Uma consulta na Faculdade de Medicina Dentária Egas Moniz, na volta a felicidade estampada no rosto por ter salvo um dente que fora mal tratado e bem pago, numa Clínica central de Almada, com sol no horizonte, e gaivotas, apesar da friagem fria, parti à redescoberta do burgo do Monte de Caparica -, a sua bonita igreja, ladeada por duas ruas, e ainda os vestígios do fausto de antanho de algumas das suas quintas.
Quinta das Rosas
Frontaria com painel azulejar com o nome da quintaQuinta das Rosas
Pelo portão avista-se o belo pombal decorado a azulejos que ao longe nos transparece
mourisco, na mesma decoração havia bancos e corredores no exterior.
Visão do pombal mourisco |
Citar excerto de https://www.facebook.com/186509761426925/photos
"Vista
parcial do que resta da adega da Quinta das Rosas, lugar da Granja,
Monte de Caparica. Nestes lagares vinificava-se em curtimenta..."
Foto retirada https://www.facebook.com/pg/AMO-TE-CAPARICA
Quinta de Santo António Também conhecida por quinta das Conselheiras segundo informação de Fernando Miguel e que eu chamava quinta da Boa Esperança - julgo que ostenta este novo nome na frontaria (?).
A casa foi requalificada numa creche popular
Quinta de Bom Jesus
Casa modesta apresenta remate do telhado com pinturas relevadas que lhe dão graça.
Quinta da Granja
Aqui funciona o Campus da Escola Superior Egas Moniz, estomatologia, onde trato da minha boca.
Casario diverso no centro histórico do Monte de Caparica
Telhados graciosos típicos na região do século XIX com remates de pinhas em faiança
Chaminé da padaria
Vistas pelo tardoz e pela frente, de salientar os anéis cerâmicos de segurança
Remate com platibanda com balaústre em faiança em creme
A destoar o emaranhado de fios... |
Casa com mirante e pinhas de faiança no remate
Quinta do Brasileiro Belo portal que já perdeu parte de azulejos do nome...
Remate de tijoleira a decorar as janelas
Rebate com Mós dos moinhos que haviam aqui na Caparica
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Mós de pedra |
IgrejaComércio local à portuguesa-, vassouras e correntes dependuradas na porta
Começou por ser uma ermida no cimo do monte dedicada a Santa Maria. Em 1472 passa a igreja paroquial, recebendo obras de transformação. Sofreu danos profundos com o terramoto de 1755, sendo depois reconstruída de fachada semelhante às reconstruções que se seguiram.A igreja é um bom exemplar do barroco severo, com as suas linhas de extrema simplicidade. Possui um interior bastante rico com uma bela coleção de painéis de azulejos azuis, da época seiscentista com molduras policromas. Os azulejos do baptistério e das paredes laterais do monumento poderão ter sido produzidos na Fábrica do Rato.O altar mor possui um retábulo de talha neoclássica onde se pode admirar uma curiosa escultura em madeira de Nossa Senhora do Monte.
A data do "V centenário" exarada na fachada na pedra aventa ser errada, segundo estudo de Rui M. Mendes, a data correta será a de 20 de novembro de 1472.
No adro um banco revestido a azulejos
Na fachada painel com a imagem da Senhora do Monte pintado pela Fábrica Santa Anna
Em redor do adro algum casario com remates de telhados em platibanda com balaústre floral em faiança que se mostra de esmalte terrivelmente branco e vasos graciosos.
Vila para lá do portão...
A entrada da vila |
Mais outra casa interessante com o mirante
Mercado do Monte de CaparicaSempre no tempo o privilegiei em visita e compras, onde gosto de comprar bom peixe fresco na banca da mãe de uma arqueóloga que já correu meio mundo há procura de vestígios de faiança levados pelos portugueses, aqui ao fim de semana sem peneiras no papel de ajuda - Tânia Casimiro.
As hortaliças frescas e frutas em cores para todos os gostos e sabores, o bom pão, enchidos, um sem mundo de leguminosas, bolos secos, flores, e no recinto ao ar livre as tendas de roupas, sapatos, retrosaria, de tudo um pouco aqui se encontra.
Enfeirei uma boa caldeirada, estamos no mês que é rainha, um pão de Almodôvar, um queijo de Serpa e um chouriço alentejano, para em caminhada seguir a direção da Torre, a uns escassos 150 metros, mais coisa menos coisa, noutro tempo fazia ligação ao Lazarim.
Desfilei pelas ruas e na saída na direção da Torre em descida hilariante no meu vaidosar andante de sacos na mão e máquina de fotografar noutra, senti árvores depenadas e secas na espera fatal de tornado no baloiço, em chão de altos e baixos com tanta coisa nesta terra ainda por cuidar...
Fontes:
Wikipédia
https://www.facebook.com/pg/AMO-TE-CAPARICA
http://www.jf-caparica.net/
Partilha de Fernando Miguel sobre o verdadeiro nome da quinta onde funciona a creche