terça-feira, 12 de maio de 2015

Quinta da Alegria em Almada foi de judeus

Quinta D'Alegria em Almada edificada em sítio altaneiro no morro a contemplar o Mar da Palha .
Mulheres formosas com cântaros de água à cabeça sob rodilha de trapos vinham à fonte da quinta da Alegria.
Foto Museu virtual de Almada
Fachada da casa da quinta da Alegria  vista de nascente.
No local onde estão as  ervas era um campo de ténis da casa.
Fachada lateral virada a sul. Supostamente no tempo com o abandono da residência há mais de 70(?) anos em que gente pobre, sem eira nem beira se instalou em seu redor em casebres de paredes meias com a casa grande, como aliás se constata noutras quintas pelas redondezas depois do abandono das terras e das casas os trabalhadores  se remediaram como podiam, sem rei nem roque, cuja economia  sempre foi paupérrima.
A fachada da frontaria é para poente virada para Almada onde se juntaram casebres
O portão da entrada ostenta a pedra calcária oval com o nome da quinta e o símbolo da estrela de David
QUINTA
ao meio esculpida a estrela de David
 D ALEGRIA
Esta quinta foi pertença de uma família judia que a construiu em 1893 cuja data está patente dentro de portas e no átrio para a casa e jardins com empedrado de passeios com pedrinhas pretas e brancas,segundo me confidenciou um morador na zona.
Espreitei através da frecha pequena da lata do portão com os cães em voz de comando a ladrar...Descobri uma escada de pedra e por baixo arcadas que não sei o que foram no passado.
O que me contaram e gostei de saber é que a escada dava aceso ao ringue onde as senhoras jogavam badminton.Ora, se ao tempo já jogavam as senhoras e os homens ténis, era gente muito culta, à época.
No muro da frontaria descobri esta pedra calcária com um buraco encastrada, uma possível reutilização vinda de outro imóvel nobre (?)...
Remate do portal da quinta sito a poente da porta principal  foi reutilizada na lateral de casario adoçado ao longo da  calçada  primitiva basáltica de acesso à quinta.
Possivelmente o banco pintado a branco que se encontra na lateral do que foi a calçada basáltica seria pertença da quinta da Alegria.
 Aqui não faltam placas sinaléticas
A quinta entestava com a única estrada de Cacilhas para a Cova da Piedade. Ainda resta parte do muro primitivo com os buracos de escoamento de águas e ainda do retiro escavado para se poder ali estar a apreciar quem passava, devia ter por dentro bancos, típico noutros tempos nos muros das quintas.
 
 As vistas sobre a Margueira do que resta da Lisnave
Ao lado da casa para norte outrora pertença total ou parcial da Quinta da Alegria viria mais tarde a ser de uma corticeira que aqui se instalou e nos anos 60 ardeu. Restam três chaminés, uns pilares e ruínas.Supostamente o espaço faz parte da revitalização da Margueira onde um dia sairá um espetacular empreendimento turístico de grande beleza, paradigma de luxo e opulência soalheiro onde vão aterrar helis para trazer magnatas...ainda gostava de ver!
Nesta lateral da casa também há moradores, ao que percebi estão numa situação diferente, tendo o terreno dono (?) , no dia que for o plano da Margueira avante terão de sair (?).
O que chama a atenção é a brutal degradação do que foi a quinta que dá o nome ao local.O meu marido recorda-se nos anos 60 aqui ter vindo com o pai visitar um amigo e eram casebres de madeira com esgotos que corriam a céu aberto... Felizmente hoje o espaço é bem diferente. Apenas existem alguns casebres e anexos  com moradores no redor da casa da quinta-, casa bem guardada com cães que ladraram , ouvi abrir o portão chega-se a nós um homem quando registávamos fotos e tabelámos conversa,  pessoa simpática e afável, até que se  chega na subida uma mulher velhota de cariz assustada, perguntou ao vizinho o que queríamos...responde-lhe -, não é nada, não se preocupe, não é nada consigo...Acabou por nos confidenciar "o que resta da quinta tinha dois herdeiros, agora apenas um, ao que parece a semana passada aqui apareceram duas pessoas, os supostos donos"..fiquei a pensar para os meus botões, então se tem de pagar IMI tem de vir conhecer a riqueza do imóvel que possuem...Pois entende-se perfeitamente o medo e receio de algumas das gentes que aqui vivem seguramente há mais de 50 anos. Supostamente os donos do imóvel se descuidaram em vir receber rendas, fazer obras de melhoramento para as poder com direito aumentar e neste agora receiam o despejo!
Não sei se os donos do imóvel terão projeto para a casa?!
Justo seria a parceria certa com a câmara na sua revitalização com apoios comunitários? Interessante seria o seu restauro, atendendo  ao seu passado judaico, e ainda ao que parece  existe no local os alicerces do que foi um grande moinho, o que evidencia possuírem searas de trigo (?) . Seria interessante a reposição do campo de ténis e o de badminton, melhor tentar descobrir a sinagoga (?) supostamente soterrada no quintal do morador na lateral a norte da casa da quinta -, um dia ao cavar  bateu numa pedra, veio a descobrir uma cúpula em mármore que se abatia na direção do rio, por certo com ligação à casa (?).
Obviamente o certo seria haver negociações com os donos do terreno da corticeira (?) para aquisição da parcela de terreno dentro do muro que em tempo de antanho foi pertença da quinta e no mesmo deslocalizar moradores de paredes meias, dando-lhe casa e um quintal, estando assim toda uma vida habituados, sendo que ainda existem espaços mais a sul para as fazerem, em prol de os deslocalizar para arrabaldes.Almada só ficaria a ganhar com a revitalização da emblemática quinta  de nome ALEGRIA, seja pela cor primitiva, em rosa forte-, a cor da câmara , nada mais a calhar cuja junção do nome e da cor em harmonia no centro nevrálgico de Almada num belo espaço para ser usufruído por todos, dignificando a cidade e também os judeus que aqui teimaram viver, em justa homenagem. 

