversar com ela ou com a criada Arminda. Guardo com carinho algumas peças que me fez para o enxoval, já em fase avançada na idade, com visão enfraquecida,  grande a estima apesar de pequenos defeitos. 
Conta a minha mãe que do namoro dela, tomou conta ” o Tonito chegava montado na bicicleta e apeava-se ao átrio do pátio, olhava para ela e dizia Dinita vai ao guiador buscar o que trouxe para ti” mote para roubar um beijinho à Titi, enquanto ela saboreava as guloseimas na vez de tomar conta do namoro , até ao dia que ele lhe levou castanhas piladas, e ela não gostou. A Titi foi mulher muito sofrida com a vida que o marido lhe deu num tempo que apesar de ter estudos e de ordenado igual ou mais, era ele que mandava, coitada sofria calada, sem ninguém quase se aperceber. Não reclamava, pacífica com um coração do tamanho do mundo ainda o tratava com carinho por Tonito…
Sempre me acarinhou como uma mãe, meiga era demais a Titi, boas recordações, só comparável ao deguste de um bom naco de leitoa!

QUE DELÍCIA

Uma tradição assar leitões na aldeia de Moita Redonda levada para a Mó em Chão de Couce , na banda norte da Serra de Nexebra onde a cunhada do meu avô a - Maria , mulher com veia para o negócio, deles fazia criação, mal lhes sentia pessanha os tentava vender antes que morressem por causa do prejuízo...Assim o dizia o meu avô Zé Lucas que depressa lhe conheceu tal engenho e arte, e o dizia em tom matreiro à minha avó Maria da Luz mal a via a subir a quelha do Vale  na Moita Redonda “ Luz , cuidado com a lábia da tua irmã cá para mim vem-te impingir leitões ...” 
Na Moita Redonda se assou muita leitoa no forno da casa dos meus avós, para dias de festa e piqueniques na Nexebra num tempo sem eucaliptos, só castanheiros, pinhal e flores. Esta arte de bem assar  o leitão continua no Bigodes no Pereiro, na casa do primo Agostinho Coimbra nos Palheiros em Maçãs D. Maria, e Ansileitões em Ansião...
Também bem me lembro dos que a tia Zézita assava no seu forno a lenha no Pereiro, tinha um buraco na parede ao fundo da cúpula para cravar o espeto de loureiro, passava o tempo a roda-lo para as orelhas não esturricarem.Deu-me a receita que escrevi numa folha de 24 linhas azul...
É sabido que os romanos já apreciavam este repasto, há documentos que falam dele no século XVIII no Mosteiro do Lorvão e no da Vacariça. Sendo que o convento do Lorvão tinha um pequeno em Almoster, Alvaiázere, relativamente perto num raio de 15 km(?) e como os frades fecharam o convento, se perderam(?) é possível que este repasto tenha no tempo nesta região ficado assim conhecido.
Faltou visão nos meados do século XX  ao meu avô Zé Lucas para não ter  apostado na sua propriedade no Bairro, numa sucursal da sua taberna, casa de panos e mercearia, tendo pela frente a estrada a caminho de Coimbra ou Tomar, de grande movimento, onde a iguaria da leitoa se pudesse saborear, comprar, e assim afamar a região.
De maior olhão o foram na Mealhada décadas depois a dar cartas no leitão.Nos anos 40 um homem perto da Anadia vendeu o negócio de sandes de leitão que tinha à borda da estrada Nº 1, onde alguns automobilistas paravam para o saborear… 
Gostava de saber onde a tradição de assar o leitão nasceu primeiro -, só investigando ! 
Contei a história da minha Titi e da tradição de comer leitão na Moita Redonda. Conta-me a minha mãe que se recorda dos pais presenteavam amigos com piqueniques saboreados na aba do costado da mina de S. João no outeiro do Cuco. No forno da casa da avó Brísida assavam-se dois leitões para dias de festa -, o cheiro deambulava em fuso aberto pela Cova da Raposa até ao Penhasco...O Zezito, o criado que adorava beber uns copitos mas deles tomava conta no virar do espeto de loureiro para a pele dos pobrezitos não esturricar -, um dia a minha mãe surpreendeu-o a pôr pazada de cinza sobre as orelhas pretas de ardidas… AS mulheres da aldeia contratadas à jorna carregavam cestas brancas à cabeça cobertas com toalhas de linho, o criado Acácio de garrafão de vinho nas mãos, e o Zezito com as mantas de tear. Tantas vezes a presença do Padre Melo, do médico D. João e do Dr. Quintela de Chão de Couce, caminhando pelos carreiros de frondosos e belos castanheiros e chão coberto a tapetes de murteiras, campainhas amarelas e colónias de abróteas -, as abrigotas flores brancas em cachos composto na extremidade de uma longa haste, as raízes de tubérculos de uso medicinal, na sabedoria popular o seu suco serve para o tratamento das impinges. 
A serra da Nexebra, infelizmente eucaliptizada há mais de 70 anos, num tempo que a Quinta de Cima optou por cortar o pinhal nórdico, sendo que os vizinhos depressa se aperceberam do negócio rentável...