Rosas brancas  e  trepadeira azul lindíssima a ornar hortinhas na encosta do morro na Quinta da Alegria
A ponte do que foi a Lisnave tanta vez a vi trabalhar...
Sagres, ancorada na base do Alfeite ao Caramujo, marinheiros empoleirados aguardavam que as velas fossem içadas...
Um pescador conseguiu em minutos só com a corda virar o barco cheio de água e areia e pô-lo direito para na maré baixa o  limpar.
Fontes
Google
Foto Museu virtual de Almada

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Garage Conde Barão é o terreiro da nova sede da EDP ?

O sol  quando aquece, se revela grande aliado em babujar e mudar carismas de índole pesado-, seja a libertar egos amargos, frios, calculistas, apagados, tristes, síndromes da consequente postura da solidão, de se deixar quieto, quase sem fazer nada de nada, ainda amaldiçoado pelo tempo cinzento. De facto, o símbolo Uruboros - a serpente que come a sua própria cauda – faz sentido em termos macro, ou seja, como representação do ciclo reencarnacional do homem-, como em micro, representado o ciclo vicioso em que cada um de nós vive-, nesse paralelismo analisar quando nos zangamos com a vida, esta se zanga connosco. Ao jus do que se lê no meio esotérico-, vibração  negativa atrai vibração ainda mais nefasta, e nesta sina, difícil sair do mesmo padrão vibracional...que só afunda, e a ideia é andar de cabeça erguida! 
Por isso quando se está em maré negativa (?), indolente, se existe alguém que tem que parar esta roda de fraca energia, esse alguém só pode ser cada um de nós, ao entender tal premissa se ganha condição de dar o grito do Ipiranga!
Quero mais uma vez, outra vez, iniciar um novo percurso de vida de  novo horizonte a caminho de Lisboa  a partir do dia 13-, Dia de Nossa Senhora de Fátima. 
Uma nova função me aguarda -, a  de ama do meu neto Vicente, de segunda a quinta, como se fosse uma rotina de trabalho, a caminho de Lisboa, como há décadas no meu primeiro emprego, nos CTT na Avª 24 de julho. Mal aportada à capital dirigi-me ao edifício do Terreiro do Paço, onde me mostrei sem o saber destemida, ao ripostar na investida  penalizante da atribuição do local de trabalho, que a colega dos Recursos Humanos me queria impor, cariz azedo, se revela  autoritária no seu posto, quando o certo seria humanismo e compreensão, pois sendo mulher e supostamente mãe, a atitude mais correta, em desatino fulminante tentou abafar o meu estar afoito, atrevido ao reivindicar os meus direitos de assalariada a prazo, ao vincar que deixei  na véspera Coimbra, ao meio de um contrato a prazo, que sabia não iria ser renovado, por no final perfazer três anos consecutivos, sendo que neste dia 4 , feriado municipal em Coimbra, nenhuma entidade patronal me pagou salário, sendo justo assinar novo contrato na mesma empresa em Lisboa. Ao fundo da sala havia outra colega que tentava falar comigo pelo olhar e por gestos, "como que a dizer para não aceitar turnos em Arroios" , declinei ao dizer que não conhecia Lisboa, não estava habituada a andar de noite, sendo que para entrar às 4 da manhã não tinha transportes na margem sul do Tejo. Olha para mim e diz-me em tom aziago, então vai para a 24 de julho... sorri de boca a boca, dizendo, sim -, ao me lembrar que já a minha mãe quando fugiu da província, grávida de mim, tendo ao tempo passado pela ilha da Madeira . Senti-me bem ter debelado a fera com a  minha figura frágil com parcas, mas certeiras palavras, que embora não o sendo na totalidade na questão legitima dos contratos, a ela naquele momento lhe ofuscou o raciocínio, e isso bastou-me, para me salvar. Assinei o contrato na outra colega que me tinha "ajudado", a quem agradeci e perguntei como se ia para a 24 de julho..."quando sair do edifício apanha o eléctrico na esquina." E fui, para  me apear ao meio da avenida, com a ajuda do guarda freio desci assustada no meio de quatro faixas de rodagem, paralisada, pelo tráfego automóvel e pela simplista mas imensurável fachada, com tanta beleza na minha frente, quase atropelada, pois de véspera tinha vindo de Coimbra, uma cidade bem mais pacata! 