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Artefactos do passado, moeda em cobre romana

A minha moeda romana - oferta do meu amigo Sr Bonito que me reviu na feira de Montemor o Novo, no bolso trazia um saquinho delas , umas mais "comidas pelo tempo" do que outras - deu-me a escolher uma - espólio por si encontrado perto de Beja...com o seu detetor de metais...já tem encontrado em oiro, prata, cobre e bronze - até me disse os locais onde as encontrava com facilidade...
Difícil foi registar em foto a moeda - tentei fazer uma cenário - parece que não me saiu bem.
Juntei duas pedras de mosaico que encontrei em Conímbriga há mais de 30 anos e uns óculos antigos.
Com a ajuda de uma pequena lupa consegui que se reconhecesse minimamente o rosto da moeda com a coroa de louros.Julgo que consegui decifrar - GLORIA ROMANORVM.
 
A moeda na outra face apresenta um guerreiro  
Recebi um comentário que junto  " Boa noite, a moedinha é já do início do século V d.C. 
Veja se não é esta a legenda (as letras podem aparecer muito juntas, mas o espaçamento deve ser lido assim: D N HONORIVS P F AVG (Dominus Noster Honorius Pius et Felix Augustus) GLORIA ROMANORVM (não está abreviado)."

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Sapatinhos de homenzinho, embrulhados em prova de latim de 1929!

Numa destas últimas vezes que fui à feira-da-ladra encontrei num estaminé de chão um par de sapatinhos forrados por dentro a pano com florzinhas . O que me encantou - a pequenez - achei que se enquadram numa decoração minimalista e o style à homenzinho, atacadores e borlicoques nas pontas !
O vendedor embrulho-os nesta folha - PONTOS PARA OS EXAMES LICEAIS da casa depositária Livraria Popular de Francisco Franco - Rua Barros de Queiroz 18  - Lisboa

Ponto nº 8 do 2º ciclo -  LATIM .

Colégio da Beira
Aluno - Jesufeth Monteiro de Figueiredo nº 5 ano 6º turma J DE 1929.

Será Beira - Moçambique?
Ou Beira - Covilhã?

Texto:
a) postero die castra ex loco movent.
b) idem facit Caesar, aquitatumque  omnem ad mumerum quattuor millium quem ex omni Provincin et Haeduis atque eorum sociis coactum habebat praemittit.
c) qui videant quas in partes dtes iter facinant
d) qui, cupidius nivissimum agmen insecuti
e) alieno loco cum equitatu Helvetiorum proelium comittunt
f) et paucis de nostris cadunt
Traduza...
Pois falta esta parte da folha... não aprendi latim!
Por curiosidade à época o que seriam o teor das perguntas???
A caligrafia muito elaborada é difícil decifrar o que a aluna escreveu tal como o primeiro nome do qual tenho dúvidas.

As voltas que esta folha deu nesta vida com mais de 80 anos.Hoje acabou a sua estória com este post - foi para reciclar!

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Turismo rural na Régua com histórias de azar e mau agoiro...