Assim senti o imóvel de valor arquitetonico, testemunho de um passado,de fachada engalanado a belas e elegantes ombreiras em pedra,  finas, elegantes, em estilo manuelino, divididos por pilastras com cunha vincada ao cimo, como se fosse um chapéu. Entrei e senti um enorme barracão aberto, muito velho, ao fundo um parco gabinete do chefe, casas de banho e pelo meio duas passadeiras rolantes onde desfilavam encomendas, ao tempo mal fechadas, muitas esventradas, de cheiro forte a chouriça, morcela e presunto, sobretudo com moradas insuficientes-, como se Lisboa fosse a aldeia de onde vinha  a maioria delas, como se todos se conhecessem... trabalho árduo de filtrar moradas incompletas para o chefe-, homem vestido de óculos de massa, em tom castanhos e amarelo, maiores que a cara, de baixa altura, pequenixote, imbuído na força tamanha em ser Grande no desempenho e excelência o seu trabalho, no resulto final, o seu orgasmo inteletual , descobrir em moradas quase indecifraveis, o seu verdadeiro dono. 
Este sim, um bom profissional,  que no dia 15 do mesmo mês, em que me despedi para entrar no Banco Pinto e Sotto Mayor, se revolta nervoso e de cabelos esguios em pé, exclama  em "baba e ranho dizendo em alto e bom som, como é que esta empresa quer progredir se os melhores os deixam sair"... 
A fachada que conheci de frontaria para a Avª 24 de julho, ao tempo já adulterada com um portão verde, que para o fazer cortaram arcos primitivos, sem dó nem piedade.
Lamentavelmente por volta de 2009 antes do início das obras fotografei a fachada, debalde perdi todas as fotos devido a um problema informático.
Questiono o paradeiro das ombreiras e pilastras da antiga Garagem do Conde Barão?
 Avenida 24 de Julho - (1969) Foto de Artur Inácio Bastos ( Edifício da antiga Garagem Conde Barão, na Avenida 24 de Julho no sítio de Santos) in AFML
A "Garage Conde Barão" abriu a 1 de janeiro de 1923
Foto da Companhia do Gás e da electricidade
"Julgo que o edifício da antiga garagem Conde Barão seria pertença do solar  dos Almadas - Carvalhais, dos  meados do século XVII, Provedores da Casa da Índia (ALMADAS), «D. CRISTÓVÃO DE ALMADA», que sucedera no cargo de Provedor a seu pai, o fidalgo «RUY FERNANDES ALMADA». Por casamento advém-lhe a união das duas famílias e casas (ALMADA-CARVALHAIS).Os vestígios deste Palácio são curiosos. A entrada em rampa, mostra ainda as pilastras e os arcos de cantaria em volta perfeita. À direita um formoso arco de volta abatida, abre um delicioso claustro da Renascença, ao fundo do qual sobe a escadaria nobre do Palácio, hoje prédio de rendimento, indiferente às belezas do passado. Tem o claustro três faces, adornadas, a do fundo de três arcos, e as laterais de quatro arcos, apoiadas a colunas de lindos capitéis lavrados; uma das ordens laterais de arcarias está entaipada com um barracão saliente que os encobre, e a outra está visível, mas a parte do seu interior foi ocupada por uma oficina de imprensa a «OTTOSGRÁFICA, LIMITADA».Voltando à rampa de entrada, ela segue em direcção à garagem, uma passagem, revestida de curiosos azulejos setecentistas nos dois tramos de abóbada, apoiados em belas pilastras nuas.Sabe-se que foi aqui a cozinha da casa, no tempo em que o local da garagem constituía o jardim do Palácio do Provedor da Casa da Índia. Este jardim, de que não restam notícias escritas, e ficará apenas esta nota, era guarnecida de algumas estátuas e azulejos, alguns do tipo dos da Bacalhoa (Azeitão), Vila onde os Carvalhais tiveram uma casa, a qual se extinguiu com último representante da família."da garagem constituía o jardim do Palácio do Provedor da Casa da Índia.
"O palácio é propriedade da Caixa Geral de Depósitos. A Caixa que anda a salvar bancos e que tem ordenados milionários. A CGD não podia olhar para o que tem? É que, verdadeiramente, isto não é da Caixa. Este património é NOSSO."
Não podemos nem devemos ficar calados!
Em tempos de antanho o espaço desde o Cais do Sodré tinha o nome de Aterro da Boavista.
Avenida 24 de Julho - (entre 1871 e 1872) Fotógrafo não identificado (Aterro da BOAVISTA) in AFML