Dia 14 continua a saga dos dias de mau agoiro -, o primeiro que me lembre passou-se comigo há oito anos, é passado. A D. Gina colega da feira da ladra faz hoje 6 meses que faleceu de repente com um AVC, soube-o há coisa de 15 dias quando perguntava ao marido por ela...agora tenho lá ido menos vezes.O terceiro aniversário de hoje - faz dois anos que o marido da Glória faleceu intoxicado dentro de um tonel vazio do vinho do Porto numa adega. O preceito da lavagem destes tonéis carece de serem abertos para arejarem porque os vapores são muito intensos, alguém foi negligente - o bom homem  e outro que tentou ajudá-lo morreram os dois, tragédia - tão novos num acidente estúpido. Passei na região da Régua dois dias num turismo rural quando travei conhecimento com a Glória num local inusitado, escuro e medroso. Passeava com o meu marido e um casal de estrangeiros nas ruelas da aldeia, ao subir a escadaria da igreja deparo-me com o portão do cemitério aberto, atrevida exclamei em voz alta - bem, por aqui não dever ser hábito roubar cruzes das campas para venderem no sucateiro...nisto, vejo um vulto dentro do cemitério que vem na nossa direção, só perto reparo se tratar de  uma mulher escanzelada vestida de escuro tal como a noite se anunciava,  perguntei-lhe se não tinha medo - respondeu que não, ali vinha a qualquer hora do dia ou da noite visitar a campa do marido - contou-me a estória da desgraça da vida dela, e dos filhos sendo que o mais pequenino tinha três meses quando o pai faleceu. Mulher de 37 anos muito sofrida vive da caridade dos pais com mais de 80 anos com reformas precárias, doentes - não a entendem pela grande diferença etária.
O processo no Tribunal não ata nem desata - só lhe querem dar um valor ridículo que mal dá para ela e para sustentar e educar os filhos  - no momento estão recolhidos na segurança social - só os visita aos fins de semana. Mulher sofrida - sem amparo nem ninguém que a ajude, ainda por cima o marido morreu por conta de um tio que não tinha seguro de acidentes de trabalho,  no passado já tinha tido outro acidente com morte,  continuou negligente na segurança do pessoal  - rápido foi passar os bens para os filhos - não a ajudou em nada nem sequer perguntou se tinha de comer , para não falar que o marido não descontava sobre o real valor do ordenado.
Gostei francamente de a ouvir - conversa fluída, aprendeu a conhecer os meandros da justiça demonstrou no discurso uma desenvoltura mental acima da média de tal forma que fiquei curiosa  perguntei o signo - sagitário- personalidade forte, decidida, trabalhadora, contestatária na injustiça, quase sem forças para continuar a lutar contra o advogado que acha - argumentou bem  - tudo indicia se bandeou para o outro lado - a troco de favores e dinheiro da outra  parte, e - com isso a defesa perde força, e o valor da indemnização também, e não devia!
Neste País ainda se pratica muita atrocidade contra gente que não tendo influências - fica sempre a perder na justiça,  nem o ministério público faz nada, e deveria estar atento quando há menores.
Como será que a Glória se sentirá hoje a recordar dois anos de saudade do seu querido marido sob um calor tórrido?

Em todo o redor é tempo do buliço das vindimas nos leirões - pela frente ao longe a muralha de Cidadelhe - monumento com obras de requalificação por qualquer motivo pararam - encontrei o espaço vedado com o placar de pé...
 Na aldeia vim ver uma das quintas mais emblemáticas - BÔTTO com 75 hectares de vinha  adquirida pelo avô do  António Champalimaud ( e de outros irmãos, falo deste por ter sido meu patrão ,  debaixo de um secular sobreiro está enterrado o irmão Joaquim - exigiu ser enterrado na sua terra e foi ) .

No tempo das  Invasões francesas, o avô -  um oficial -, dizem se encantou pela região e por uma mulher de Paredes? com quem veio a casar - a propriedade tem um lindo palácio que continua na família - na região estão muito bem cotados nas regalias dadas aos trabalhadores com o mês de agosto de férias - nenhum patrão é tão bom como eles, dizem. Parece que o bom homem de descendência francesa se dava bem com o rei D. Carlos, ao tempo comprou a Quinta da Marinha...
Antes de chegar a Cidadelhe existe há pouco tempo uma grande unidade hoteleira com uma vista magnifica, sobre o Douro, disse-me um aldeão com quem travei conversa  - a quinta era de um homem com muitas quintas na região e muito dinheiro, cujos filhos derreteram a fortuna...fez o negócio para a instalação do hotel do qual há-de receber valias ?...parece que está quase na miséria, sendo outrora muito rico - coisa agoniante!
Haveria de ver mais uns solares de envergadura na aldeia, e ainda outro acastelado com ameias que parece pertencer ao dono do hotel na Régua, de quem o povo fala de má gestão e hipotecas resgatadas pela banca...