Terrenos na beira Tejo, artificialmente ganhos ao rio, onde foi construída a Avenida 24 de Julho, em Lisboa.

«O ATERRO»
.
"O «ATERRO» está simultâneamente ligado ao «PORTO DE LISBOA».
Com a construção do «Porto de Lisboa» reconhecia-se a necessidade de obviar as medidas sanitárias nas margens do rio TEJO, bem assim como a inevitável expansão urbanística, condicionada pela realização do «ATERRO» na zona com a designação muito frequente usada na época de: «ATERRO DA BOAVISTA».
Com o fim de acabar de vez com a verdadeira lixeira que nesta zona existia, e pensando já numa ordenação costeira na margem direita do rio, tendo em vista uma futura zona portuária, procedeu-se à construção de um «ATERRO» entre o «CAIS DO SODRÉ» e«ALCÂNTARA».
Vem seguramente do tempo de «D. JOÃO V» a ideia de ser criado o primeiro porto digno da sua capital.
Seguiu-se a administração do «MARQUÊS DE POMBAL» tendo o arquitecto «CARLOS MARDEL» dado certo contributo no estudo que compreendia entre o «TERREIRO DO PAÇO» e «BELÉM».
Mas só em 25 de Abril de 1884, «ANTÓNIO AUGUSTO DE AGUIAR» iria propor ao Parlamento, que fosse aberto concurso público para a construção do porto.
Depois de algumas alterações ao projecto inicial, foi adjudicada a obra à firma «HERSENT».
A 31 de Outubro de 1887 foi inaugurada a construção do PORTO DE LISBOA, pelo rei «D. LUÍS I».
Revestido de várias circunstâncias técnicas e administrativas, esta primeira fase de 1892 a 1894, teve o ESTADO de chamar a si a administração. Após o último ano, voltou novamente à empresa inicial.
Em 1907 depois de grande parte do porto se encontrar já concluído, passou toda a administração directamente para o ESTADO, através da «ADMINISTRAÇÃO GERAL DO PORTO DE LISBOA» até aos dias de hoje.
No ano de 1855 a praia da «BOAVISTA» começou gradualmente a ver o seu areal substituído por terra. Em 1858 todo este aterro alterava entre o «FORTE DE S. PAULO» (hoje Praça de D. Luís) e a praia de «SANTOS», que babujava o antigo PAÇO REAL «PALÁCIO DOS MARQUESES DE ABRANTES».