Toda a envolvente em redor resplandecia aos meus olhos num paraíso verdejante - logo o imaginei pelo outono em tons escarlate e de varas nuas em janeiro. Em qualquer altura do ano deve ter a sua beleza intemporal.
Estou a horas de entrar no 15 para me passar esta agonia de aniversários dolorosos.
Um dia se tiver condições sei que gostaria de voltar a ver a  Glória  e ajudar a ter uma vida melhor.
Mulher de fibra, e decidida é encarada na aldeia como maluca, sem juízo - apreciação feita levianamente por gente limitada, sem qualificações e de visão curta, fechados para o mundo - sozinha amargurada, lutadora e sofrida na sua voz a narrar os acontecimentos é levada no descrédito  - até já a levaram a Lamego para ser exorcizada... a talhe de conselho pus-lhe as mãos nos ombros, disse-lhe - Glória você é uma grande mulher, inteligente, sabe defender-se, ninguém a leva por trouxa, levante a sua auto estima, procure um companheiro porque o que lhe está a fazer falta é carinho - chorou e ainda me disse - mas ele há homens que só querem gozar, e eu preciso de um que me ajude a educar os meus filhos - insisti - você procure, não  volte é a casar - não vá perder a parca reforma  -, se ele não lhe servir como esperava manda-o embora, e procura outro...não se acanhe, estupidez é estar sozinha tão nova - porque as carências torturam, e muito a alma e, fazem mal ao espírito tornam-nos mais azedas - por isso quando fala sobre o assunto aos demais emprega uma atitude agressiva na entoação da voz , que a eles soa a coisa doentia...e, não é!
Trate de si, esmere-se continue a lutar, e muita sorte para si e crianças.
Aprenda a ser de novo feliz, porque merece, gostei muito de a conhecer - ela retribuiu o elogio.

Despedimo-nos com um fraterno abraço!

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

O Cofre do Montepio o trampolim de poupança

Hoje dia 13 para uns dia de mau agoiro - pior seria se fosse em uníssono com sexta feira - para outros dia da Virgem Maria, e por isso abençoado.
Sendo 13 , quinta feira - ainda por cima de setembro, nele vivi a pior experiência da minha vida no âmbito profissional. Nem quero lembrar - é passado!
Vale viver o presente e pensar no futuro!

Ironia do destino - espero que o dia de hoje - apesar de aniversário desse maldito,  seja perpetuado no futuro como auspicioso - bem aventurado!
A minha filha tornou-se hoje proprietária -, fato que me deixa no mínimo envaidecida.


Cofre do Montepio Geral
O caso parece não ter importância - passa a ter para mim em dupla  nota -  pagou a pronto a sua parte -, fato que me deleita atendendo a eu ter sido uma mulher no mundo da gestão - apraz-me, e de que maneira. Graças à minha vontade incuti desde cedo o sentido da poupança herdado da minha mãe, assim decidi lhe abrir a primeira conta com o dinheiro do batizado - na altura 5 contos. Passei a transferir mensalmente a verba de 2 cts relativa ao abono de família, que era abaixo desse valor. A poupança cresceu com a ajuda dos juros que eram bons. Fiz o primeiro erro - em determinada altura para comprar a pronto um carro em 2ª mão achei que a família toda deveria contribuir, sem rodeios levantei a poupança dela...imediatamente me dei conta do crasso erro - refiz a poupança que foi crescendo com o dinheiro recebido pelo natal e pelo aniversário dos quais tirava uma modesta quantia para ela usufruir sempre com a retórica " só o tem quem o poupa, amanhã vai dar - te jeito"...

Nunca tive mulheres a dias sendo que foi sempre ela a desempenhar essas tarefas, e bem.Todos os anos contemplei-a com o valor referente ao limite da poupança habitação sobre o qual  - eu ainda recebia benefício. Acabei por ouvir da parte dela " dizes que me dás, não vejo nada..." e dos meus colegas " eu se fosse a ti não dava nada, nunca se sabe o dia de amanhã e, eles que aprendam a se desenrascar que nós tivemos de fazer o mesmo..." sempre fiz ouvidos de mercador - continuei a fazê-lo mesmo quando o valor já ultrapassava os 400 contos. Mal o subsidio de natal dormia na sua primeira noite na minha conta, na manhã seguinte mudava de poleiro para a poupança em nome dela. Haveria de juntar mais.Uma lotaria sorteada há muitos anos, investi a médio prazo em detrimento dos colegas que me  diziam " se fosse eu trocava de carro e,..." -, não troquei de carro -, ainda o tenho porque o comprei a pronto, custou-me 1.125 contos há mais de 20 anos. Quando recebi o reembolso da aplicação ofereci-lhe 1000 contos, e quando o pai recebeu de herança igual montante deu -lhe metade também. Mal ingressou no mercado de trabalho no estágio auferia qualquer coisa como 880€ aos quais eu juntava todos os meses 250 € - assim ela mensalmente fazia um certificado de aforro no valor de 1000€ - ouvi-a ao telefone em trecho de sorriso -
" mal entro na estação de correios a menina pergunta-me se vou fazer mais um certificado de aforro"...
Habituada foi de pequenina a poupar, a saber o valor do dinheiro, da sua valia em o ter amealhado para uma emergência - sobre isso fiquei muito tranquila desde cedo.
Ao invés de tantos pais que conheço, e sobre este assunto não podem dizer o mesmo - não  ensinaram aos filhos o real significado do valor do dinheiro, e da sua valia em o poupar.
Orgulhosa estou - não podia estar doutra forma pela concretização deste objetivo - não sendo a casa dos seus sonhos - é de todas  as que viu a mais apelativa num bairro histórico com uma vista espetacular sobre uma quinta em plena Lisboa  pertença da Câmara onde se fala nascerá um jardim  - ao longe  vislumbra -se o Saldanha - vale pelo silencio, pacatez, e pelo verde que se avista, dá a sensação de campo. A casa pelo tardoz equivale a um 3º andar com quintal de 30 metros  com acesso por escada em ferro forjado.
Agora a segunda fase - as obras de remodelação.Julgo irá contemplar uma parte de parede com barrotes em  madeira - efeito gaiola como no tempo se usou após o terramoto -, tenho a louca sensação que lhe vai agradar pôr alguns belos azulejos pombalinos em destaque na parede do corredor que comprei há tempos, fazia muito gosto que ela lhes conferisse esse préstimo.
Há muita casa há venda. Há remodelações escandalosas, e caras que cegam as pessoas. Há que ponderar e saber escolher. No caso a sua escolha recaiu num prédio com as fachadas já restauradas, telhado, condutas da água, gás e eletricidade, e da porta da entrada sendo nova mandada fazer ao gosto da época.Também por 90% dos apartamentos já terem sofrido obras de remodelação, faltando apenas o 1º andar, o dela e da vizinha do lado.Qualquer compra a pronto sem intermediários poderia no caso ainda ser mais baixa. Foi o preço possível, nada havia mais barato, nas mesmas circunstancias.
Estou feliz por ela, e pelo namorado nesta odisseia a meias.
Descanso, é  viver - sabendo que não tem empréstimos  - uma mais valia nos dias de hoje.A sua mansarda alugada pequenina nem cabe o edredon para guardar no verão...
A sua casinha que acredito será um palácio branco onde os tons pastel serão uma tónica no contraste com a luz solar que vai irradiar na grande marquise envidraçada de alto a baixo.
Que dizer dos apontamentos em tijolo "burro"...que deixaram ficar  algumas partes.

Felicidades querida filha - mereces tudo de bom porque também és a melhor filha do mundo.
Se contribui para o teu estar de hoje, foi porque recebi a graça de te ver nascer linda e saudável - mereces em dobro tudo o que te dei, e continuo a dar com muito prazer. Sim, porque os pais te deram mais uma ajudinha - pequena - 15.000€. Nem precisavas porque ainda ficaste na poupança com mais do dobro desse valor! 
Agora vou tratar de mandar limpar e engomar o enxoval.
Sei que ainda vou dar mais algum mimo!

Em jeito de desabafo alguns leitores poderão pensar " pois deste, porque tinhas...." - só digo que para o dar me resignei a não ter férias na maior parte dos anos, a não trocar de carro, a comprar nos saldos, a poupar na comida, não estrago absolutamente nada, sobretudo a pensar antes de gastar...claro que também fiz, e faço asneiras em dias de cabeça quente como toda a gente - mas sobretudo porque nunca lhe comprei roupas de marca - bem batia o pé - cheguei a acrescentar três rebordos de calças de ganga porque cresceu rápido, não tirei fotos no Carnaval e deveria e,...dizia-lhe  - não precisas de vestir marcas és mais gira do que todas...e, era e é verdade - no entanto nunca se deixou envaidecer!
Sei reconhecer os meus erros. Sei que exagerei. Poderia ter sido mais flexível em determinadas alturas para ela não ter sido enxovalhada perante os colegas. Felizmente de personalidade forte não sofreu mazelas , mas poderia - por isso é preciso estar sempre atenta - perdia-me com o trabalho - não dei o acompanhamento que sei deveria. Por isso já lhe pedi desculpa de algumas situações - ela descansou-me...somos muito amigas!