 Em 1858-1859 abriam-se ruas ou boqueirões transversais e construía-se a «RAMPA DE SANTOS».
Teve a «CÂMARA» necessidade de expropriar nesta zona; a casa de «ABRANTES» e a de «ASSECA», para finalmente poder rasgar a «RUA 24 DE JULHO».
Data precisamente de 1860 a muralha de «SANTOS».
Embora a lentidão da obra fosse uma constante, sabe-se que em 1865 o «ATERRO» estava concluído até à «RIBEIRA NOVA», e em 1867 até ao «ARSENAL DA MARINHA», já com muralha.
Podemos datar com pouca margem de erro, o ano de 1867 como data provável na conclusão do «ATERRO».
Foi denominada «RUA 24 DE JULHO» (1878) à parte do ATERRO ocidental construída no prolongamento daquela rua, que começava na «PRAÇA DE D. LUÍS» e terminava no caneiro de «ALCÂNTARA». No ano de 1928 foi convertida a «AVENIDA»."
Avenida 24 de Julho (1969) Foto de Artur Inácio Bastos ( Companhia de Gás e Electricidade na Av. 24 de Julho) in AFML
Aqui funcionou até ao 25 de Abril de 1974, a EDP, que se transferiu para o Marquês de Pombal, neste agora de novo aviada de malas, para a nova sede.
Julgo que não restam dúvidas do espaço da antiga Garagem do Conde Barão foi o mesmo sitio onde trabalhei nos Correios, onde foi em parte(?) neste agora edificada a nova sede da EDP-, duas torres envidraçadas, projecto saído do atelier de arquitectura Aires Mateus e Associados, cuja construção está a cargo do consórcio Mota-Engil/HCI, neste agora em finalização de exteriores. 
Retirei dum blog enunciado em rodapé algumas criticas:"Ficam assim prejudicados nas vistas sobre o Tejo e a  sua margem esquerda, os moradores e o miradouro de Santa Catarina.  
Anónimo disse...Por essa lógica qualquer edifício tapa as vistas daquele que está mais atrás e assim sucessivamente. Nessa fotografia focam-se num determinado ponto. A vista desde miradouro é mais abrangente do que aquilo que aparece na foto. Esse novo edifício da EDP tem 2 volumes laterais perpendiculares ao rio com um espaço vazio ao centro que dá continuidade às vistas. Sem esquecer que o prédio feio amarelo que está mais atrás será demolido.

Anónimo disse...Pronto! Tinham que estragar este lugar mítico!

"Ir ver navios ao alto de Santa Catarina.

E olhavam a barra, à espera do que viesse.
Quem poderia entrar pela barra...
Outros esperavam para ver quando é que o rei voltava.
A esquadra tinha saído e levava o Rei, a Corte, os Tribunais, a Nobreza, os Proprietários para o Brasil, e muita gente esperava, ansiosamente, à espera que El-Rei voltasse.
E ainda houve os que foram para ali durante muito tempo, durante muito tempo... Esperando que na névoa de alguma manhã, rompesse a barra, o navio de lenda que havia de trazer a bordo El-Rei Dom Sebastião"

Horizontes da Memória http://www.youtube.com/watch?v=hdyN4yVHk6o"
Não querendo deixar algo para trás das Coisas que Gosto na pergunta inquestionável 
Onde estão as ombreiras de estilo manuelino e as pilastras?
Pertinente questionar, sendo que há anos se luta nas câmaras, na preservação das fachadas e do seu valor arquitetonico-, ainda fico pasmada  com o que acontece a cada dia, sem  se acautelar património, seja este meu sentir mais paz interior, penso no meu bem estar, continuando a fazer escolhas positivas, de critica acutilante.Não que me zangue. Por ser excessivamente reactiva, por isso continuo a dizer e a fazer coisas que me arrependo (?) sendo quase nunca, sem me arrepender de verdade, pois tal carisma parece que é mais forte do que eu, será que sou manipulada pela incúria de quem não devia? 
Não há dia que não sinta revolta ao olhar as coisas que gosto ao abandono, destruídas ou em vias, vandalizadas, roubadas, vendidas, perdidas para sempre, aflição que faz doer o coração, a quem ama a história, o património, as raízes de ser Português!