Hoje sabe bem gritar -, não tenho empréstimos, não tenho dívidas, ainda tenho uns tostões para acudir a uma emergência de última hora - sem subsídios - o aperto do cinto é maior a todos os dias porque os impostos esses são a doer, duas prestações anuais  - fui sorteada  em 2004 referente à alteração do IMI . A maioria só para o ano é que o vão sentir  - durante toda a vida tem pago uma miséria por grandes e luxuosas casas. Eu já estou habituada...menos mal!

Ainda há pais cheios de "guito" uns não dão, outros, o dão em demasia sem retorno nem de um simples obrigado!
Mas também os há igual a mim, e isso basta-me!

Desculpem se me mostrei vaidosa em  partilhar esta emoção!

sábado, 1 de setembro de 2012

Pedro Abrunhosa ao rubro em Corroios!

Festas de Corroios
Apesar da crise o recinto estava cheio a rebentar pelas costurasss... 
  • De regresso a caminho de casa soava-me no ouvido o teu grito...  " entre a espada e a parede...melhores dias virão"...Deus queira tenhas razão!

  • Julgo que as festas só se realizam após o 25 de abril. 
Sempre grandiosas a crescer todos os anos. 
  • Aqui já vi espetaculos de bons artistas: Xutos e Pontapés; Jorge Palma; 7º Legião; Rui Veloso; João Gil; Tony Carreira; José Cid, e...
  • O melhor - aquele que entra em mim, me faz sonhar - Pedro Abrunhosa. Conheci-o no aeroporto de S. Miguel -  na espera deu um autografo à minha filha sobre o álbum "Viagens" - julgo que em 1995/6...

Retirei da net a foto e esta reportagem  ...."Ainda no seu álbum Viagens, o seu primeiro grande êxito, aparece calmamente sem óculos no próprio livrinho que acompanha o CD.
Depois, numa entrevista na televisão, miserável, em que um pobre aprendiz de repórter metia os pés pelas mãos sem saber o que dizer ou perguntar, este lembrou-se de lançar ao entrevistado "porque é que usava sempre óculos escuros?".
  • O desgraçado do Pedro Abrunhosa ficou atónito, ele que até só usava óculos às vezes, mas, ou por deficiência de carácter, ou porque viu ali uma oportunidade de fazer mito, lá respondeu uma coisa qualquer e, a partir dali, assumindo o mito que lhe caía no colo, nunca mais tirou os óculos escuros, o que, de dia e de noite, deve ser uma bela chatice!"
  • Regressamos ao continente no  mesmo avião para Lisboa - ele e a comitiva em executiva - logo atrás do cortinado vinha eu  - viu-o beber champanhe em garrafas pequenas... a Dulce Pontes talvez mais modesta  ou por falta de espaço em executiva, vinha ao meio  do avião com uma enorme cesta de verga ao colo -  não sei se o arco não batia no teto de tão alto...ouvi a  hospedeira pedir ao imediato
" vai no avião a cantora Dulce Pontes com uma grande cesta ao colo, será que a posso aqui guardar"...resposta pronta - nem pensar, é uma passageira como outra qualquer!

  • Fui para a festa de metro depois do jantar, mal cheguada apeteceu-me comer uma boa fartura, bebi uma sangria de ginja - por sinal muito saborosa. Teimei ir à quermesse - saiu-me um prato de sopa de Sacavém, um guarda jóias e uma roleta - dei dois dedos de conversa   - estava na hora do concerto.
  • Há grande Abrunhosa - I like you...do teu style: seja do timbre da tua voz forte com  sabor a pronúncia do norte, seja pela tua silhueta alta e soberba , seja pelo andar atrevido...que já te tem valido quedas...
  • Homem de semblante sensual e andar arrasador!
  • És o mayor - carago!
  • Semelhanças só a vejo em outros dois...Tony de Mortágua e Joaquim Moura de Santo Tirso.
  • Adoro as tuas poesias, as músicas nem se fala - e, a tua interpretação é fenomenal .
  • És um animal de palco - estiveste duas horas a bailar de um lado para o outro, a gritar, a falar, a cantar, a tocar...a pular, a fazer vibrar o público!
  • Adoro as fivelas dos teus cintos - dá-te um snobismo só igual aos óculos, e ao habitué cabelo rapado.
  • Gosto do teu jeito de vestir - camisolas escuras , claras, lisas, estampadas ou com missangas,  sobretudo das calças que a ti te assentam no ponto.
  • És um macho provocador - isso confesso gosto e muito!
  • A tua boca é demais de tão doce e sensual - os lábios transmitem magia...quando falas ou cantas.
  • Interrogo-me...como será o teu olhar? Até pode ser frio, apagado...Imagino que seja lânguido!
                                                     SOCORRO
Já não como há cinco dias, não durmo há mais de um mês, desde que te conheci a minha vida é como vês. Passo os dias a pensar não sei o que fazer, eu nem quero acreditar no que me foi acontecer. Só queria estar sozinho e não pensar mais em amor, sempre que conheço alguém fico de mal a pior. Li no "Metro" o teu anuncio, de carácter pessoal limitavas-te a dizer...
Curioso como sou apressei-me a responder, só para te perguntar o que é que isso quer dizer.
Guardei o jornal no bolso para te falar depois, mas decorei o teu numero 937812.
Liguei-te às seis da tarde, devias estar a acordar, essa voz rouca e quente num suave murmurar.
Fiquei quase sem fala, estive mesmo a desligar do outro lado dizias...
Socorro!! Estou a apaixonar-me é impossível resistir a tanto charme.
Foste-me buscar de carro levaste-me à beira-mar, nas tuas mãos a 4L mais parece um Jaguar!
Sentados na esplanada a tomar um cimbalino, foi então que percebi essa coisa do destino.
Nesse dia aconteceu nunca mais vou esquecer - o mar, o sol, o céu, a praia - todo um mundo de prazer, acendes um cigarro afagas-me o cabelo, disseste então assim...
Não percebo o que é que queres, nem o que estas a dizer, só sei que tu consegues mostrar o que é ser mulher, quando nós nos separamos não nos vimos por um mês, trinta dias a pensar em te ter mais uma vez. Depois vi-te na Industria a dançar ao som do Prince senti-me devorado pelo teu olhar de lince. Com ar discreto e decidido chegaste-te ao pé de mim, sussurraste-me ao ouvido...
Refrão...Socorro
Encontrei-te então na baixa (sem nada que o justifique) ali ficamos toda a tarde nos sofás do Magestic. Falaste-me do mundo d'outras terras e lugares, mostraste-me perfumes de oceanos e mares. Ali sentado viajei, ali p'ra sempre quis ficar, contigo perto dos olhos os lábios quase a beijar.Falaste da cidade, casas, ruas e pessoas e disseste sem vaidade...
Tenho ouvido muita coisa mas nunca tão bela assim, seduzir e encantar, são coisas novas p'ra mim. O que eu gosto mais contigo (se queres saber o que eu acho) é que consigo ser homem, sem dar uma de macho. 
Já não como há cinco dias, não durmo há mais de um mês, desde que te conheci a minha vida é como vês. 
Passo os dias a pensar já não sei o que fazer eu nem quero acreditar no que me foi acontecer.
  •   Deixaste -me de rastos - olha que é difícil!
  • Os putos aceitaram o teu convite para subirem ao palco - contigo  cantaram um refrão
  • Amei ver - foi um momento delicioso.
  • O palco está inserido em meia lua alta com colina relvada a fazer lembrar um teatro romano - estava sentada atrás deste casal de costas - pude relaxar deitada, e trocar a perna...vibrei intensamente...ao limite, e muita gente também!

"...a porta fechou-se contigo - há um perfume que ficou na escada - sei que houve um tempo em que tu e eu fomos dois pássaros loucos, voámos pelas ruas que fizemos céus, somos a pele um do outro - não desistas de mim, não te percas agora - não desistas de mim, não te percas agora a noite ainda demora...
Não tenho mais segredos - somos metades iguais - mas hoje só hoje leva-me para onde vais..."


  • Adoro vê-te ao piano ...és sedução!
"e partiu, sem me dizer o nome, levando-me o perfume de muitas noites mais e uma asa voa a cada beijo teu - esta noite sou dono do céu, e eu não sei quem te perdeu..."

Cantaste...como cantaste...és mui galante, apaixonado, e delicado nas coisas dos afetos
                                
                                   A - M - O - R  ...       A - M - O - R ...     A - M - O - R ...

Soletravas em voz sonante... nesse teu jeito doce e forte...quente de paixão! 

"Quero ver essas mãos no ar...LUZ, HAJA LUZ ...subam ao palco os fotógrafos...o espetaculo vai ser aí em baixo e não aqui..."


ALLELUIA....uma canção de Leonard Cohen cantada em inglês...amei extasiada ao som do piano e da eloquência que impregnaste ao timbre...imaginei essa força noutras atitudes...

Foram duas duas horas de espetáculo - deixaste a tua marca  contra os políticos corruptos deste País que nos endividaram, e continuam a insminfrar até ao tutano...sinto uma terrível cumplicidade contigo nestas coisas de injustiças, e ladrões que continuam soltos com a riqueza em paraísos fiscais!
Amei -  quando nos mandaste
A todos GRITAR...
Talvez Foder!