Segundo o pensamento de Roberto Shinyashiki
"Quando o amor é artificial (ou inexistente), o dinheiro tornar-se fundamental." 
Deve ser por isso que cada vez muitos, infelizmente em demasia, dão mais valor aos bens materiais; aos plasmas, aos carros, às casas que não podem pagar, tornando a sua vida insuportável, asfixiando-os em dívidas... 
Parece tal e qual como disse o mestre: os desejos são como crianças, quanto mais cedemos mais elas se tornam exigentes.
Ao não se estar de bem com a vida é porque nunca se está em paz connosco, e isto nada tem a ver com questões ou circunstâncias externas, tem a ver com o que vai na nossa alma, com o desalento, a descrença, a desistência em que já caiu tanta gente. Temos duas opções – aliás temos várias: deixarmos-nos estar sossegados num canto escuro qualquer cheios de pena de nós mesmos, ou vamos em frente desbravando caminho, quais bravos guerreiros que fazem a diferença na sua própria vida e na vida dos que tocam. 
Hum, então, como vai ser? Sempre a olhar para a frente, observadora, atenta, resinar com aberrações e a destruição do nosso passado no papel de  exaltar a cidadania, avante guerreira na mostra do belo, seja no masculino ou no feminino, nem que seja o inusitado da descoberta  num marasmo de ervas com lixo!
Depois da exaltação, de vomitar o que senti, fico de novo mais feliz!
Sempre pronta para amar, tenho um coração do tamanho do mundo, sendo a fascinação adepta do meu ser!
Fontes
http://cidadanialx.blogspot.pt/2014/04/nova-sede-da-edp-rouba-vista-do-tejo.html
http://aps-ruasdelisboacomhistria.blogspot.pt/search?updated-max=2010-07-03T13:18:00%2B01:00&max-results=7
http://lisboasos.blogspot.pt/2009/06/conde-barao-palacio-almada-carvalhais.html
http://restosdecoleccao.blogspot.pt/2011/06/garagem-conde-barao.html

Feira da ladra sem regras no Montijo

Gerberas na festa do Pirilampo Mágico NA Feira da ladra no Montijo, no último sábado constatei uma total anarquia na sabotagem de terrado, sem rey nem roque. Impressionante o descaramento de um colega  ao desfilar estaminés de ferramentas, móveis, loiças-, em fileiras inteiras de bancas sem fim à vista, coisa de mais de 50 metros...
Abancou nesta  avenida do jardim, ainda fez o gaveto, continuando na lateral com bancas na frente e no tardoz.
Para rir!
Decorria a campanha do Pirilampo Mágico, enquadrada  no festejo da festa da flor que nesta terra é rainha. 


O staf camarário se fez chegar ao recinto com a vereadora do pelouro da cultura(?) que abria alas no caminho, à laia de estandarte, vestida de saia plissada laranja, enfeitada nos cabelos negros com teara de flores, afinal a cor da minha camisola...Sinal de bom gosto!
Corri para tabelar conversa com o Sr Presidente, explicando que a feira necessita ser regulamentada urgentemente. Em resposta agradeceu a minha intervenção, afirmando " a feira  tem-se vindo a credenciar no tempo, veja-se pelo número de participantes( não saberá (?) que a maioria são ilegais, não estando credenciados, sendo que a GNR ao fazer uma vistoria, mais de metade levantava ferro num abrir e fechar de olhos ...) acrescentou que o lema é sempre melhorar, por isso o evento vai ser regulamentado, com fiscal e pagamento de terrado", o que se concorda em plenitude, uma feira regulamentada com normas, a ser cumpridas por todos, e quanto ao colega que usou e abusou de espaços, se mostrando egoísta, disse-me que iria ser avisado...não sei se foi!
Distingui na feira num estaminé de chão uma pá  de madeira debruada a lata na extremidade usada nas valas dos arrozais,  tenho uma igual . 

O nome dos objetos -, pá de valar, alvitrou um vendedor exuberante que gosta de se ornamentar com colares...até lhe tiraram uma foto,com ela ao ombro, mas não cheguei a tempo...
Distingui uma bela peça,  pote em cerâmica, possivelmente da Fábrica Viúva Lamego, de guardar água fresca nas escolas e casas abastadas.
Na despedida ao Montijo paira na banca da frente uma candidata a Miss Montijo vestida  e penteada a matar... não estivéssemos em terra de toiros e touradas.
Adivinhava-se por baixo do franjado saiote em voile preto com remate a seda branco a lembrar combinação, chinoases, por certo!
Deixei a feira para vir almoçar a casa, as vendas quase escassas, salvou-se a manhã pelo ramo de gerberas, no seu melhor a gentil oferta!

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