Há bombas em Belfast e em Beirute. É preciso afinar o azimute.
E eu e tu o que é que temos que Fazer?
(Talvez Foder)
(Talvez Foder)
E tu e eu o que é que temos que Fazer?
(Talvez Foder)
(Talvez Foder)
Há mortos na Palestina. E há feridos em Israel. Conversações que não saem do papel
E eu e tu o que é que temos que Fazer?
(Talvez Foder)
(Talvez Foder)
E tu e eu o que é que temos que Fazer?
(Talvez Foder)
(Talvez Foder)
Porque o que eu quero é O teu corpo e o teu sexo
Porque o que eu quero é O teu corpo e o teu sexo
Porque o que eu quero é O teu corpo e o teu sexo
Porque o que eu quero é O teu corpo e o teu sexo
Há snipers em Sarajevo. E há fome em Bombaim
Guerra civil sem vergonha nem Fim. E eu e tu o que é que temos que Fazer?
(Talvez Foder)
(Talvez Foder)
E tu e eu o que é que temos que Fazer?
(Talvez Foder)
(Talvez Foder)
Há fascistas em Berlim e em Moscovo. É o discurso que de velho se faz novo
E eu e tu o que é que temos que Fazer?
(Talvez Foder)
(Talvez Foder)
E tu e eu o que é que temos que Fazer?
(Talvez Foder)
(Talvez Foder)
Porque o que eu quero é O teu corpo e o teu sexo
Porque o que eu quero é O teu corpo e o teu sexo
Porque o que eu quero é O teu corpo e o teu sexo
Porque o que eu quero é O teu corpo e o teu sexo
E eu e tu o que é que temos que Fazer?
(Talvez Foder)
(Talvez Foder)
E tu e eu o que é que temos que Fazer?
(Talvez Foder)
(Talvez Foder)
  • Elogiaste os jovens RAP da Margem Sul - imitaste-os de forma rítmica com rimas, poesia e dança.

  • Surpresa   com o meu sentir eufórico -  senti a necessidade de um abraço daqueles que sufoca de tão apertado, e me protege de tudo...provocado pelas tuas palavras, pelos gestos, que despertaram em mim lembranças dum passado, e nele um homem que conheci de carater "fogo" - como tu - maldito pensamento elevou-se na citação de Bobmarley: " às vezes depositamos sonhos em cima de grandes pessoas; o tempo passa, e descobrimos que grandes eram os  sonhos... e as pessoas, pequenas demais para torná-los reais." Pois, a minha vida tal com a tua já passou pelo meio século!
Apesar das rugas e dos cabelos brancos , teimosamente os vou encobrindo de negro como o foram outrora - asa de corvo reluzentes de fazer parar o transito ( os piropos que me deferiam),  continuarei a ser uma mulher frontal, bafejada de espírito jovem - isto claro agrada a uns, e a outros o acham presunção e tamanha insensatez  - talvez  até de mulher convencida - nada disso - apenas amo, privilegio a partilha dos afetos !
 
  • Vim a balbuciar...felizardas as mulheres da tua vida!
Acredito - ,se os homens tivessem o teu estilo de puro sagitariano - as mulheres eram bem  mais felizes!
  • Sem ser tua fã , tão pouco seguidora, ou louca a pensar em ti - nada disso - apenas admiro brutalmente o teu carisma de power, feeling , e o teu estar "gingão" no dever que sentes em acordar mentalidades neste País de gente acomodada - comungamos o mesmo sentido de justiça, de luta, coragem no uso da palavra  e descaramento provocatório.

" porque esta terra ainda vai cumprir o seu ideal - vai torna-se numa imensa China laboral".Sei que amava ouvir-te cantar este refrão!

As palavras são para ser ditas tal como o são na verdade sentidas
Igual à essência dos teus poemas, sem hipocrisias ou segundas intenções.
Sou uma mulher de afetos - por isso aprecio homens de perfil forte, e fogo como o teu!
Desculpa a frontalidade, hipocrisia seria não ter "lata" de o aqui dizer
Sou tal como tu pela Paz! 
 Em rodapé deixo a citação de    William Shakespeare


"Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém...
 Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim...

 E ter paciência para que a vida faça o resto..."                                                                                                                    
  • Pedro Abrunhosa , muito obrigado pelo espetaculo - foste tu no teu melhor!
Amazing!

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